Preço do combustível cairá R$ 0,18 a partir desta quinta (23) || Foto AB
Tempo de leitura: < 1 minuto

A partir desta quinta-feira (23), a Petrobras reduzirá o preço médio de venda do diesel A para as distribuidoras em R$ 0,18 por litro, baixando-o para R$ 3,84 por litro. A companhia afirmou, em comunicado, que sua participação no preço final ao consumidor será de R$ 3,45 por litro, levando em conta a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A.

A Petrobras alega que a redução do preço tem como objetivo manter a competitividade em relação às alternativas de suprimento e garantir a participação de mercado para a otimização de seus ativos de refino. A empresa também ressaltou que, ao definir seus preços, busca evitar o repasse das oscilações do mercado internacional e da taxa de câmbio para os consumidores, preservando ambiente competitivo em conformidade com a legislação vigente.

A empresa reiterou o compromisso de formar seus preços de maneira transparente e em linha com as melhores práticas do mercado. Com a nova baixa, a expectativa é de que haja uma redução no preço final do diesel nas bombas.

Lala profere palestra no Candinha Doria em Itabuna
Tempo de leitura: < 1 minuto

O Sebrae no sul da Bahia promove palestra comemorativa à Semana da Mulher, nesta segunda-feira (6), no Teatro Candinha Doria, em Itabuna, às 18h. Lala Deheinzelin, especialista em novas economias e pioneira em economia criativa, fala sobre o futuro colaborativo em evento gratuito.

A inscrição pode ser feita pelo link https://bit.ly/futuroITB. Lala promete abordagem inovadora sobre a importância da colaboração no futuro, além de apresentar insights e tendências do mundo dos negócios.

A gerente regional do Sebrae em Ilhéus, Claudiana Figueiredo, considera a abordagem de extrema importância para a região. “A palestra da Lala Deheinzelin é uma grande oportunidade para as empreendedoras da região ampliarem sua visão de futuro e entenderem como a colaboração pode ser um grande diferencial competitivo”.

Com mais de 30 anos de experiência em pesquisa de tendências e inovação, Lala Deheinzelin é uma das referências em economia criativa no Brasil. Ela é autora do livro Economia Criativa como Estratégia de Desenvolvimento, além de ter sido condecorada pelo Governo Francês com a medalha Chevalier des Arts et des Lettres, em 2015.

Tempo de leitura: 2 minutos

A Caixa Econômica Federal paga hoje (23) a parcela de fevereiro do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 7. O valor mínimo corresponde a R$ 600.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,86 milhões de famílias, com recursos de R$ 13,2 bilhões. O valor médio recebido por família equivale a R$ 606,91.

Desde o mês passado, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos ainda não começou. Em janeiro, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que o valor extra só começará a ser pago em março, após um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes.

Leia Mais

Alimentação essencial está mais cara nas maiores cidades do sul da Bahia
Tempo de leitura: < 1 minuto

O preço da cesta básica subiu nas duas maiores cidades do sul da Bahia no mês de janeiro, na comparação com dezembro de 2022. O custo da alimentação essencial para uma família composta por quatro pessoas chegou a R$ 588,79 em Itabuna e a R$ 590,17 em Ilhéus, com aumento de 7,54% e de 9,94%, respectivamente.

As informações são do Projeto Acompanhamento do Custo da Cesta Básica (ACCB), do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Para fazer o levantamento, os pesquisadores reuniram preços coletados em quatorze estabelecimentos de cada cidade.

Em Itabuna, dos doze alimentos que compõem a cesta básica, dez registram aumento de preço: tomate (35,73%), feijão (14,56%), banana (11,67%), leite (9,42%), arroz (7,65%), açúcar (4,30%), óleo de soja (3,50%), carne (2,47%), manteiga (0,65%) e farinha (0,13%). Apenas dois itens apresentaram redução de preço: café (-0,86%) e pão francês (-0,80%).

Já em Ilhéus, os alimentos que registram aumento foram tomate (47,41%), banana (21,08%), feijão (10,17%), óleo de soja (9,40%), carne (6,24%), farinha (3,75%), manteiga (2,35%) e leite (2,27%). Quatro itens ficaram mais baratos: café (-4,41%), açúcar (-4,04%), pão francês (-2,66%) e arroz (-2,07%).

Comércio na área histórica de Ilhéus, no sul da Bahia || Foto Divulgação
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) apontou nova queda do índice que avalia as expectativas do setor produtivo do estado, o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb), que bateu -191 pontos em janeiro de 2023, numa escala de -1.000 a 1.000.

De acordo com a autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), esse é o menor patamar de confiança dos empresários baianos desde junho de 2021, quando o Iceb desceu a -210 pontos. Além do mais, trata-se da terceira pontuação abaixo de zero seguida após três meses com resultado positivo. A confiança do empresariado local, dessa forma, manteve-se na zona de Pessimismo Moderado, segundo a classificação do indicador.

O resultado mais recente representou queda de 104 pontos quanto ao averiguado em dezembro de 2022 (-87 pontos). Já em relação ao registrado um ano antes (-147 pontos), a pontuação atual indicou recuo de 44 pontos.

A retração do nível de confiança de dezembro a janeiro, informa a SEI, afetou Agropecuária, Indústria, Serviços e Comércio. No comparativo com janeiro de 2022, a diminuição da confiança também foi vista nos quatro setores. Ao final do mês, a Agropecuária marcou -133 pontos; a Indústria, -136 pontos; os Serviços, -231 pontos; e o Comércio, -158 pontos.

Do conjunto avaliado de temas, os itens crédito, juros e PIB estadual foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis exportação, capacidade produtiva e câmbio apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês. Clique aqui para ver o boletim completo.

Queda das exportações reflete desaceleração da economia global, conforme a SEI
Tempo de leitura: 2 minutos

O volume de exportações da Bahia recuou 35,8% em janeiro de 2023, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan). Em números absolutos, as exportações do estado fecharam o primeiro mês do ano em US$ 603,4 milhões.

A queda reflete o cenário de desaceleração da economia global, conforme a SEI, mesmo com alguns sinais de reversão de perspectivas mais negativas. O menor desempenho também é resultado da parada para manutenção programada da Refinaria de Mataripe no final do ano passado e da queda dos volumes embarcados e a estabilidade dos preços da soja no mês, o que se deve tanto à entressafra, como à desvalorização do dólar e à redução da demanda externa, que também aguarda a evolução da colheita para fazer novas aquisições, por valores mais atrativos.

As importações somaram US$ 978,1 milhões e também tiveram queda de 36,1% em relação a igual mês do ano passado. Embora seja esperada queda no comércio exterior este ano, em relação a 2022, na avaliação da SEI, ainda é cedo para se dizer que o recuo tanto de exportações como de importações em janeiro já seja uma nova tendência.

AUMENTO DOS PREÇOS

Os preços médios dos produtos embarcados em janeiro subiram 0,5% em relação a igual período do ano passado. Nas importações, a variação foi mais alta, de 6%, na mesma comparação. Houve comportamento semelhante nos volumes, com queda de 36,1% das exportações e recuo de 39,7% nas importações.

No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações da indústria extrativa (+58,4%), especialmente nos embarques de minério de níquel. Por outro lado, houve redução nos setores de maior peso na pauta: a indústria de transformação recuou (- 51,9%) e a agropecuária (-35,4%).

Já em relação às importações, houve aumento nas compras de bens intermediários (+6%) e bens de consumo (+40,3%); mas queda nas compras de combustíveis (-67,1%) e bens de capital (-12,7%).

Município de Itapé, no sul da Bahia, é um dos prejudicados pelo censo tardio
Tempo de leitura: 2 minutos

 

O Censo 2022, que não terminou, tornou-se um imbróglio jurídico e prejudica o planejamento das cidades brasileiras.

 

Efson Lima || efsonlima@gmail.com

O IBGE a cada 10 anos realiza no Brasil a contagem da população. O Censo previsto para 2020 não pôde ser realizado em virtude da pandemia e a ausência de planejamento governamental. Para além de saber o exato contingente populacional brasileiro, interessa-nos o número de habitantes de cada unidade da federação. Os dados são importantes para a formulação de políticas públicas e transferências de recursos públicos, por exemplo.

O atual censo é realizado por uma determinação do Supremo Tribunal Federal. Por sua vez, a sua duração de mais de seis meses já coloca em risco os resultados finais. É sabido que o período esperado de um censo não seja superior a dois meses e a aferição ocorra em um período em que a checagem não seja prejudicada por mais fatores ainda: o mês de dezembro, por exemplo, é um período de férias e de muita circulação de pessoas pelo país, sem deixar de evidenciar o número de turistas do exterior que visitam o país.

Não obstante, a prévia da população dos municípios, com base nos dados do Censo, divulgada pelo IBGE, em dezembro de 2022, causou ainda mais confusão. Muitos municípios tiveram suas populações reduzidas, cuja circunstância impacta no valor financeiro a receber do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O FPM é uma transferência constitucional e a distribuição dos recursos aos Municípios é feita com base no número de habitantes em razão de faixas populacionais, traduzidas em coeficientes.

Muitos gestores municipais, com a realização em curso do Censo em 2022, comemoravam os resultados que seriam encontrados nas suas cidades, pois, alguns dados indicavam aumento da população: número de beneficiários dos programas sociais, matrículas nas escolas, o quantitativo de instalações de água e energia e a finalização do censo nas cidades se viu a assertiva do aumento populacional ser verdadeira. Acontece que os municípios que tiveram seus coeficientes rebaixados recorreram ao poder judiciário para ter o fator de cálculo mantido. Afinal, centenas deles teriam suas receitas impactadas. Sendo assim, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, determinou que a União levasse em consideração os dados publicados em 2018 pelo IBGE. Assim, o Censo 2022, que não terminou, tornou-se um imbróglio jurídico e prejudica o planejamento das cidades brasileiras.

A pequena Itapé, aqui mesmo na Bahia, segundo o IBGE havia 9.008 moradores em 2018, sendo um município de porte 0.6 para fins de repasse do FPM. Entretanto, o Censo de 2022 já foi finalizado e registra uma população de 10.350 habitantes, portanto, é um município de porte 0.8, consequentemente, teria seu repasse financeiro aumentado já no mês de janeiro de 2023.

Efson Lima é doutor, mestre e graduado em Direito (UFBA), advogado e membro das academias de Letras de Ilhéus (ALI) e Grapiúna (Agral)

Lula discursa na posse de Mercadante na presidência do BNDES || Foto Ricardo Stuckert
Tempo de leitura: 2 minutos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a manutenção da taxa básica de juros (Selic) do país em 13,75%, determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, é vergonhosa. “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que deram para a sociedade brasileira”, disse, hoje (6), durante a posse do ex-ministro Aloizio Mercadante na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Levantamento da Infinity Asset Management mostrou que o Brasil tinha, em dezembro passado, a maior taxa real de juros entre os 156 países considerados pela consultoria. Juro real é o resultado da subtração do juro nominal pela inflação do período. Por exemplo: no final de 2022, a inflação brasileira chegou a 5,59%, enquanto a Selic já estava a 13,75% ao ano. Assim, o país liderou o ranking com juro real de 8,16% ao ano, seguido de longe pelo México, segundo colocado (5,39%).

Quanto maior a taxa de juros, maior o custo do crédito, o que tende a desestimular investimento em setores como o industrial. “Como é que vou pedir para o Josué [Gomes, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)] fazer com que os empresários ligados a Fiesp vão investir, se eles não conseguem tomar dinheiro emprestado?”, disparou Lula, fazendo referência ao preço elevado do financiamento.

O presidente também criticou setores empresariais que não se manifestam contra a política monetária do Banco Central. Além disso, argumentou que é seu papel, no comando do Governo, criticar a manutenção dos juros em patamar elevado. Segundo ele, muitas pessoas dizem que o mandatário deve silenciar sobre o assunto. “Se eu que fui eleito não puder falar, quem vou querer que fale? O catador de material reciclável? Não. Eu tenho que falar”.

Ipea prevê divisão mais justa da arrecadação de impostos || Foto Marcello Casal Jr/ABr
Tempo de leitura: 3 minutos

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – subiu de 5,74% para 5,78% para este ano. A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (6), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,93%. Para 2025 e 2026, as estimativas são de inflação em 3,5%, para ambos os anos.

A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista – 3% – também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

De acordo com o Banco Central, a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, (2,8%). Para esses dois anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA.

Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, teve aumento de 0,55% [, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. A meta estava em 3,5%, com a mesma margem de tolerância, e podia variar entre 2% e 5%.

TAXA DE JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Após a primeira reunião do ano, na semana passada, o Copom indicou que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto e não descartou a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta, como o esperado, em meados de 2024.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Já para 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 9% e 8,5%, respectivamente.Leia Mais

Lojas Americanas sofre derrota no âmbito judicial
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Justiça suspendeu uma decisão da 4ª Vara Empresarial que determinou a imediata restituição de todo e qualquer valor que os credores eventualmente tiverem compensado, retido e/ou se apropriado do Grupo Americanas após a empresa revelar, no dia 11 de janeiro, ter descoberto rombo contábil no valor de R$ 20 bilhões.

A decisão da 4ª Vara empresarial foi mantida por uma decisão da 15ª Câmara Civil, mas uma liminar a favor do Banco BTG Pactual foi emitida pelo desembargador Flávio Marcelo de Azevedo Horta Fernandes, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Com o deferimento da liminar, a determinação de imediata restituição de todo e qualquer valor que os credores eventualmente tiverem compensado, retido e/ou se apropriado fica suspensa somente em relação ao BTG Pactual, que ajuizou o mandado de segurança contra a decisão.

O magistrado determinou também o bloqueio no valor de R$ 1,2 bilhão, correspondente à compensação de créditos do BTG, na conta do banco credor até o julgamento do mérito da ação no colegiado do Órgão Especial do TJRJ.

A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro havia determinado a suspensão de qualquer bloqueio, sequestro ou penhora de bens do Grupo Americanas, assim como a obrigação do pagamento de dívidas, até que um eventual plano de recuperação judicial seja apresentado pelo grupo em prazo de 30 dias. O BTG Pactual entrou com recurso contra a decisão, mas o pedido foi negado. Desta forma, o banco ajuizou o mandado de segurança, agora acolhido, com a concessão do efeito suspensivo da decisão na 2ª instância.

Augusto Castro: Itabuna estava há 10 anos sem certidão negativa
Tempo de leitura: 2 minutos

A Prefeitura de Itabuna conseguiu derrubar o último embaraço que impedia o Município de firmar grandes convênios com os governos federal e estadual e organismos internacionais. Dos R$ 500 milhões de débitos com a União, a Justiça suspendeu a exigibilidade de pagamento de R$ 370 milhões e o município conseguiu negociar R$ 130 milhões. Após a decisão judicial, hoje (6), o Município obteve, da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, certidão positiva com efeito negativo.

Na prática, o documento libera a gestão para firmar convênios e contrair empréstimos nacionais e internacionais, dentre outras vantagens. “Itabuna estava há quase 10 anos sem certidão negativa”, observou, há pouco, o prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), em entrevista ao PIMENTA, por telefone. “Ao longo desse período, o Município não conseguia celebrar convênios. Perdeu ou teve grandes obras paralisadas, como o Pacão e a drenagem e pavimentação do Daniel Gomes”, reforça Augusto para mostrar o impacto da conquista.

Com a certidão negativa, exemplifica Augusto, o município vai poder tocar o empréstimo internacional de 30 milhões de dólares (R$ 156 milhões) com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), já aprovado pelo Ministério da Fazenda, para obras estruturantes.

– Sem a certidão, não poderíamos obter este empréstimo nem firmar convênios importantes com a União e o Governo do Estado. É uma grande conquista, um avanço grande para o nosso município – completa Augusto, citando pacote de cerca de mais de R$ 200 milhões em obras para início em 2023.

AUSTERIDADE

O prefeito reforça que a obtenção da certidão negativa é uma vitória só possível por causa da austeridade fiscal e de melhora da qualidade do gasto da gestão pública municipal. Ele cita que, por mês, são mais de R$ 2,5 milhões pagos em precatórios e requisições de pequeno valor (RPV). “Estamos pagando os precatórios rigorosamente em dia”.

Tempo de leitura: 2 minutos

O novo valor do salário mínimo – de R$ 1.320,00 – entra em vigor hoje (1º). O Congresso Nacional aprovou o reajuste em dezembro do ano passado, como forma de compensar a desvalorização do Real diante da inflação do último ano. Em 2022, o valor era R$ 1.212,00.

O governo Bolsonaro chegou a propor R$ 1.302,00, mas durante os debates no Congresso Nacional, a Consultoria de Orçamento do Senado apontou que o valor proposto seria suficiente apenas para repor as perdas inflacionárias do período, não representando nenhum ganho real para quem tem sua fonte de renda atrelada ao mínimo. Depois disso, senadores e deputados federais aprovaram o Orçamento Geral da União para este ano com o mínimo de R$ 1.320,00.

O reajuste com 2,7% de ganho real, ou seja, superior à inflação do último ano, ampliará as despesas federais em cerca de R$ 6,8 bilhões. Isto porque as aposentadorias administradas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e vários benefícios sociais e trabalhistas, como o seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros, são atrelados ao piso nacional, tendo que ser corrigidos.

VALORIZAÇÃO

Já as centrais sindicais reivindicavam que o governo federal voltasse a aplicar a Política de Valorização do Salário Mínimo, conforme os termos pactuados em 2007 e abandonados em 2019. Com isso, o piso deveria ser de R$ 1.342,00, contemplando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que, em 2022, atingiu 5,8% -, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes – 4,6% em 2020.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em novembro último, o salário mínimo necessário para satisfazer as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário, educação, higiene, transporte, lazer e previdência) de uma família com quatro pessoas deveria estar em torno de R$ 6.575,30.

Economista Elson Mira demonstra como sul da Bahia se reergueu após crise da cacauicultura
Tempo de leitura: 6 minutos

Thiago Dias

O economista Elson Mira desenvolve pesquisas sobre a superação da crise da lavoura cacaueira no sul da Bahia. Segundo ele, a região deixou para trás uma economia centrada na agricultura e se consolidou como polo regional de comércio e serviços. Chamada de reconversão produtiva, essa transformação é demonstrada por dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Economia.

Inicialmente, ele organizou e interpretou esses dados na tese de doutorado defendida na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A pesquisa foi publicada no livro Mudança Institucional e Reconversão Produtiva no Sul da Bahia, em 2015 (Editus). O pesquisador é formado em Economia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), onde é professor titular do Departamento de Ciências Econômicas. Além do trabalho acadêmico, presta consultorias à iniciativa privada.

Nascido em Itororó e radicado em Itabuna, Elson se voltou para a cultura regional ao analisar a história recente da economia sul-baiana e apontou o descompasso entre o ritmo das transformações econômicas e o das mudanças institucionais que o próprio movimento da história reivindica. A seguir, o PIMENTA resume o percurso da tese, com auxílio do autor, que conversou com o site por videochamada e apresentou dados atuais de sua pesquisa.

EDUCAÇÃO, SAÚDE E TURISMO

Quando chegou ao sul da Bahia, em 1989, a praga da vassoura-de-bruxa devastou plantações de cacau e pôs a região de joelhos. A economia ilheense foi atingida em cheio. “Ilhéus se viu numa crise econômica sem precedentes, sobretudo porque o cacau não gerou outros vetores de desenvolvimento econômico. Foi a ruína na região”, relembra Elson Mira.

A superação da crise deu os primeiros sinais no final da década de 1990, com o fortalecimento do setor de comércio e serviços, explica o economista. “O soerguimento econômico ocorreu a partir dos serviços, com três segmentos destacados: turismo, saúde e educação”.

O desenvolvimento dos serviços de educação e saúde, continua Elson, teve relação direta com investimentos públicos. Cita os exemplos da Uesc, estadualizada após a crise do cacau; do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFBA); e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). “Você tem instituições de nível técnico e superior que consolidam Ilhéus, também, como um polo de educação”.

Distribuição das empresas de Ilhéus por setor econômico em 2020 || Fonte IBGE/Organização Elson Mira

Já a saúde pública de Ilhéus recebeu investimentos vultosos do Governo do Estado, a exemplo do Hospital Regional da Costa do Cacau e do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio. “Esse investimento público induz investimentos privados. O Sistema Único de Saúde acaba gerando um efeito sobre a demanda privada, na medida em que profissionais que atendem pelo SUS se instalam na cidade e ofertam serviços, também, particulares e pela saúde suplementar, os planos de saúde. Embora o SUS, infelizmente, seja tão atacado no Brasil, ele é referência internacional”, declarou Elson.

Apesar do potencial para o desenvolvimento sustentável, as atividades turísticas de Ilhéus ainda não receberam o estímulo político necessário para ir além do turismo de sol e praia, lamenta o professor da Uesc, sem deixar de reconhecer a relevância desse segmento para a cidade com o litoral mais extenso da Bahia.

PESO DE CADA SETOR ECONÔMICO

Contribuição de cada setor econômico para o PIB de Ilhéus em 2019 || Fonte IBGE/Organização Elson Mira

Leia Mais

Cerveja artesanal de mel de cacau é das novidades da Feira da Agricultura Familiar
Tempo de leitura: < 1 minuto

Quem for à 13ª Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária, em Salvador, poderá experimentar cerveja artesanal que remete ao melhor da cultura cacaueira sul-baiana. Durante o evento na capital baiana, o público vai conhecer a Cabruca Mel de Cacau, lançada pela Cooperativa de Serviços Sustentáveis (Coopessba), de Ilhéus.

Segundo Carine Assunção, da Copessba, a cerveja é leve e saborizada com o néctar – mel – que escorre do cacau após a quebra. A cerveja é uma Catharina Sour, primeiro estilo brasileiro de cerveja a ser reconhecido pelo BJCP (Beer Judge Certification Program), uma organização dos Estados Unidos que atua como um programa de certificações e guia de estilos de cervejas.

Para a dirigente, a Cabruca de Mel de Cacau é o equilíbrio entre mata atlântica e praia. “Uma cerveja super refrescante que tem tudo a ver com nosso verão, com nosso calor. É cítrica e tem uma personalidade forte que dialoga com nossos produtos, que remete ao cacau do sul da Bahia. Ao abrir a lata, você sente o aroma do mel do cacau”.

SABOR E DIVERSIDADE 

Para Carine, a expectativa é de fazer bonito na 13ª Feira Baiana da Agricultura Familiar. “A Feira da Agricultura Familiar é uma feira que traz muitas expectativas entre nós produtores, pois é específica pra gente, que levamos toda a diversidade para a capital ver o que a Bahia produz com qualidade”.

A Feira vai até dia 18, no Parque Costa Azul, na capital baiana. Por lá, o público poderá conferir o melhor da agricultura familiar do maior estado do Nordeste. A Copessba leva, além da cerveja, produtos derivados do cacau, a exemplo de chocolate com 50% a 80% de cacau.

Exportações baianas registram crescimento em fevereiro || Foto Carol Garcia/GOVBA
Tempo de leitura: < 1 minuto

As exportações baianas atingiram, em novembro, US$ 1,18 bilhão, subindo 31% em relação a igual mês de 2021. As compras externas somaram US$ 773,9 milhões, com recuo de 14,5% em valor e com queda de 37,5% nos volumes. Os preços dos produtos importados, porém, continuaram subindo, com alta média de 37%.

No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações da indústria de transformação (+55,8%), da agropecuária (+53,1%), e queda na extrativa (-53,2%). As vendas externas baianas em novembro foram lideradas pelos derivados de petróleo, com crescimento de 146,7%.

Com os resultados apurados em novembro, a balança comercial do estado ficou com superávit de US$ 2,37 bilhões no ano. As exportações somaram US$ 12,89 bilhões e as importações ficaram 10,52 bilhões. Já a corrente de comércio alcançou US$ 23,4 bilhões até novembro, 44,4% acima de igual período de 2021.

No acumulado dos 11 meses, o valor exportado avançou 40,5%. Houve alta de 14% dos preços médios das exportações e de 23,3% do volume. O valor importado aumentou 49,4%, com alta de 12,4% em volumes e salto de 33% nos preços, sempre em comparação com iguais meses de 2021.