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Quando somos emocionalmente inteligentes, deixamos os eventos nos influenciar, mas não nos dominar. Por isso, administrar as emoções é tão importante.

Ivana Almeida

Muito dos nossos planos foram adiados, mudamos nossa rotina, nossos hábitos. E mesmo diante de um mundo tão “conectado”, clamamos agora pelo valor inverso… Um olhar, um simples encontro, um abraço aconchegante. Deparamo-nos, de repente diante de algo considerado impensável até poucos meses atrás.

Esta situação inédita de isolamento social decorrente do novo coronavírus trouxe consigo gatilhos que podem desencadear emoções perturbadoras, inquietações, angústia, medo e ansiedade. O fato é que as emoções revelam uma mensagem profunda e serve como sinal para indicar que algo está acontecendo em nossa vida. O grande trunfo é aprender a decifrá-las.

Diante do cenário atual, chorar, sentir-se triste e preocupado é natural. Por isso, não é necessário negar e nem reprimir suas emoções. Afinal, nada faz nos sentirmos mais humanos que as emoções. Então, se sentir vontade de chorar, chore. Só não deixe que esse sentimento, te inunde e tome conta do seu “Eu”, permanecendo dentro de você por muito tempo. Compreenda que as mudanças são parte de um mundo VUCA. Incertezas e problemas sempre vão existir.

É necessário gerir a intensidade dessas emoções negativas para alcançar nosso equilíbrio emocional. Não permita que o medo te paralise e te adoeça. Quando somos emocionalmente inteligentes, deixamos os eventos nos influenciar, mas não nos dominar. Por isso, administrar as emoções é tão importante.

“Quando digo controlar as emoções, quero dizer as realmente estressantes e incapacitantes. Ser emotivo é o que torna a nossa vida rica”. (Daniel Goleman)

Esse é um momento de aprender a desenvolver resiliência, pois só assim seremos capazes de superar os momentos de dificuldade com maior controle emocional. Pessoas resilientes passam pelas dificuldades e se tornam mais fortes. O mais adequado seria buscar auxílio de um profissional para criar estratégias e evitar danificar a saúde mental. Vamos passar por esse momento e aprender com o que ele tem a nos ensinar.

Ivana Almeida é psicóloga.

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José Carlos Almeida

O Rei durante show em Itabuna (Foto José Carlos Almeida).

Aquele dia chuvoso de dezembro de 2000, mais precisamente o dia 03, definitivamente entrou para a história de Itabuna. Naquele dia, nada menos que o Rei Roberto Carlos se apresentou aqui, pela terceira vez nesses 50 anos de carreira. Foi um show emocionante em vários aspectos. O principal foi a tensão dos fãs, que não tinham certeza se o show iria ou não acontecer. A incerteza explica-se pelo fato de que aquele seria um dos primeiros shows de Roberto Carlos após a perda da esposa Maria Rita, falecida quase um ano antes (19 de dezembro de 1999).
O último show de Roberto Carlos antes da perda ocorrera em 26 de novembro daquele ano, no interior de São Paulo. Depois da morte de Maria Rita, Roberto Carlos reservou-se, e não aparecia mais em momento algum fora de casa. Mas, com muita insistência dos amigos mais próximos, que alegavam que uma turnê era tudo de que Roberto precisava para se recuperar da perda, finalmente no dia 11 de novembro de 2000, ele iniciou a turnê “Amor sem Limite” em Recife (PE).
Após a dramática estreia, em que Roberto Carlos não conseguia conter as lágrimas em alguns momentos, o show seguiu por várias cidades do Nordeste: Fortaleza (23/11), Natal (24/11), João Pessoal (25/11), Maceió (28/11), Aracaju (30/11), Feira de Santana (02/12) e… Itabuna (03/12).
Foi no estacionamento lateral do Shopping Jequitibá que os milhares de fãs puderam desfrutar de um dos melhores shows que a cidade já presenciou nesse seu primeiro século de vida. Pouco antes do show, a chuva – que ameaçava o brilho do evento – parou e por volta das 20h começou aquela inconfundível introdução instrumental que marca todos os shows, um mix de antigos e novos sucessos, com clímax na introdução de Emoções. E lá está ele, todo de branco e azul: o Rei tomava novamente o microfone para soltar sua voz na terra do cacau.
Ainda fragilizado, Roberto Carlos chorou pelo menos 3 vezes durante o show, principalmente na música Amor Sem Limite, durante a qual apareceram várias fotos de Maria Rita no Telão. Difícil apontar os melhores momentos em um show como esse, tão histórico, tão importante e tão musical. Não faltaram as obrigatórias, como Detalhes, Outra Vez etc.
LEIA A ÍNTEGRA NO PAPA JACA