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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

Sem uma reforma política que mude esse atual processo, essa “Nova Política” do discurso da ex-ministra de Lula nada mais é que uma peça de seus marqueteiros.

A trágica morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos alçou à cabeça de chapa na disputa pela presidência da República a sua candidata a vice, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Todos sabem que Marina ingressou no PSB aos 48 minutos do segundo tempo, após ter o registro do seu partido, o Rede, negado pelo TSE.
A candidatura da ex-senadora despertou no eleitorado brasileiro o desejo de mudança que o falecido Eduardo Campos e o senador Aécio Neves não conseguiram despertar. Mas algumas posições da candidata do PSB/Rede devem ser questionadas e precisam de respostas para que o desejo de mudança não se torne um salto no escuro. Marina defende uma “Nova Política” e, caso chegue ao Planalto, afirma que irá governar com os bons políticos que estão no banco de reserva.
A Constituição de 1988 transformou o Poder Executivo em refém dos partidos e institucionalizou a política do “toma lá, dá cá”. Como administrar o País sem a tão afamada “governabilidade”, que nada mais é que a troca de cargos pelo apoio dos partidos no Congresso, em que cada ministério vira feudo de partidos e dutos de desvios de recursos? Quem não se lembra da famosa limpeza no início do governo Dilma, que trocava o ministro, mas não o partido? Foi assim com FHC, com Lula e Dilma e assim será com qualquer outro que assumir a presidência.
Sem uma reforma política que mude esse atual processo, essa “Nova Política” do discurso da ex-ministra de Lula nada mais é que uma peça de seus marqueteiros. Outro ponto que caracteriza a candidata do PSB/Rede é sua intransigência religiosa. Ela é radicalmente contra as pesquisas com células-tronco, que é esperança de milhares de pessoas portadoras de necessidades especiais e que sofrem com algum tipo de doença degenerativa. Vale lembrar que o Brasil é um dos países líderes no processo de pesquisa com células-tronco. Suas posições contrárias às de setores do agronegócio, carro-chefe da balança comercial brasileira, também merecem ser esclarecidas.
Com relação à união homoafetiva, qual a real posição da ex-senadora? Suas convicções religiosas permitirão a união entre pessoas do mesmo sexo? De quem a candidata Marina irá se cercar caso chegue a presidência do Brasil?
Sabemos que a única experiência administrativa de Marina foi quando ocupou a pasta do Ministério do Meio Ambiente na gestão do ex-presidente Lula. Por lá, travou uma série de divergência com os colegas das demais pastas por inviabilizar licenças ambientais para a realização de obras essenciais para o desenvolvimento do País. É inegável a sua história na luta pela preservação do meio ambiente, mas isso não é certificação de experiência administrativa.
A eleição da ex-senadora Marina Silva é aventurar, é a incerteza, uma grande interrogação, e aventura é para os super-heróis da ficção, não para um presidente do Brasil.
Cláudio Rodrigues é empresário.

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marco wense1Marco Wense

Lídice, em tom de advertência, quer que Marina seja mais transparente em relação a sua participação nas campanhas onde ela desaprovou as alianças realizadas por Eduardo Campos.

Ficou para hoje, vigésimo dia do mês de agosto, a oficialização da candidatura de Marina Silva pelo Partido Socialista Brasileiro, o PSB do saudoso Eduardo Campos.
A ex-ministra do Meio Ambiente vai disputar o Palácio do Planalto sob a desconfiança da cúpula do PSB, já que Marina mudará de legenda assim que a Rede Sustentabilidade ficar quites com a justiça eleitoral.
Mas o que mais chama atenção nesse emaranhado jogo político, onde o menos esperto consegue beliscar azulejo, é o PSB ficar dizendo que não irá impor condições para que Marina assuma a candidatura.
É evidente que o discurso é voltado para o eleitorado simpatizante de Marina, passando a impressão de que o PSB respeita a posição da ambientalista, que o partido é democrático e etc e tal.
Não é bem assim. Com o aval do PSB, a senadora Lídice da Mata, candidata ao governo da Bahia, quer que a ex-petista assine uma carta com os compromissos eleitorais assumidos por Eduardo Campos.
Ora, a obrigatoriedade de assinar a tal da carta, sob pena de ter a candidatura vetada, é a prova inconteste de que o PSB não confia na enigmática e imprevisível Marina.
É bom lembrar que entre os vários acordos protagonizados por Eduardo Campos – a maioria discordante com o pensamento de Marina – está o apoio do PSB à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) para o governo de São Paulo.
Lídice, em tom de advertência, quer que Marina seja mais transparente em relação a sua participação nas campanhas onde ela desaprovou as alianças realizadas por Eduardo Campos.
PSB e a candidata precisam acertar os ponteiros, sob pena de o eleitor começar a acreditar no discurso oposicionista de que a confusão em um eventual governo Marina vai ficar incontrolável.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Lídice retoma agenda de candidata na quinta.
Lídice retoma agenda de candidata na quinta.

A senadora Lídice da Mata (PSB) retomará somente na próxima quinta (21) a sua campanha ao governo baiano, segundo comunicou em nota.
A socialista segue para Brasília nesta segunda (18) para missa em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, morto no dia 13 em desastre aéreo.
De acordo com a assessoria da candidata, Lídice participará das conversas que definirão os rumos da campanha do PSB à presidência da República e aos governos estaduais. Ela ainda estará na reunião que definirá a nova chapa do PSB à presidência.
Marina Silva é a cabeça de chapa, mas ainda falta definir o (ou a) vice. Nomes como Renata Campos, Luiza Erundina e Beto Vasconcelos são cogitados. Após o anúncio, Lídice retornará para o estado e retoma a agenda de candidata na quinta. O compromisso ainda não foi informado.

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Renata Campos recebe condolências do deputado e candidato Rui Costa.
Renata Campos recebe condolências do deputado e candidato Rui Costa.

Os três principais candidatos ao governo baiano serão entrevistados pela Rede Bahia (emissoras afiliadas à Rede Globo no estado) no BA-TV. A série será aberta nesta segunda (18) com o candidato do PT, Rui Costa, às 19h15min.
Desconhecido da grande maioria do eleitorado baiano, o petista terá o desafio de passar bem as suas propostas e, eventualmente, fazer a defesa do legado do seu criador, Jaques Wagner, governo do qual foi secretário de Relações Institucionais e da Casa Civil. De Wagner, recebeu o apelido de “Pai da Mobilidade”, além de elogios de do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.
EDUARDO CAMPOS
Ontem, Rui esteve em Recife para as homenagens e despedida ao ex-governador e candidato à presidência da República, Eduardo Campos, enterrado na capital pernambucana, após desastre aéreo do qual ele e mais seis pessoas foram vítimas. Rui esteve com a viúva de presidenciável, Renata Campos. Além dele, participaram das homenagens o candidato a vice-governador, João Leão (PP), e ao Senado, Otto Alencar (PSD).

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A identificação dos corpos do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e de mais seis pessoas, vítimas de um acidente aéreo ocorrido na última quarta-feira (13), em Santos, foi concluída, segundo o deputado federal Julio Delgado (PSB-MG). O parlamentar acabou de deixar o Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista.
A liberação dos corpos depende agora de um atestado de óbito que será emitido em Santos. O documento será levado à capital paulista de helicóptero.
Com a chegada da documentação, o IML poderá liberar os corpos para o velório e enterro. A expectativa é que os trâmites burocráticos se encerrem no final da tarde de hoje.
No acidente, além de Eduardo Campos, morreram os assessores Carlos Percol, Pedro Valadares Neto, Marcelo de Lyra e Alexandre Severo e dos pilotos Geraldo Cunha e Marcos Martins. (ABr)

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Marina Silva e Eduardo Campos (Foto Ed Ferreira/AE).
Marina Silva aceita ser candidata em lugar de Campos, morto na quarta (Foto Ed Ferreira/AE).

Da Agência Brasil
A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à Vice-Presidência da República Marina Silva aceitou ser cabeça de chapa da coligação Unidos para o Brasil, em substituição ao ex-governador de Pernambuco  Eduardo Campos (PSB), que morreu quarta-feira (13), em acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo. Hoje (15), o presidente do PSB, Roberto Amaral, foi à casa de Marina para saber se ela autorizava uma consulta ao partido sobre a candidatura dela ao cargo.
Segundo o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), a ex-ministra aceitou que seja feita a consulta para saber se o partido concorda com sua candidatura à Presidência da República em substituição a Campos. Beto Albuquerque confirmou que Marina disse sim à consulta e que aceita disputar a presidência pela coligação formada pelo PSB, PPS, PPL, PRP, PHS, além da Rede Sustentabilidade, que ainda não tem registro.
O deputado, que está em São Paulo acompanhando os trabalhos de identificação das vítimas do acidente aéreo de quarta-feira, informou que foi à casa de Marina Silva na noite de ontem (14), para lhe dar um abraço e conversar sobre a necessidade de uma releitura da campanha de Campos e de ela adotar também o discurso que vinha sendo feito pelo ex-governador.
Para Albuquerque, não haverá dificuldade para que os partidos da coligação aceitem a ex-ministra como cabeça de chapa.
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse à Agência Brasil que seu partido foi o primeiro da coligação a aconselhar que Marina fosse a substituta de Campos na corrida eleitoral. “Marina Silva vai unir os partidos da coligação”, afirmou o parlamentar. Para ele, está havendo consenso em torno do nome dela para a disputa. Quanto a um nome para ser o companheiro de chapa de Marina, caso seja confirmada sua indicação, Freire acredita que “o PSB reivindique o cargo”. O mais importante agora “é consolidar a candidatura de Marina Silva à Presidência”, destacou.
A decisão final sobre quem substituirá Eduardo Campos na disputa deverá ser tomada quarta-feira (20), em Brasília, durante reunião do Diretório Nacional do PSB com deputados e senadores do partido e líderes da legenda. A coligação Unidos para o Brasil tem até o dia 23 deste mês para informar à Justiça Eleitoral o nome de seu novo candidato à Presidência da República.

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walmirWalmir Rosário | wallaw1111@gmail.com

Novo na idade, mas experiente na arte de fazer política, fez escola com um dos grandes mestres da luta pela democracia, o seu avô Miguel Arraes.

A morte de Eduardo Campos, candidato a presidente do Brasil pelo PSB, o Partido Socialista Brasileiro, pegou a todos de surpresa. E os brasileiros ainda choram o seu desaparecimento, mesmo não sendo ele um político conhecido pela maioria da população.
Neto do ex-governador Miguel Arraes, se afastou do governo de Pernambuco para empreender um voo mais alto: disputar a Presidência da República. E morreu lutando por esse ideal, ao se deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo, onde cumpriria compromissos de campanha.
E a vida Eduardo Campos foi interrompida aos 49 anos, no dia 13 de agosto, mesma data em que morreu seu avô, que também foi governador de Pernambuco. Agosto é um mês que causa pavor aos políticos, dado ao grande número de catástrofes. Entre elas, a que causou mais comoção foi a morte de Getúlio Vargas, quando presidente da República.
Eduardo Campos ocupava o terceiro lugar na intenção dos votos do eleitorado brasileiro. Mas a campanha estava ainda começando e o seu discurso era tido como moderno e esperançoso. Prometia fazer com o Brasil o que fez em seu estado.
Quer queira, quer não, mesmo os adversários respeitavam o político Eduardo Campos, que soube fazer história. Deixou a grande coligação que ajudou a eleger Lula e Dilma Rousseff presidentes do Brasil para empreender uma grande mudança na política brasileira.
Ele prometia e todos acreditavam numa nova forma de se fazer política, de governar o país. Para tanto, promoveu o crescimento do PSB em todo o Brasil e costurou alianças com partidos políticos alinhados com seu pensamento em todos os estados brasileiro.
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Eduardo Campos  foi uma das vítimas.
Eduardo Campos foi uma das vítimas.

O Corpo de Bombeiros de Santos, no litoral de São Paulo, concluiu os trabalhos de buscas no local onde se formou uma cratera após a queda do jato que levava o candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos.
O acidente matou o político e mais seis pessoas nesta quarta-feira. A perícia continua no local com a corporação e a Polícia Federal.
De acordo com o perito criminal Antônio Nogueira, apesar das dificuldades, todos os sete corpos serão identificados. No entanto, ele não soube precisar quanto tempo será necessário para esse trabalho.
O candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, de 49 anos, estava a bordo da aeronave que partiu do Rio de Janeiro e tinha como destino a cidade paulista para a realização de um compromisso de campanha.
Segundo testemunhas, a aeronave se desintegrou totalmente ao cair em Santos. O candidato estava acompanhado do assessor Carlos Percol e de equipes de filmagem. Com informações da Band.

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A coordenação das campanhas dos candidatos Davidson Magalhães e Aldenes Meira, que disputam mandato na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, respectivamente, determinou a suspensão das atividades na tarde desta quarta-feira (13), logo após a confirmação da morte do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. Com isso, militantes foram temporariamente dispensados e não houve circulação de carros de som.
Em Itabuna, além dos políticos, instituições como Amurc, Associação Comercial e Câmara de Vereadores emitiram notas de pesar. Na Câmara, houve um minuto de silêncio no início da sessão plenária.
Em sua página no Facebook, Aldenes Meira registrou que recebeu a notícia com perplexidade e observou que “o Brasil perdeu um grande cidadão e está de luto”.
São manifestações que repercutem o clima de comoção nacional. O site da presidente Dilma Rousseff substituiu sua página inicial por uma imagem do político pernambucano e a frase: “Todo o Brasil está em luto pela morte de Eduardo Campos”.

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eduardo-camposO deputado federal Julio Delgado (PSB-MG) acabou de confirmar a morte do candidato à Presidência Eduardo Campos, do PSB.
Delgado deixou o Conselho de Ética emocionado e disse que falou com o presidente do PSB de São Paulo, Marcio França, que confirmou que não houve sobreviventes na queda do avião, em Santos.
A aeronave caiu por volta das 10h. De acordo com o Comando da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA,  decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP).
Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.
Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos, não estava no avião. Informações da Agência Brasil.
Atualização às 14h30min
Além do presidenciável socialista, também morreram na queda da aeronave outros seis ocupantes: os pilotos Geraldo Cunha e Marcos Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, Pedro Valadares Neto, Marcelo Lira e o fotógrafo Alexandre Gomes e Silva. Campos morre em um mesmo dia (13 de agosto) em que faleceu o avô e criador político, Miguel Arraes.
LUTO OFICIAL
A presidente Dilma Rousseff suspendeu as atividades de sua campanha por três dias e decretou luto oficial por igual tempo. Dilma lamentou a morte de Eduardo Campos. “Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro”, disse ela.

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Corrida presidencial: Campos, Dilma e Aécio.
Campos vai a 6%, Dilma tem 60% e Aécio atinge 13% na Bahia.

Além da corrida ao Palácio de Ondina, a pesquisa Babesp (DataNilo) também aferiu as intenções de voto dos baianos para a presidência da República. Candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) aparece com 60% ante 13% de Aécio Neves (PSDB) e 6% de Eduardo Campos (PSB).
Pastor Everaldo (PSC) atinge 2% e Luciana Genro (PSOL) chega a 1%. Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO), Levy Fidélix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Zé Maria (PSTU) atingem menos de 1% cada um deles.
A pesquisa consultou 2.000 eleitores em 84 municípios baianos no período de 5 a 11 de agosto. Ela está registrada com o número BA-99998/2014. O levantamento foi encomendado à Babesp pelo deputado estadual Marcelo Nilo.

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Corrida presidencial: Campos, Dilma e Aécio.
Corrida presidencial: Campos, Dilma e Aécio.

A pesquisa eleitoral do Ibope que aferiu as intenções de voto para o governo baiano também questionou o eleitor quanto à preferência na corrida presidencial. Na Bahia, Dilma Rousseff (PT) atinge 48% das intenções de voto. Aécio Neves (PSDB) alcança 15% e Eduardo Campos (PSB)  vai a 8%.
O Pastor Everaldo (PSC) pontua com 3%. Rui Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) atingem 1% cada um. Brancos e nulos atinge 13% e não sabe ou não respondeu, 11%.
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não cita os nomes dos candidatos, Dilma atinge 36% na Bahia. Aécio vai a 9% e Campos fica com 5%.
Os percentuais de agora diferem dos apurados em maio passado, quando Dilma atingiu 50%, Aécio chegou a 12% e Campos tinha 7%. Pastor Everaldo somava 2%. Há dois meses, o percentual de brancos e nulos era 15% e indecisos (não sabe ou não respondeu), 13%.

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Corrida presidencial: Campos, Dilma e Aécio.
Corrida presidencial: Campos, Dilma e Aécio.

Levantamento do Instituto Datafolha – feito nos dias 15 e 16 de julho – levou preocupações para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Se lidera com boa margem no primeiro turno, o mesmo não se pode dizer caso a peleja eleitoral vá para o segundo turno, quando empata, tecnicamente, com o tucano Aécio Neves.
No primeiro turno, Dilma aparece com 36%, enquanto Aécio tem os mesmos 20% da pesquisa anterior. Eduardo Campos (PSB) oscila para 9% para 8% e o Pastor Everaldo (PSC), de 4% para 3%. José Maria (PSTU), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Eymael (PSDC) e Rui Pimenta (PCO) têm 1% cada um.
SEGUNDO TURNO
Juntos, todos os adversários têm a soma das intenções de voto de Dilma (36%), mas aumentou a probabilidade de segundo turno na disputa, no qual Dilma teria 44% das intenções de voto contra 40% de Aécio (antes, em 1º e 2 de julho, era 46% a 39%). Contra Campos, dá 38% a 45% (era 48% a 35% no início do mês).
A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais. Foram entrevistados 5.337 eleitores em 233 municípios brasileiros, segundo o Datafolha.

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horário eleitoral tvO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou hoje (10) a estimativa de tempo que os 11 candidatos à Presidência da República terão no horário eleitoral no rádio e na televisão, que começa no dia 19 de agosto. Os números serão apresentados aos partidos em audiência pública na quarta-feira (16). Após as coligações tomarem conhecimento da minuta, o plano de divulgação definitivo será colocado em votação no plenário do tribunal.
Segundo os dados, a coligação Com A Força do Povo, da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), terá 11 minutos e 48 segundos. A coligação Muda Brasil, do candidato Aécio Neves (PSDB), ficou com 4min31s. Eduardo Campos (PSB), da Coligação Unidos pelo Brasil, terá um 1min49s.
O restante do tempo no rádio e na TV ficou dividido entre o PSC, do Pastor Everaldo (um minuto e oito segundos); PV, de  Eduardo Jorge (um minuto e um segundo); PSOL, da candidata Luciana Genro (51 segundos), e Eymael, do PSDC (47 segundos). Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Zé Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) terão 45 segundos para expor suas ideias.
O bloco de 20 minutos que será destinado aos que disputam a Presidência da República foi dividido de acordo com o número de partidos e coligações que registraram candidaturas ao cargo e a suas representações na Câmara dos Deputados.
O TSE definirá a primeira ordem de exibição dos programas em sorteio no dia 5 de agosto. Nos programas seguintes, a ordem seguirá o critério de rodízio. Caso a disputa vá para segundo turno, o bloco de 20 minutos será dividido de forma igualitária entre as coligações. Informações da Agência Brasil.

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Maia analisa números do Datafolha (Foto O Globo).
Maia analisa números do Datafolha (Foto Divulgação CM).

César Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro, é aficionado em leitura mais aprofundada de pesquisas de intenção de voto. Na edição de hoje do seu boletim enviado a assinantes, o democrata destrincha números do último levantamento do Datafolha (reveja aqui) sobre a corrida presidencial. A pesquisa traz Dilma Rousseff com 38%, Aécio Neves com 20% e Eduardo Campos com 9%. Abaixo, a íntegra da análise:
1. Na verdade, o que de fato mudou nessa pesquisa foi o “Não Voto” (abstenção+brancos+nulos). O Não Voto de julho voltou a ser o mesmo de maio. Com isso, Dilma teve agora 38% e em maio 37%. Aécio repetiu os 20% e os demais 18% agora e em maio 16%.
2. Os que não têm interesse na eleição são 36%. Mas no cruzamento com o ruim+péssimo se Dilma são 45%. Um número que ajuda Dilma, pois gera uma transferência potencial de votos hoje de quem a rejeita para o Não Voto e não para seus adversários.
3. O Não voto entre os homens são 18% e entre as mulheres 29%. A soma dos adversários de Dilma entre os homens é de 43% e entre as mulheres é de 34%. A oposição deve apontar para as mulheres com seus compromissos e símbolos.
4. Em nível regional e social os vetores são os mesmos das últimas pesquisas. No Nordeste, Dilma dispara sobre Aécio: 55% x 10%. No Sudeste a intenção de voto está empatada: 28% x 27%. Renda até 2 SM Dilma tem 45% x 13% de Aécio. Mais de 10 SM Dilma tem 30% e Aécio 39%. Até ensino fundamental Dilma tem 47% e Aécio 14%. Nível superior Dilma tem 25% e Aécio 36%. Entre as mulheres Aécio tem 17% e entre os homens 24%.
5. Dilma tem 38% das intenções de voto. Mas entre os jovens (até 24 anos) tem 33% e nas RMs (incluindo as capitais) 32%. Ótimo+Bom de Dilma 35% e Ruim+Péssimo 26%, números semelhantes a maio e junho,
6. Entre os eleitores que se dizem simpatizantes do PT, Dilma tem 78%%. Entre os que se dizem simpatizantes do PSDB, Aécio tem 61%. Entre os que não têm simpatia por partidos Dilma tem 31% e Aécio 20%. Entre os que acham Dilma ruim+péssimo Aécio tem apenas 34%. Polarização ainda não ocorreu.
7. Entre os que são contra a Copa, Dilma e Aécio empatam com 25%. Entre os que são a favor, Dilma vence 45% x 19%.  Aécio fica com a mesma intenção de voto, mas Dilma sobe.