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dengueO percentual de casas que possuem focos de larvas do Aedes Aegypti em dezembro é, na média, o maior da história de Itabuna. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou os dados há pouco. Das residências visitadas pelos agentes, 27,5% possuem larvas do mosquito da dengue.

Em janeiro, o percentual já era altíssimo: 27,1%. Os percentuais foram aferidos no Levantamento de Índices Rápidos de Aedes Aegypti (LIRAa).

O resultado de hoje põe a cidade ainda mais em alerta para este verão 2013/2014. Pela classificação do Ministério da Saúde, o percentual registrado agora indica possibilidade de surto epidêmico da dengue em Itabuna.

Os percentuais apurados neste ano são bem superiores ao último registro de 2012: 18,4%, em novembro, quando a cidade tornou-se, pela quarta vez, campeã nacional em infestação por larvas do mosquito da dengue.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável pouco menos de 1%. Itabuna está na faixa dos municípios que correm sério risco de surto epidêmico de dengue.

Os dados divulgados nesta sexta (6) revelam que o trabalho de controle e de combate à dengue no município não registrou avanços. O secretário de Saúde, Plínio Adry, reconhece que o índice está elevado, mas afirma que houve redução de 65% no número de casos.

A redução, como já afirmado neste blog, se deve muito mais a fatores como resistência imunológica adquirida pela população ao longo de quase 20 anos de surtos de dengue, e à subnotificação. Casos deixam de ser notificados ou porque o paciente não procura a rede pública de saúde ou porque a unidade de saúde do bairro não funciona, o que foi uma queixa geral no município durante quase todo o ano.

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dengueUma reunião nesta sexta-feira (6), às 10h, no gabinete do secretário de Saúde de Itabuna, Plínio Adry, debaterá irregularidades no trabalho de coleta de dados do Levantamento de Índices Rápidos do Aedes aegypti (LIRAa) em Itabuna. A Sétima Diretoria Regional de Saúde (7ª Dires) formalizará denúncia de que o coordenador de Endemias da Prefeitura de Itabuna, Renato Freitas, impediu o trabalho de supervisão dos dados.

Apesar de ser acusado de impedir a supervisão, Renato Freitas afirmou ao PIMENTA, por meio de nota da assessoria de comunicação, que o trabalho de fiscalização foi feito por técnicos da 7ª Dires, o que é desmentido pelo órgão da Secretaria Estadual de Saúde.

A divulgação dos dados do LIRAa deste segundo semestre está prevista para amanhã. Neste ano, Itabuna teve mais de 2,7 mil casos de dengue. Apesar de ser 68% menor do que o do ano passado, o número é alto se considerada a relação casos x número de habitantes, além da quantidade de unidades de saúde em funcionamento durante todo o ano.

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Os resultados do levantamento que define o índice de focos de larvas do mosquito da dengue, o LIRAa, estão sob suspeição em Itabuna. Ontem e hoje, técnicos da Sétima Diretoria Regional de Saúde (7ª Dires) foram impedidos de analisar parte do material coletado pelos agentes e a Secretaria de Saúde de Itabuna recusou-se a entregar os relatórios do LIRAa.

O levantamento deveria ter sido feito no início de novembro. Atrasou. Começou a ser feito somente ontem e será concluído, possivelmente, na sexta-feira. Agora, os técnicos da Dires relatam dificuldades impostas pela coordenação municipal de combate à dengue para o trabalho de supervisão.

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LIRAa deixou de ser feito, mas ações serão intensificadas (Foto Pimenta).
LIRAa deixou de ser feito, mas ações serão intensificadas (Foto Pimenta).
Renato Freitas, de branco, aponta áreas com maior incidência de dengue (Foto Gabriel Oliveira).
Renato Freitas, de branco, aponta áreas com maior incidência de dengue (Foto Gabriel Oliveira).

Pela primeira vez nos últimos seis anos, Itabuna ficou de fora da lista dos municípios brasileiros com os maiores índices de casas com focos do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Mas a razão para isso é o próprio coordenador de combate à dengue, Renato Freitas, quem explica:

– O LIRAa Não foi feito. Vai ser feito. Não tem nada demais – disse em entrevista ao PIMENTA há pouco.

O LIRAa é o Levantamento de Índices Rápidos de Aedes aegypti e deveria ser feito entre 1º de outubro a 8 de novembro. O município foi por quatro vezes campeão nacional em infestação de larvas do mosquito da dengue (relembre aqui).

Renato apontou problema na aquisição de material. “Não há facilidade para a compra do material”.

Renato explicou, no entanto, que o material já chegou e o trabalho começará assim que forem definidas as áreas para aplicação do LIRAa, o que é feito por sorteio, segundo explicou ao blog. Este foi o segundo levantamento cancelado, nos últimos cinco meses, devido à falta de material (relembre aqui). Itabuna registrou 2.705 casos de dengue até o final de outubro.

QUEDA DE 68% NO NÚMERO DE CASOS

Para o coordenador, não há razões para preocupação por o município não ter feito o levantamento. Ele cita a redução de 68% no registro de casos de dengue no município no comparativo deste ano com 2012.

Segundo Renato, a queda se deve a ações desenvolvidas pela secretaria, a exemplo de “armadilha” para coleta de ovos do mosquito da dengue (ovitrampas) e os bloqueios nas áreas onde há registro de casos.

Existem ainda outros dois fatores responsáveis pela queda, conforme observação de técnicos da Secretaria Estadual de Saúde: as subnotificações de casos aumentaram no primeiro semestre e a população itabunense passou a ter maior resistência aos vírus tradicionais da doença (1, 2 e 3).

CONTRATAÇÃO DE AGENTES

O município intensificará as ações contra a dengue neste verão. Há duas semanas, o prefeito Claudevane Leite anunciou a contratação de 139 novos agentes de endemias para o combate à dengue no município, parte deles será para substituir 44 contratos a vencer ou vencidos. A contratação será feita por meio de seleção pública.

ILHÉUS E ITABUNA CORREM RISCO DE SURTO DE DENGUE

A lista dos municípios que correm risco de sofrer surto de dengue neste verão foi divulgada ontem (19) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. São 157 municípios em todo o país, sendo 16 deles baianos. No sul da Bahia, Ilhéus, que registrou mortes por dengue hemorrágica neste ano, faz parte do grupo de risco.

O coordenador do Programa Estadual de Controle da Dengue, João Emanoel Araújo, numa entrevista, define a situação de Ilhéus e Itabuna como preocupantes. Outros municípios assim classificados são Barreiras, Feira de Santana, Guanambi, Jequié, Mucuri, Salvador e Teixeira de Freitas.

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dengueA Prefeitura de Itabuna anunciou que vai contratar mais 139 agentes de endemias. A previsão é de que o edital do processo seletivo seja divulgado nesta sexta-feira, no Diário Oficial do Município.

Atualmente, Itabuna conta com 117 agentes, mas 44 têm contrato prestes a vencer, o que exige seleção de mais profissionais. Os novos devem começar a trabalhar no período mais crítico da doença, o verão.

Historicamente, o maior número de casos de dengue em Itabuna se concentra no período de fevereiro a maio, segundo o coordenador de Endemias, Renato Freitas.

Neste ano Itabuna registrou 2.705 casos de dengue. Os bairros que mais preocupam são Daniel Gomes, Califórnia, Urbis 4, Jardim Primavera e Maria Pinheiro. As informações são d´A Região Online.

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dengueEspecialistas em dengue não veem novidade na queda dos casos de dengue em 63% em Itabuna neste ano. Pelo contrário, acreditam que os números são até altos, principalmente com a rede de atenção básica funcionando de forma precária, o que faz aumentar o número de subnotificações.
A queda vinha ocorrendo desde o segundo semestre de 2012 e se dá, essencialmente, porque a população adquiriu resistência aos tipos 1, 2 e 3 da doença transmitida pelo Aedes aegypti. A preocupação é se o vírus 4 se alastrar. Aí estoura a bomba.

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Larissa: queda em casos de dengue em Itabuna.
Larissa: queda em casos de dengue em Itabuna.

Itabuna registrou queda de 47,4% dos casos notificados de dengue no período entre 1º de janeiro e 5 de abril ante igual período de 2012. Foram 1.403 casos contra 738.
Os números foram divulgados nesta quarta, 10, pela diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Larissa Pimentel, que faz alerta a clínicas e laboratórios particulares para informar casos suspeitos da doença. “Só assim teremos dados reais da situação dos casos em nosso município”, reforça.

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dengueA assessora técnica da Superintendência de Proteção a Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, Elisabeth Cardoso da França, afirmou nesta quinta que os casos de dengue em Itabuna e Ilhéus “costumam ser subnotificados”.
Elisabeth disse que, na maioria das vezes, o quadro da situação epidemiológica só aparece quando existe uma ação do Estado no município. Ela citou que nos primeiros 80 dias do ano passado Itabuna havia notificado 300 casos.
Quando a Sesab pressionou, o número de notificações de dengue saltou para 800. Já Ilhéus, neste início de ano, havia feito 143 notificações, mas logo pulou para 289 ocorrências. Informações d´A Região.

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dengueOs municípios do sul da Bahia notificaram mais de 1.300 casos de dengue neste ano. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica da Bahia, as localidades com maior quantidade de casos são Itabuna, Una, Ilhéus e Ibicaraí.
Esses municípios, juntos, registraram 850 casos, dos quais cerca de 400 em Itabuna. O segundo em quantidade de notificações é Una, com 206 ocorrências, seguida de Ilhéus, com 160 casos informados.
Ibicaraí aparece na quarta colocação entre os municípios sulbaianos com maior quantidade de notificações de casos de dengue. Entre primeiro de janeiro e esta quarta-feira, foram 102 ocorrências. Informações d´A Região.

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A Vigilância Epidemiológica de Itabuna está promovendo hoje, até as 13 horas, na Praça José Bastos, o “Dia D de Controle da Dengue”. A mobilização serve para mais uma vez orientar a comunidade sobre como identificar e combater focos do mosquito transmissor a doença. Distribuição de panfletos e exibição de vídeos educativos fazem parte da estratégia.
Participam da atividade agentes de controle de endemias, enfermeiros sanitaristas da Vigilância, além de alunos e articuladores do curso de Enfermagem da FTC.
 

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dengueCom um absurdo índice de infestação por focos do mosquito transmissor da dengue, a Prefeitura de Itabuna procura reorganizar as ações de controle, que sofreram descontinuidade na gestão anterior. Em 2012, apenas quatro dos seis ciclos de epidemiológicos foram concluídos, o que foi decisivo para que o município alcançasse 27% dos domicílios com focos do Aedes aegypti.
Para reverter o quadro, uma das principais medidas é o reforço da equipe de agentes de controle de endemias. Mais 139 pessoas estão sendo incorporadas a esse trabalho, que envolve a aplicação de larvicidas e orientação dos moradores.
Outras ações que o governo pretende intensificar são a distribuição de capas para cobertura de reservatórios e a realização de mutirões de limpeza nos bairros, o que envolve a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
Há também a promessa de reforçar a estrutura para atendimento de pacientes. De acordo com a Secretaria da Saúde, cinco unidades de saúde serão reabertas este mês, depois de passar por reformas. São elas: Amália Lessa (Novo São Caetano), Dílson Cordier (São Roque) Alberto Teixeira Barreto (Califórnia), José Édites (São Caetano) e Calixto Midlej Filho (Nova Itabuna)

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Karoline VitalKaroline Vital | karolinevital@gmail.com
 

A mortalidade diminuiu e a qualidade de vida subiu vertiginosamente depois que a maior parte da população adotou medidas simples como lavar as mãos.

 
Eu já estava desconfiada. Quando peguei o resultado do exame, minha suspeita foi confirmada e fez com que meu mundo desabasse. Acreditava estar tomando as precauções necessárias para evitar aquilo, porém, o que estava escrito no papel do laboratório contrariou minha certeza. Eu carregava dentro de mim algo extremamente indesejado, que me causava nojo intenso. Minha vontade foi correr até a primeira farmácia para eliminar de vez a razão de meu desespero. E foi isso que fiz. Chegando ao balcão, o meu pedido foi incisivo:
– Qual é o remédio mais potente contra lombriga e ameba que vocês têm?
O balconista da farmácia não entendia por que eu estava tão agoniada para eliminar os meus “hóspedes” nada queridos. Deve ter achado uma grande frescura da minha parte. Pegou uma caixa e disse que a droga seria tiro e queda contra os bichos.
Em casa, fui desabafar com minha mãe. Afinal, lombriga e ameba se pega através da ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes.
– Mãe, se eu peguei esses troços, quer dizer que, indiretamente, eu comi cocô. E cocô de sabe lá quem! – como se conhecer a fonte dos dejetos fosse mudar alguma coisa.
– Filha, ter verme é normal. Todo mundo tem! – respondeu-me com desdém.
– Todo mundo tem uma pinoia! Eu não sou depósito de parasita! Estou me sentindo violada, invadida, parece que carrego um alien! Verminose não é como uma espinha, que todo mundo está sujeito a ter. Verme vem da falta de higiene. Sujeira é sinônimo de atraso de vida!
Minha mãe fez um bico, sacudiu os ombros e virou a cara como sinal claro de que estava considerando o meu discurso sanitarista uma grande baboseira. De certa forma, entendi um pouco o que Oswaldo Cruz deve ter sentido no início do século passado. Tudo bem, posso até ter exagerado na cena, porém penso que não deixo de ter razão. Afinal, a humanidade conseguiu se desenvolver mais rápido após a conscientização da necessidade de medidas higiênicas. Limpeza é um bem da modernidade e, através dela, inúmeras doenças puderam ser controladas ou erradicadas. A mortalidade diminuiu e a qualidade de vida subiu vertiginosamente depois que a maior parte da população adotou medidas simples como lavar as mãos antes de ter contato com alimentos, tomar banho diariamente, escovar os dentes, tratar a água, criar rede de esgotos, não acumular lixo, e por aí vai.
O engraçado é que, ultimamente, estão surgindo diversos produtos que garantem proteger você e sua família dos malévolos micro-organismos. Sabonetes bactericidas, álcool em gel, desinfetantes poderosos que fazem os germes gritarem de terror nos comerciais. Mas, paralelamente a isso, fico assombrada como, em pleno século XXI, a era da informação, existe ainda muita gente que encara como normais doenças provocadas pela sujeira. Morre-se de dengue porque cidadãos e cidadãs jogam lixo ao léu e, por mais campanhas educativas que o poder público faça, recusam-se a cumprir a parte que lhes cabe.
Toda essa ignorância acaba resultando em morte. Um sistema medieval coexistindo com a pós-modernidade.
Karoline Vital é comunicóloga.

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O secretário de Saúde de Itabuna, Renam Araújo, anunciou hoje medidas para conter o alto índice de infestação de mosquito da dengue no município. Como o PIMENTA antecipou em primeira mão, o percentual de lares com a presença de larvas do mosquito saltou de 18,4%, em novembro, para 27,1% neste mês (confira aqui).
Dentre as medidas anunciadas pelo secretário, estão prova escrita para avaliação dos agentes, aquisição de veículos para trabalho de combate ao Aedes aegypti, fornecimento de telas para cobertura de reservatórios d´água e campanha de conscientização contra o mosquito transmissor. A prova dos agentes será aplicada amanhã, às 8h, no Colégio Modelo.
O secretário também denunciou que 25% dos domicílios não receberam visita dos agentes de combate à dengue em 2012. Em alguns casos, a última visita ocorreu em março do ano passado. O alto índice de funcionários desviados para outras funções também colaborou para o quadro de infestação apresentado hoje.

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Mosquito da dengueO índice de infestação de dengue em Itabuna passou de 18,4%, em novembro, para 27,1% neste mês. Os dados foram obtidos em primeira mão pelo PIMENTA e revelam que cresce ainda mais o risco de epidemia no município sul-baiano.
O índice signifca que, a cada cem casas visitadas, 27 possuíam criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.
O Levantamento de Índices Rápidos de Infestação de Aedes aegypti (Liraa) também indicou o bairro de Itabuna com o maior percentual de infestação, o Daniel Gomes.
Carente de serviços públicos e localizado na periferia do município, o bairro tem presença de larvas do mosquito em 73,33% dos lares visitados pelos agentes de combate à dengue no Liraa.
Especialista em dengue no município ouvido por este blog afirma que os dados revelam o descaso no combate à doença nos últimos anos. A falta de técnica (e de técnicos) no controle da dengue levou aos números apresentados hoje.
PREOCUPAÇÃO
Apesar do município ter elencado a dengue entre as prioridades Na área de saúde neste início de nova gestão, os agentes ainda não têm coordenação de trabalho. Um técnico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) foi escolhido para o cargo, mas retornou a Itabuna somente nesta semana. “Estamos trabalhando sem rumo, sem direção”, afirma um agente.

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dengue1O Ministério da Saúde repassará R$ 13,2 milhões para o combate à dengue na Bahia. A prioridade será para os municípios que possuem alto risco de epidemia neste verão. Itabuna está na lista. O município registrou o maior índice de infestação de mosquito da dengue em levantamento divulgado em novembro (relembre aqui), com 18,4%.
O percentual indica que, de cada cem casas visitadas, 18 apresentavam criadouros do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Na Bahia, 103 municípios enfrentam risco de epidemia de dengue neste ano, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Ilhéus, com índice de infestação de 6,3%, também está nesse grupo.