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Vane diz que edital do concurso será publicado até quinta-feira (24)
Vane diz que edital do concurso será publicado até quinta-feira (24)

O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PRB), confirmou hoje (22) que seu governo realizará um concurso público ainda neste semestre. Ele deu essa informação durante entrevista ao programa Balanço Geral (TV Cabrália).

Segundo o gestor, o edital do certame será publicado amanhã ou quinta-feira (24). A previsão, segundo ele, é de que sejam oferecidas cerca de 800 vagas para diversas áreas.

Como este é um ano de eleições, qualquer nomeação estará impedida nos três meses anteriores ao pleito. Ou seja, a data limite para convocar os aprovados será 5 de julho. Depois, só em 2017.

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Governador durante inauguração de base comunitária em Itabuna (Foto Pimenta).

O governador Jaques Wagner esteve no final de semana em Itabuna, onde inaugurou a primeira Base Comunitária de Segurança no interior da Bahia. A base de segurança é aposta para redução dos índices de criminalidade em áreas onde há domínio do crime.

Após a inauguração no Monte Cristo e entrevista ao Alerta Total, da TV Cabrália, o governador concedeu entrevista ao PIMENTA. O mandatário baiano falou de greves no funcionalismo, gestão pública, eleições e reflexos eleitorais do julgamento do Mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF). Wagner fez crítica à Revista Veja pela postura de “partido político” assumida pela publicação da Editora Abril.

O governador também abordou o processo eleitoral na Bahia e ainda vê a disputa embolada em Itabuna. Ele afirmou que, na reta final, poderá vir a Itabuna apoiar o candidato da base aliada que estiver melhor posicionado – Vane do Renascer (PRB) ou Juçara Feitosa (PT).

PIMENTA – Quais os resultados já obtidos com as Bases Comunitárias nas áreas onde foram instaladas?

JAQUES WAGNER – A depender do tempo de instaladas, os índices de criminalidade apresentam redução de 40% a 50%. Na área do Calabar [Salvador], tivemos período longo com zero homicídio e as bases têm se mostrado a melhor política, mas é óbvio que não vamos colocar bases em todos os bairros, todo interior, mas as colocamos em cidades com índices elevados, como é o caso de Itabuna. Semana que vem estou indo a Feira de Santana, tem uma projetada para Porto Seguro, é uma política de instalar em bairros onde existe o tráfico conflagrado.

O governo fez opção de instalar a Base Comunitária numa área de quadra poliesportiva. Não há uma incoerência governamental entre discurso e combate ao crime?

Na verdade, foi demandado à prefeitura o oferecimento de um terreno. Também acho que é ruim suprimir uma quadra de esporte para colocar uma base comunitária, que é bem-vinda. A unidade nossa é provisória, mas o terreno ao lado [da quadra] é que será usado.

Existem demandas no sul da Bahia, como a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna . Quando esta obra vai sair?

A duplicação ficou a cargo do governo federal . O Derba [órgão estadual] já entregou o projeto ao Dnit e está sendo adequado pelo Ministério dos Transportes. O dinheiro está reservado dentro do PAC II. É o Dnit terminar o projeto, sair a licença ambiental e fazer a obra. Eu tenho convicção de que a gente consegue começar essa obra no primeiro semestre de 2013.

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Com a aproximação da eleição, se um candidato da base estiver disputando com o adversário, no caso de Itabuna é com o DEM, a gente pode vir para reforçar.

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Falando de eleições, como se posicionará em Itabuna, onde a base tem dois candidatos?

Para não ser desleal, a minha postura é sempre ficar equidistante onde temos dois candidatos e estes participaram da minha campanha [em 2010]. Com a aproximação da eleição, se um candidato da base estiver disputando com o adversário, no caso de Itabuna é com o DEM, a gente pode vir para reforçar. Por enquanto, há a informação de que a disputa está embolada e eu estou me mantendo distante não só aqui como em todos os lugares. Sou do PT, mas sou de uma coligação. Então, se existem dois candidatos da base, a gente mantém essa distância.

Qual o mapa eleitoral que o governo projeta para este ano?

A projeção que temos é de que, dos 417 municípios, faremos 320. Gente mais otimista fala em 330. Eu boto 320, o que já seria um número bastante representativo, ficando perto de 100 com a oposição, mas ressalvando alguns municípios, pois o PMDB é parte do governo da presidenta Dilma e oposição ao governo estadual, mas não há “interdição” de alianças. Tem prefeitura que vai ser ganha pelo PMDB, mas com o apoio de gente nossa e do PT. E tem lugares onde o PT deve ganhar com o apoio do PMDB. Mas eu diria que, na minha base, estaremos acima de 320 prefeituras.

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Nelson Pelegrino tem crescido bastante e o candidato do DEM, na minha opinião, vem perdendo fôlego.

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E Salvador?

Nelson Pelegrino tem crescido bastante e o candidato do DEM, na minha opinião, vem perdendo fôlego. Em Feira, a eleição é dura, mas a reação de [Zé] Neto é muito boa. Já em Vitória da Conquista, Guilherme Menezes está bem. Aqui em Itabuna, como já disse, está embolado e em Ilhéus nós temos dois candidatos da base, assim como em Barreiras. Então, acho que o resultado vai ser bastante positivo.

Nacionalmente, qual será o impacto do Mensalão para o projeto eleitoral do PT?

Eu estava dizendo que houve julgamento do povo. O episódio do Mensalão já foi público. Em 2005, 2006, teve gente cassada ou que renunciou para não perder o mandato… Na minha opinião, o impacto maior se deu naquela época. Nós já tivemos as eleições de 2006, 2008 e 2010. Algumas pessoas se desestimularam em relação ao PT, mas, pelo desempenho nas eleições, eu diria que não foi um golpe como a oposição gostaria que fosse. Até porque, se o PT tem erros, e seguramente tem, os outros não estão isentos.

Os reflexos hoje seriam menores?

A população não é mais ingênua. Sabe que fazer o discurso da moralidade é fácil, mas teve, por exemplo, o episódio do Mensalão do DEM, com gente filmada colocando o dinheiro no bolso e por aí vai. E o PSDB, também [Minas Gerais]. Então, eu não gosto de generalizar. Seguramente, não somos um partido dos santos, mas de homens e mulheres, como todos são, com erros e acertos. Agora, alguém tentar posar de partido dos santos, de partido detentor da moralidade absoluta acaba soando como mentira para a população. Então, algum impacto acho que tem, mas não estou sentindo, pelo menos por onde tenho andado.

E na Bahia?

É óbvio que não tenho andado por outros estados, mas não estou sentindo isso.

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Eu digo sempre que com o pecado do pecador o povo já se acostumou. O pecado do pregador assusta muito mais. Quando acontece alguma coisa com alguém do PT, vira escândalo.

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O senhor esteve em São Paulo em apoio a Fernando Haddad. Lá, o senhor não sentiu?

Algum reflexo tem, é óbvio. Eu digo sempre que com o pecado do pecador o povo já se acostumou. O pecado do pregador assusta muito mais. Como nós sempre pregamos a moralidade e o bom uso do dinheiro público, quando acontece alguma coisa com alguém do PT vira um escândalo. Por quê? Porque somos pregadores do bom uso do dinheiro público. O episódio foi em 2005, há o julgamento e a postura de condenação. Agora, não acredito que isso vá ser… Vamos ver em São Paulo, onde o Haddad está crescendo, o Russomano está consolidado na primeira posição. Espero que [no segundo turno] dê Russomano e o Haddad, mas vamos esperar mais um pouquinho.

E o que muda com o envolvimento do nome do ex-presidente Lula, segunda a Veja?

Olha, a Revista Veja, ultimamente, tem se transformado quase que num partido político, como já aconteceu em outros países democráticos como Inglaterra, Estados Unidos. Alguns órgãos de imprensa esquecem de que a imprensa tem direito a ter sua opinião – e nós defendemos a liberdade de imprensa, mas tem momentos que ela assume uma posição e se contamina até diante da sociedade. A tentativa, na minha opinião, é absurda. Eu fui ministro que cuidava de toda aquela questão à época do Mensalão. Eu era o articulador político do presidente Lula… No dia que estive em São Paulo, estava saindo a revista e eu disse “posso garantir que o presidente nunca se encontrou com Marcos Valério nem no Palácio do Planalto nem no Alvorada ou na Granja do Torto”.

Mas a pressão é grande.

Essa tentativa [de envolver o ex-presidente Lula] já foi rechaçada no começo pelo Supremo. É tentativa de contaminar uma pessoa que, para tristeza das oposições, continua morando no coração de 80% dos brasileiros, pelo trabalho que ele fez. Mas não acho que isso vá prosperar. Insisto que é falta de argumento da oposição e aí tenta bater só nessa tecla. O povo ouve a palavra, mas julga pela ação. Creio que a ação do PT ao longo desses anos, seguramente, não é perfeita, mas a gente tem feito processo de prosperidade bastante grande no Brasil e na Bahia.

O senhor sempre foi visto como homem do diálogo e oriundo da base sindical. Por que se enfrentou duas greves duras só neste ano, principalmente a dos professores, que foi a mais desgastante e longa?

A greve da Polícia Militar, na verdade, tinha uma agenda nacional, que era a PEC 300. Então, iniciou-se um processo de greves em outros estados e chegou na Bahia e tomou contornos inaceitáveis e violentos. Graças a Deus, superamos aquela fase. Fizemos uma oferta salarial à Polícia Militar que começa a ser cumprida agora em novembro.

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Os negociadores do meu lado e do lado dos professores não exercitaram bem o que é sagrado – a mesa de negociação e o diálogo – e a greve acabou adentrando por uma conotação de politização.

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E na greve dos professores?

No caso dos professores, considero que houve erro de parte a parte na mesa de negociação. Os negociadores do meu lado e do lado dos professores não exercitaram bem o que é sagrado – a mesa de negociação e o diálogo – e a greve acabou adentrando por uma conotação de politização. Só lembrar que, seguramente, não sou governador da Bahia duas vezes, deputado três vezes e ex-ministro do presidente Lula por que seja burro. É óbvio que se num ano eleitoral eu pudesse alargar os proventos do funcionalismo público para estar em cada canto com gente satisfeita… Eu tenho limite e tenho que governar dentro da responsabilidade fiscal. Eu só quero lembrar, sem voltar a esse debate, que nós fizemos e vamos completar em março 53% de ganho real sobre a reposição da inflação. Houve desgaste, mas ele vai sendo superado. O governo não é julgado só por esse episódio. É julgado pelo conjunto da obra de cinco anos e meio. Graças a Deus, a gente tem avaliação bastante positiva da população.

Só que as pesquisas ainda apontam desgaste.

Não, você está falando da pesquisa de Salvador. É que o povo tem a mania de pegar pesquisa de Salvador.

Nos maiores centros, como Itabuna, também ainda há reflexo.

Em Feira de Santana virou completamente. Pode não ser igual às outras cidades do interior, mas a avaliação é positiva. Inclusive, em Salvador a regressão da desaprovação já é bastante grande e a gente já tem aprovação superior a não-aprovação. Salvador foi o grande foco da greve dos professores. Mas em época de eleição as coisas são… (pausa)

Mais acirradas?

(…) Mais acirradas e ninguém [da oposição] vai falar das bondades. Mas sou pessoa tranquila. Vou dar o exemplo de Salvador [em relação a pesquisa]: tinha gente comemorando antes da hora e me parece que a festa não vai ser como eles estavam imaginando. Vamos aguardar porque, pelas pesquisas, eu não iria nem para o segundo turno em 2006 e acabei ganhando no primeiro. Achava impossível ganhar do primeiro turno em 2010… Não falo isso com arrogância, mas como recomendação porque pesquisa é fotografia do momento. Eu acabei de ouvir do diretor da própria rede aqui [Marcelo Almeida, da TV Cabrália] que as coisas mudam com muita rapidez em Itabuna. Em São Paulo, todo mundo achava que Celso Russomano (PRB) ia cair [nas pesquisas]  com duas semanas de televisão. Consolidou em 35% e está todo mundo agora batendo perna, não entendendo o que está acontecendo. Então, vou continuar com minha humildade. Evidente que eu sei os problemas que o governo tem, mas também eu sei das entregas que a gente fez e não são poucas, e o povo julga pelo conjunto da obra.

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Durante discurso de encerramento da 2ª Conferência Mundial de Cortes Constitucionais, no Rio de Janeiro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski, informou a mais de 350 autoridades estrangeiras que o custo das eleições gerais brasileiras de 2010 foi de US$ 2,04 por eleitor, totalizando US$ 284 milhões, custo considerado por ele bastante baixo. Em moeda nacional, o custo total ficou em aproximadamente R$ 475 milhões na cotação de hoje. Informações do Valor.

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As doações feitas pela UTC Engenharia a campanhas políticas de baianos, consideradas ilegais por ser, a empresa, uma concessionária de serviço público, está sendo investigada pelo procurador regional eleitoral auxiliar da Bahia, Vladimir Aras.

Segundo a assessoria da procuradoria, Aras tomou a atitude depois de ler a reportagem publicada ontem no jornal O Estado de S.Paulo, que aponta o governador baiano, Jaques Wagner (PT), e os deputados ACM Neto (DEM-BA) e Jutahy Jr (PSDB-BA) entre os principais beneficiados pelas doações.

A campanha de Wagner teria sido a que mais recebeu recursos diretos da UTC no País, R$ 2,4 milhões. Segundo a assessoria do governador, todas as prestações de contas relativas à campanha foram feitas dentro dos parâmetros estabelecidos pela Lei Eleitoral e não receberam nenhum questionamento, nem do Ministério Público. Informações d´A Tarde.

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Dilma exibe diploma ao lado do presidente do TSE, Ricardo Lewandowsky (Foto ABr).

Dilma Rousseff e Michel Temer foram diplomados, na tarde de hoje (17), presidenta e vice-presidente da República, respectivamente, pelo Tribunal Superior Eleitoral. A diplomação é o último passo do processo eleitoral antes da posse dos eleitos, no ano que vem.
Em discurso, Dilma reafirmou o compromisso com a estabilidade econômica e disse que vai trabalhar para honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis e governar para todos. Ela também fez referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao desafio que será sucedê-lo no cargo.
Dilma afirmou que dará prioridade para as áreas de educação, segurança e saúde e que cuidará para manter a estabilidade econômica e os investimentos. “Defenderei sempre a liberdade de imprensa e de culto, mas reafirmo que nenhuma estratégia política ou econômica é efetiva se não se refletir na vida de cada trabalhador e trabalhadora, empresário e famílias das regiões desse imenso país”. Informações da Agência Brasil.

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Empolgada com a diplomação como segunda suplente de senadora em solenidade ocorrida ontem à tarde, a petista Juçara Feitosa vai atuar para ser a ungida do PT na disputa pela prefeitura de Itabuna em 2012.
Só que as vozes de Salvador, baseadas em sondagens eleitorais constantes, querem outro nome na disputa à sucessão de José Nilton Azevedo (DEM).
E esse nome é justamente o esposo de Juçara, o ex-prefeito e deputado federal reeleito Geraldo Simões. Na avaliação do governador Jaques Wagner e de assessores próximos, somente “Pedinha” reuniria as condições necessárias para fazer o partido retornar ao poder em Itabuna. E que dificilmente perderiam a eleição há dois anos se o candidato fosse o deputado federal.
A avaliação, aliás, não é novidade. Era neste projeto que Wagner apostava para 2008, quando Geraldo preferiu continuar na Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) e fazer da esposa prefeita. O resto da história todo mundo já sabe.

Hauri Azevedo, Geraldo Simões, Marcelo Dantas e Gilvan Rodrigues na diplomação no centro de convenções em Salvador.
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Os 15 mil técnicos de urnas contratados para dar assistência nas eleições de 2010 estão a ver navios. Até agora o dinheiro da rescisão contratual não foi depositado em conta. A empresa Probank, segundo os técnicos, culpa o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), num jogo de empurra que começou em 5 de novembro e já faz mais de um mês.
A Probank alega ter ainda a receber R$ 50 milhões do TSE e prometeu pagar os funcionários no dia 10 de dezembro, o que não ocorreu. O prazo foi renovado e a promessa é quitar a pendência na próxima segunda, 20. A empresa, no entanto, já informou que entra em recesso nesta data e só retorna em janeiro.
Dos compromissos firmados, foi apenas pago o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Mas só caiu a metade do dinheiro devido”, reclama um dos técnicos que atuaram nos dois turnos das eleições 2010 em Itabuna. “O próprio TRE [Tribunal Regional Eleitoral] na Bahia evita se manifestar em relação ao caso”.

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aprovou as contas de campanha de Wenceslau Júnior, que disputou mandato na Assembleia Legislativa e ficou na primeira suplência do PCdoB. As contas, no entanto, foram admitidas com ressalva.
O senão se deve à utilização de material de campanha cujo pagamento foi atribuído ao partido. Segundo o candidato, o TRE fez reparos ao procedimento, mas isso não impediu a aprovação das contas.

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Da Agência do TSE
O eleitor que não pôde votar em 3 de outubro, quando foi realizado o primeiro turno das eleições 2010, nem justificou sua ausência em um dos postos de Justificativa Eleitoral montados no dia do pleito tem até  esta quinta-feira (2) para apresentar seu requerimento ao juiz da zona eleitoral onde está inscrito.
O endereço dos cartórios eleitorais pode ser obtido nas páginas dos TREs na internet (www.tre-uf.jus.br, substituindo-se “UF” pela sigla da unidade da Federação onde foi expedido o título).
No pedido de justificativa devem constar o nome, data de nascimento, filiação, número do título, endereço atual e o motivo da ausência à votação, cabendo ainda ao eleitor, apresentar cópia de documento que comprove sua identidade.
Se o requerimento for entregue com dados incorretos ou que não permitam a identificação do eleitor, não será considerado válido para justificar a ausência às urnas.
A ausência a cada turno da eleição deve ser justificada individualmente.O acolhimento ou não das alegações apresentadas ficará sempre a critério do juiz da zona eleitoral em que o eleitor estiver inscrito.
Segundo turno

Quem não votou e nem justificou a ausência no segundo turno das eleições, que ocorreu em 31 de outubro tem até o dia 31 de dezembro para apresentar justificativa ao juiz eleitoral.

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Ailton Silva

Os que acham que somos um bando de analfabetos esquecem que temos mestres, pesquisadores, doutores, grandes empresas e estamos na terra do jurista Ruy Barbosa (…).

A campanha eleitoral deste ano foi marcada mais pela troca de agressões entre os candidatos do que por debates sobre temas como reforma tributária e investimentos em infraestrutura. Outra constatação foi que, em muitos momentos, a mídia deixou de fazer o bom jornalismo, prestar um serviço ao cidadão, independente da opção eleitoral, para fazer panfletagem.
Uma vergonha para quem diz que faz jornalismo independente. O enquadramento “a gosto” ocorreu, muitas vezes, nos pequenos e grandes veículos. Mas não vou entrar neste mérito, pois os leitores, telespectadores e ouvintes perceberam isso claramente.
Talvez o que muita gente não percebeu foi o preconceito de algumas pessoas do Sul e Sudeste (muitos de São Paulo) contra o nordestino e nortista. Os comentários nas redes sociais, revistas, jornais foram muitos. E vergonhosos. Os mais leves foram: burros, imbecis, idiotas, dependentes de “bolsa esmola”.
Tantos “adjetivos” porque o Nordeste e o Norte foram duas das três regiões do Brasil nas quais a maioria dos eleitores preferiu Dilma Rousseff (PT) a José Serra (PSDB). É verdade que essas duas regiões têm alto índice de analfabetismo, são carentes de saúde pública de qualidade, esgoto tratado, mais moradia, segurança pública e salários melhores. As consideradas regiões ricas não sofrem com nada disso?
Tentar separar o Brasil entre regiões ricas e pobres não é nada inteligente. Somos todos brasileiros, filhos de uma só nação e sonhamos com melhoria em todos os setores, com mais pessoas ascendendo de classe social. O Nordeste e o Norte merecem respeito.

Para Mayara, xenofobia pouca é bobagem.

Não venham argumentar que não há preconceito. Ele, infelizmente, vai existir por algum tempo, enquanto as pessoas acreditarem que as manifestações durante o período eleitoral e logos após resultado da eleição são fatos isolados. Não são. Existem, sim, muitos preconceituosos, entre eles a estudante de direito Mayara Petruso, que chegou a postar, na sua página, frase como “Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”,
A estudante paulista escreveu ainda: “Dêem direito de voto pros (sic) nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar os vagabundos que fazem filhos pra ganhar o bolsa 171”.
Sei que esse, felizmente, não é o sentimento da maioria do povo de São Paulo nem de outros estados das regiões Sudeste e Sul, mas que há muita gente que pensa como essa patricinha, como tem!
Para nós, nordestinos com muito orgulho, o que importa é que estamos em processo de desenvolvimento e caminhando para um dia termos estados com mais qualidade de vida.
Os que acham que somos um bando de analfabetos esquecem que temos mestres, pesquisadores, doutores, universitários, veículos de comunicação fortes, grandes empresas, artistas da música, do teatro, da televisão e estamos na terra do jurista Ruy Barbosa, o Águia de Haia, que foi para a Inglaterra ensinar inglês. Além de tudo, temos gente que trabalha, vive com dignidade e que ajuda a manter esse país.
No mais, qualquer pessoa sensata sabe que não foram apenas o Nordeste e Norte que asseguraram a eleição da candidata do PT. José Serra, também, perdeu em estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro. Perdeu na região Sudeste. E mais: a petista se elegeria mesmo se, como querem alguns, o Nordeste fosse riscado do mapa.
O pior: o candidato venceu em São Paulo por menos de dois milhões de votos (12.308.038 dele contra 10.462.010 dela). Como um excelente administrador como apregoam alguns veículos de comunicação, ele deveria vencer de goleada no próprio estado. Ou Não?
Então, seguindo a lógica dos que estão revoltados com os nordestinos e nortistas, o eleitor de São Paulo, que preteriu o candidato do PSDB, é burro, é imbecil? Tenho certeza que não. Como homem perfeito como se vendeu e foi repassado por parte da mídia, ele poderia ter saído do estado como pelo menos 15 milhões de votos. Não saiu.
Poderia muito bem ter vencido em Minas Gerais, estado em que o ex-governador Aécio Neves, seu aliado, teve mais de sete milhões e meio de votos para o Senado. Agora, culpar o nordestino e nortista, porque muitos preferiram a continuidade, é coisa de quem não tem classe para perder.
O preconceito não é o melhor caminho em um país democrático e cheio de contrastes que precisam ser resolvidos. Somos um só povo e quem votou em Dilma merece respeito e quem optou por Serra também. O resto é torcer para que os nossos problemas econômicos e sociais sejam resolvidos nos próximos anos.
Ailton Silva é jornalista, editor do Jornal das 7 (Morena FM) e repórter d´A Região.
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Do Política Etc
Na última carreata da campanha de Dilma Rousseff em Itabuna, um interessante registro fotográfico do carro que conduzia o deputado federal reeleito Geraldo Simões (PT). O veículo levava o próprio, o vereador Wenceslau Júnior (PCdoB), o ex-vereador Luís Sena (mesmo partido) e, atrás, a esposa de GS e ex-candidata a prefeita de Itabuna, Juçara Feitosa.
O blog Políticos do Sul da Bahia observou bem que naquela caminhonete estavam alguns dos que possivelmente formarão a chapa de esquerda nas eleições municipais de 2012. E o posicionamento dos ocupantes no veículo serviu como um símbolo de que o clima político não favorece uma nova candidatura de Juçara Feitosa.
Geraldo, que – apesar de vitorioso- , reduziu seu cacife eleitoral nas últimas eleições, ainda é uma liderança forte. Mas perdeu a condição política de deter com exclusividade a batuta com a qual determinava o rumo da esquerda em Itabuna. Agora, terá que negociar e, naturalmente, ceder.
Nesse novo cenário, uma candidatura de Juçara é improvável. A de Geraldo, por ser de qualquer forma uma liderança autêntica, talvez, mas o PCdoB surge revigorado com a excelente votação obtida no município por Wenceslau Júnior, na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa (ficou somente com a primeira suplência do PCdoB, mas foi o mais votado em Itabuna).
Os comunistas querem ocupar espaços mais destacados, e não é somente na caminhonete de Geraldo Simões. Nos bastidores, os principais líderes do PCdoB já deixaram claro que não estão dispostos a ceder a caprichos nem imposições. A conversa terá que ser respeitosa, franca, de igual para igual. E somente assim a esquerda grapiúna poderá recuperar um vigor que vinha perdendo em virtude de projetos de caráter personalista.
HORA DE REFLETIR

O quase empate entre a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra em Itabuna, neste segundo turno, sugere ao PT local um momento de reflexão. Como dizia aquele antigo comercial, é hora de “rever conceitos”.
Há muito tempo, o PT itabunense orbita num sistema “geraldocêntrico” (referência ao deputado federal Geraldo Simões, que controla o diretório municipal com mão de ferro). Não expande, não oxigena e, o que é pior, não muda. Fica na mesmice e, nesse ritmo, o partido tem se descaracterizado. Não é mais o PT que estimulava o debate, em que todos tinham direito a fazer valer suas opiniões. Virou partido de um grupinho ou, se preferir, de uma panelinha.
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Seis delas são geridas pelo PT

O candidato derrotado José Serra (PT) conseguiu bater a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) em oito dos 417 municípios baianos, conforme levantamento feito pelo Pimenta com base nos últimos números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E o levantamento mostra que seis das cidades são administradas pelo PT, uma pelo PCdoB e outra pelo PMDB, todos partidos da base aliada da primeira presidenta da história do Brasil.
A derrota mais significativa ocorreu em Vitória da Conquista. O PT administra o município há 14 anos e foi lá que Dilma encerrou sua campanha no Nordeste, na última terça, 26. Em Conquista, Serra ganhou com uma frente superior a 17 mil votos. Em votos válidos, deu 55,91% a 44,09% para Serra.
Outras derrotas em cidades administradas pelo PT foram em Camamu (54,5% a 45,5%), Buerarema (56,5% a 43,5%), Itapetinga (50,11% a 49,89%), Itororó (52,05% a 47,95%) e Senhor do Bonfim (51,42% a 48,58%).
Dois outros municípios onde Dilma não venceu são administrados também por aliados. Ituaçu (50,03% a 49,97% para Serra) é administrada pelo PCdoB. Já em Tancredo Neves, administrada pelo PMDB, repetiu-se o que ocorreu no primeiro turno, quando Serra bateu Dilma. Agora, por 54,52% a 45,48%.
Se perdeu nessas cidades, Dilma – e o governador Jaques Wagner – podem comemorar vitória na Bahia. Por aqui, ela saiu com 70,85% dos votos. Em alguns municípios, ela saiu das urnas com quase 90% dos votos. Foi o caso de Itaguaçu da Bahia (88,9%)

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Além de ter passado aperto para vencer José Serra (PSDB) em Itabuna (50,96% a 49,04%) e ter perdido em Vitória da Conquista, considerada a cidade mais “serrista” da Bahia, Dilma Rousseff (PT) perdeu para o tucano em duas importantes cidades do sudoeste baiano.
Em Itororó, Serra bateu Dilma por 52,05% a 47,95%. Já em Itapetinga, o ex-governador de São Paulo saiu das urnas com 50,11% dos votos, deixando a presidente eleita com 49,89%.
Os dois municípios são governados pelo PT.

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Urnas são entregues no cartório eleitoral em Itabuna (Foto Pimenta).

A apuração em Itabuna foi concluída e a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff (PT), bateu José Serra (PSDB) no município por uma diferença de 1.999 votos. Foram 52.855 votos obtidos por Dilma contra 50.856 de Serra. Em percentuais, dá 50,96% a 49,04%.
Tanto em Itabuna como em Ilhéus, os dois maiores municípios sul-baianos, a votação da petista ficou bem abaixo da média baiana. Em Ilhéus, Dilma obteve 62,83% dos votos e Serra, 37,17%. A apuração ainda não foi concluída no estado. Por enquanto, ela abocanha 70% dos votos válidos.