Son Gomes não acredita em problema eleitoral por causa de decisão da Justiça
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Andreyver Lima || Seja Ilimitado

O secretário de Administração de Itabuna, Son Gomes, sobrinho do prefeito Fernando Gomes, esteve presente na abertura dos trabalhos legislativos da Câmara, nesta segunda-feira (17). Em entrevista, ele comentou sobre a repercussão da condenação do prefeito.

Condenado por improbidade, Fernando teve direitos políticos suspensos pela justiça. A sentença do juiz da Vara da Fazenda Pública, Ulysses Maynard, foi publicada no Diário Poder Judiciário da Bahia, na edição de quinta-feira (13).

Questionado sobre o impacto da decisão nas eleições, o secretário minimiza. “Essa situação de inelegível foi por um processo de 1990, quando ele foi condenado por ter contratado duas pessoas sem chamamento público. Ainda existe recurso e certamente isso vai se resolver e não vai criar nenhum problema.” afirmou.

ATUAÇÃO NA PASTA

“Venho atuando desde o começo do governo sobre toda a área administrativa da prefeitura. Sempre o prefeito nos orientando para fazermos da maneira que ele planeja, então a secretaria continua unida seguindo suas orientações e sempre fazendo o melhor para Itabuna.”

PROMESSA DE PAVIMENTAÇÃO

“Desde 2017 assumimos que iremos deixar Itabuna 80% pavimentada e certamente conseguiremos conquistar assim até dezembro, deixar Itabuna 80, 90% totalmente pronta.”

ELEIÇÕES

“Sobre a minha filiação certamente é o Republicanos, antigo PRB, mas isso quem vai anunciar é o Senhor Prefeito.”

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Governador Rui Costa reuniu políticos regionais durante evento em Barreiras

A inauguração da Policlínica Regional de Saúde de Barreiras, no oeste baiano, foi usada pelo governador Rui Costa para, também, mostrar força política em ano de eleições municipais. O evento reuniu 35 prefeitos e 14 deputados estaduais e federais em Barreiras, além de 10 vice-prefeitos e seis ex-prefeitos.

Governo e consórcio de saúde investiram R$ 27 milhões na construção da policlínica e aquisição de equipamentos. Serão atendidos cerca de 500 mil moradores dos municípios de Angical, Baianópolis, Barreiras, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Catolândia, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Ibotirama, Luís Eduardo Magalhães, Mansidão, Morpará, Muquém de São Francisco, Paratinga, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia e São Desidério.

Durante a visita a Barreiras, o governador entregou ainda a primeira etapa da ampliação do Hospital do Oeste (HO), que incluiu dois blocos de enfermarias com 62 leitos para internação de adulto, sendo um deles de isolamento.

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Olívia Santana é pré-candidata do PCdoB à Prefeitura de Salvador

A direção municipal do PCdoB em Salvador marcou para a próxima quarta-feira (12) o início dos debates de elaboração do programa de governo da pré-candidatura de Olívia Santana à prefeitura da capital baiana. Em rota de colisão com o governador Rui Costa, a pré-candidatura comunista será a primeira a iniciar as discussões sobre a cidade neste ano eleitoral.

A atividade será no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande, a partir das 18h. Segundo o partido, o tema será ‘Salvador, desigualdades sociais e transformações do espaço urbano’. Foram convidados para o debate o professor Gilberto Corso Pereira (Arquitetura/UFBA) e a pesquisadora Claudia Monteiro Fernandes (Observatório das Metrópoles). O evento é aberto “aos interessados no projeto de uma cidade mais humana e mais igual”, segundo a direção do PCdoB-Salvador.

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O marqueteiro Josias Miguel é dos que mais bem conhecem o eleitorado itabunense. Ontem, num contato com este site, relembrou episódios de 2008 a 2012, dos erros de Capitão Azevedo no governo (2009-2012) e na campanha à reeleição.

Homem que coordenou o marketing e a campanha de Capitão Azevedo em 2008 e foi secretário de governo, Josias foi novamente convidado para tocar a campanha de 2012.

Resistiu.

Estava ressabiado pelo que ocorreu nos primeiros anos de governo, quando sofreu persistente boicote do então secretário da Fazenda, Carlos Burgos, e deixou o governo, como disse a este blog na tarde desta sexta (31), após ler entrevista do ex-prefeito (reveja a entrevista aqui).

Com o comando da Comunicação e da Secretaria de Assuntos Governamentais, Josias era minado. “Burgos não deixou [trabalhar]. A gente comprava mídia e Burgos não pagava”, lembra. E já ali, no início, Josias deixou o governo. “A gente, que fez a campanha de 2008, ficou à revelia. O companheiro Gilson [Nascimento] entregou a Secretaria de Administração, [também] por não concordar”.

Após o convite e conversa com o prefeito, além de reunião dos primeiros escalões do governo, Josias decidiu aceitar participar da campanha, sob a condição de que tivesse total controle da campanha, como em 2008. Também disse do tempo exíguo para mudar  a rota da campanha. Faltavam ali 45 dias para o “abrir das urnas”. Azevedo disse “sim” às exigências.

Mas…

Depois dos insistentes pedidos de Azevedo e de o ex-prefeito aceitar as exigências, veio a surpresa, segundo conta Josias.

– Primeiro coisa que eu fiz foi chamar Nilson [Santana], da Ativa Propaganda, para fazer a campanha de Azevedo. E trouxe de volta Vander Prata. Fui dizer a ele que, então, naquela reunião, eu subiria para o núcleo e iria assumir a coordenação do marketing da campanha e tinha que fazer algumas mudanças de imediato, dar freio de arrumação.

Nilson não aceitou. Foi o primeiro a reagir, conforme Josias, que procurou Azevedo. E tudo ficou nisso. O homem do marketing de 2008 disse que, mesmo fora, deu conselhos, também não seguidos pelo prefeito.

– Quando eles planejaram aquela caminhada [da véspera da eleição] para começar no São Caetano e terminar no Posto Cachoeira [no Fátima], eu falei com ele. Azevedo não faça isso, pois não tenho dúvida de que você fará a maior caminhada, mas você vai dar demonstração de força desnecessária. Eles vão se juntar contra você. Não faça isso, não dê essa demonstração de força. A coordenação de campanha insistiu e eles fizeram a caminhada.

Josias disse ter visto a caminhada de dentro de um carro, com um dos filhos. “Rolembergue me chamou e queria que eu fosse fazer o encerramento, lá no Posto Cachoeira. Disse que não estava na coordenação e não fui”.

A campanha de 2012 de Azevedo foi tocada por um trio de assessores – Joelma Teles, Rolembergue Santos e Soldado Pinheiro – e Nilson Santana, da Ativa Propaganda, e o jornalista Vander Prata no marketing.

Questionado se trabalharia novamente com Azevedo, agora em 2020, Josias diz que como profissional e dentro de suas exigências, pode estudar a possibilidade de trabalhar em qualquer campanha. Abaixo, link para a entrevista de Azevedo ao PIMENTA, ontem. É só clicar para ler.

http://wq8wdjnc.srv-45-34-12-248.webserverhost.top/azevedo-diz-que-vaidade-dentro-da-equipe-provocou-derrota-eleitoral-em-2012/

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Josias Miguel fala das disputas de 2008 e 2012 e dos erros de Azevedo

O marqueteiro Josias Miguel é dos que mais bem conhecem o eleitorado itabunense. Ontem, num contato com este site, relembrou episódios de 2008 a 2012, dos erros de Capitão Azevedo no governo (2009-2012) e na campanha à reeleição.

Homem que coordenou o marketing e a campanha de Capitão Azevedo em 2008 e foi secretário de governo, Josias foi novamente convidado para tocar a campanha de 2012.

Resistiu.

Estava ressabiado pelo que ocorreu nos primeiros anos de governo, quando sofreu persistente boicote do então secretário da Fazenda, Carlos Burgos, e deixou o governo, como disse a este blog na tarde desta sexta (31), após ler entrevista do ex-prefeito (reveja a entrevista aqui).

Com o comando da Comunicação e da Secretaria de Assuntos Governamentais, Josias era minado. “Burgos não deixou [trabalhar]. A gente comprava mídia e Burgos não pagava”, lembra. E já ali, no início, abril de 2009, Josias deixou o governo. “A gente, que fez a campanha de 2008, ficou à revelia. O companheiro Gilson [Nascimento] entregou a Secretaria de Administração, [também] por não concordar”.

Após o convite e conversa com o prefeito, além de reunião dos primeiros escalões do governo, Josias decidiu aceitar participar da campanha, sob a condição de que tivesse total controle da campanha, como em 2008. Também disse do tempo exíguo para mudar  a rota da campanha. Faltavam ali 45 dias para o “abrir das urnas”. Azevedo disse “sim” às exigências.

Mas…

Depois dos insistentes pedidos de Azevedo e de o ex-prefeito aceitar as exigências, veio a surpresa, segundo conta Josias.

– Primeiro coisa que eu fiz foi chamar Nilson [Santana], da Ativa Propaganda, para fazer a campanha de Azevedo. E trouxe de volta Vander Prata. Fui dizer a ele que, então, naquela reunião, eu subiria para o núcleo e iria assumir a coordenação do marketing da campanha e tinha que fazer algumas mudanças de imediato, dar freio de arrumação.

Nilson não aceitou. Foi o primeiro a reagir, conforme Josias, que procurou Azevedo. E tudo ficou nisso. O homem do marketing de 2008 disse que, mesmo fora, deu conselhos, também não seguidos pelo prefeito.

– Quando eles planejaram aquela caminhada [da véspera da eleição] para começar no São Caetano e terminar no Posto Cachoeira [no Fátima], eu falei com ele. Azevedo não faça isso, pois não tenho dúvida de que você fará a maior caminhada, mas você vai dar demonstração de força desnecessária. Eles vão se juntar contra você. Não faça isso, não dê essa demonstração de força. A coordenação de campanha insistiu e eles fizeram a caminhada.

Josias disse ter visto a caminhada de dentro de um carro, com um dos filhos. “Rolembergue me chamou e queria que eu fosse fazer o encerramento, lá no Posto Cachoeira. Disse que não estava na coordenação e não fui”.

A campanha de 2012 de Azevedo foi tocada por um trio de assessores – Joelma Teles, Rolembergue Santos e Soldado Pinheiro – e Nilson Santana, da Ativa Propaganda, e o jornalista Vander Prata no marketing.

Questionado se trabalharia novamente com Azevedo, agora em 2020, Josias diz que como profissional e dentro de suas exigências, pode estudar a possibilidade de trabalhar em qualquer campanha. Abaixo, link para a entrevista de Azevedo ao PIMENTA, ontem. É só clicar para ler.

http://157.230.186.12/2020/01/31/azevedo-diz-que-vaidade-dentro-da-equipe-provocou-derrota-eleitoral-em-2012/

Azevedo deverá ter o apoio do PP na disputa de 2020
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O ex-prefeito Capitão Azevedo diz que a disputa entre as áreas de marketing e de coordenação de campanha, por vaidade, causou a sua derrota em 2012, quando tentou a reeleição. Azevedo perdeu para Claudevane Leite (Vane do Renascer) por uma diferença de 1.107 votos (45.623 a 44.516). Pré-candidato pelo PL, Azevedo concedeu entrevista ao PIMENTA e diz que errou ao não adotar critério técnico na formação da equipe de governo em 2009, quando assumiu a Prefeitura de Itabuna.

Hoje, Azevedo diz ter um grupo novo e que governará ouvindo todos os setores da sociedade. Para ele, a vitória em 2008 oxigenou a política de Itabuna ao interromper a polarização entre os grupos de Fernando Gomes e de Geraldo Simões. Atribui a si o título de recordista na captação de recursos e execução de grandes obras, embora fosse de um partido de oposição aos governos estadual e federal à época.

Na última semana, parte da entrevista já havia sido publicada, quando Azevedo respondia se aceitaria ser vice de Fernando Gomes. Diz que sua condição não será outra que não a cabeça de chapa. Também fala que, se eleito, vai “destravar a cidade” apostando em mobilidade urbana. E diz ter sido frustrado pelo ex-governador Jaques Wagner, que prometeu duplicar o trecho da BR-415 que vai da Nova Itabuna até Ferradas. Abaixo, confira a íntegra da entrevista que abre a série com pré-candidatos.

Blog Pimenta – O senhor terminou a disputa de 2016 em 4º lugar. Por que a decisão de se candidatar novamente a prefeito?

Capitão Azevedo – Agora ficou mais claro para a população que os meus sucessores [Vane do Renascer e Fernando Gomes] não tiveram a mesma capacidade para captar recursos e executar obras. Sem apoio político, nós captamos R$ 98 milhões e executamos grandes obras, como a cobertura do Canal Lava-Pés, na Avenida Amélia Amado. Lembra como era aquilo quando chovia? Demos outra cara àquela região. Ali passam 90% dos ônibus de Itabuna.

Pimenta – Essa seria a razão principal?

Azevedo – Olha, nós trabalhamos nos bairros direitinho, fazendo esgotamento sanitário, asfaltando, construindo casas dignas. São Pedro, Manoel Leão, Santa Clara, Maria Pinheiro, Zizo, Daniel Gomes, Pedro Jerônimo. No Maria Pinheiro, existia uma rua que chamavam de Rua da Bosta. Esse era o nome real. O esgoto corria pela rua. Hoje isso é passado. Bairros que não eram vistos pelo poder público. Atacamos a infraestrutura, investimos nas pessoas.

____________

Existiam ali, [na eleição de 2012], a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro.

_________

Pimenta – O senhor diz que fez captação recorde de recursos, executou grandes obras. A que o senhor atribui a não reeleição?

Azevedo – Eu atribuo a erros dentro da equipe. Na véspera do pleito, no sábado, fizemos a maior caminhada da história de Itabuna. Os adversários filmaram tudo e tomaram providência para agir na virada da noite, foram para o voto útil. Veja só: perdi a eleição de forma apertada, por 1.107 votos.

Pimenta – E o “racha” interno…

Azevedo – Exatamente. Existiam ali a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro. Isso, realmente, cria embaraços, é até comprometedor.

Pimenta – O que o senhor não repetiria em um eventual governo?

Azevedo – Não repetiria o critério de formação da equipe. Hoje, temos que ter técnicos para dar os resultados que a sociedade precisa. Estamos buscando a inteligência das universidades daqui, ouvindo todos os setores. Vamos ouvir o empresariado, trazer grandes investimentos para gerar emprego que é o que nossa juventude precisa.

Pimenta – Com quem o senhor está conversando em relação a alianças?

Azevedo – Estamos conversando com todo mundo. Temos que sair dessa briga ideológica, partidária. Só traz atrasos. A cidade vem perdendo terrivelmente competitividade. O momento exige alguém sem barreiras ideológicas, partidárias, que seja suprapartidário. Quando prefeito, nós quebramos a polarização que existia em Itabuna. A cidade respirou.

Pimenta – O senhor disse que está aberto, vai procurar todo mundo. O senhor procuraria o prefeito para novamente formar chapa?

Azevedo – Eu nem sei se o prefeito é candidato. Isso é lá na frente que vai se ver. Eu estou decidido. Não abro mão da cabeça de chapa.

Pimenta – O senhor não aceitaria composição sendo vice?

Azevedo – Em hipótese alguma. Isso está descartado. O projeto nasceu, está aqui na minha mente. Vamos colocar nossa proposta para a sociedade, com um novo modelo. A gente realmente reconhece os erros que tivemos no governo e eles devem ser corrigidos. Além do lado da resposta do desenvolvimento socioeconômico da cidade, temos que buscar respostas para cuidar da dignidade humana.

____________

A gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, tendo que se deslocar pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho, criança morrendo em porta de hospital.

_________

 

Pimenta – O senhor tem sido cuidadoso nas críticas ao governo de Fernando. Isso se deve a quê? É pensando em aliança?

Azevedo – Nós temos que respeitar as pessoas. Sou amigo de Fernando, mas quando chega na questão administrativa, a gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, se deslocando pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho. Criança morrendo em porta de hospital. A gente não pode aceitar isso. Veja, faço crítica construtiva, para melhorar.

Pimenta – O senhor faria composição com o prefeito Fernando Gomes?

Azevedo – Fernando Gomes tem a linha dele e eu tenho a minha. Eu estou decidido a ser cabeça de chapa e ir até o final… Agora, não podemos rejeitar apoios. Quem quiser me seguir…

Pimenta – E partido, o senhor vai para a disputa no PL mesmo?

Azevedo – Pelo PL, 22.

Pimenta – Está fechado?

Azevedo – (risos) Está, e com garantia.

Pimenta – Com a garantia de quem?

Azevedo – Do presidente, José Carlos Araújo.

Pimenta – E essa disputa de Araújo com o João Bacelar, que é ligado a Fernando Gomes, não pode deixar o senhor sem legenda?

Azevedo – O presidente me garantiu. Confio na palavra dele. Ele disse “eu sou homem e enfrentei o maior chefe de quadrilha desse país, o Eduardo Cunha. Eu garanto o partido”. Ali, ele demonstrou o perfil de homem determinado…

Pimenta – O PL é da base. O senhor buscará os partidos da base do governo estadual?

Azevedo – Eu não tenho restrições. Hoje a nossa base é Itabuna. Queremos criar o momento. Quando o político se elege, ele tem que procurar o governador, o presidente. A gente não tem como fugir disso aí. Eu era prefeito pelo Democratas e consegui recursos no Estado e na União em governos que eram do PT, com [Jaques] Wagner e Lula. Quebramos esse paradigma. Agora, eu tive sanções, né? Na saúde, a gente não recuperou a gestão plena [perdida no governo de Fernando Gomes, em novembro de 2008, e só recuperada em 2013, com Vane do Renascer].

 

____________

Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde. Quanto mais muda de secretário, complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.

_________

 

Pimenta – O senhor acha que escolheu os melhores quadros para a Saúde?

Azevedo – Olha, a saúde é uma pasta complicada. Dr. Antônio Vieira contribuiu bastante. Depois, entendemos que deveríamos ter um alinhamento político, havia boicote em algumas áreas, e nomeamos um outro secretário, [Geraldo Magela, hoje secretário de Ilhéus]. Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde.

Pimenta – É uma crítica indireta a Fernando Gomes, que está no sexto secretário de Saúde desde 2017?

Azevedo – É dizer que é uma área complicada e só foram dois, né? Acho que quanto mais muda de secretário há solução de continuidade, complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.Leia Mais

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Capitão Azevedo durante entrevista em que falou de passado e alianças para 2020

O ex-prefeito Capitão Azevedo diz que a disputa entre as áreas de marketing e de coordenação de campanha, por vaidade, causou a sua derrota em 2012, quando tentou a reeleição. Azevedo perdeu para Claudevane Leite (Vane do Renascer) por uma diferença de 1.107 votos (45.623 a 44.516). Pré-candidato pelo PL, Azevedo concedeu entrevista ao PIMENTA e diz que errou ao não adotar critério técnico na formação da equipe de governo em 2009, quando assumiu a Prefeitura de Itabuna.

Hoje, Azevedo diz ter um grupo novo e que governará ouvindo todos os setores da sociedade. Para ele, a vitória em 2008 oxigenou a política de Itabuna ao interromper a polarização entre os grupos de Fernando Gomes e de Geraldo Simões. Atribui a si o título de recordista na captação de recursos e execução de grandes obras, embora fosse de um partido de oposição aos governos estadual e federal à época.

Na última semana, parte da entrevista já havia sido publicada, quando Azevedo respondia se aceitaria ser vice de Fernando Gomes. Diz que sua condição não será outra que não a cabeça de chapa. Também fala que, se eleito, vai “destravar a cidade” apostando em mobilidade urbana. E diz ter sido frustrado pelo ex-governador Jaques Wagner, que prometeu duplicar o trecho da BR-415 que vai da Nova Itabuna até Ferradas. Abaixo, confira a íntegra da entrevista que abre a série com pré-candidatos.

Blog Pimenta – O senhor terminou a disputa de 2016 em 4º lugar. Por que a decisão de se candidatar novamente a prefeito?

Capitão Azevedo – Agora ficou mais claro para a população que os meus sucessores [Vane do Renascer e Fernando Gomes] não tiveram a mesma capacidade para captar recursos e executar obras. Sem apoio político, nós captamos R$ 98 milhões e executamos grandes obras, como a cobertura do Canal Lava-Pés, na Avenida Amélia Amado. Lembra como era aquilo quando chovia? Demos outra cara àquela região. Ali passam 90% dos ônibus de Itabuna.

Pimenta – Essa seria a razão principal?

Azevedo – Olha, nós trabalhamos nos bairros direitinho, fazendo esgotamento sanitário, asfaltando, construindo casas dignas. São Pedro, Manoel Leão, Santa Clara, Maria Pinheiro, Zizo, Daniel Gomes, Pedro Jerônimo. No Maria Pinheiro, existia uma rua que chamavam de Rua da Bosta. Esse era o nome real. O esgoto corria pela rua. Hoje isso é passado. Bairros que não eram vistos pelo poder público. Atacamos a infraestrutura, investimos nas pessoas.

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Existiam ali, [na eleição de 2012], a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro.

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Pimenta – O senhor diz que fez captação recorde de recursos, executou grandes obras. A que o senhor atribui a não reeleição?

Azevedo – Eu atribuo a erros dentro da equipe. Na véspera do pleito, no sábado, fizemos a maior caminhada da história de Itabuna. Os adversários filmaram tudo e tomaram providência para agir na virada da noite, foram para o voto útil. Veja só: perdi a eleição de forma apertada, por 1.107 votos.

Pimenta – E o “racha” interno…

Azevedo – Exatamente. Existiam ali a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro. Isso, realmente, cria embaraços, é até comprometedor.

Pimenta – O que o senhor não repetiria em um eventual governo?

Azevedo – Não repetiria o critério de formação da equipe. Hoje, temos que ter técnicos para dar os resultados que a sociedade precisa. Estamos buscando a inteligência das universidades daqui, ouvindo todos os setores. Vamos ouvir o empresariado, trazer grandes investimentos para gerar emprego que é o que nossa juventude precisa.

Pimenta – Com quem o senhor está conversando em relação a alianças?

Azevedo – Estamos conversando com todo mundo. Temos que sair dessa briga ideológica, partidária. Só traz atrasos. A cidade vem perdendo terrivelmente competitividade. O momento exige alguém sem barreiras ideológicas, partidárias, que seja suprapartidário. Quando prefeito, nós quebramos a polarização que existia em Itabuna. A cidade respirou.

Pimenta – O senhor disse que está aberto, vai procurar todo mundo. O senhor procuraria o prefeito para novamente formar chapa?

Azevedo – Eu nem sei se o prefeito é candidato. Isso é lá na frente que vai se ver. Eu estou decidido. Não abro mão da cabeça de chapa.

Pimenta – O senhor não aceitaria composição sendo vice?

Azevedo – Em hipótese alguma. Isso está descartado. O projeto nasceu, está aqui na minha mente. Vamos colocar nossa proposta para a sociedade, com um novo modelo. A gente realmente reconhece os erros que tivemos no governo e eles devem ser corrigidos. Além do lado da resposta do desenvolvimento socioeconômico da cidade, temos que buscar respostas para cuidar da dignidade humana.

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A gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, tendo que se deslocar pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho, criança morrendo em porta de hospital.

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Pimenta – O senhor tem sido cuidadoso nas críticas ao governo de Fernando. Isso se deve a quê? É pensando em aliança?

Azevedo – Nós temos que respeitar as pessoas. Sou amigo de Fernando, mas quando chega na questão administrativa, a gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, se deslocando pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho. Criança morrendo em porta de hospital. A gente não pode aceitar isso. Veja, faço crítica construtiva, para melhorar.

Pimenta – O senhor faria composição com o prefeito Fernando Gomes?

Azevedo – Fernando Gomes tem a linha dele e eu tenho a minha. Eu estou decidido a ser cabeça de chapa e ir até o final… Agora, não podemos rejeitar apoios. Quem quiser me seguir…

Pimenta – E partido, o senhor vai para a disputa no PL mesmo?

Azevedo – Pelo PL, 22.

Pimenta – Está fechado?

Azevedo – (risos) Está, e com garantia.

Pimenta – Com a garantia de quem?

Azevedo – Do presidente, José Carlos Araújo.

Pimenta – E essa disputa de Araújo com o João Bacelar, que é ligado a Fernando Gomes, não pode deixar o senhor sem legenda?

Azevedo – O presidente me garantiu. Confio na palavra dele. Ele disse “eu sou homem e enfrentei o maior chefe de quadrilha desse país, o Eduardo Cunha. Eu garanto o partido”. Ali, ele demonstrou o perfil de homem determinado…

Pimenta – O PL é da base. O senhor buscará os partidos da base do governo estadual?

Azevedo – Eu não tenho restrições. Hoje a nossa base é Itabuna. Queremos criar o momento. Quando o político se elege, ele tem que procurar o governador, o presidente. A gente não tem como fugir disso aí. Eu era prefeito pelo Democratas e consegui recursos no Estado e na União em governos que eram do PT, com [Jaques] Wagner e Lula. Quebramos esse paradigma. Agora, eu tive sanções, né? Na saúde, a gente não recuperou a gestão plena [perdida no governo de Fernando Gomes, em novembro de 2008, e só recuperada em 2013, com Vane do Renascer].

 

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Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde. Quanto mais muda de secretário. Complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.

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Pimenta – O senhor acha que escolheu os melhores quadros para a Saúde?

Azevedo – Olha, a saúde é uma pasta complicada. Dr. Antônio Vieira contribuiu bastante. Depois, entendemos que deveríamos ter um alinhamento político, havia boicote em algumas áreas, e nomeamos um outro secretário, [Geraldo Magela, hoje secretário de Ilhéus]. Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde.

Pimenta – É uma crítica indireta a Fernando Gomes, que está no sexto secretário de Saúde desde 2017?

Azevedo – É dizer que é uma área complicada e só foram dois, né? Acho que quanto mais muda de secretário há solução de continuidade. Complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.

Pimenta – Com quem o senhor já conversou? Com quais partidos está fechado?

Azevedo – Esse é o momento da busca, do namoro. Hoje, tem o aspecto da proporcional [vereadores], que não tem mais coligação. Cada partido quer candidato a prefeito forte para fazer vereador. Nós estamos com o PL e dialogando com os demais, de centro, de direita, de esquerda.

Pimenta – Como o senhor vai trabalhar para atingir as várias faixas e perfis do eleitorado, da direita à esquerda, e não apenas os mais pobres, foco na campanha de 2016?

Azevedo – Você observa que eu falo o pensar Itabuna livre. É para termos liberdade e melhor forma de agregar esse eleitorado. Nós temos que buscar esse universo, buscar quem pensa Itabuna, livre dessas amarras ideológicas e pensando no desenvolvimento da cidade. Temos que apresentar plano de governo para a sociedade itabunense. Sinto que podemos conquistar o maior universo de eleitores.

 

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Nós vamos destravar a cidade, destravar Itabuna. Vamos criar a maior política de mobilidade da história de Itabuna.

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Pimenta – O senhor vai para a terceira disputa a prefeito. É bem conhecido do eleitorado. O que levará de diferente para conquistá-lo?

Azevedo – Começa pela formação da equipe. Estamos vivendo outro momento, outra equipe planejando a cidade. Não são planos mirabolantes. Você tem que rasgar grande avenidas. Eu tenho uma queixa de [Jaques] Wagner, que garantiu na TV que duplicaria aquele trecho da Nova Itabuna até Ferradas da BR-415. Prometeu. Não saiu. Olha, isso seria um vetor de desenvolvimento. Feira e Conquista se desenvolveram porque pensaram. Estão no topo.

Pimenta – E Itabuna?

Azevedo – Nós vamos destravar a cidade, destravar Itabuna. Vamos criar a maior política de mobilidade da história de Itabuna. Vamos construir um trevo em cima dessa rótula do São Caetano, tirar aquela complexidade de trânsito que é a Manoel Chaves com a Princesa Isabel.

Pimenta – Há um gargalo naquela região, que é a rótula da ponte do São Caetano. Qual seria a solução?

Azevedo – Ali, podemos construir um viaduto para melhorar o sistema viário.

Pimenta – Na campanha, o senhor chegou a mostrar projeto de ponte estaiada, ligando a Amélia Amado com o Conceição. Sairia mesmo ou era apenas factoide de campanha?

Azevedo – Nós tínhamos R$ 90 milhões para aquela ponte, lá no Ministério das Cidades.

Pimenta – Esse projeto seria factível hoje?

Azevedo – Sim, tranquilo. Vamos apresentar à União. Projeto que não tem malandragem, os técnicos analisam e dão resposta.

 

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Iremos fomentar não apenas o Interbairros [de Futebol]. Nós vamos fomentar os jogos estudantis, outras modalidades esportivas. O basquete, o vôlei, futebol, vôlei, futsal… Praticamente, o esporte foi extinto do planejamento do poder público em Itabuna.

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Pimenta – O senhor tem falado em recriar a Secretaria de Esporte. Vai ter verba para várias modalidades ou só futebol?

Azevedo – Nós temos que resgatar o esporte e envolver esses jovens, que são mais vulneráveis à violência. A partir do momento que a gente oferece infraestrutura, campos, quadras, Vila Olímpica, estádio, com auxílio para quem não tem condições de comprar chuteira, tênis, uniforme, a gente estimula esses jovens, coloca num bom caminho. E vamos fomentar não apenas o Interbairros [de Futebol]. Nós vamos fomentar os jogos estudantis, outras modalidades. O basquete, o vôlei, futebol, vôlei, futsal… Praticamente, o esporte foi extinto do planejamento do poder público em Itabuna.

Pimenta – O que o senhor pensa em relação à área social?

Azevedo – Nós fizemos, com recursos próprios, o Bolsa-Renda. Nós realmente tiramos os barracos de madeira, construímos casa com quarto, sala, cozinha… Olha, eu fui rápido e enxerguei que tinha o Minha Casa Minha Vida. As empresas começaram a aparecer querendo áreas para construir casas. Vi que precisavam de incentivo e que ia contemplar famílias de 0 a 3 salários mínimos. Fiz anteprojeto de lei e dei incentivo às empresas para construir.

Pimenta – Quais incentivos?

Azevedo – Isentei as empresas de pagar ISS [Imposto sobre Serviços]. Com a isenção de 5%, foram R$ 100 milhões para construir esses apartamentos, com Pedro Fontes I e II, Jardim América I e II, o Itabuna Parque, o Vida Nova, Gabriela, Jubiabá e São José. São fruto da política pública que eu crie. Isso, realmente, atrai as empresas a fim de construir esses apartamentos e tiramos esse déficit terrível. Todas essas pessoas que moram nesses apartamentos sabem que foi Capitão Azevedo que criou essa lei.

Pimenta – Os condomínios enfrentam problemas de segurança, com a presença e controle do tráfico. Como muda isso?

Azevedo – Você sabe que alguém fala em polícia. Sim, é válido. Mas temos que criar programas sociais, trabalhar pesado o social, com esporte, lazer, cultura. Eu pretendo criar um grande empreendimento na área da formação técnica profissional, com a realização de cursos para motos, caminhões…

 

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No planejamento, se houver ingerência política, joga-se tudo por água abaixo. Tanto que, seja na União, Estados ou municípios, há carência terrível de planejamento.

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Pimenta – Quem o senhor tem como referência em gestão pública no Brasil?

Azevedo – Jaime Lerner, de Curitiba, que foi vereador, prefeito, governador. Em 2012, estivemos lá para conhecer o que foi feito, e como foi feito, por Lerner. Cidade planejada que tem perspectiva de desenvolvimento, mobilidade urbana… Curitiba, com Lerner, virou referência. Ele planejou, executou.

Pimenta – Planejamento é um desafio na gestão pública, que se torna ainda maior quanto menor é o município. Como mudar essa mentalidade?

Azevedo – No planejamento, se houver ingerência política, joga-se tudo por água abaixo. Tanto que, seja na União, Estados ou municípios, há carência terrível de planejamento. Interesse político era para construir quadra. Aí vem o político e diz “não, aquela quadra, não. Quero campo do lado de lá.”. Por interesse político, vai e cede para atender corrente. Você tem que estudar de forma científica os anseios da população. Por exemplo, hoje, o que é que a população mais precisa? Saúde, emprego, segurança pública. Para termos estes dados, precisamos pesquisar, pesquisar a real da situação, saber o que está acontecendo. Nosso planejamento vai cuidar disso aí. Saber o desejo da comunidade. Na medida que consulta toda a sociedade, tem um diagnóstico mais perfeito.

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O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PL, Capitão Azevedo, disse que entrou para valer na disputa pela principal cadeira do Centro Administrativo Firmino Alves. E avisa que não aceita disputar a vice. “Não abro mão da cabeça de chapa”. Desde a semana passada, o nome do ex-prefeito é ventilado como possível candidato a vice de Fernando Gomes (sem partido) ou de Antônio Mangabeira (PDT), possibilidades que ele descarta.

Azevedo concedeu entrevista exclusiva ao PIMENTA na última quarta (21). A íntegra será publicada neste sábado (25). O pré-candidato a prefeito fala de erros e acertos do período em que governou Itabuna (2009-2012) e porque, na visão dele, as chances de vitória eleitoral hoje são maiores que em 2016, quando terminou a disputa pelo comando do Centro Administrativo Firmino Alves em quarto lugar.

Ele ainda aborda sua relação com o presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, e com o governador Rui Costa. E repete o que tem se tornando um mantra nesta pré-campanha, quando afirma que foi o prefeito que mais captou recursos para Itabuna em toda a história. Também fala de projetos e composição de governo.

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Rosivaldo Pinheiro ladeado pelo deputado Rosemberg Pinto e o governador Rui Costa

Rosivaldo Pinheiro, economista e ex-secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Itabuna, recebeu convite de quatro partidos para concorrer a mandato de vereador em 2020 – PT, PSD, Avante e PSB -, mas ainda não decidiu a qual partido se filiará e se entrará na disputa. Deixou para tomar decisão após as férias com a família. Hoje, embora não fale, o destino mais provável seria o PSB.

Ao PIMENTA, Rosivaldo disse que as consultas à família, apoiadores e ao deputado estadual e líder do Governo Rui Costa na Alba, Rosemberg Pinto (PT), serão decisivas. Rosivaldo foi dos principais apoiadores de Rosemberg em Itabuna em 2018 e integra o time de assessores do parlamentar no sul da Bahia. O deputado está entre os maiores incentivadores da candidatura do economista e ex-secretário.

– Rosemberg tem lugar de fala na minha decisão. Compartilho com ele meus posicionamentos e graças ao mandato do deputado tenho conseguido algumas conquistas para a cidade – diz Rosivaldo, que aponta, dentre as conquistas, a recuperação do Semianel Rodoviário de Itabuna e a reforma do Centro de Cultura Adonias Filho.

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Capitão Azevedo diz que é pré-candidato a prefeito e não aceita ser vice || Foto Pimenta

O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PL, Capitão Azevedo, disse que entrou para valer na disputa pela principal cadeira do Centro Administrativo Firmino Alves. E avisa que não aceita disputar a vice. “Não abro mão da cabeça de chapa”. Desde a semana passada, o nome do ex-prefeito é ventilado como possível candidato a vice de Fernando Gomes (sem partido) ou de Antônio Mangabeira (PDT), possibilidades que ele descarta.

Azevedo concedeu entrevista exclusiva ao PIMENTA na última quarta (21). O pré-candidato a prefeito fala de erros e acertos do período em que governou Itabuna (2009-2012) e porque, na visão dele, as chances de vitória eleitoral hoje são maiores que em 2016, quando terminou a disputa pelo comando do Centro Administrativo Firmino Alves em quarto lugar.

Ele ainda aborda sua relação com o presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, e com o governador Rui Costa. E repete o que tem se tornando um mantra nesta pré-campanha, quando afirma que foi o prefeito que mais captou recursos para Itabuna em toda a história. Também fala de projetos e composição de governo.

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Babá Cearense desiste de candidatura a prefeito de Itabuna

O vereador Babá Cearense (PSL) anunciou, há pouco, a desistência da candidatura a prefeito de Itabuna. O comunicado foi feito uma semana depois de se tornarem públicos os contatos do partido dele, o PSL, com o pré-candidato a prefeito pelo PDT, Antônio Mangabeira. Babá disputará, novamente, mandato de vereador, mas continuará no PSL.

No comunicado, Babá diz ter conversado com a família. “Acredito que o trabalho que desenvolvi no Legislativo, apresentando diversos projetos, sendo relator de pautas importantes para o município e emitido dezenas de pedidos de providência, me credenciam a buscar a renovação do nosso mandato, sempre pautado pela ética, caráter e honestidade”.

MANGABEIRA E PSL

Ao PIMENTA, o presidente do PSL de Itabuna, Binho Shalon, confirmou que o partido mantém conversas para fechar aliança com Antônio Mangabeira. O partido espera fazer, ao menos, dois vereadores para a próxima legislatura.

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Mangabeira deve abandonar discurso de 2016 e buscará partidos

O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PDT, o médico Antônio Mangabeira, projeta ir para a disputa eleitoral com o apoio de, pelo menos, 12 partidos. O prefeiturável atraiu para o seu projeto Rede Sustentabilidade e PSC. Antes, o Podemos já havia fechado com Mangabeira e deu o comando do diretório ao filho do médico.

Nos últimos dias, Mangabeira engatou namoro com o PSL de Binho Shalon e do vereador Babá Cearense, que, assim, abre mão da disputa pelo Centro Administrativo Firmino Alves. A legenda sofreu debandada de bolsonaristas e conserva bom tempo de TV.

Quando se fala em 12 partidos, a projeção é a repetição do que ACM Neto conseguiu para o seu vice e prefeiturável, Bruno Reis (DEM). Em solo itabunense, porém uma defecção é dada como certa, o MDB de Lúcio Vieira Lima. Mangabeira, junto com o pedetista e seu ex-vice, Marco Wense, travaram duelos verbais com Lúcio. E os duelos devem ter reflexo no fechamento das alianças. Outra dúvida é o PRB, hoje com Vane do Renascer, mas flertando com Fernando Gomes para salvar o projeto de reeleição do vereador Pastor Francisco.

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Marco Wense

 

O governador vai tentar convencer Fernando de que o melhor caminho é um partido aliado do governo. Se o conselho não for seguido, o bom relacionamento com o neoaliado, que chegou até a colocar a estrela do PT do lado esquerdo do peito, tende a se esfriar.

 

O encontro do prefeito Fernando Gomes com o governador Rui Costa, tendo como pauta principal a sucessão de Itabuna, vem provocando uma avalanche de especulações e disse-me-disse.

A decisão do alcaide, que continua sem abrigo partidário, de disputar ou não à reeleição (ou o segundo mandato consecutivo) mexe com todo o pleito para o cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.

Salta aos olhos, que não precisam ser do tamanho dos da coruja, que o processo sucessório com Fernando Gomes disputando o sexto mandato é um. Sem ele, outro completamente diferente.

As torcidas dos prefeituráveis caminham em sentidos opostos. Cito dois exemplos, sem dúvida os mais interessantes. O grupo de Mangabeira (PDT) quer Fernando como candidato. Já o do Capitão Azevedo (PL) reza todos os dias para que o atual gestor não tenha seu nome nas urnas eletrônicas.

Com Fernando na disputa, as chances do ex-prefeito Azevedo caem abruptamente. Ambos têm os mesmos redutos eleitorais, são políticos que pertencem ao campo do populismo. A polarização com Mangabeira é dada como favas contadas. O voto útil do antifernandismo vai ser direcionado para o pedetista.

Sem o experiente Fernando Gomes, Azevedo passa a ser o maior adversário de Mangabeira, que continua na frente nas pesquisas de intenções de voto e com um baixíssimo índice de rejeição, que, quando comparado aos de Fernando e Geraldo Simões, pré-candidato do PT, quase que não existe.

E a conversa de Fernando Gomes com Rui Costa? Eu diria que o chefe do Palácio de Ondina não anda nada satisfeito com a possibilidade do alcaide ir para uma legenda que não seja da base aliada, como o Republicanos do bispo e deputado federal Márcio Marinho, que apoia o governo soteropolitano de ACM Neto (DEM) e o prefeiturável Bruno Reis, também demista.

No evento que anunciou Bruno Reis como postulante do DEM à prefeitura de Salvador, Marinho afirmou, com todas as letras maiúsculas, que a legenda vai pleitear a vice do democrata. “O Republicanos faz parte da base do prefeito ACM Neto”, disse o parlamentar.

Ora, o governador, conversando com seus próprios botões, como diria o irreverente e polêmico jornalista Mino Carta, vai dizer mais ou menos assim: Fiz de tudo para alavancar a pré-candidatura dele (Fernando Gomes) e agora ele quer ir para uma legenda que me tem como adversário e que vai apoiar a candidatura de ACM Neto ao governo da Bahia na eleição de 2022.

Vale lembrar que Marinho, aqui em Itabuna representado por Lourival Vieira, presidente do diretório local, não cansa de dizer que quer distância do Partido dos Trabalhadores. O bispo da Igreja Universal é adepto fervoroso do “PT nunca mais”. Como não bastasse, já descartou qualquer tipo de aliança com Rui Costa.

O governador vai tentar convencer Fernando de que o melhor caminho é um partido aliado do governo. Se o conselho não for seguido, o bom relacionamento com o neoaliado, que chegou até a colocar a estrela do PT do lado esquerdo do peito, tende a se esfriar. Começam a aparecer as primeiras pulgas atrás das orelhas da autoridade máxima do Poder Executivo estadual.

No mais, esperar o resultado da conversa. Se eu fosse apostar, jogaria todas as fichas que Fernando Gomes não vai para o Republicano.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia pretende alcançar 100% de eleitores com biometria até o prazo final para a conclusão da última etapa para o procedimento no estado. Atualmente, 242 municípios estão em processo de cadastramento e têm até o dia 18 de fevereiro para a conclusão dos trabalhos.

De acordo com a Justiça Eleitoral, mais de 900 mil títulos podem ser cancelados, caso os eleitores não regularizem a situação. Para participar e votar nas eleições 2020, todo o eleitorado baiano deve estar identificado por biometria. No sul da Bahia, o processo está em andamento em municípios como Almadina, Camacan, Ibicaraí, Floresta Azul, Santa Luzia, Coaraci e Itacaré.

O TRE-BA alerta que, além de não poder votar, com o título cancelado o cidadão estará sujeito a uma série de implicações previstas no Código Eleitoral. Entre os prejuízos estão impossibilidade de obter empréstimos em instituições públicas, dificuldade para tirar ou renovar passaporte, não tomar posse em concurso público ou ser impedido de renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.

Para fazer a biometria ou regularizar a situação, o eleitor não precisa enfrentar filas. Basta agendar o serviço pela internet ou telefone e escolher hora e local que deseja ser atendido. O agendamento é feito no site agendamento.tre-ba.jus.br ou pelos números 0800 071 6505 ou (71) 3373-7223 (também WhatsApp).

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Prazo termina no dia 18 de fevereiro

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia pretende alcançar 100% de eleitores com biometria até o prazo final para a conclusão da última etapa para o procedimento no estado. Atualmente, 242 municípios estão em processo de cadastramento e têm até o dia 18 de fevereiro para a conclusão dos trabalhos.

De acordo com a Justiça Eleitoral, mais de 900 mil títulos podem ser cancelados, caso os eleitores não regularizem a situação. Para participar e votar nas Eleições 2020, todo o eleitorado baiano deve estar identificado por biometria. No sul da Bahia, o processo está em andamento em municípios como Almadina, Camacan, Ibicaraí, Floresta Azul, Santa Luzia, Coaraci e Itacaré.

O TRE-BA alerta que, além de não poder votar, com o título cancelado, o cidadão estará sujeito a uma série de implicações previstas no Código Eleitoral. Entre os prejuízos estão: impossibilidade de obter empréstimos em instituições públicas; dificuldade para tirar ou renovar passaporte; não tomar posse em concurso público ou ser impedido de renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.

Para fazer a biometria ou regularizar a situação, o eleitor não precisa enfrentar filas. Basta agendar o serviço por site ou telefone e escolher hora e local que deseja ser atendido. O agendamento é feito no site agendamento.tre-ba.jus.br ou pelos números 0800 071 6505 ou (71) 3373-7223 (também whatsapp).