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As pessoas que não conseguem liberar-se do luto permanecem enredadas em um ciclo prolongado de tristeza e melancolia. Não estão vendo suas vidas, não estão olhando para vida e sim para a morte, estão estacionando sua energia vital e seguem congeladas no trauma.

 

Rava Midlej Duque || ravaduque@gmail.com

Onde estão os entes queridos que partiram deste plano físico?

Estão nos nossos corpos físicos agora. Na nossa mente, no nosso amor, na nossa voz, na nossa obra, no nosso servir. Estão manifestados em nós!

Assisti a uma entrevista em que uma moça falava da morte sem aviso da sua mãe. E fiquei comovida com o seu entendimento e percepção diante da perda que, segundo ela, foi uma das maiores dores que sentiu. Ela disse: “minha mãe dormiu e não acordou mais em seu corpo físico. E embora a dor seja grande, eu pude aprender algo valioso: nunca mais acordei sem agradecer. Hoje quando eu acordo a minha mãe também acorda. Ela vive em mim, nunca mais acordei sozinha. Eu a sinto em mim, eu sou ela!”.

Achei isso tão bonito, porque trata-se de um entendimento que é constantemente ocultado pelo cenário do luto, quando na verdade, poderia ser óbvio! Mas é como dizem, o óbvio precisa ser dito!

O fato é que viver a nossa vida é a forma mais poderosa de honrar quem já partiu deste plano físico. Os entes queridos que partiram querem que a gente continue vivendo, homenageando-os com a nossa vida. Legitimar essa existência através de nós. A forma que temos de manter viva a memória de alguém é mantendo-o vivo dentro de nós. E se possível, fazer algo de bom com o que foi deixado por essa pessoa, através da sua vida, ensinamentos, ações, comportamentos, palavras.

Então, a partir de agora, quando alguém perguntar onde está aquele seu ente querido que deixou o corpo físico dele, não diga apenas ‘morreu’, diga: está aqui dentro. Vive em mim e através de mim, porque ele sou eu.

Dia 02 de novembro é patenteado como o Dia Internacional dos Finados, com celebrações em diferentes partes do mundo. É o dia dedicado à memória das pessoas que faleceram, é o dia de orar pelas almas que se foram, como foi designada ainda no século X, pelo entusiasta abade Odilon, de Cluny, na França. Em alguns países, este dia é considerado como expressão cultural, dia de celebrar a vida com os mortos, com danças, bebidas, músicas e histórias contadas.

No Brasil é diferente. O luto traz muita resistência, porque tem a ver com o que nós entendemos sobre a morte. A morte nos coloca em uma despedida inevitável. É uma despedida dolorosa. É natural sentir tristeza, dor, muitas vezes culpa ou raiva, da vida, do mundo ou até mesmo da pessoa que partiu. Essa dor pela ausência atinge as pessoas de forma diferente, mas há algo comum e inegociável: em qualquer uma das formas e maneiras, o luto precisa ser vivido! É necessário que se viva a dor da perda, caso contrário a pessoa pode pagar com a própria vida futura por essa negligência.

Para a Terapia Sistêmica, área da terapia em que o meu trabalho está fundamentado, se a pessoa por algum motivo é impedida de viver o luto: não pode falar, expressar, dar espaço para sentir a dor, certamente essa dor não expressa, é provável que essa pessoa vá desenvolver algum um sintoma ou doença psicossomática. Senão ela, algum descendente da sua família vai viver a dor dessa morte depois.

É comum, por exemplo, acontecer essa transferência quando uma mulher tem um segundo filho(a), mas antes passou pela perda do primeiro, e não se deu o direito de viver o luto. A criança que vem depois sente e absorve o peso da morte, por conta de um luto não vivido da mãe. Mas, atenção, não é culpa da mãe! Na verdade, na Terapia Sistêmica e nas Constelações, não trabalhamos com culpas, mas olhando os fatos além do aparente. O luto que não for vivido quando o fato acontece, mais cedo ou mais tarde virá à tona para algum membro da família.

O luto precisa de espaço e tempo para ser visto, olhado de frente, vivido e devidamente expressado! Para cada pessoa isso vai ser diferente. É importante respeitar as fases, mas é preciso atenção para perceber até onde a pessoa consegue atravessar o ciclo do luto sozinha. Muitas pessoas e até mesmo famílias inteiras precisam da intervenção de um profissional para ajudá-los nessa travessia.

As constelações familiares oferecem uma perspectiva muito bonita para lidar com a questão da perda e do que chamamos de luto. Elas desempenham um papel fundamental ao auxiliar o processo de aceitação, liberação e cura. Porque é necessário olhar para a morte de uma maneira mais ampla, além do aparente. Precisamos encarar a perda, incorporá-la, honrá-la e expressar uma gratidão, por tudo que essa pessoa representou em nossas vidas. Quando realizamos uma constelação, estamos liberando emoções, bloqueios e resistências que podem estar ligados à morte de alguém.

É através dessa liberação que adotamos uma postura diferente em relação à morte, quanto mais liberamos nossos sentimentos de luto, mas encontramos vida em nossa própria existência.

É fácil fazer isso, Rava? Não!

É por isso que terapeutas, psicólogos, profissionais como eu, desempenham um papel fundamental nessa jornada de aceitação. Através de uma abordagem sensível, compassiva e recursos eficazes, podemos ajudar as pessoas a identificar o que as mantém presas a um luto que perdura por 5, 10, 20 ou 30 anos, para então permitir que essas emoções sejam ressignificadas e se dissipem.

O luto, quando bem trabalhado, nos faz lembrar da vida e nos permite honrar a memória daqueles que se foram.

A vida tem um desejo inato de ser amada e respeitada, e a memória daqueles que partiram permanece em nós de várias formas. Por isso, ao invés de lastimar, pesar, sofrer, é sugerido que a gente aprenda a considerar o que foi. E quem sabe, aprender a celebrar quem já partiu através de boas histórias, replicar uma receita de bolo que a mãe fazia, comprar aquele aroma que faz você lembrar daquela pessoa, ou colocar a música que ela gostava e saudar, celebrar, agradecer o tempo que estiveram juntos. Existem várias formas de se fazer, não precisa ser com peso, com sofrimento e com lamentações permanentes e infinitas.

As pessoas que não conseguem liberar-se do luto permanecem enredadas em um ciclo prolongado de tristeza e melancolia. Não estão vendo suas vidas, não estão olhando para vida e sim para a morte, estão estacionando sua energia vital e seguem congeladas no trauma e criando somatizações e bloqueios emocionais e espirituais.

É curioso como a palavra LUTO tem sido utilizada. A etimologia da palavra luto vem do latim ‘luctus,us’, que significa dor, mágoa, lástima, aflição, pesar, lamentar. Quando a pessoa entra em luto ela entra em aflição, lamentação. Eu não gosto de usar a palavra’ luto’. Prefiro substituir pela palavra ‘honra’. A origem da palavra honrar vem do latim ‘honrare’, tratar com consideração e crédito. Prestar honra e respeito. Sinônimo de honrar é agradecer, enobrecer, elevar, engrandecer e valorizar.

Gosto de pensar por essa via. Ir ao cemitério faz parte da nossa cultura. Entretanto, entendo que mais importante do que ir aos túmulos, acender velas, levar flores, é saber, por exemplo, que os meus avós que já se foram deste plano físico, vivem em mim, através de mim. Nenhum pai morre, nenhuma mãe morre, porque a vida deles está dentro de nós.

Rava Midlej Duque é terapeuta sistêmica, consteladora familiar e especialista em Psicologia Gestacional.

Cemitério Campo Santo terá missas durante todo o dia
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A administração do Cemitério Campo Santo, no bairro Pontalzinho, em Itabuna, espera que a tradição seja mantida e cerca de 3 mil pessoas visitem os túmulos de seus entes queridos até esta quinta-feira (2), Dia de Finados. O movimento começou na segunda-feira (30) e seguiu intenso nesta quarta-feira (1º), com parente que decidiu antecipar a visitação para fugir da aglomeração ou para aproveitar o feriadão na praia.

Mas o movimento maior no Cemitério Campo Santo será nesta quinta-feira, quando haverá missas a partir das 7h. A primeira delas será celebrada pelo padre José Andrade Paz, da Paróquia Santo Antônio. No decorrer do dia serão celebradas mais oito missas para que os familiares compareçam e prestem as homenagens aos seus entes queridos.

De acordo com a programação, a missa das 8h será celebrada pelos padres das paróquias Santa Maria Goretti e Nossa Senhora das Vitórias, Vanildo Nascimento e Gabriel Assis. Às 9h, a programação prossegue com os padres da paróquias São Judas Tadeu e Nossa Senhora da Conceição, Acássio Alves e .

Às 10h, a missa será concelebrada pelos padres das paróquias Senhor do Bonfim e Quase Paróquia Nossa Senhora das Graças, Manuel Carlos de Jesus e Ricardo Nunes. A primeira parte da celebração religiosa, na quinta-feira, encerra-se às 11h, com o pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, frei José Luiz. Depois haverá intervalo de 3 horas para o almoço.

A segunda parte da programação começa às 14h com celebração dos religiosos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Quase Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Ezequiel Gonçalves e Unaldo Júnior. Na sequência às 15 h, a celebração fica a cargo dos párocos Tony Valério e Renaldo Jacinto, da Igrejas Santa Maria Madalena e Santa Inês, respectivamente. Às 16h, a missa será celebrada pelo padre Diego Americano, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade. A última missa pelo Dia de Finados começa às 17h, celebrada pelo bispo Dom Carlos Alberto dos Santos, da Diocese de Itabuna.

Programação religiosa será no Cemitério Campo Santo
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O Dia de Finados terá programação especial da Igreja Católica em Itabuna. A primeira missa do feriado desta quarta-feira (2) será às 7h, com celebração do padre Adriano Fernandes, na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no Cemitério Campo, no Pontalzinho. Outras oito missas serão realizadas no decorrer do dia, na mesma paróquia.

De acordo com a programação, às 8h, a missa será celebrada pelo padre Acássio Alves, da Paróquia São Judas Tadeu; em seguida, às 9h, a homenagem à memória dos entes queridos será conduzida pelo padre Renaldo Jacinto, da Paróquia Santa Inês.

A programação continua às 10h, ainda na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, com os padres Vanildo Nascimento e Gabriel Assis. Depois, às 11h, será vez dos padres Manuel Carlos de Jesus e Ricardo Nunes.

Já à tarde, às 14h, a missa será conduzida pelo padre Diego Oliveira e o pelo frei Gilton Santos. A celebração das 15h ficará a cargo dos padres Ezequias Gonçalves e Unaldo Júnior.

Às 16h, o momento de reflexão sobre as pessoas que já deixaram a vida será com os padres Tony Valério e José Andrade Paz.  A última missa do Dia de Finados em Itabuna vai ser celebrada pelo bispo dom Carlos Alberto dos Santos, às 17h, com o auxílio do padre Gilvan de Oliveira.

Cemitério de Itabuna terá missa de uma e uma hora
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A Diocese de Itabuna e a administração do Cemitério Campo Santo divulgaram, nesta quinta (28), a programação de missas do Dia de Finados, próxima terça-feira (2). O visitante deverá respeitar as regras sanitárias do período pandêmico, com uso de máscara e álcool em gel e distanciamento de 1, 5 metro.

As missas começam a ser celebradas às 7h da terça (2), celebrada pelo padre da Igreja Santo Antônio.  A segunda missa do dia será às 8h, celebrada pelo padre da Paróquia Santa Maria Goretti. Às 9h, a celebração ficará a cargo das paróquias São Judas Tadeu e Nossa Senhora da Conceição.

A missa das 10h será celebrada pelos padres das paróquias Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora das Graças. A programação do período da manhã será encerrada com uma missa celebrada pelo pároco da Nossa Senhora da Piedade. À tarde, a partir das 14h, as homenagens aos falecidos seguem sob o comando dos representantes das paróquias de Nossas Senhoras Aparecida e Guadalupe.

Na sequência, sempre com intervalo de uma hora, serão realizadas missas pelas paróquias Santa Rita e Nossa Senhora das Vitórias (15h) e Santa Maria Madalena e Santa Inês (16h). O encerramento, às 17h, será feito pelo bispo diocesano, Dom Carlos Alberto dos Santos. Atualizado às 22h21min para acréscimo de informações.

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Quem for ao Cemitério Campo Santo, em Itabuna, na próxima segunda (2), Dia de Finados, terá que seguir todas as regras sanitárias estabelecidas pela Prefeitura de Itabuna por causa da pandemia do novo coronavírus.

O Decreto Municipal 13.639 determina o uso obrigatório da máscara em ambientes públicos. A pessoa deverá estar de máscara desde a entrada e durante a permanência no cemitério. Do contrário, será obrigado a sair.

Para proteção de todos, a recomendação é que seja mantido o distanciamento de um metro e meio e use álcool em gel. As visitas poderão ser feitas das 7h às 17h. O cemitério Campo Santo está situado ao lado do Hospital Calixto Midlej Filho, no final da Rua Antônio Muniz, no Pontalzinho.

MISSAS

Devido à pandemia, o número de participantes em cada missa será limitado a 30. A primeira celebração será às 7h, com o vigário Francisco de Paulo, da Paróquia Santa Maria Goretti. A segunda ocorrerá às 9h, com celebração do pároco Nicolau Klak, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. A programação ainda prevê missa às 11h, às 14h e às 16h, esta última a ser celebrada pelo bispo diocesano Dom Carlos Alberto Santos.

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campo santoA programação de missas no Dia de Finados foi divulgada hoje pela gerência do Cemitério Campo Santo, administrado pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.
Haverá celebração a cada hora, a partir das 7h da manhã do próximo domingo (2), com intervalo apenas no horário de almoço. De acordo com a Santa Casa, todas as missas serão celebradas em palanque dentro do Campo Santo.
A programação foi elaborada pela Diocese de Itabuna. O Monsenhor Moisés Souza e o Bispo Dom Ceslau Stanula encerram as celebrações, às 17 horas.
Confira programação

Horário
Paróquia responsável
Celebrante
07 horas
Nossa Srª da Conceição
Pe. Antonio Calazans
08 horas
Stª Rita de Cássia
Frei José Genilton
09 horas
Nossa Srª da Vitória
Pe. Alessandro Alves
10 horas
Senhor do Bonfim
Pe.Alberto Kruschewsky
11 horas
Nossa Srª da Peidade
Pe. José Grzywacz,CSsR
14 horas
Santa Mª Madalena
Pe. José Roque
15 horas
Nossa Srª Aparecida
Pe. Wesley do Carmo
16 horas
Santa Mª Goretti
Pe. Davi dos Santos
17 horas
Diocese de Itabuna
Catedral São José
Dom Ceslau Stanula
Pe. Moisés de Souza
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Cemitério Campo Santo terá missa a cada hora neste sábado.
Cemitério Campo Santo terá missa a cada hora neste sábado.

A programação de Finados do Cemitério Campo Santo, em Itabuna, prevê missa a cada hora neste sábado (2). As missas serão celebradas por padres e pelo bispo da Diocese local, Dom Ceslau Stanula. Pela manhã, as missas vão até as 11h. À tarde, as celebrações começam às 14h e serão encerradas às 17h, com o bispo itabunense.

Para o Dia de Finados, o Campo Santo passou por limpeza e pintura. Segundo a administração do cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, muitas pessoas anteciparam a visita aos túmulos de parentes e amigos, neste ano, para algum tipo de reparo.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DAS MISSAS

7h – Padre Antônio Calazans (Paróquia N. Sra. da Conceição)
8h – Frei José Genilton (Paróquia Santa Rita de Cássia)
9h – Padre Alessandro Alves (P. Nossa Sra. da Vitória)
10h – Padre Alberto Kruschewsky (Paróquia Senhor do Bonfim)
11h – Padre José Grzywacz (Paróquia N. Sra. da Piedade).
14h – Padre Acássio Alves (Paróquia Santa Inês)
15h – Padre Wesley do Carmo (Paróquia N. Sra Aparecida)
16h – Padre Davi dos Santos (Paróquia Santa Maria Goretti)
17h – Bispo Dom Ceslau Stanula e Monsenhor Moisés (Catedral de São José).

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Cemitério Campo Santo passou por reforma para o Dia de Finados.

Mantendo a tradição do Dia de Finados, a programação do Cemitério Campo Santo em Itabuna, amanhã, 2, terá missa a cada hora. A primeira delas será celebrada às 7h pelo padre Antônio Calazans, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição.

O bispo diocesano Dom Ceslau Stanula encerrará as celebrações às 17h, acompanhado de Monsenhor Moisés de Souza (confira programação no “leia mais”, abaixo). São esperados milhares de fiéis e de familiares nas homenagens aos finados. A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna fez reformas na necrópole.

Confira programação de missas no Leia Mais