Polícia liberta família de cárcere privado em Arataca || Foto SSP-BA
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Equipes da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa) resgatou, na tarde desta sexta-feira (14), na Serra da Aboboreira, zona rural do município de Arataca, uma mulher e seus dois filhos, vítimas de cárcere privado e violência doméstica. A ação contou ainda com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O comandante da Cippa, major Agílio Nunes, contou que os policiais estavam participando de uma operação de combate a crimes ambientais, quando perceberam o pedido de ajuda da mulher, que denunciou os crimes praticados pelo companheiro.

A mulher e duas crianças, com idades de três meses e de três anos, eram mantidas em situação de cárcere pelo companheiro dela. Ela apresentava diversas marcas de agressão pelo corpo.

“O companheiro mantinha os documentos e pertences da esposa e dos filhos em um quarto trancado por cadeados para impedir sua saída”, explicou o major Agílio Nunes. A família foi levada para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Itabuna.

Mulher pula de prédio para escapar de incêndio criminoso || Reprodução Radar News
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Uma mulher de 25 anos relata ter vivido momentos de terror na noite de domingo (8), no interior de um apartamento, no bairro Frei Calixto, em Porto Seguro, no extremo-sul da Bahia. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a jovem se agarra na grade da varada do 1º andar e, em seguida, se joga para escapar de um incêndio que teria sido causado pelo companheiro dela.

Com as nádegas queimadas e as duas pernas quebradas, a mulher está internada no Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro. Segundo a polícia, as pernas foram quebradas na queda e as queimaduras foram causadas pelo incêndio, que destruiu móveis e eletrodomésticos.

De acordo com a polícia, o acusado de provocar o incêndio foi identificado como Bruno dos Santos Menezes, de 28 anos. Ele está sendo procurado. O homem é suspeito de jogar álcool na companheira e incendiar o quarto onde ela tentou se proteger. Com o avanço das chamas, a vítima quebrou a janela do quarto do apartamento e pulou do primeiro andar.

A mulher vivia com o acusado há 12 anos. Ela relatou que sofria agressões dele, mas nunca não havia registrado queixas na delegacia. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Seguro investiga o caso.

Acusado de espancar ex-companheira é preso novamente
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Um homem foi flagrado agredindo uma mulher, na noite de terça-feira (13), no bairro Nelson Costa, em Ilhéus. O acusado foi identificado como Carlos Samuel Freitas Costa Filho, o “Carlinhos Freitas”, de 33 anos, que aparece nas imagens desferindo socos no rosto da vítima.

A jovem, que seria namorada de Carlinhos Freitas,  não chegou a prestar queixa, mas a Delegacia Especializada de Atenção à Mulher (DEAM) instaurou inquérito para investigar o caso. O acusado já foi intimado pela polícia. Até o início da noite desta quarta-feira (14) ele não havia comparecido para prestar esclarecimentos.

De acordo com a polícia, essa não é a primeira vez que Carlinhos Freitas é acusado do crime. Ele foi indiciado em, pelo menos, 10 inquéritos, a maioria por agressão a mulheres, inclusive contra familiares, segundo a polícia.

Nas filmagens que circulam nas redes sociais, o homem e a vítima estão próximos a um carro, em frente de um imóvel. Por diversas,  ela implora para que o homem deixe o local, mas ele não atende e ainda ameaça uma pessoa que faz filmagem a distância.

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Mariana Ferreira
 

Quanto ao médico, fui informada pela ouvidoria do hospital, no período da tarde, de que foi afastado dos plantões e está sendo investigado. Aqui me posicionei e espero que minha voz convide outras mulheres a não se curvarem diante de um assédio, seja ele qual for.
 

 
“… Que eu não ando só”. A frase, entoada na poderosa voz de Maria Bethânia, serve bem como lema da luta feminina. São inúmeras as experiências ruins, deflagradas por invasões masculinas, na vida de qualquer mulher em qualquer etapa de sua existência. Basta nascer com esse sexo. Não é preciso ser representante de nenhum movimento para afirmar em alto e bom som que esse mau é real.
Relatar um assédio sexual ainda é um dilema na atualidade: para muitas mulheres, por medo da reação do agressor, e para outras muitas, pelo medo da exposição e do estigma de uma sociedade que tem a cultura de se voltar contra a vítima. Mas como diz Maria Bethânia, “não ando no breu, nem ando na treva”, e por isso não serei eu que me calarei.
Sempre fui bem tratada na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, local que sempre considerei um dos mais seguros da cidade para um cidadão buscar atenção à saúde. Não imaginava que seria lá que sofreria desrespeito e teria o meu pior Dia Internacional da Mulher. Justo numa instituição que tem 101 anos de fundação, mais de 70% do seu quadro funcional formado por mulheres e que presta relevantes serviços à sociedade, como o 1º Mutirão da Mulher no próximo dia 10. Em atendimento por causa de uma dificuldade respiratória pela manhã, o médico plantonista Luiz Duarte mostrou sua forma de agir num procedimento de ausculta respiratória, tocando de forma invasora uma paciente.
A primeira reação de uma mulher nessa circunstância infelizmente é tentar fazer a “ficha cair”, porque, apesar de todo o preparo que buscamos ao longo da vida – psicológico, emocional e físico, nunca imaginamos que isso vá acontecer conosco. A atitude foi flagrante, e era o meu dever reagir, pois algumas coisas que vêm à mente são: “eu pertenço a mim, ele não tem esse direito” e “não fui a primeira e não serei a última se eu permitir que continue às escuras”.
É preciso calar o medo da exposição para dar voz a um basta. Acredito que nada seja por acaso, e talvez por isso Deus tenha usado alguém com senso de cidadania e responsabilidade para não permitir que esses fatos se perpetuassem, para zelo das pacientes e da própria instituição.
É importante que prestem atenção que nós não queremos, nem precisamos, de piedade. Nós precisamos de apoio com atitude – de homens, mulheres e instituições competentes, e exigimos respeito de todo indivíduo e de sua representação máxima, a sociedade. O problema é que romantizar uma data como o Dia da Mulher só camufla uma realidade emergente.
Flores são bonitas e muitas mulheres, como eu, gostam, mas precisam ser símbolo de respeito praticado cotidianamente, e não banalizadas como têm sido. Assim como os discursos bonitos que são cheios de panos quentes para disfarçar a violência contra a mulher. Quantos assediadores notórios não vemos passarem mel em suas palavras no Dia da Mulher para se mostrarem de acordo com os bons costumes, mas que agem como predadores, não importando o dia, a hora, o local? É repulsivo, é vergonhoso!
Finalizo esse artigo fazendo alguns pleitos à Secretaria de Segurança Pública e à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia. Não se pode falar em respeitar as minas sem olhar para suas estruturas de apoio a elas. A Delegacia da Mulher em Itabuna reúne tudo o que não pode acontecer: endereço num local deserto, com várias ocorrências de assaltos no entorno, a necessidade de subir ladeira para chegar à unidade, um sistema de registro de queixas que demora mais de uma hora para concluir o processo (no meu caso foi 1h15min) e em um cômodo abafado e sem um ventilador sequer para esse momento penoso da denúncia, sem falar na falta de privacidade da denunciante. Passou da hora de melhorar!
Quanto ao médico, fui informada pela ouvidoria do hospital, no período da tarde, de que foi afastado dos plantões e está sendo investigado. Aqui me posicionei e espero que minha voz convide outras mulheres a não se curvarem diante de um assédio, seja ele qual for. Já disse Maria, a Bethânia: “O que é teu já tá guardado, não sou eu que vou lhe dar”. É a Justiça quem vai. O tempo é chegado.
Mariana Ferreira é jornalista.

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Geraldo está preso (Foto Radar).

O porteiro acusado de estuprar uma criança foi preso ontem e encaminhado para o Conjunto Penal de Itabuna.  Geraldo Veloso Santos, 26, trabalhava na escola municipal Rainha da Paz, no Monte Cristo, há três anos.
O estupro ocorreu no ano passado e o caso foi denunciado à polícia neste ano, quando a criança teve condições de contar o caso aos pais e enfrentar as ameaças de morte feitas pelo porteiro (relembre aqui).
O porteiro foi reconhecido e confessou o estupro em depoimento prestado à polícia no dia 14 de junho. A prisão ocorreu por volta das 18h de ontem, informa o site Radar Notícias. A ordem judicial foi cumprida por agentes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), comandada pela delegada Ivete Santana.
Conforme a delegada contou ao PIMENTA em junho, o porteiro abordou a criança enquanto ela passava em frente à escola. Ele era visto como uma pessoa tranquila e tinha a confiança da direção da escola. Ele também tinha acesso às residências da diretora e vice da escola Rainha da Paz, que reagiram com um misto de revolta e incredulidade quando Geraldo Veloso Santos confessou o estupro em depoimento à polícia. Geraldo está afastado da escola desde o mês passado (reveja aqui).