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Jackson Moreira disputou comando do PT itabunense.
Jackson Moreira disputou comando do PT itabunense.

Candidato derrotado na disputa pela presidência do diretório do PT de Itabuna, Jackson Moreira defendeu uma união do partido e mudança de postura do principal líder da legenda no município, Geraldo Simões.

– Estamos no firme propósito de participar da direção colegiada, recuperar essa história rica do nosso partido, mas a postura do principal líder municipal da legenda e de um ex-petista e hoje filiado ao PSL não ajuda. Geralmente, o vencedor é magnânimo com o vencido – ensina Jackson em contato com o PIMENTA.

De acordo com o petista, o ex-filiado passou a tripudiar de pessoas que não votaram em Flávio Barreto, seu adversário na disputa interna. “O ex-filiado tripudiava e mandava imagem dizendo para ir chorar no Pé do Caboclo, em Salvador”, indigna-se. Jackson ressalva que a postura de Flávio é diferente (“o presidente se posta com bastante decência, é pessoa solidária, companheira”).

Jackson defende que Geraldo faça uma reavaliação e se reaproxime de nomes como o deputado estadual Rosemberg Pinto, “que hoje é nossa maior liderança regional, buscar o campo e tempo perdidos, conquistar mandato de deputado federal e, quem sabe, voltar à prefeitura em 2020. Mas, para que isso aconteça, não dá para conquistar desse jeito de hoje, tripudiando das pessoas e fazendo jogo de palavras”, afirma.

VOTAÇÃO EM QUEDA

Na opinião de Jackson, o PT itabunense precisa também de uma reavaliação. Dos 3,5 mil filiados, só 2.240 estavam aptos a votar no último domingo (9), segundo ele. “Porém, pouco mais de 470 pessoas foram votar”, acrescentou.

Jackson também observou que o PT já obteve 40 mil votos em Itabuna. “Na última eleição [a prefeito], tivemos apenas para 8 mil”. Segundo ele, “o PT funciona na casa do ex-prefeito”.

DESEMPENHO

Jackson também avaliou seu desempenho na disputa, quando obteve 31% dos votos válidos. “Passamos mais de 40 dias, junto com Geraldo, buscando uma unificação. Sinalizaríamos para a militância a responsabilidade que temos com a cidade e com a reeleição de Rui Costa e a eleição do presidente Lula”, diz. “É injusto o ex-prefeito criticar o nosso governador tendo cargos para as três cunhadas no governo”, alfinetou.

Segundo ele, na véspera do registro das chapas, Geraldo teria comunicado da “impossibilidade de marchar” juntos também na disputa pela Estadual, com Everaldo Anunciação, o que impediu a unidade municipal. “Ele não deu outra alternativa a não ser formar outra chapa”.

SEM MILITÂNCIA

Jackson também afirma que, neste processo eleitoral, não houve participação da militância. “Parte da militância não foi votar, mas filiados do partido. Foi mais votação de cartório. “Cem votos da outra chapa, foram de filiados que moram em Ferradas. Filiados, mas não militantes”.