Janja divulga mensagem no Dia Internacional da Mulher
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A primeira-dama Janja Lula da Silva publicou vídeo em suas redes sociais para marcar o Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (8). Segundo ela, as mulheres se encontram na luta, mas se fortalecem no abraço, no acolhimento mútuo, com o poder do afeto.

“Quero falar do quão essencial é abraçar e acolher, em todos os sentidos, as mulheres que estão ao nosso redor, em casa, no trabalho, nas escolas, nos grupos de amigas e nos nossos lugares de fé. Afinal, não existe luta sem coletividade e não existe luta sem afeto”, disse. Assista ao pronunciamento.

Vanessa da Mata se apresenta em Ilhéus no próximo dia 8 || Foto Divulgação
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A cantora e compositora Vanessa da Mata se apresenta em Ilhéus, no próximo dia 8, a partir das 18h, em show aberto ao público. A apresentação, na Praça Dom Eduardo, em frente à Catedral de São Sebastião, no Centro Histórico, vai marcar o Dia Internacional da Mulher.

O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SPM). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (23), pela titular da Pasta, Carla Serafim. “Será uma homenagem especial a todas as mulheres, repleta de inspiração, empoderamento e celebração da diversidade feminina”, afirmou.

Com uma voz que mistura suavidade e potência, Vanessa da Mata também é uma compositora de mão cheia. Ouça, abaixo, Gente Feliz, resultado de parceria da artista com o produtor musical Maurício Pacheco e o baiano Russo Passapusso (BaianaSystem).

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Hoje, o melhor presente que a sociedade pode oferecer a nós, mulheres, é reconhecer nossos corpos e vidas como territórios políticos, fazer ecoar nossas vozes e se unir às nossas lutas.

Aline Setenta

Ao contrário do que foi difundido durante muito tempo, o Dia Internacional da Mulher comemorado hoje (8) não tem vinculação apenas com um incêndio numa fábrica norte-americana. A data teve alguns eventos relacionados à sua origem até ser oficialmente reconhecida pela comunidade internacional. Sua origem mais remota está relacionada a uma manifestação de trabalhadoras ocorrida em 1910 na cidade de São Petersburgo, na Rússia, por melhores condições de vida.

De acordo com a socióloga Eva Alterman Blay, a proposta para marcar um dia de mobilização nasceu no âmbito do Partido Comunista da Alemanha, com as operárias comunistas sufragistas, como consolidação das lutas que se iniciaram na virada do século 19 para o século 20, na Europa e nos Estados Unidos. A ideia de um dia de mobilização foi proposta inicialmente por Clara Zetkin, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em 1910, em Copenhague, capital da Dinamarca. Nesse momento ainda não havia a definição de uma data específica.

Em 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Companhia de Blusas Triângulo, em Nova York, vitimou 125 mulheres e 21 homens que estavam submetidos a condições degradantes de trabalho. Apesar desse evento específico ter sido identificado como a origem do Dia da Mulher, não foi o único, segundo a pesquisadora.

Outro evento histórico, considerado por Blay como mais importante, foi a greve organizada por trabalhadoras russas do setor de tecelagem, no dia 8 de março de 1917, quando cerca de 90 mil operárias protestavam contra as más condições de trabalho, a fome e a participação do país na Primeira Guerra Mundial.

Mulheres reivindicam pão e paz na São Petersburgo revolucionária de 1917 || Foto Domínio Público

Oficialmente, o 8M somente surgiu em 1975, quando a ONU estabeleceu o Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais. Apenas em 2010 foi criada a ONU Mulheres e sua agenda se destacou no âmbito institucional, do Direito Internacional e dos Direitos Humanos.

Nos seus 48 anos de existência, o “Dia da Mulher” vem sentindo os efeitos do avanço dos movimentos feministas ao redor do mundo. Assim como algumas pautas feministas, o 8M ganhou espaço no mainstream e foi apropriado pela mídia hegemônica, provocando um esvaziamento de seu sentido original. Certamente, a popularização da data não tem apenas efeitos negativos, entretanto, a recuperação de seu sentido é fundamental para o avanço da garantia dos direitos das mulheres – e há muito por onde avançar.

O 8M não tem em sua gênese a celebração, não é uma data comemorativa, é um dia de mobilização e reinvindicação política das mulheres por igualdade de direitos. Certamente, as pautas das feministas europeias da primeira onda ganharam espaço na agenda internacional ao longo do tempo, houve avanços na positivação dos direitos, entretanto, há muitas lutas a serem reconhecidas. Será que dá pra comemorar “ser mulher” num mundo e num país tão injusto para elas? Será que é coerente parabenizar as mulheres brasileiras num dos países mais violentos do mundo para as mulheres e meninas?

Por certo, as mulheres que nos antecederam nas lutas que deram origem ao 8M não representam mais a diversidade das mulheres do mundo nem o cruzamento das opressões e dos esquemas de exclusão que interferem nas estratégias de luta e na garantia de direitos, especificamente no caso do Brasil.

Se há algo a ser celebrado, é a ampliação e os desdobramentos dessas lutas e o protagonismo das mulheres historicamente excluídas dos espaços políticos, como é o caso das mulheres negras e indígenas brasileiras. Audre Lorde, feminista negra, nos alerta: “não serei livre enquanto outra mulher for prisioneira, ainda que as correntes dela sejam diferentes das minhas”.

Ser uma mulher no Brasil, olhando para os últimos dados da violência doméstica, para a realidade socioeconômica das mulheres negras e periféricas, para a divisão sexual do trabalho, para a LGBTQIA+ fobia, para o abuso sexual infantil, a cultura do estupro, a misoginia em avanço nas redes sociais, nos convoca ao retorno ao sentido político desse dia.

8M é dia de reconhecer a importância política dos movimentos feministas, ouvir as vozes das mulheres historicamente silenciadas, consolidar, legitimar e garantir o lugar das mulheres na política e combater todas as formas de preconceito e discriminação em razão de gênero, classe, raça e diversidade sexual.

À todas as mulheres e meninas na linha de frente, nas trincheiras das lutas políticas, em todos os cantos desse país, assim como àquelas que deram origem a esse dia, que resistem duplamente às opressões e aos desafios da construção e permanência nos espaços políticos, que têm seus corpos violentados e violados por serem mulheres, minha homenagem, meu reconhecimento e minha solidariedade.

Hoje, o melhor presente que a sociedade pode oferecer a nós, mulheres, é reconhecer nossos corpos e vidas como territórios políticos, fazer ecoar nossas vozes e se unir às nossas lutas.

Aline Setenta é professora de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Wilmaci é a autora da proposta de sessão especial || Foto Divulgação
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Proposta pela vereadora Wilmaci Oliveira (PCdoB), a Câmara de Itabuna promove sessão especial para discutir oportunidades e desafios da mulher no mercado de trabalho. A sessão, comemorativa ao Dia Internacional da Mulher, será nesta terça-feira (7), às 16h30min, na Câmara.

Do evento participam a advogada Larissa Moitinho, que abordará os direitos da trabalhadora que é mãe, e Marselha Dellian, que falará sobre assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. Kerollayny Behrmann, do SineBahia, falará de qualificação feminina para o mercado de trabalho.

A programação proposta pela vereadora Wilmaci também discutirá os desafios da mulher trabalhadora, com Nelcir Santana, e a jornada dupla de trabalho, autocuidado e motivação feminina, com Milena Barros e a psicóloga Samara Pitombo.

Equipamento assegura posição mais confortável para o parto
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A partir desta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, passa a contar com mais uma opção de escolha das suas gestantes para a realização do parto normal: a banqueta de parto vertical.

O equipamento permite que, durante o parto, a mulher permaneça sentada com os pés no chão. Com isso, os músculos do assoalho pélvico ficam mais relaxados, facilitando o nascimento do bebê. Outro benefício é que essa posição não força as articulações de joelho, tornozelo e demais membros inferiores.

“A banqueta de parto vertical ajuda a mulher a se fortalecer na sua competência natural para dar à luz e é a tecnologia relacional mais importante no parto”, explica a diretora médica do HMIJS, Esther Vilela.

Especialista em obstetrícia, a médica acrescenta que a posição vertical é a mais fisiológica, pois ajuda a mulher no período expulsivo. “O bebê nasce melhor, previne a asfixia e protege melhor o períneo”, revela. A técnica foi bastante utilizada no passado, mas, por comodidade – mais dos profissionais do que em benefício do parto – mudou-se o padrão.

De acordo com a médica, para o processo transcorrer da melhor maneira possível – e de forma humanizada – a mulher precisa ter a liberdade para vivenciar o seu trabalho de parto da forma que ela quiser, se movimentando, indo para o chuveiro, para a bola, para o cavalinho, que são outras opções de alívio da dor oferecidas pelo Hospital Materno-Infantil.

PRIVACIDADE

“Nesta hora ela precisa de privacidade, ir para um lugar que ela não se sinta observada e ela precisa de pessoas que aumentem a sua confiança e a sua capacidade em dar a luz”, assegura a especialista, que trabalhou junto às equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e como consultora do Ministério da Saúde na Política Nacional de Humanização. Neste dia 8, o Hospital Materno-Infantil completa 90 dias do seu primeiro parto realizado.

Militantes sem terra ocupam fazendas em Jussari e Itabela || Foto MST
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Cerca de 100 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, no início da manhã desta terça-feira (8), a Fazenda Botafogo, em Jussari. O ato no município do sul da Bahia faz parte da mobilização nacional das trabalhadoras sem terra e quilombolas neste Dia Internacional da Mulher.

Neste ano, a Jornada Nacional de Luta das Mulheres propaga o lema “Terra, trabalho e direito de existir. Mulheres em luta não vão sucumbir”.

De acordo com o MST, a fazenda tem 313 hectares, é improdutiva e foi ocupada para desapropriação por meio do Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Também na manhã de hoje, o movimento ocupou a fazenda onde funcionava a empresa de Frutelli Culturas Tropicais, em Itabela, no extremo-sul do estado.

Grandes nomes regionais da música se apresentarão na Praça de Alimentação do Shopping hoje (8)
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O Shopping Jequitibá terá programação especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março. A data será marcada pela live Pink Day, às 18h30min, no instagram do shopping (@shoppingjequitiba). A live terá uma hora e meia de duração, com a participação das lojas O Boticário, Detalhes, Imaginarium e Natura, com promoções em vários produtos e sorteio de brindes.

Durante todo o dia 8, numa parceria com a rádio Boa FM, haverá shows na Praça de Alimentação, com as presenças de Kocó do Lordão, Ari PB, Gian Girotto, Cristiano Pires e Cris Mel. Um dia de muita música para celebrar a data em ambiente seguro e aconchegante.

“Estamos prestando uma justa homenagem às mulheres que, com talento, determinação, sensibilidade, são capazes de tornar o mundo melhor”, afirma superintendente do Shopping Jequitibá, Vera Lúcia Guimarães. Mais informações em www.shoppingjequitiba.com.br

Presidente da Emasa presta homenagem a funcionária no Dia da Mulher
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As colaboradoras das três unidades da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) foram recebidas, na chegada ao trabalho, com rosas e uma mensagem parabenizando-as nesta segunda-feira, dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

O presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filhos, e os diretores Bruno Mendonça, José Silva e Silva e José Erivânio prestaram a homenagem em nome da empresa. O presidente Raymundo Mendes destacou a importância da mulher na sociedade, suas lutas e conquistas, salientando a importância do papel desempenhado pelas servidoras da Emasa.

“Todos nós sabemos como foi a luta das mulheres para conquistar mudanças comportamentais em nossa coletividade. Atualmente, a presença de vocês no mercado de trabalho é de suma importância. A Emasa é privilegiada por contar com colaboradoras tão comprometidas e extremamente competentes”, disse Mendes.

A coordenadora de Assistência Social da Emasa, Maria D’Ajuda Nascimento, agradeceu em nome das colegas e disse que homenagens como a de hoje servem para valorizar e elevar a autoestima das funcionárias. “Esse tipo de homenagem mostra o reconhecimento da direção da empresa à mão de obra feminina e eleva a nossa autoestima, pois, valoriza o nosso trabalho. Em nome das demais mulheres do nosso quadro de pessoal, agradeço pela lembrança”, finalizou D’Ajuda.

Em um terço dos casos, origem das agressões estava em não aceitar fim de relação || Foto Marcos Santos/USP
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A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro analisou 107 processos em tramitação nos tribunais do júri fluminense, que julgam casos de atentado contra a vida. Mulheres entre 21 e 40 anos, atacadas em casa, à noite ou de madrugada, a faca ou a tiros, pelo companheiro ou ex-companheiro, é o perfil mais comum das vítimas de tentativa de feminicídio. A pesquisa traçou um panorama dos assassinatos de mulheres no estado. O levantamento foi divulgado hoje (6) para marcar o Dia Internacional da Mulher, que será comemorado no domingo (8).

Segundo a pesquisa, uma em cada três agressões é atribuída, pelo autor do crime, à dificuldade em aceitar o fim do relacionamento. Outros motivos foram discussão por razões diversas, vingança, ciúme, estupro e recusa da vítima em manter relação sexual.

A maior parte dos crimes ocorreu entre pessoas que namoravam, estavam casadas ou vivendo em união estável (40%) ou tinham uma relação anterior (42%), sendo que 62% dos relacionamentos eram de até cinco anos. Quase todas as mulheres foram submetidas a episódios anteriores, registrados ou não em delegacia, de violência doméstica. Segundo o estudo, muitas não denunciaram os agressores por medo ou porque foram coagidas por eles.

A maioria dos crimes ocorreu de noite (39%) ou de madrugada (34%). Juntos, observa-se que 73% dos crimes foram praticados no período de descanso. Além disso, em 72% dos casos, a agressão ocorreu na residência da vítima. Os autores utilizam, em 44% dos casos, uma faca para cometer o crime, seguida da arma de fogo (17%).

VIOLÊNCIA ANTERIOR

O trabalho consistiu na leitura e análise documental de processos sobre o assunto. Dos 107 processos estudados, ajuizados entre 1997 e 2019, 40 foram julgados, dos quais 31 terminaram em condenação. No total, 69 contêm relatos de violência doméstica anterior, apenas 23 dos quais anotados na folha de antecedentes criminais do autor.

“O que chama a atenção é que vários processos têm relatos de violência doméstica anterior, mas em muito poucos foi acionada a polícia ou houve o registro de ocorrência dessas violências anteriores. A gente tem que procurar entender por que tantas mulheres ainda vivenciam o ciclo da violência, mas não se socorrem das medidas protetivas de todo o sistema que a Lei Maria da Penha oferece para prevenir um fato mais grave”, disse a coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria, Flavia Nascimento.

INTIMAÇÃO

De acordo com a defensora pública, é preciso investir mais na qualificação e sensibilização dos profissionais que atuam na rede de proteção à mulher nos sistemas de justiça e de segurança pública para as questões de gênero.

Segundo Flavia, a dificuldade em intimar o réu é um dos motivos para o atraso nos julgamentos, mas a maior demora para a conclusão dos casos ocorre ainda na fase de inquérito policial. “Isso contribui para que a mulher desacredite no sistema de justiça como uma das alternativas para a solução do seu problema de violência doméstica”, acredita.

Para a diretora de Estudos e Pesquisas de Acesso à Justiça, Carolina Haber, coordenadora da pesquisa, o ciclo de violência atinge principalmente mulheres muito vulneráveis, vivendo em áreas carentes, com forte relação de dependência econômica com o agressor.

“O que o poder público tem que fazer é dar condições para que a mulher se sinta acolhida num primeiro momento. Se ela não chega a fazer registro na delegacia é porque, de fato, ela não vê o Estado como passível de prover uma política pública que dê acolhimento”.

Projeto Vida Saudável terá homenagens em aulão na Beira-Rio
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Que tal perder calorias se divertindo e ainda homenagear as mulheres? Essa é a proposta do Aulão de Ginástica, promovido pelo Projeto Vida Saudável, no próximo sábado (7), véspera do Dia Internacional da Mulher). O evento começa às 6h30min, na Praça Rio Cachoeira (Beira-Rio), em Itabuna.

O Projeto Vida Saudável é uma ação colaborativa do Instituto Sorria, juntamente com o Sindicato dos Comerciários de Itabuna e da comunidade, principalmente dos bairros próximos ao Recanto dos Comerciários, onde as aulas são ministradas.

As pessoas interessadas em participar do Projeto Vida Saudável podem fazer suas inscrições no Recanto dos Comerciários (Rua Aurora, 270, Bairro Conceição).

Exposição em celebração ao Dia Internacional da Mulher
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A Defensoria Pública do Estado da Bahia em Ilhéus iniciou, nesta terça-feira (3), uma série de atividades com objetivo de difundir e fortalecer a educação em direitos das mulheres. A programação para celebrar o março mulher teve início hoje à tarde, na sede do órgão, com a exposição de fotos e textos “Lugar de mulher é onde ela quiser”.

Desenvolvido pelas professoras Viviane Briccia e Romari Martinez, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o projeto entrevistou diferentes moradoras de Ilhéus, Itabuna e outros municípios do sul da Bahia. A professora registrou vários depoimentos sobre como a condição de mulher influenciou a performance profissional e a vida. Uma roda de conversas com as autoras será realizada na abertura da exposição que seguirá na sede até sexta-feira (6).

No mesmo 6 de março, a Defensoria Pública em Ilhéus participará de uma roda de conversa com estudantes de ensino médio de um colégio particular no município. Serão abordados temas relacionados à situação de mulheres em vulnerabilidade que enfrentam casos de violência doméstica e institucional. Além disso, embora sem data e local ainda definidos, já está programado uma roda de conversa sobre temas correspondentes no município de Itacaré.

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Jaciara Santos PrimoreJaciara Santos | jaciarasantos@primoreconsultoria.com.br

 

Imediatamente as lágrimas vieram aos meus olhos e fiquei ali observando uma amiga dar força à outra e, instantaneamente, aquelas duas amigas se abraçaram e compartilharam tamanha cumplicidade que me fez indagar uma vez mais: “De onde vem tanta força?”.

 

Ao longo dos anos, a mulher conseguiu novos direitos. Refiro-me mais especificamente às conquistas pelos direitos trabalhistas e pelas leis de proteção à mulher, que ganha notoriedade a cada dia.

Porém, falo hoje do espaço que nós mulheres estamos ganhando no mercado de trabalho, nas faculdades, no caminho em busca de maior aprendizado para evoluirmos em nossas carreiras e vidas. A mulher busca qualificar-se melhor e aprender mais, mesmo com todos os desafios e dificuldades.

Enfrentamos a vida com muito amor e bom humor. Ao mesmo tempo em que lidamos com uma jornada de trabalho às vezes fatigante e desafiadora, chegamos a casa para cuidar de nossa família.

Muitas vezes observo o exemplo de algumas mulheres e penso… “De onde vem tanta força”?

Em uma de minhas caminhadas pela cidade, encontrei duas senhoras conversando e compartilhando suas experiências… Reparei quando uma disse a outra: “Não desista, se a vida te enche de desafios é porque, com certeza, com a força que você tem irá superá-los. O que é um câncer para te derrubar?”

Imediatamente as lágrimas vieram aos meus olhos e fiquei ali observando uma amiga dar força à outra e, instantaneamente, aquelas duas amigas se abraçaram e compartilharam tamanha cumplicidade que me fez indagar uma vez mais: “De onde vem tanta força?”.

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Valéria Ettinger1Valéria Ettinger | lelamettinger@gmail.com

Enquanto “houver uma mulher em condições não dignas, isso irá repercutir em todas as mulheres” e, assim, todas nós estaremos aprisionadas, sendo conduzidas pelos valores machistas.

Eu recebo flores, mas preciso lutar por igualdade;

Eu recebo flores, mas meu salário é menor que o dos homens;

Eu recebo flores, mas tenho dificuldade de conseguir emprego por causa da maternidade;

Eu recebo flores, mas não tenho o direito de usar a roupa que quero porque sou estigmatizada;

Eu recebo flores, mas dizem que tenho culpa se sou violentada;

Eu recebo flores, mas não existem políticas públicas para a minha saúde enquanto mulher trabalhadora urbana, rural, das florestas e ou do mar;

Eu recebo flores, mas ainda sou tratada como objeto a ser consumido;

Eu recebo flores, mas meu corpo é tratado como uma propriedade privada;

Eu recebo flores, mas dizem que se sou do lar não faço nada e se sou mulher trabalhadora tenho que enfrentar jornadas triplas, sem ajuda e sem reconhecimento;

Eu recebo flores, mas as instituições ainda me tratam com indiferença, escárnio ou dúvida;

Eu recebo flores, mas a CPMI da Violência contra a Mulher ressaltou o assassinato de 43,7 mil mulheres no País entre 2000 e 2010, 41% delas mortas em suas próprias casas, muitas por companheiros ou ex-companheiros;

Eu recebo flores, mas a cultura machista me prendeu em uma identidade de submissão e fraqueza;

Eu recebo flores, mas dizem se sou independente e tenho um bom salário sou uma ameaça aos homens;

Eu recebo flores, mas não posso deixar de enfrentar ou me permitir ser maltratada;

Eu recebo flores, mas ninguém pode me condenar se eu resolver praticar um aborto. As consequências são minhas;

Eu recebo flores, mas gostaria que as mulheres não criassem seus filhos no padrão da cultura machista;

Eu recebo flores e continuarei lutando para que outras mulheres não sofrerem estupros sejam eles individuais ou coletivos;

Eu recebo flores, mas ainda preciso de uma lei que puna severamente os crimes contra a minha integridade física e moral;

Eu recebo flores e gostaria de ver todas as mulheres estudando e trabalhando;

Eu recebo flores e todos os anos, no Dia Internacional da Mulher, lembrarei que nós, mulheres, precisamos nos reconhecer enquanto sujeitos de direitos, nos unirmos em favor de outras mulheres em estado de vulnerabilidade e jamais nos julgarmos por nossas atitudes. Devemos minar cotidianamente todos os espaços de discriminação, romper com os estereótipos, não aceitar e nem reproduzir atitudes sexistas. E, sobretudo, tomar muito cuidado com a criação das filhas e (dos filhos), rejeitar os modelos de feminilidade, desobedecer os códigos de conduta impostos pela divisão sexual do trabalho: mulher não ri assim, não sente e anda assim, não faz, não pode. O feminismo é política e teoria, mas é também um estilo de vida, uma forma de estar no mundo. Trata-se da politização da experiência pessoal (GOMES, 2012, p. 29), pois enquanto “houver uma mulher em condições não dignas, isso irá repercutir em todas as mulheres” (TELES, 2012, p.29) e, assim, todas nós estaremos aprisionadas sendo conduzidas pelos valores machistas.

Valéria Ettinger é professora universitária e assessora do TJ-BA.

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Intervenções teatrais, panfletagem, mesa redonda e exposições sobre violência contra a mulher farão parte da programação que os coletivos Marcha das Vadias,  LGBT Uesc, Feminista Maria Quitéria e o Ciclo de Encontros das Margaridas prepararam para o Dia Internacional da Mulher, 8 de março.
As intervenções, seguidas de panfletagem, ocorrerão em diversos bairros de Itabuna, nos horários das 7h às 8h e das 11h às 14h, contando com a participação de militantes e artistas.
Na Uesc, uma programação com mesa redonda e exposições será desenvolvida ao longo de todo o dia.

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Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Mas, infelizmente, os números da violência contra o chamado “sexo frágil” ainda são preocupantes. Segundo pesquisa realizada no ano passado em 25 estados do país pela fundação Perseu Abramo, em parceria com o SESC, a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas fisicamente.

E, mesmo com o aumento de 13% das verbas da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o valor liberado para o principal programa da pasta caiu 22% em relação ao que foi efetivamente gasto no ano passado (veja tabela).

Em 2010, o programa de “combate à violência contra as mulheres” foi o mais bem executado pela secretaria. Foram gastos R$ 45,7 milhões, incluindo os “restos a pagar”, dívidas acumuladas em anos anteriores que foram pagas no ano passado. Para 2011, somente R$ 36,9 milhões foram autorizados para serem gastos em projetos de ampliação e consolidação da rede de serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência. Leia mais no Contas Abertas.