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Lúcio Vieira fala de Charliane, MDB, Mangabeira, Wense e eleições 2020

O MDB baiano sobreviveu aos efeitos das imagens dos R$ 51 milhões, na avaliação do ex-presidente da legenda e ex-deputado Lúcio Vieira Lima. “Disseram que o MDB na Bahia estava acabado. Era conversa para boi dormir”, afirma o emedebista mais amado e odiado – depois do irmão Geddel – em conversa com o PIMENTA.

Para ele, as discussões no estado para incluir o MDB em alianças em colégios eleitorais importantes, a exemplo de Itabuna, reforçam o peso da legenda. E, aproveita até para falar de si e da condição de condenado da justiça. “Se eu não prestava antes, passei a prestar agora”.

O ex-deputado fala do cenário em Itabuna e vê a vereadora Charliane Sousa, ainda no PTB, como aposta promissora do partido para a disputa ao governo municipal em 2020, por representar a renovação.

– Logicamente, a Charliane está dentro desse perfil. Ela é nova, combativa, falando a linguagem da população. A população, majoritariamente, está descontente com o governo.

Ele acrescenta ao fatores renovação e desempenho dela na Câmara o fato de ser oposição e Fernando Gomes, do qual o MDB é aliado, fazer governo com rejeição alta. E, para ele, as críticas a Charliane, tanto internamente como as que vêm de fora, e não deixa de fazer menção ao colunista Marco Wense, se devem ao fato de que pretendem negociar alianças e colocá-la como vice.

– Por que todo mundo não quer o MDB com candidato? Por que critica Charliane? Ela é player (jogadora/pré-candidata) importante. Na hora que o partido coloca ela como candidata, corta o sonho daqueles todos que querem negociar uma vice por espaço em governo. E a orientação do MDB nacional é que nós disputemos a eleição no maior número de municípios possível.

Segundo Lúcio, o MDB deverá ter entre 80 e 100 candidatos a prefeito em todo a Bahia, que possui 417 municípios. Apesar das mudanças na política nacional e o humor do eleitorado, Lúcio se arrisca a falar que o MDB quer sair das urnas com 15 a 25 prefeitos eleitos na Bahia. “Mas falar de números agora é “chutômetro”, pois o prazo de filiações vai até abril”, pondera.

Para este querer se tornar em poder, observa, vai depender de como os pré-candidatos emedebistas pontuarão nas pesquisas até o prazo final das eleições. “Se Charliane chega a 20% das intenções de voto para prefeito em abril, vai ter muita gente se filiando ao MDB querendo sair a vereador”, diz, apontando uma das variantes nesse “querer”.

MDB, PDT, NETO E WENSE

Lúcio ainda diz que o MDB não está impedido de fazer aliança com Mangabeira, apesar das críticas de membros do PDT. No início da semana, Lúcio respondeu a artigo do pedetista Marco Wense. “Não tenho atrito com ninguém, não tenho magoa com ninguém. Não vou transigir de ficar ouvindo toda coisa, quanto mais de um militante partidário”. Ele disse que não impede o MDB de fazer aliança com Mangabeira, PT ou DEM. “Sou amigo de Geraldo [Simões], me dou com Augusto Castro, me dou com Fernando… Mangabeira ainda não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente”.

Segundo ele, a animosidade começou com notas que vinculavam o acordo do MDB com ACM Neto no apoio a Bruno Reis, pré-candidato a prefeito de Salvador, e a pressão para o MDB também fechar com Mangabeira, em Itabuna. “Se for para negociar como imaginam… Mangabeira nem para o DEM quis ir. Nem do DEM ele é. É muito mais fácil o Neto apoiar o MDB [em Itabuna]”.

FASE DE TRANSIÇÃO

Para Lúcio Vieira, o MDB, assim como os outros grandes partidos, está passando por fase de transição para acompanhar as mudanças da sociedade. “O partido que fez o presidente da República foi o PSL. Isso é demonstração clara de que o sistema político brasileiro está falido. O PSL não tinha história, não tinha bandeira… [O brasileiro] votou pelo fenômeno Bolsonaro e o PSL saiu elegendo bancada grande [na Câmara Federal], governadores”, completa.Leia Mais

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Bruno Reis (à esquerda) será o nome de ACM Neto na disputa à Prefeitura de Salvador

Com o apoio de 12 partidos, o vice-prefeito Bruno Reis foi anunciado como o pré-candidato do DEM a prefeito de Salvador. Prestes a completar 43 anos, ele terá o aval do prefeito ACM Neto, que em 2018 desistiu de concorrer ao governo baiano. O prefeito optou por um amigo de longa data e companheiro de chapa em 2016. Bruno se disse “seguro e pronto” para o desafio.

– Rodei como poucos e rodo essa cidade há mais de 20 anos. Fui no gueto, nas vielas, nas baixadas, subi e desci morro, ladeira, entrei e saí por todas as ruas – afirmou ele, sinalizando uma das linhas da pré-campanha a prefeito de Salvador.

– A cidade se reposicionou no Brasil e no mundo e hoje pode sonhar com projetos mais audaciosos. A gente tem diversas ideias e pensamentos, projetos que estamos elaborando e no momento certo vamos apresentar à cidade. Projeto e sonhos mais audaciosos, mais ambiciosos do que os que já executamos até aqui – arrematou.

O anúncio da pré-candidatura de Bruno foi feita pelo presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto. “Nosso pré-candidato está apresentado a Salvador. Ele terá a oportunidade de dialogar com a cidade, de construir seu plano de governo. E eu vou estar governando a cidade, cuidando da cidade para concluir bem nosso governo, mas é claro que também acompanhando de perto essa caminhada política”, disse.

O evento teve a presença de vários políticos e dirigentes de partidos ligados à base do prefeito de Salvador. Houve até quem falasse em vitória de Bruno Reis ainda no primeiro turno, na condição de nome de ACM Neto na sucessão. A caminhada talvez tenha ficado menos difícil com um revés na base do governador Rui Costa. No final do ano passado, Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, desistiu de concorrer à Prefeitura de Salvador. Era nome dado como certo na disputa, seja pelo PT ou pelo PSB.

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Rosivaldo Pinheiro

 

 

As eleições municipais nos desafiarão na evolução das nossas cidades, exigindo que cada um seja agente de mudança. Que possamos exercer o “ser” para que possamos “ter” novos dias e um verdadeiro e próspero ano novo.

 

Estamos caminhando para o término do ano e a chegada de um novo. O ano que se encerra apresentou uma série de desafios na convivência social em função da polaridade que ficou evidenciada desde a disputa eleitoral presidencial em 2018, especialmente no ambiente virtual, espaço em que o descarrego do ódio foi ainda mais frequente. Parte da sociedade passou a se expressar de forma intolerante, e como se não bastasse, o ambiente beligerante é potencializado pela “espiral do ódio” – inúmeras manifestações do presidente da República, seus filhos e alguns subordinados, que travam uma guerra com quem ouse desafiá-los.

É preciso um exercício permanente de respeito ao livre pensar e ao contraditório, frutos maiores a serem cultivados e defendidos para que continuemos vivendo sob o manto democrático. Praticar um ambiente social mais harmônico onde o ser fraterno tenha notoriedade, possibilitando pontes para a paz cotidiana é imprescindível.

No plano municipal, vivemos reflexos do ambiente nacional, agravados pela falta de planejamento e escolha de prioridades por parte das administrações municipais (Itabuna e outras cidades, com as exceções que cabem à afirmação). As prioridades parecem ser estabelecidas a partir dos gabinetes “burrocráticos”, sem levar em conta o que pensa a maioria dos munícipes e as necessidades reais para melhoria da qualidade de vida na cidade.

Governar não é tarefa fácil, exige estabelecer diretrizes que atropelam interesses particulares e a adoção de ferramentas modernas para solucionar os conflitos existentes no espaço urbano. Adotar um plano de gestão que ajude a cidade a superar seus principais problemas exige ousadia, equidade, justiça social, eficiência, austeridade. Os recursos precisam ser otimizados e a máquina pública organizada com base na transparência.

Enfim, 2020 bate à porta. Será um ano de decisões importantes que necessitarão de novas atitudes. Precisamos seguir na direção de mudanças comportamentais, de olhares em relação ao outro, de respeito ao contraditório e da ampla defesa da cidadania. As eleições municipais nos desafiarão na evolução das nossas cidades, exigindo que cada um seja agente de mudança. Que possamos exercer o “ser” para que possamos “ter” novos dias e um verdadeiro e próspero ano novo.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades pela Uesc.

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Marco Wense

São outros tempos no ambiente do Partido dos Trabalhadores. O governador da Bahia, Rui Costa, vem protagonizando essa mudança, hasteando a bandeira de que o PT precisa fazer uma urgente e profunda reflexão.

 

 

Em nova entrevista, agora na Folha de São Paulo, edição de ontem, sábado (14), o morador mais ilustre do Palácio de Ondina mostrou mais uma vez sua insatisfação com o PT, principalmente com o lulopetismo.

Rui já tinha deixado o ex-presidente Lula irritado quando disse que a defesa do movimento “Lula Livre” não poderia condicionar as alianças com outras legendas. O senador Jaques Wagner impediu uma tomada de posição mais dura da cúpula nacional do petismo, tendo na linha de frente a incendiária Gleisi Hoffamann. Até um possível pedido de expulsão foi ventilado.

O mandatário-mor do quarto colégio eleitoral do Brasil, que se reelegeu no primeiro turno com mais de 75% dos votos válidos, diz que Lula “precisa pregar a pacificação do país”, que o partido “deve ajustar o discurso”, que “a radicalização é um mal”, que os petistas erram ao “condenar investimento privado na área social”. Como não bastasse, Rui joga parte da culpa pela situação econômica no colo da ex-presidente Dilma Rousseff. “É evidente que estamos vindo de cinco anos de recessão”, diz o rebelde governador.

Pois é. Enquanto Rui conquistou o segundo mandato consecutivo com uma invejável votação, Fernando Haddad sequer foi para o segundo turno na tentativa de continuar no cargo de prefeito de São Paulo. O preferido de Lula, chamado de “poste” na última eleição presidencial, perdeu em todas as urnas.

Rui faz também uma crítica a Lula quando deixa claro que o PT deve apoiar candidatos da base aliada que estejam melhor colocados nas pesquisas de intenções de voto nas sucessões municipais, dando assim um chega pra lá na soberba lulista. “O PT não é partido de apoio”, disse Lula quando saiu da cadeia.

É evidente que a legítima pretensão de Rui de ser o candidato do PT à presidência da República ficou mais complicada. Nos bastidores da alta cúpula petista, o que se comenta é que o ex-presidente ficou retado da vida com o “companheiro”. Já é a terceira vez que o governador da Bahia faz declarações que terminam deixando Lula irritado.

Os meios de comunicação ligados ao ex-presidente saíram em sua defesa. O blog Cidadania, por exemplo, estampou a seguinte manchete: “RUI COSTA ACHA QUE PODE DAR LIÇÃO A LULA”.

Toda vez que tem esse pega-pega do governador da Bahia com o comando nacional da legenda, vem à tona a conversa de que Rui Costa pode deixar o PT, que seu destino seria o PSB. Há quem diga que essa articulação vem sendo trabalhada, costurada em doses homeopáticas. Nem a deputada federal Lídice da Mata, presidente estadual do Partido Socialista Brasileiro, tem conhecimento.

Qual será a próxima rebeldia de Rui Costa? Essa é a pergunta que mais se ouve no lulopetismo.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Panorâmica de Coaraci, no sul da Bahia, que tem vários pré-candidatos em 2020

Pesquisa Sócio Estatística feita neste domingo (1º) em Coaraci revela quadro eleitoral em aberto e gestão do prefeito Jadson Albano (PP) com grande desgaste, conforme o sociólogo Agenor Gasparetto, responsável pelo levantamento. O instituto ouviu 408 eleitores de Coaraci, no sul da Bahia, em pesquisa com margem de erro de 5 pontos percentuais.

Se a eleição ao governo municipal fosse hoje, o prefeito teria chance em um cenário com várias candidaturas, de acordo com a fotografia colhida na pesquisa. Já num cenário de polarização, perderia para a ex-prefeita Josefina Castro (PT), o ex-secretário Kadu Castro e Nino Torquato, conforme as simulações feitas.

Pesquisa estimulada (Coaraci)

Rodrigo do Portal – 0,98%
Jadson Albano – 12,75%
Josefina – 17,65%
Nino Torquato – 14,22%
Kadu Castro – 18,14%
Miltinho do Axé – 4,90%
Carlos Maia – 0,49%
Sinho Fernandes – 1,47%
Robson Reis – 0,25%
Janjão – 2,45%
Chico Bala – 1,72%
Outro – 0,25%
Não sabe – 18,63%
Nulo/branco – 6,13%

O prefeito perderia em eleição polarizada, conforme o instituto, se a eleição fosse hoje:

Jadson x Josefina
Jadson Albano – 16,91%
Josefina – 44,61%
Nulo/branco – 18,87%
Não sabe – 19,61%

Jadson X Kadu
Jadson Albano – 16,67%
Kadu Castro – 45,34%
Nulo/branco – 18,87%
Não sabe – 19,12%

Nino Torquato x Kadu Castro
Nino Torquato – 28,68%
Kadu Castro – 35,29%
Nulo/branco – 16,18%
Não sabe – 19,85%

PREFEITO É O MAIS REJEITADO

Apesar de ainda estar no primeiro mandato, o prefeito Jadson Albano é o mais rejeitado dentre os pré-candidatos mais bem posicionados, conforme a Sócio Estatística. Na pesquisa feita ontem (1º), 63,48% dos eleitores consultados disseram que não votariam em Jadson de jeito nenhum, enquanto 33,82% votariam nele.

Prefeita por dois mandatos, a professora Josefina Castro tem rejeição de 36,76%. Já outros 59,80% dos eleitores disseram que não rejeitam a ex-prefeita. Kadu Castro tem percentual de rejeição semelhante ao da tia e ex-prefeita: 36,78% rejeitam e 61,52% não rejeitam. Já Nino Torquato tem 38,48% de rejeição. Outros 58,58% não rejeitam.

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Líder do Governo na Assembleia, Rosemberg defende que o PT dispute prefeitura
O deputado Rosemberg Pinto (PT) defendeu, em entrevista à Rádio Metrópole, na noite desta quarta-feira (14), que o Partido dos Trabalhadores em Salvador defina um nome para entrar no leque de pré-candidaturas dos partidos da base do governador Rui Costa (PT) para disputar as eleições municipais de 2020 na capital baiana.

“O PT tem quatro nomes. Já disse que quem tem quatro não tem nenhum. Ou o PT afunila para um só ou assumirá publicamente que não tem candidato. Defendo que o PT apresente um nome, não precisa ser eterno, a não ser que consiga aglutinar os outros partidos [da base]”, afirmou.

O petista, que coordena a Bancada da Maioria na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), defende a aliança entres as legendas aliadas ao governo Rui para enfrentar o candidato que será escolhido pelo atual prefeito de Salvador.

“Se for [um candidato] do PT, ficaremos muito felizes. Mas, se não for do PT, mas de um partido da base, dentro do projeto que solidifica a gestão do governador Rui Costa e do Estado da Bahia, vamos apoiar e defender, sem nenhum problema”, disse.

Rosemberg acredita que, escolhido o melhor nome para representar o projeto coordenador pelo governador Rui, ao olhar do senador Jaques Wagner e do Partido dos Trabalhadores, a candidatura terá todas as oportunidades para vencer o pleito soteropolitano contra o candidato escolhido por ACM Neto (DEM).

“Bruno Reis é uma pessoa extremamente capaz, mas não conseguiu se viabilizar junto à sociedade soteropolitana. E seus colegas já perceberam. É por isso que há essa disputa interna. Seus colegas querem mostrar a Neto que tem mais capacidade de disputa do que ele”, cravou.

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Marco Wense

 

 

Usando uma tabela de 1 a 10, diria que a arrumação da sucessão municipal de 2020 está em 3. Muita água para passar sob as pontes do rio Cachoeira, limpa e suja.

 

 

Tudo dentro do esperado. Nada de anormal que possa causar espanto ou qualquer outra reação de sobressalto, de ficar atônito, estupefato diante dos fatos.

Não é essa eleição de 2020, para escolha de novos prefeitos ou a permanência de quem já é no cargo, via instituto da reeleição, que vai ser diferente. As estratégias não mudaram, seguem o mesmo bê-a-bá.

São vários pré-candidatos a prefeito. Itabuna, por exemplo, no sul da Bahia, já tem 15 postulantes ao cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves. Até o atual alcaide, Fernando Gomes, um ex-demista a procura de uma legenda, com um índice de rejeição gigantesco, beirando os 75%, pretende disputar o pleito.

Partido que não tem prefeiturável fica fora da mídia, do oba-oba do processo sucessório, sequer é lembrado. É bom ter um nome, mesmo que seja de mentirinha. O “mentirinha” termina sendo uma “moeda de troca”, geralmente com o tempo que a legenda dispõe no horário eleitoral.

E se o pré-candidato não empolgar? Alguns são logo defenestrados, sem dó e piedade, pelo comando estadual do partido. Outros dão mais sortes, são oferecidos como vice na composição da chapa majoritária. Tem também os que procuram o caminho do Legislativo, buscando uma vaga na Câmara de Vereadores.

São as pesquisas de intenções de voto, não qualquer uma, mas de instituto de credibilidade, que vão definir as coligações e quem vai encabeçar a majoritária. Pré-candidato que não alcançar uma pontuação determinada pelo partido, é logo convidado pela cúpula partidária a desistir, sonhar com outra coisa.

Portanto, essa avalanche de prefeituráveis, esse disse-me-disse é passageiro. No frigir dos ovos, na hora da onça beber água, como diz a sabedoria popular, sobram poucos para colocar a foto nas urnas eletrônicas.

Usando uma tabela de 1 a 10, diria que a arrumação da sucessão municipal de 2020 está em 3. Muita água para passar sob as pontes do rio Cachoeira, limpa e suja.

Até o dia da eleição tem que ter “couro de crocodilo”, como dizia o saudoso, polêmico e inesquecível jornalista Eduardo Anunciação, hoje em um lugar chamado de eternidade.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

Nos bastidores da legenda, em conversas reservadas, o que se comenta é que haverá um novo comando do Novo em Itabuna, que Harrison não será mais o porta-voz da agremiação partidária.

 

O partido Novo de Itabuna não conseguiu empolgar uma considerável fatia do eleitorado ávido por um caminho diferente na política.

A legenda, sob a tutela nacional de João Amoêdo, ex-postulante à presidência da República, esperava muito mais da coordenação do partido em Itabuna. A meta de 150 filiados, condição para a formação do diretório municipal, não foi atingida.

Amoêdo deve ter ficado insatisfeito com a coordenação do partido em Itabuna, que tem na linha de frente Harrison Nobre, ex-filiado do PDT. A exigência não foi cumprida. “Conseguimos pouco mais de 120 filiados ativos, mas vamos continuar firmes tentando fazer o partido crescer no município”, disse Harrison, coordenador geral do núcleo de Itabuna.

Nos bastidores da legenda, em conversas reservadas, o que se comenta é que haverá um novo comando do Novo em Itabuna, que Harrison não será mais o porta-voz da agremiação partidária.

O partido não terá candidato a prefeito e nem a vereador, o que não deixa de ser um preocupante baque para a sigla. O apoio a um determinado prefeiturável não está descartado, desde que não seja nenhuma velha e empoeirada raposa que quer retornar ao centro administrativo Firmino Alves.

Muita gente séria, qualificada e honrada com respaldo para disputar a sucessão de 2020. Só tenho a lamentar o desfecho do Novo em Itabuna.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Aldenes Meira será lançado pré-candidato a prefeito de Itabuna

Ex-presidente da Câmara e vereador em segundo mandato consecutivo, Aldenes Meira definiu que não disputará vaga no legislativo itabunense. “Não mais disputarei reeleição a vereador”, disse ele ao PIMENTA, observando que parte do seu grupo político já tem nomes para concorrer a uma das cadeiras na Câmara.

Aldenes deverá migrar do PCdoB para uma legenda da base aliada para disputar a sucessão do prefeito Fernando Gomes em 2020. Após namoro com o Podemos, o destino deverá ser mesmo o PSB, legenda com a qual conversava desde o ano passado.

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Marcone Amaral, entre Rui Costa e secretário Vilas-Boas: anúncio só em abril

Marcone Amaral (PSD) disse que está reavaliando a decisão de não concorrer novamente ao cargo de prefeito de Itajuípe. O anúncio se disputará novo mandato será feito somente em abril próximo, segundo afirmou ao PIMENTA. “Tenho conversado muito com o pessoal. Estamos focados na gestão do município”, afirmou durante a solenidade de inauguração da Policlínica Regional de Saúde em Itabuna. “Eu falei que não iria [disputar a reeleição], mas a gente volta a falar sobre isso em 2020”.

Marcone disse que vai aproveitar o período para concluir a execução de emendas estaduais e federais. “Temos recebido muitas emendas dos nossos deputados Paulo Magalhães e Rosemberg Pinto. Então, tenho que focar na execução das emendas. Pensar em política só no ano que vem, a partir de abril. A gente ainda não tem um pensamento formado [quanto à reeleição ou até disputar a Prefeitura de Itabuna, como ventilado no PT]. Pensamento, agora, é fazer gestão”, afirmou.

Questionado sobre qual a tendência, ele evitou se aprofundar. “A gente tem que fazer as coisas acontecerem, saber se vai ter mais alguma coisa para frente. Temos muito que avaliar”. Para Marcone, a gestão deixa legados, como “obras de saneamento que eram esperadas há 50 anos pela população, reforma de escolas e unidades de saúde e a implementação de iluminação de LED em toda a cidade”. No núcleo mais próximo ao prefeito, a informação é de que ele deverá disputar novo mandato como prefeito de Itajuípe.

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Edmilson Silva, presidente do PL de Itabuna, Capitão Azevedo e Fernando Netto, vice-presidente do PL
O ex-prefeito Capitão Azevedo confirmou ao PIMENTA a sua filiação ao PL para disputar a Prefeitura de Itabuna em 2020. Agora, só faltaria o ato festivo para selar o embarque no partido comandado pelo deputado federal José Carlos Araújo. Azevedo está em situação de empate técnico com outros dois dos postulantes à principal cadeira do Centro Administrativo Firmino Alves.

A ida para o PL (antigo PR) levaria Azevedo para a base do governador Rui Costa, apontado em pesquisa como o mais forte cabo eleitoral da disputa em 2020 no município. Mas ele sabe que o apoio no pleito já são “outros quinhentos”, isso por causa da proximidade do petista com o prefeito Fernando Gomes. Fernando, sem partido desde a saída do DEM, espera melhorar a avaliação para concorrer à reeleição. Está namorado o PP.

Na pesquisa Sócio Estatística feita no período de 28 a 1º de setembro, Azevedo é quem mais ameaça Mangabeira na disputa em Itabuna, conforme o retrato do momento. No cenário restrito a 5 candidatos, Dr. Mangabeira (PDT) aparece com 20,8% das intenções de voto à Prefeitura de Itabuna, Azevedo pontua com 19,2%, enquanto Augusto Castro (PSD) atinge 12,9%, Geraldo Simões (PT) alcança 6,1% e Dr. Eric Júnior (PP) tem 2,7% (reveja aqui).

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Marco Wense

 

 

O edil do PDT desistiu de ser pré-candidato a prefeito. O do PCdoB não será candidato. Babá Cearense, do partido do presidente Bolsonaro, vai depender de uma melhora nas pesquisas de intenções de voto. Resta Charliane, cuja coragem de trocar o certo, sua reeleição, pelo duvidoso, sair vitoriosa em uma campanha para o Executivo, é elogiável.

 

Quatro vereadores são logo citados pelo eleitor quando o assunto diz respeito aos edis que fazem oposição ao governo Fernando Gomes, que pode ter como próximo abrigo partidário o PP do vice-governador João Leão.

Charliane Souza (PTB), Enderson Guinho (PDT), Jairo Araújo (PCdoB) e Babá Cearense (PSL) são os vereadores que representam o oposicionismo ao atual gestor do cobiçado centro administrativo Firmino Alves.

Quem mais se destacou, segundo pesquisa do Instituto Sócio Estatística, do sociólogo Agenor Gasparetto, foi Charliane Sousa, prestes a deixar o PTB para assumir a condição de prefeiturável por outra legenda. A edil vem namorando o MDB dos irmãos Vieira Lima, Geddel e Lúcio.

O que levou os quatro a serem os mais atuantes da Casa Legislativa foi mais o fato de ser oposição ao governo de plantão do que a própria atuação parlamentar seguindo as recomendações inerentes ao cargo.

No entanto, é o vereador comunista o mais contundente ao criticar o prefeito Fernando Gomes e sua administração. Jairo Araújo é mais incisivo e cruel.

Por que então não está na linha de frente do oposicionismo tupiniquim? O problema é que Jairo é do partido de Davidson Magalhães, que faz questão de ser fotografado ao lado de Fernando Gomes toda vez que tem um evento do governo do Estado em Itabuna.

Claro que Davidson, que é o presidente estadual do PCdoB, no exercício da sua função institucional, como secretário no governo Rui Costa, tem que marcar presença junto com o prefeito.

A grande maioria do eleitorado não entende assim. E tem suas razões. Jairo é do PCdoB, que é da base aliada do governador Rui Costa, que é aliado do prefeito Fernando Gomes.

Mas Enderson Guinho não é do PDT, legenda que também integra a base do governo Rui Costa? Acontece que o PDT de Itabuna é a única agremiação partidária da base aliada que faz oposição aberta ao governo Fernando Gomes, sem medo de retaliações por parte do comando estadual, que não anda muito satisfeito com o tratamento dado pelo chefe do Palácio de Ondina ao partido.

O edil do PDT desistiu de ser pré-candidato a prefeito. O do PCdoB não será candidato. Babá Cearense, do partido do presidente Bolsonaro, vai depender de uma melhora nas pesquisas de intenções de voto. Resta Charliane, cuja coragem de trocar o certo, sua reeleição, pelo duvidoso, sair vitoriosa em uma campanha para o Executivo, é elogiável.

No mais, esperar os acontecimentos para uma melhor análise. Mas especular é inerente ao jornalismo político, desde que dentro de uma lógica.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Jerberson Josué

 

 

 

 

Em 2020, os 130 mil eleitores ilheense terão a certeza da disputa mais aberta da nossa história. Muitas são as possibilidades… inclusive para não mudar nada. Ou aparecer um nome arrasador como o doutor em 2016.

 

No tabuleiro da sucessão municipal de Ilhéus, esquentam as articulações de bastidores.

Há um grande número de pré-candidatos já sinalizados por seus respectivos partidos e outros, nem tem filiações, ou definições partidárias. E existem aqueles que nem grupos, ou liderança possuem e são pretendentes de seus próprios interesses e devaneios.

Ainda assim todos possuem direito de concorrer e merecem respeito. Afinal, depois de Bolsonaro, qualquer cidadão, ou cidadã pode surpreender e se eleger, contrariando todos prognósticos e avaliações de pesquisas de opinião pública.

Basta saber fazer as coisas acontecer e aproveitar as oportunidades.

Voltando a Ilhéus e aos ilheenses, segundo sondagens recentes, mais de 70% dos eleitores, não tem ou não querem saber, nem pensam em candidatos.

Isso deixa o jogo aberto e com muitas possibilidades em aberto.

Os mais experientes não ousam arriscar prognósticos sobre o resultado do pleito. Alguns apontam que no frigir dos ovos, só o prefeito e um seu opositor, polarizarão a disputa. Mas não há no panorama atual, a definição de quem seria esse desafio.

O prefeito segue atuando e se empenhando para reduzir a rejeição a que está submetida sua gestão e talvez esteja aí, seu maior obstáculo eleitoral.

As oposições seguem sem emplacar uma alternativa convergente.

Cada movimento de bastidores e avançar dos dias, resultam em possibilidades que vislumbram esperanças, ou desmotivam candidaturas proporcionais e majoritárias.

Um ator importante nesse tabuleiro, é o governador Rui Costa. Mas não está claro até onde e por quem ele pretende participar na eleição ilheense.

A aprovação de 80% e ausência de oposição em Ilhéus, deixam o governador em situação confortável.

Outro ator importante no jogo local é o ex-prefeito Jabes Ribeiro. Silencioso e calculista, raros foram os momentos em que o professor foi traído pela sorte nos últimos 40 anos de política em Ilhéus.

Até pra quem perder, o professor costuma escolher.

O calouro do pleito é o jovem Júnior Reis, que segue tentando ser a terceira via. Já ouço seu nome nas classes predominantes. A dúvida é se isto será uma tendência ou apenas um “balão de ensaio”! Essa trinca dá o norte até essa hora.

A noiva predileta para esses três grupos acima citados é o PT, que segue com o empresário Nilton Cruz, lutando e se esforçando para viabilizar sua candidatura. Os adversários do PT, querem ele ao lado para herdar a força da máquina estadual e influência do governador mais bem avaliado do Brasil.

Ao PT, resta saber qual caminho melhor lhe convém. Seguir no projeto Nilton Cruz e fazer uma boa bancada para Câmara Municipal, ou aliar-se ao que melhor lhe convier.

Na avaliação de especialistas, o apoio do PT é promissor e preponderante para quem quiser se eleger, ou reeleger!
Eu, como militante e pré-candidato a vereador, torço pelo projeto Nilton Cruz.

O jogo só está no início, no primeiro chute. Todavia, dezenas de pré-candidatos estão rodando, andando, conversando e articulando.

Em 2020, os 130 mil eleitores ilheense terão a certeza da disputa mais aberta da nossa história. Muitas são as possibilidades… inclusive para não mudar nada. Ou aparecer um nome arrasador como o doutor em 2016. Porém, entretanto, todavia, vida que segue…

Eu sou Jerberson Josué, um aprendiz na escola da vida.

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Allah Góes || allah.goes@gmail.com

 

 

Nessas eleições, visando-se acabar com o “efeito Tiririca”, em que candidatos com poucos votos, por conta das maiores sobras impulsionadas por um “puxador de voto”, acabam sendo eleitos, em 2020, para tomar posse, o candidato tem que obter votos de, pelo menos, 10% do quociente eleitoral, o que em Itabuna deve ficar na casa dos 450/500 votos.

 

Mesmo que num clima meio morno de um ano pré-eleitoral, vinha sendo conduzida no Congresso Nacional, a pedido do TSE, discussão sobre proposta para mudar o sistema eleitoral já para a escolha, em 2020, dos vereadores nos municípios com mais de 200 mil habitantes.

Seria uma espécie de teste para a implantação definitiva do sistema distrital misto, semelhante ao que é adotado na Alemanha e em outros países, que teria o condão de tanto baratear a eleição como aproximar o eleitor do eleito, vez que seriam eleitos os candidatos com mais votos em cada Distrito Eleitoral.

A proposta que se discute no Brasil é uma combinação do voto proporcional e do voto majoritário, onde os eleitores teriam dois votos: um para candidatos no distrito e outro para as legendas (partidos).

Os votos em legenda (sistema proporcional) são computados em todo o município, conforme o quociente eleitoral (total de vagas colocadas em disputa divididas pelo total de votos válidos). Já os votos majoritários são destinados a candidatos do distrito, escolhidos pelos partidos políticos, vencendo o mais votado.

Assim, as cidades seriam divididas em distritos, cabendo esta divisão à Justiça Eleitoral, que deve usar como critério as seções eleitorais. O número de distritos será igual à metade do número de cadeiras.

Em Itabuna, que hoje tem 21 vereadores, teríamos 11 distritos. Em cada um deles, o candidato a vereador que receber mais votos será eleito. Restam então 10 vagas, que serão ocupadas de acordo com o desempenho dos partidos naquela eleição.

Os partidos deverão indicar apenas 01 nome para cada distrito, as demais vagas seriam apresentadas através de lista preordenada. No momento do voto, o eleitor fará duas escolhas: no candidato do seu distrito e no partido de sua preferência. Aí entra o quociente eleitoral: se um partido obtém votos para duas vagas, os dois primeiros da lista são eleitos, por exemplo.

Os defensores dessa ideia argumentam que o sistema Distrital Misto torna as campanhas mais baratas, já que o candidato não precisa percorrer mais toda uma cidade (e sim apenas o distrito), além de aproximar o eleitor do vereador (cuja atuação ficaria mais voltada ao distrito que o elegeu), e ao mesmo tempo, não tira a importância dos partidos, que precisam apresentar um programa único (já que o segundo voto tem de ser no partido).

Mas por conta da falta de tempo hábil, vez que toda esta mudança tem que estar aprovada até 01 ano antes da Eleição, o que de fato se terá como mudanças para o Pleito de 2020, será a Proibição das Coligações nas eleições proporcionais (vereador) e a manutenção do quociente eleitoral, onde os partidos para obter vagas e participar das rodadas referentes às maiores sobras têm que obrigatoriamente atingir este quociente.

Nessas eleições, visando-se acabar com o “efeito Tiririca”, em que candidatos com poucos votos, por conta das maiores sobras impulsionadas por um “puxador de voto”, acabam sendo eleitos, em 2020, para tomar posse, o candidato tem que obter votos de, pelo menos, 10% do quociente eleitoral, o que em Itabuna deve ficar na casa dos 450/500 votos.

Mas o interessante de tudo isto é que, mais uma vez, os vereadores é que servirão de “bucha de canhão”, tal qual ocorreu com a redução de seu número, pois serão as prováveis cobaias do novo sistema, que se não funcionar a contento, dificultará a eleição destes e será abandonado ao invés de ser aperfeiçoado para as eleições de 2022, pois o que de fato se espera com estas medidas é tão somente aplacar a indignação da sociedade quanto ao lodaçal que virou a nossa política.

Allah Góes é advogado municipalista, especialista em Direito Eleitoral e consultor de prefeituras e câmaras municipais.

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Capitão Azevedo aparece empatado, na liderança, com Mangabeira e Augusto Castro

O ex-prefeito de Itabuna José Nilton Azevedo, o Capitão Azevedo (PTB), comemorou o desempenho dele na pesquisa da Sócio Estatística. Os números foram divulgados, na quinta-feira (5), pelo PIMENTA, em parceria com a Rádio Difusora/Programa Bom dia Bahia, AM3-Assessoria & Consultoria em Comunicação, Diário Bahia e TV Itabuna.

O levantamento aponta empate técnico entre Dr. Mangabeira (PDT), Azevedo (PTB) e o ex-deputado estadual Augusto Castro (PSD), tanto na espontânea quanto na estimulada, em  três cenários diferentes. Eles aparecem com 20,6%, 17,2% e 12,4%, respectivamente, em um cenário com 11 candidatos, na estimulada (confira abaixo).

Questionado, na noite de quinta-feira (5), pelo PIMENTA sobre esses números, Azevedo foi direto: “estão muito bons e correspondem à nossa expectativa”. O ex-prefeito acredita que os números tendem a melhorar à medida em que a eleição municipal de 2020 for se aproximando.

“SEM APARECER NA MÍDIA”

Segundo ele, a tendência é de subida na tabela na corrida para voltar ao Centro Administrativo Firmino Alves. Na sua avaliação, isso ocorrerá “quando entrar em campo”. “Tenho esse desempenho sem aparecer na mídia, sem a campanha eleitoral ter começado. São números bons, mas acredito que podemos melhorar quando começarmos a trabalhar”, disse.

Além de números sobre a corrida eleitoral 2020, a pesquisa traz avaliações sobre os desempenhos dos gestões do prefeito de Fernando Gomes, do governador  da Bahia, Rui Costa, e do presidente da República, Jair Bolsonaro. O levantamento foi realizada no período de 28 de agosto a 1º de setembro com 804 eleitores em oito diferentes zonas de Itabuna.

http://157.230.186.12/2019/09/05/mangabeira-tem-206-azevedo-172-e-augusto-124-aponta-socio-estatistica/