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O Sindicato Rural será o palco da palavra durante a quinta Festa Literária de Ilhéus, evento da Academia de Letras de Ilhéus (ALI) e da Editus, editora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). “Estamos, como sempre, eufóricos. Quando se fala em literatura, a Editus e a Academia entram de cabeça”, resume o escritor Pawlo Cidade, presidente da ALI, em conversa com o PIMENTA. Aberta na noite desta quarta-feira (13), às 19h, a Festa seguirá até sábado (16).

A organização decidiu levar a festa do Palácio Paranaguá para o Sindicato Rural de modo a facilitar o acesso de pessoas que têm dificuldade de locomoção, explica o presidente. Também localizado no Centro Histórico, o sindicato fica na Rua Eustáquio Bastos, 196, próximo à Caixa e ao SAC.

Segundo o autor de O povoado das onze mil virgens, a expectativa geral é de consolidação da FLI no calendário da cidade. “A Festa Literária é a junção da Flios, Festival Literário de Ilhéus, com a Feira de Livros da Uesc”, relembra. “A receptividade [do público] tem sido muito boa”, acrescenta.

Neste ano, além de abrir o mundo da literatura para novos leitores, a FLI quer estimular a arte da escrita, nome do workshop com o escritor Ivo Korytowski. Outra atividade de formação será a aula do escritor Neila Brasil Bruno sobre a escrita de contos. “É um grande estímulo à criatividade literária”, assegura Pawlo Cidade.

O presidente da Academia de Letras de Ilhéus convida a população a prestigiar a festa das letras. “Não importa a idade. É sempre bom ter a participação de todos; é sempre bom estar presente, perto; é sempre bom tocar, cheirar os livros e encontrar novos autores.

A quinta edição da Festa Literária de Ilhéus tem apoio da Bahiagás, do Centro Público de Economia Solidária (Cesol) e da Secretaria Especial de Cultura. O núcleo Proler, da Uesc, também participa do evento. Confira programação aqui.

Amanda Oliveira lança obra que analisa impacto no videoclipe na indústria da música || Foto Divulgação
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A montagem e sua construção de sentidos no videoclipe está entre as 14 obras lançadas pela Editus, a Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, neste primeiro semestre de 2021. A obra da comunicóloga e jornalista Amanda Oliveira resulta de trabalho de conclusão de curso. A escritora fez Comunicação Social, com Especialização em Rádio e TV na Uesc (Ilhéus). Pela sua qualidade, a monografia recebeu recomendação de publicação.

Uma aula aberta, virtual, marcou o lançamento d’A montagem e sua construção de sentidos, na última segunda (3). A aula foi ministrada pelo professor e teórico Thiago Soares, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que está presente na mais nova publicação da Editus.

Na sua primeira obra, Amanda, que hoje trabalha na produção de vídeos promocionais e institucionais da TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo no sul da Bahia, destrincha os recursos técnicos, linguísticos e narrativos presentes na construção de videoclipes. Utiliza, para o trabalho, clipes das cantoras e ícones pops mundiais Beyoncé e Lady Gaga.

Lançamento teve aula aberta do professor Thiago Soares, da UFPE

LINGUAGEM ACESSÍVEL

A obra apresenta texto acessível, de fácil compreensão para quem não é da área da comunicação, mas tem interesse em saber mais sobre o processo de produção e os recursos utilizados em videoclipes. Amanda reforça, com A montagem e sua construção de sentidos, que “o hibridismo de montagem tem a capacidade de potencializar o sentido das canções no videoclipe do cenário pop mundial”.

O hibridismo ocorre com o videoclipe agregando conceitos televisuais, cinematográficos e publicitários, com imagem e som. “O videoclipe deixa de ser apenas um vídeo de divulgação de uma canção/álbum para ser um porta-voz de discursos, incluindo discursos ideológicos, que ganham espaço na sociedade por chamar atenção com seu  viés, criativo, metafórico e complexo”, observa Amanda Oliveira na obra, que está disponível no site da Editus (clique aqui) e também pode ser adquirida pelo email amandaolv10@gmail.com. O exemplar custa R$ 30,00.

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A vida refletida é a mais nova obra do cronista Antônio Lopes

A Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Editus) acaba de entregar ao mercado consumidor o novo livro do cronista Antônio Lopes, A vida refletida. O livro reúne 58 pequenos relatos do dia a dia, nos quais o autor, seguindo a fórmula clássica da crônica literária, não deixa faltar humor e ironia – ferramentas essenciais à crítica social –, mas não se descuida do lirismo, componente que contribui para aproximar o gênero crônica do gênero poesia em prosa.

– Ao finalizar A vida refletida, cumprimos, neste tempo tão difícil, mais uma etapa do nosso objetivo como editora pública, que é a propagação das diversas formas de manifestação literária, seja a produção acadêmica, propriamente dita, seja, como neste caso específico, a literatura de ficção”, diz Rita Argollo, diretora da Editus.

Para o empresário e escritor Joaci Góes, “o pensamento de Leon Tolstoi, segundo o qual para conquistar o mundo precisamos, antes, conquistar nossa aldeia, também está presente no acendrado amor que Antônio Lopes dedica, em prosa e verso, a Buerarema, pequena cidade ao sul da Bahia, na região cacaueira”.

Destacando a capacidade que tem o autor de transformar as “miudezas” da aldeia natal em boa literatura, salienta Joaci, na apresentação do novo livro de Lopes: “Provavelmente, se Antônio Lopes tivesse produzido sua surpreendente obra em Paris, Londres, Roma ou New York, não faltasse quem dissesse que só a partir de domicílios tão cosmopolitas seria possível produzir literatura de conteúdo e forma tão marcadamente universais”.

“CRUEL COINCIDÊNCIA”

A vida refletida é o segundo título do mesmo autor publicado este ano. Em fevereiro, ele lançou, pela Editora A5/Itabuna (à venda em www.a5editora.com.br), a antologia A bela assustada.

“Esta ´inflação´ de livros e a crise sanitária que vivemos é só uma cruel coincidência, nada têm em comum”, brinca Lopes, para quem “a obra definitiva sobre o grande mal que está matando os brasileiros já foi feita por Aleilton Fonseca, com o poema-livro A terra em pandemia (Mondrongo/2020”).

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Ruy Póvoas lançará segunda edição de “A Fala do Santo”

A Fala do Santo ganha nova edição

O professor Ruy do Carmo Póvoas lança pela Editora da Uesc (Editus) a segunda edição revisada e ampliada do livro A Fala do Santo. Composta por um conjunto de narrativas curtas, a obra reúne histórias oriundas das comunidades afro-religiosas, adaptadas ao contar brasileiro, que revelam princípios filosóficos, éticos e estéticos das comunidades tradicionais de terreiro.
A obra é considerada uma demonstração da riqueza cultural brasileira e africana que sobreviveu ao regime da escravidão e custa R$ 35,00. A Fala do Santo pode ser adquirido na Livraria da Editus, localizada na Uesc, em Ilhéus.
Na internet, o leitor pode adquirir A Fala do Santo e outras publicações da Editus nos sites www.livrariacultura.com.br e www.ciadoslivros.com.br. Pedidos também podem ser feitos pelo email vendas.editus@uesc.br ou pelo telefone (73)3680-5240. Para acompanhar todas as novidades da Editora, acesse o site www.uesc.br/editora, o Facebook
@editorauesc e o Instagram @editus.uesc.

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feirashoppingA Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, Editus, e o Shopping Jequitibá promovem, quinta e sexta (13 e 14), feira de livros e rodas de conversa, a partir das 15h, no centro de compras, em Itabuna.

Nesta quinta, a roda de conversa é com a professora e pesquisadora da Uesc Flávia Alessandra de Souza. A doutora em Sociologia abordará o tema Combate à violência contra a mulher.

Já na sexta, Maria Luiza Santos aborda Migração e Refugiados, também na roda de conversa, às 15h, no shopping. “Malu” é doutora em Ciências Sociais.

Ainda na sexta, logo após a roda de conversa, haverá pré-lançamento do livro Intercambiando com Demetrius e Felipa, de Maria Luiza.

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editusO acervo de livros da Editus para download gratuito aumentou. Agora, o Editus Digital conta com mais de 150 títulos para o leitor baixar gratuitamente. São publicações em áreas como Literatura, Educação, Saúde, Direito, Economia, História, Africanidades e Infantojuvenil.

Segundo a editora, o objetivo é colaborar com a democratização do acesso ao conhecimento e incentivar a leitura. Para isso, adotou como política institucional a disponibilização imediata dos livros após seis meses de publicação impressa.

O livro produzido pela editora pode ser lido em qualquer dispositivo (computador, smartphone ou tablet). Para baixar, acesse: https://goo.gl/JkNj7T.

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Ruy Póvoas lança terceira obra, Novos dizeres.
Ruy Póvoas lança terceira obra, Novos dizeres.

Novos dizeres é o terceiro e novo livro do escritor grapiúna Ruy Póvoas. A obra, em formato de verbete, traz olhar íntimo sobre temas variados. Os pensamentos, experiências e vivências do autor se costuram entre um texto e outro, manifestando o desejo de uma reflexão dos problemas do dia a dia.

Publicado pela Editora da Uesc (Editus), Novos dizeres reúne 105 poemas nos quais o autor constrói uma narrativa da vida que permite ao leitor uma interpretação própria do que lhe é apresentado.

A intenção, revela Póvoas, não é mudar o mundo por meio de sua poesia, mas incentivar as pessoas a entender o universo da forma que ele é. Nas últimas páginas da obra, o escritor e professor expõe o dicionário do dicionário, explicando o significado das palavras que podem fugir à compreensão do leitor.

O livro Novos Dizeres está disponível na Livraria da Editus, localizada no Centro de Artes e Cultura Paulo Souto, na UESC. O título está disponível também na Livraria Papirus, em Ilhéus e na Banca do Shopping Jequitibá, em Itabuna.

Na internet, o leitor pode encontrar essa e outras publicações nos sites www.livrariacultura.com.br e www.bookpartners.com.br. Pedidos podem ser feitos pelo email vendas.editus@uesc.br ou pelo telefone (73) 3680-5240. Acompanhe todas as novidades da Editus no site www.uesc.br/editora ou pelo Facebook @editoradauesc.

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Lopes lançará nova obra pela Editus em breve (Foto Divulgação).
Lopes lançará nova obra pela Editus em breve (Foto Divulgação).

O jornalista e escritor Antônio Lopes lançará nova obra em breve.

Manoel Lins: O Canto da Eterna Esperança é o título do livro.

Será publicado pela editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, a Editus.

 

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Maria Luiza é autora de livro sobre migração (Foto Victor Rezende/Editus).
Maria Luiza é autora da obra (Foto Victor Rezende/Editus).

Uma menina super curiosa, um lugar com muitas riquezas culturais e um mundo de descobertas incríveis. Publicado pela Editus (Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz), o livro As viagens de Carola Migrista: migrante ou turista? trabalha o tema da migração de um jeito bem divertido para a garotada.

Estudiosa dos aspectos migratórios na região sul-baiana e de outras localidades do país, a escritora Maria Luiza Santos traz nesta publicação uma forma didática e ilustrativa para aproximar o público infantojuvenil de um tema tão atual.

A história é sobre a adolescente que, em uma viagem escolar para Foz do Iguaçu, descobre culturas diversas e busca desvendar a sua trajetória: se é migrante ou turista. Com suas amigas Giuliana e Ravena, ela passeia, pesquisa, discute conceitos e vai descobrindo suas respostas.

A publicação já está disponível na Livraria da Editus, localizada no Centro de Artes e Cultura Paulo Souto, na UESC. Pedidos podem ser feitos pelo email vendas.editus@uesc.br ou pelo telefone (73) 3680-5240.

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Antônio Lopes, na Uesc, com a poeta Dinah Hoisel (Foto Divulgação).
Antônio Lopes, na Uesc, com a poeta Dinah Hoisel (Foto Divulgação).

Com o Mar Entre os Dedos-CapaEm solenidade na sexta-feira (20), a Editus-Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e o Instituto Macuco Jequitibá promovem o lançamento do livro Com o mar entre os dedos, do jornalista Antônio Lopes. O evento será às 18h30min, na Casa de Cultura Jonas & Pilar (Praça Cristovaldo Monteiro, em Buerarema). 

Com o mar… abriga 57 crônicas, muitas delas “rascunhadas” neste Blog, na coluna Universo Paralelo, que publicamos em duas temporadas, a primeira a partir de 2010, a segunda a partir de agosto de 2012.

Neste quinto título, Lopes retoma a forma de expressão literária em que se fez conhecido do público regional:  Estória de facão e chuva (Editus/2005) e Luz sobre a memória (Agora Editoria Gráfica/2001) estão em segunda edição – respectivamente pela Editus e a Mondrongo. O novo livro tem apresentação do ficcionista e professor de literatura Aleilton Fonseca, da Academia de Letras da Bahia.

A crítica também tem sido favorável ao autor de Buerarema falando para o mundo:  se pronunciaram favoravelmente a respeito da produção do cronista que, segundo Hélio Pólvora, botou Buerarema no mapa da literatura.

O editor Gustavo Felicíssimo, que fez a segunda edição de Luz sobre a memória (Mondrongo/2013), afirma que a escrita de Antônio Lopes é contemporânea, simples, do nosso tempo, “pois é quando carrega no aspecto aparentemente despreocupado, como quem escreve sem maior consequência, muito embora com mergulhos profundos na memória e no significado dos atos e sentimentos humanos, que seus escritos saltam da página”.

Com o mar entre os dedos é o quinto livro de Lopes, o quarto de crônicas literárias e o terceiro publicado pela Editus-Editora da Uesc.

SERVIÇO
Com o mar entre os dedos, Antônio Lopes
Quando – Dia 20
Horário – 18h30min
Onde – Casa de Cultura Jonas & Pilar

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Maria Luiza autografa obra para baixinhos e grandinhos na Bienal (Foto Divulgação).
Maria Luiza autografa obra para baixinhos e grandinhos na Bienal (Foto Divulgação).

Duas obras da Editus foram lançadas na XVII Bienal Internacional do Livro do Rio, maior evento literário do país. Cancioneiro do cacau, de Cyro de Mattos, e o infantil Tonico descobre que é de todo lugar, de Maria Luiza da Silva Santos, foram lançadas no segundo e no terceiro dia da Bienal.

Cancioneiro do cacau foi apresentada com outras três publicações do projeto editorial Coleção Nordestina, iniciativa idealizada pelas editoras que integram a Abeu Nordeste.

A história infantil Tonico descobre que é de todo lugar caiu no gosto não só da criançada, mas também dos adultos que prestigiaram a sessão de autógrafos da autora Maria Luiza Santos.

Para Rita Virginia Argollo, diretora da Editus e atual gestora da Abeu Nordeste, “lançar produções regionais em um evento do porte da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro e ver o interesse de um público tão diverso, não só projeta ainda mais os autores e a qualidade das nossas editoras, como também fortalece a Regional Nordeste dentro da ABEU.”

O livro Tonico descobre que é de todo lugar já está disponível para compra na livraria da Editus (Uesc), na livraria Nobel em Itabuna e na Papirus Livraria, em Ilhéus. Na internet, o leitor pode encontrar o título no site da Livraria Cultura e no www.bookpartners.com.br. Pedidos podem ser feitos pelo vendas.editus@uesc.br e pelo telefone (73) 3680-5240. Já o livro Cancioneiro do Cacau em breve estará disponível para os interessados nos principais pontos de venda.

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capa_mosaico economico.inddA professora Aline Conceição Souza organizou uma coletânea dos resultados de monografias e projetos de pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Santa Cruz. O trabalho está condensado em Mosaico econômico – do global ao regional. O trabalho possibilita uma compreensão da realidade sul-baiana. A obra é o mais novo lançamento da Editus Editora, da Uesc.

De acordo com ela, os trabalhadores reunidos trazem importantes reflexões sobre o desenvolvimento de diferentes atividades econômicas” em níveis mundial, nacional e estadual, “com recorte especial para os municípios do eixo Itabuna- Ilhéus”.
A obra trata de temas como caracterização do turismo internacional na Bahia, indicadores de desenvolvimento da região e comportamento de preços de alimentos e seus impactos na cesta básica. A obra ainda traça as características das mulheres empreendedoras que vivem da informalidade. Mosaico econômico… também propõe análise inovadora do mercado de cosméticos étnicos e sua segmentação estratégica.
– O livro é resultado do esforço conjunto de professores e ex-alunos, no sentido de valorizar e difundir as produções acadêmicas do curso, oferecendo aos leitores um conteúdo de qualidade sobre temas que representam a realidade onde vivem – diz a pesquisadora .
Mosaico econômico pode ser adquirido na Livraria da Editus, no Centro de Artes e Cultura da Uesc, ou por meio de email ( vendas.editus@uesc.br) ou pelo telefone 73 3680-5276/5240. Para quem busca mais, há ainda o site www.uesc.br/editora, onde estão disponíveis todas as obras publicadas pela Editus.

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Obra reúne mais de mil marchinhas brasileiras em dois volumes.
Obra reúne mais de mil marchinhas brasileiras em dois volumes.

luiz américo1O historiador Luiz Américo Lisboa Junior lançará no dia 25, pela Editus e Via Literarum, o livro Marchas brasileiras. A obra é considerada o mais completo e detalhado inventário do gênero e reúne marchinhas de 1927 a 1940. O lançamento será na Livraria Cultura, no Shopping Salvador, às 19h.
Para Luiz Américo, as marchas se transformaram em um porta-voz dos anseios e sofrimentos da população, criando uma trilha sonora leve e divertida da história do povo brasileiro.
As marchinhas, dentre elas Pierrô apaixonado, Cidade maravilhosaO teu cabelo não nega, Bola Preta, Estrela Dalva e Casinha Branca, são comentadas e contextualizadas historicamente. “Esta é a primeira etapa, já que o objetivo final é resgatar todas as marchas gravadas até 1964”, diz o autor.
O livro é prefaciado pelo jornalista e ex-ministro de Comunicação da Presidência da República Franklin Martins. “Marchas brasileiras é uma divertida e estimulante viagem ao que fomos e, em certa medida, ao que somos. Nesse percurso, temos a sensação de que estamos diante de um espelho: olhamos para o país e nos reconhecemos nele a todo momento”.
Pedidos de compra da obra podem ser feitos por email (livraria@uesc.br) ou pelo telefone (73) 3680.5240. Há, ainda, o site da Editus (www.uesc.br/editora ). Na Via Literarum Editora, a obra está disponível na loja virtual do site www.vleditora.com.br e pedidos podem ser feitos pelo telefone (73) 3242.1738 ou pelo e-mail vleditora@vleditora.com.br.

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1.400 ALEXANDRINOS PARA JORGE AMADO

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1Piligra

Em meio às muitas e justas comemorações do centenário de Jorge Amado uma obra de alto fôlego literário passou quase despercebida. Digo e provo que o itabunense  Piligra, poeta que joga no time principal, sem firulas, confetes ou lantejoulas, produziu, com o seu A odisseia de Jorge Amado (Editus/UESC), obra duradoura. O livro, com belas ilustrações de Jane Hilda Badaró e George Pellegrini, reúne 100 sonetos (1.400 versos alexandrinos!), com um saboroso gosto de poesia popular – aquela a que chamam literatura de cordel (algum dia, armado de mais paciência, explico por que não gosto da denominação “cordel”).  Piligra é do ramo: já sustentou uma curiosa “peleja virtual” com Gustavo Felicíssimo, publicada em livro.

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Herança de Castilho e Machado de Assis

Há mais de um tipo de alexandrino, verso muito trabalhoso e que teve entre seus cultores pioneiros Antônio Feliciano de Castilho (em Portugal) e Machado de Assis (no Brasil). Na escola, aprendemos que o nome “Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac” é um alexandrino “perfeito”, com acento na 4ª, 6ª e 12ª sílaba. Piligra, cujo nome (Lourival Pereira Júnior) forma uma redondilha maior, escolheu o modelo dito moderno de alexandrino (acento na 4ª, 8ª e 12ª sílaba poética), como neste feliz exemplo (soneto 57), narrando as andanças de Jorge Amado: “Paris tem cheiro de mulher bela e dengosa”, ou no fecho do soneto 83, sobre Teresa Batista: “Morre cansada a prostituta da beleza”.

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3BataclanNu, Tonico corre pelo sertão afora…

Ao acaso, escolhi num dos sonetos, para mostrar a quanto chega o estro do autor de A odisseia de Jorge Amado:

 

 “O coronel Ramiro Bastos não morreu,

É lenda viva na cabeça da Nação;

Malvina chora pelo amor que não foi seu,

Corre Tonico ainda nu pelo sertão…

 

Glória se entrega a Josué no seu colchão,

Rômulo foge como um louco fariseu,

Mundinho ganha o seu poder numa eleição,

Só Gabriela o seu Nacib não perdeu…

 

Ilhéus agora recupera o Bataclan,

As fantasias, seus alegres cabarés;

Ilhéus não sabe que a pobreza é uma vilã,

 

Mão que suspira ao receber falsos anéis…

Dona Maria Machadão, toda manhã,

Arruma a mesa para os novos coronéis!”

CONSIDEROU “ATO DE JUSTIÇA” O ANÚNCIO

Foi chamado pelo INSS a comprovar a existência, pois o governo, com frequência, é levado a pagar benefícios previdenciários a indivíduos mortos, ausentes, inexistentes ou desaparecidos. Achou muito oportuna a declaração de vida, não porque estivesse preocupado com o governo, mas porque se preocupava consigo. Totalmente incapaz de fazer marketing pessoal, tão em moda, viu nessa exigência uma oportunidade de promover-se, ao menos junto ao banco que lhe repassa os magérrimos proventos mensais de aposentado por tempo de serviço. “Eu estou aqui, ainda não morri, por incrível que pareça!” – imaginou-se a dizer, classificando o anúncio como ato de justiça.

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A propaganda ainda é a alma do negócio

Afinal, se as cervejas, os carros, os smartphones, os cartões de crédito, as novelas de tevê e os refrigerantes se anunciam – a rigor, são anunciados, mas o efeito é o mesmo – (“Estamos vivos e disponíveis!”, diriam, se tivessem o dom da fala), por que ele, após 35 longos anos como balconista de loja, não se anunciaria? Decidiu: não só atenderia a essa curiosidade do governo como iria, dali pra frente, fazendo disso hábito, anunciar-se o mais possível: perfil no Facebook, espalhar fotos, dar detalhes de sua vida. Por exemplo, ao espirrar, postar “Espirrei!”. Deu certo. Já foi até chamado para quebrar coisas no Black Bloc (BB), fora os convites impublicáveis. A propaganda ainda é do negócio a alma. No caso, do BB, a arma.

 

A CABEÇA DO “REI” SÓ DÓI QUANDO ELE PENSA

6Roberto CarlosRoberto Carlos, com seu risinho bobo, e Caetano Veloso, mui chegado aos holofotes, eu até compreendo. Mas Chico Buarque e Gilberto Gil embarcando na canoa furada da censura às biografias é de estarrecer. À parte a defesa, às vezes equivocada, da liberdade de expressão, figuras públicas não têm direito ao nível de “privacidade” reivindicado. Aliás, Roberto Carlos em detalhes, o livro cuja circulação foi proibida, é trabalho de fã, nada tem de ofensivo, muito pelo contrário. Sei disso porque me disseram (não li, pois tenho coisa melhor em que empregar meu tempo). Roberto Carlos guarda semelhança com Pelé (talvez não por acaso, também “Rei”): quando pensa, tem ataques de cefaleia e urticária.
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Briga de feira, foice e feras feridas

Aliás, esse movimento contra os biógrafos já não vale choro, vela ou o discurso de Roberto Carlos, de famosa alienação: tentou explicar o inexplicável, meteu seu advogado pelo meio, este brigou com Paula Lavigne, Caetano deu declarações contra Roberto, Roberto respondeu emburrado, afastando-se do embrulho, Paula calou-se, enfim, o grupo “Procure Saber” é agora um barraco, uma briga de feira e de feras feridas. Ou de foice. E, parece, foi-se (ai!) a amizade do baiano e do capixaba, de longos anos e muitas trocas de canções – mesmo com juras de amor eterno enquanto dure: “Continuarei amando quem fez Esse cara sou eu”, disse Caetano. Epitáfio bobo e de gosto  duvidoso.

CANTORA DEU VOZ, VEZ E FAMA AOS NOVOS

8Laila GarinNunca houve cantora tão corajosa quanto Elis Regina. Criou, inovou, não se cingiu aos temas consagrados, apostou em compositores sem nome na praça e deu-lhes fama. Sou levado a pensar que Gonzaguinha, Belchior, Milton Nascimento, João Bosco-Aldir Blanc e outros não teriam chegado aonde chegaram (o estrelato) se ela não lhes tivesse dado voz e vez. Elis morreu em 1982, lá se vão 31 anos, mas vive nas canções que imortalizou – e, recentemente, num musical dirigido por Denis Carvalho, interpretada pela atriz Laila Garin (foto). Aqui, ela canta um de seus “protegidos”, Belchior. E me permitam dizer que “na parede da memória esta é a lembrança que dói mais”.

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AFIRMAÇÃO QUE PRECISA SER CONTESTADA

coloquioOusarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

Não usemos termos como estarrecedor, consternador ou algo desse nível dramático. Talvez surpreendente. É isto: surpreendente e injusto é um comentário do professor Arnaldo Niskier, a respeito de Marcos Santarrita, no livro 100 anos de Jorge Amado – história, literatura e cultura (Editus-UESC/2013): “Apesar de ter rejeitado a obra de Jorge Amado na adolescência, devido a seu passado comunista, o escritor Marcos Santarrita o considera o maior autor brasileiro…”, diz o ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, à pág. 24. Preocupa-me que, devido ao peso intelectual de quem assina esta afirmação, ela passe por verdadeira.

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Frase que não foi dita, e nunca seria

Não é. É ofensa à memória do escritor de Itajuípe. Quem conhece um pouco do romancista e sua obra sabe que isto nunca foi dito, e nunca seria. A frase, que condena o passado comunista de Jorge Amado, prega no autor de A solidão dos homens uma injusta pecha de reacionário, além de uma apreciação negativa da escrita amadiana igualmente infundada. Ao contrário: MS afirmou que se descobriu escritor ao ler Jorge Amado e perceber que com pessoas “comuns” era possível fazer literatura. Antes de Jorge, o romance era de capa e espada, nos salões burgueses, algo muito “francês” para o gosto do adolescente rebelde, leitor de gibis.

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3 MarcosLamarca inspirou Danação dos justos

O educador Arnaldo Niskier (que não será molestado, pois não é leitor desta coluna) ouviu mal. Na adolescência, Marcos Santarrita (foto) cooperava com o jornal O Paladino, do único comunista de Itajuípe, Clodoaldo (o jornalzinho que queria mudar o mundo foi chamado de O Paradigma, no romance Danação dos justos/1977). Sem militância ostensiva, o escritor simpatizava com a esquerda, era entusiasta de Fidel Castro, da Revolução Cubana e da União Soviética – apesar de amigos que consideravam “romântica” sua posição. Sem valer-se do panfleto (ou do “romance proletário”), sua literatura é engajada: condena as injustiças sociais e a ditadura de 1964 – e se alguém duvida, saiba que Danação… foi inspirado em Carlos Lamarca.

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O PNEU VELHO E O RETORNO DA INFLAÇÃO

No largo espectro da minha ignorância situa-se a ciência econômica (Darcy Ribeiro dizia que economia não é ciência, pois não possui base concreta para o raciocínio, valendo-se do método de tentativa e erro, em geral começando com um “suponhamos que…”). Mas, como a Constituição me garante o direito de opinar, digo que a principal ameaça da volta da inflação é o pneu velho. Esse artigo, que até meados do ano era de serventia apenas como berçário do mosquito da dengue, ganhou status de matéria indispensável aos protestos que se repetem no País. Sem pneu velho, não há salvação para este Brasil brasileiro e protestante.
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pneusPneu novo só banqueiros podem queimar

Com tanto pneu queimado, o estoque se reduz, as borracharias esgotam as reservas, o pneu velho ficará pela hora da morte. Seremos todos vítimas da inflação de demanda (mais consumo, maior preço), sacrificados à lei da oferta e da procura. “Supondo que” (como dizem os economistas) isto aconteça, que plano B têm os manifestantes? Queimaremos pneus novos? Certamente não, pois o preço é proibitivo (a não ser para protesto de banqueiros pelo aumento das taxas do cartão de crédito). Faremos protestos a frio? Não tem graça, pois manifestação que não exala fumaça e labareda ninguém leva a sério. Urge encontrar opções.

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Protestos espantam mosquito da dengue

E assim, o pneu velho, pelo qual não se dava um real furado, deixa o anonimato do lixo e das borracharias (de que era canhestro símbolo) para se transformar em artigo de primeira necessidade. Suponho (ops!) que já exista por aí, à espera de ser regulamentada pelo Ministério do Trabalho, a profissão de “Caçador de Pneu Velho” (ou CPV, nestes tempos de amor às siglas, acrônimos e abreviaturas), uma prova da mudança que tanto se reivindica. Mas já temos um ganho, ainda não devidamente avaliado pelas autoridades: as manifestações de rua, com a queima de pneus, fizeram muito Aedes aegypti ir zumbir em outra freguesia.

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O PRIMEIRO A GRAVAR ROCK EM PORTUGUÊS

7 Minha sogra é da PMO grupo Time-Life chamou certa vez Cauby Peixoto de “o Elvis Presley brasileiro”. Exagerou, é claro: Cauby canta em nada menos do que nove línguas, canta tudo, até samba, mas o rock nunca foi sua praia. Ainda assim, foi o primeiro cantor brasileiro a gravar rock em português, Rock´n roll em Copacabana (de Miguel Gustavo), tendo entre os acompanhantes um jovem chamado Erasmo Carlos. Cantaria outro rock na chanchada Minha sogra é da polícia, de 1958 (foto), mas, mesmo assim, não é do ramo. Sua voz grave, dita “aveludada”, cai às mil maravilhas em baladas românticas, em português, francês, inglês, italiano, espanhol – e outros quatro idiomas.
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Cauby! Cauby! Cauby!… e o MPB-4

Quando se junta um cantor extraordinário e um grupo vocal igualmente invulgar cria-se, com desculpas pelo lugar-comum, o chamado “momento único”. Deve ser o que ocorreu no dia em que se encontraram o cantor Cauby Peixoto e os quatro rapazes do MPB-4. Conceição (Dunga-Jair Amorim), já interpretada por Cauby não se sabe quantas vezes, foi rearmonizada e ficou como se tivesse sido composta ontem, num exercício vocal impossível a amadores. Estes, mesmo ensaiando por muito tempo, dificilmente não chegariam a um resultado desastroso. Cauby, diante da “invenção” do MPB-4, parece sentir-se como se houvesse cantado com eles a vida inteira. Quem sabe, sabe.

                                                                                                                                                                                                                                                     O.C.