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educação brasileira2Apesar de ter registrado avanços nos últimos anos, a educação no Brasil ainda apresenta resultados insatisfatórios. É o que mostra o relatório Education at a Glance 2017 (Um olhar sobre a educação, em tradução livre), publicado hoje (12) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O documento traz amplo panorama sobre a educação em mais de 45 países. – os 35 da OCDE e vários parceiros (Argentina, Brasil, China, Colômbia, Costa Rica, Índia, Indonésia, Lituânia, Federação Russa, Arábia Saudita e África do Sul). O Brasil, inclusive, já pleiteou sua adesão formal à OCDE (veja abaixo).

No cenário da educação brasileira, alguns dados chamam a atenção. Em 2015, mais da metade dos adultos, com idade entre 25 e 64 anos, não tinham acesso ao ensino médio e 17% da população sequer tinham concluído o ensino básico. Os números estão muito abaixo da média dos países da OCDE, que têm 22% de adultos que não chegaram ao ensino médio e 2% que não concluíram o básico.

O relatório, no entanto, mostra um avanço. Entre os adultos de 25 e 34 anos, o percentual de alunos que completou o ensino médio subiu de 53% em 2010 para 64% em 2015.

Considerando que o ensino médio brasileiro tem duração de 3 anos e deveria ser cumprido entre os 15 e os 17 anos de idade, o Brasil também apresenta taxas muito abaixo da média dos outros países analisados no relatório. Apenas 53% dos alunos de 15 anos estão matriculados no ensino médio. Entre os alunos de 16 anos, 67% estão matriculados no ensino médio e, entre os de 17 anos, 55%. Na média dos países da OCDE, pelo menos 90% dos alunos entre 15 e 17 estão no ensino médio.

Dos adolescentes brasileiros que têm acesso ao ensino médio, só a metade conclui os estudos em três anos. Se considerados cinco anos de estudo, com duas reprovações, a taxa sobre para 57%, mas permanece abaixo dos 75% de estudantes que concluem o ensino médio nos países que têm dados disponíveis.

No Brasil, entre os jovens de 18 anos, menos da metade cursa o ensino médio ou superior. A taxa para os países da OCDE é de 75% de alunos de 18 anos, na mesma situação.

Apesar de o Brasil já ter conseguido colocar praticamente todas as crianças de 5 e 6 anos na escola, a participação de crianças menores ainda está abaixo do esperado, segundo o relatório. Apenas 37% das crianças de 2 anos e 60% das de 3 anos estão na educação pré-escolar, dados inferiores aos das médias da OCDE que estão em 39% e 78%, respectivamente.

No Brasil, a Emenda Constitucional 59, de 2009, deu prazo para que até 2016 fosse garantida a matrícula escolar a todos os brasileiros com idade entre 4 e 17 anos. De acordo com a pesquisa, em 2015, 79% das crianças de 4 anos estavam na escola, menos do que 87% da média da OCDE, e abaixo de países como o Chile (86%), México (89%), a Argentina (81%) e Colômbia (81%).

ENSINO SUPERIOR

Apenas 15% dos estudantes brasileiros entre 25 e 34 anos estão no ensino superior, face a 37% na OCDE, 21% na Argentina e a 22% no Chile e na Colômbia. No entanto, se comparado aos países dos Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil está melhor – a China tem 10%, a Índia, 11%, e a África do Sul, 12%.

No Brasil, 37% das graduações em 2015 eram feitas nas áreas de negócios, administração e direito, índice semelhante ao da maioria dos outros países pesquisados. Em seguida, a preferência dos brasileiros era por pedagogia, com 20% das matrículas – uma das taxas mais altas entre os todos os países. Apenas a Costa Rica e Indonésia têm taxas mais altas de opção por pedagogia (22% e 28%, respectivamente).Leia Mais

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enem 2015Começam amanhã (8) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017. Os candidatos poderão acessar o sistema a partir das 10h. O prazo para se inscrever termina às 23h59min do dia 19 de maio, pelo site do Enem. A prova será realizada em dois domingos consecutivos, nos dias 5 e 12 de novembro.

A taxa de inscrição para o Enem 2017 é R$ 82, que deve ser paga até o dia 24 de maio. Pelas regras do edital, estão isentos de pagamento os estudantes de escolas públicas que concluirão o ensino médio este ano, os participantes de baixa renda que integram o Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) e os que se enquadram na Lei 12.799/2013 que, entre outros critérios, isenta de pagamento aqueles com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.405,50.

No primeiro domingo, os estudantes farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. No segundo, as provas serão de matemática e ciências da natureza.

Os resultados das provas poderão ser usados em processos seletivos para vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada, para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil.

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Campus do IF Baiano em Uruçuca, na região sul do Estado.
Campus do IF Baiano em Uruçuca, na região sul do Estado.

O Instituto Federal Baiano (IF Baiano) fará concurso público para preenchimento de 80 vagas para docentes (básico, técnico e tecnológico) e técnicos-administrativos em Educação para os vários campi no estado. As inscrições começam na próxima quinta (9) e serão encerradas em 9 de abril, conforme edital retificado. Os salários variam de R$ 1.834,69 a R$ 9.114,67, a depender do cargo em disputa e titulação.

As inscrições devem ser feitas somente pelo site da fundação (clique aqui) e a taxa foi definida em R$ 100,00 para os cargos de nível E, R$ 80,00 para os de nível D e R$ 60,00 para o C. Para os cargos de professor, está fixada em R$ 150,00.

Das 80 vagas, 43 são reservadas a docentes e 37 para técnicos. O concurso possui cotas para negros e pessoas com deficiência em vários cargos em disputa.

As provas estão previstas para serem aplicadas em 9 de julho pela Fundação Cefet Minas, em Salvador. O candidato terá 6 horas para fazer o exame.

CARGOS

Os cargos oferecidos no concurso para nível E são Analista de Tecnologia da Informação, Economista, Médico Veterinário, Relações Públicas e Bibliotecário-Documentarista, com oferta de R$ 3.868,21 de salário.

Os cargos de nível D, que oferece R$ 2.294,81 de salário, são as de Tecnólogo em Cooperativas, Tecnólogo em Gestão Pública, Assistente em Administração, Revisor de Texto Braile, Técnico em Alimentos e Laticínios, Técnico em Contabilidade, Tradutor e Intérprete de Línguas e Sinais.

Para o nível C, o cargo é o de Assistente de Aluno, com R$ 1.834,69. O IF Baiano oferecerá auxílios transporte, alimentação (R$ 458,00) e plano de saúde para todos os níveis.

DOCENTES

O concurso reserva 43 vagas para professor, sendo 13 vagas para área de Música, 10 para Atendimento Educacional Especializado, 3 para Matemática, 1 para História, 2 para Língua Inglesa, 2 para Agronomia, 1 para Engenharia Química, 1 para Gastronomia, 4 para Meio Ambiente e 2 para Cooperativismo, conforme edital corrigido. O salário base é R$ 4.234,77. A depender da titulação do docente, a remuneração pode chegar a R$ 9.114,67.

O prazo de validade do concurso será de um ano, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Da Redação.

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Qualquer pessoa interessada em opinar sobre mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem até hoje (17) para participar da consulta pública sobre a prova, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A consulta foi aberta no dia 18 de janeiro, pela internet, e o Inep enviou e-mail convidando os 6,1 milhões de participantes do Enem 2016 para se manifestar sobre aspectos que podem ser mudados no exame.

Com base nas respostas, o Ministério da Educação poderá modificar o exame ainda este ano. Uma das principais mudanças poderá ser a aplicação das provas em apenas um dia, com 5 horas e 30 minutos de duração. Atualmente, o Enem é aplicado em dois dias – um sábado e um domingo. A prova também poderia ser menor e ter, no máximo, 100 questões – hoje são 180. Em todos os casos, a redação será mantida.

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Ministro da Educação durante ato de sanção do novo Ensino Médio (Foto Antônio Cruz).
Ministro da Educação durante ato de sanção do novo Ensino Médio (Foto Antônio Cruz).

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse hoje (16) que o novo ensino médio estará implementado em todo o país a partir de 2019. “Há prazos para os estados se adequarem a essa realidade. A base [Base Nacional Comum Curricular] só estará concluída até o final de 2017. Não poderíamos exigir a implementação plena pelos estados em 2018. Então, isso será feito com mais profundidade só em 2019.”

A reforma do ensino médio foi sancionada na manhã de hoje pelo presidente Michel Temer. Entre as principais mudanças estão a flexibilização curricular, a ampliação da carga horária e a formação técnica dentro da grade do ensino médio. O próximo passo é implantar a Base Nacional Comum Curricular que, atualmente, está sendo elaborada por um comitê presidido pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com o ministro, o ensino médio é diferenciado em cada unidade da Federação e, por isso, a implementação da reforma será discutida com os conselhos e secretarias estaduais, para que cada um faça as adequações necessárias. “A lógica é preservar as peculiaridades e valorizar o protagonismo dos sistemas estaduais”, disse Mendonça, ao falar sobre a distribuição dos conteúdos da base durante os três anos do ensino médio.

Segundo a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães, a tendência é que o primeiro ano seja concentrado na base e que, a partir do segundo ano, as escolas comecem a flexibilizar e diversificar o currículo com os chamados itinerários formativos, em que o estudante poderá escolher entre cinco áreas de estudo: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. O projeto prevê que os alunos escolham a área na qual vão se aprofundar já no início do ensino médio.Leia Mais

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Sala de aula de ensino médio (Foto ABr).
Sala de aula de ensino médio (Foto ABr).

Aprovada nessa quarta-feira (8), a reforma do ensino médio poderá ser implementada apenas em 2020 e ainda assim, não deve chegar imediatamente a todas as escolas. A previsão é dos estados e das escolas particulares. Isso porque a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), elemento fundamental para a implementação da reforma ainda está em discussão no Ministério da Educação (MEC).

“Quem entra nos holofotes agora é a Base, o início da implantação da reforma é atrelado à Base”, afirma o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Fred Amâncio.

A BNCC do ensino médio será definida pelo MEC e encaminhada para a aprovação do Conselho Nacional de Educação (CNE), para depois retornar à pasta para homologação. “Se isso ocorrer no segundo semestre, teremos até 2020 para iniciar o processo. Claro que vai depender de grande discussão, de várias definições. Começa agora uma etapa de discussão nos estados de como se dará a implementação”, diz.

A reforma do ensino médio define que as escolas devem passar a oferecer opções de itinerários formativos para os estudantes. Eles deverão optar por uma formação com ênfase em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou formação técnica.

Parte da formação (40%) será voltado para a ênfase escolhida e o restante do tempo, para a formação comum, definida pela Base Nacional Comum Curricular. Os estados devem começar a implementar o novo modelo no segundo ano letivo subsequente à data de publicação da BNCC. Isso pode ser antecipado para o primeiro ano, desde que com antecedência mínima de 180 dias entre a publicação da Base Nacional e o início do ano letivo – ou seja, caso aprovada no primeiro semestre, poderia começar a vigorar em 2019.

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Fachada do Colégio Polivalente de Itajuípe (Foto SEC-BA).
Fachada do Colégio Polivalente de Itajuípe (Foto SEC-BA).

Estudantes do Ensino Médio em Itajuípe protestam hoje (8) para conseguir matrícula no Colégio Polivalente. São 57 alunos que cobram a abertura de novas vagas no estabelecimento de ensino.

O protesto ocorrerá em frente ao Polivalente, nesta tarde de terça, também com a participação dos pais dos estudantes.

A maioria de alunos é oriunda de escolas municipais, mas há aqueles que desistiram nos anos anteriores e querem retornar à sala de aula, assim como aqueles que são da própria rede, porém não se matricularam no período. A matrícula na rede é informatizada.

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Álamo-PimentelÁlamo Pimentel

 

O que se apresenta é apenas o início de uma transformação há muito reivindicada mas, até o momento, bloqueada pela ausência de projetos capazes de articular de forma orgânica e eficaz diferentes esferas do poder público na implantação de políticas educacionais.

 

A integração dos Sistemas de Ensino no Brasil constitui um dos mais importantes desafios para as políticas educacionais nacionais nos últimos anos. É preciso superar os obstáculos que hoje separam as esferas municipal, estadual e federal e geram desigualdades nos processos e estruturas de gestão na educação pública.

A Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB, em cooperação com a Secretaria Estadual de Educação, adianta-se no cumprimento desta importante missão histórica e inicia neste fevereiro de 2016 a implantação dos Complexos Integrados de Educação (CIEs) da rede estadual de ensino médio do Sul da Bahia.

Essa iniciativa implica profunda transformação dos modelos escolares que até então conhecemos. As escolas que aderirem ao projeto CIE passam de turno único para turno integral (manhã e tarde), implantando o conceito de Educação Integral. Para tanto, a UFSB assume a coordenação pedagógica das escolas, tornando-as campo de práticas para que os estudantes das Licenciaturas Interdisciplinares possam qualificar seus conhecimentos no convívio com os cotidianos e práticas escolares, oferecendo residências pedagógicas articuladas a programas de formação continuada dos profissionais da educação e produzindo inovações curriculares capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Os primeiros CIEs instalam-se nos municípios de Itabuna, Porto Seguro e Itamaraju. A previsão é que, nos próximos anos, novos CIEs sejam criados com efetiva ampliação da participação de outras instituições. Ao articular ensino superior e educação básica, historicamente apartados, o projeto CIE busca, também, consolidar a qualificação do trabalho docente desenvolvido nas escolas. Assim, a formação de futuros profissionais da educação se dará em diálogo amplo e profundo com o contexto real das escolas e da região em que cada escola se localiza. Acrescente-se a este aspecto o trabalho incessante na busca por inovações pedagógicas em consonância com o que hoje preconizam os Planos Nacional e Estadual de Educação.

O que se apresenta é apenas o início de uma transformação há muito reivindicada mas, até o momento, bloqueada pela ausência de projetos capazes de articular de forma orgânica e eficaz diferentes esferas do poder público na implantação de políticas educacionais. Assim, a UFSB busca um novo modo de ver, fazer e sentir a escola e a educação. Acreditamos na transformação do presente visando à construção de um futuro viável para a elevação da qualidade da educação pública na Bahia, e, quem sabe, no Brasil.

Álamo Pimentel é diretor de ensino-aprendizagem da Pró-Reitoria de Gestão Acadêmica da UFSB.

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O índice de abstenção no primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi de 25,31%, em torno de 1,8 milhão, número menor do que o registrado em 2014.

O menor índice foi na Paraíba, com 20,67%, e o maior em Roraima, 34,9%.

“A cada ano vem diminuindo o número de abstenção. E celebramos o desempenho de Santa Catarina, com abstenção de 22,36%, abaixo da média. As chuvas não prejudicaram o Enem no estado”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

A abstenção neste primeiro dia no Distrito Federal foi de 29,36%, em São Paulo, 26,76%, e no Rio de Janeiro, 25,32%.

O ministro destaca que cerca de 800 mil pessoas estão fazendo o Enem apenas para certificação de Ensino Médio e que elas têm a opção de comparecer apenas ao segundo dia de prova.

Mais de 7,7 milhões de pessoas se inscreveram para o exame. Mercadante disse que 6.911.938 confirmaram presença, acessando o cartão de confirmação. Não acessaram o cartão 834.498 mil participantes, um padrão semelhante a provas anteriores, segundo o ministro.

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Provas do Enem serão aplicadas no próximo final de semana (Foto ABr).
Provas do Enem serão aplicadas no próximo final de semana (Foto Arquivo Agência Brasil).

A poucos dias das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não é hora de aprender novos conteúdos, mas sim de revisar aquilo que já se domina. Essa é a dica do professor de química Paulo Santos. “Neste momento, o estudante tem que priorizar aquilo que tem algum tipo de domínio e fazer aquele ajuste final”, orienta ele, que leciona num cursinho preparatório para o Enem e o Programa de Avaliação Seriada (PAS), em Brasília.

No próximo fim de semana, nos dias 24 e 25, estudantes de todo o país farão as provas do Enem. Mais de 7,7 milhões de candidatos se inscreveram. A Agência Brasil e o Portal EBC conversaram com professores para saber o que os alunos devem priorizar nos últimos dias de estudo e que temas têm mais chances de aparecer nas questões.

Além da revisão, a dica de Santos é que os alunos resolvam provas de anos anteriores como forma de treino, pois muitos temas são recorrentes. “É a melhor estratégia de todas. O aluno vai se habituando à linguagem e vai aprendendo os processos cognitivos que o Enem desenvolve dentro daquele assunto”, disse.

Ele lembra também outros aspectos que os estudantes podem encontrar na prova de química. “Em química, aparecem muitas questões sobre equilíbrio químico, reconhecimento de funções orgânicas”. Santos destaca também que as questões sociais são bastante abordadas. “Até na ciência da natureza esse aspecto nunca é deixado de lado. A relação do homem com o meio, como pode modificar o seu meio em prol econômico, ambiental e social.”

REFAZER PROVAS

Coordenador de um curso pré-vestibular em Brasília, Paulo Perez concorda com a estratégia. “Fazer provas anteriores é o melhor caminho para a preparação. O [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira] Inep disponibiliza todas as provas no sitedele, com os gabaritos. O aluno pode fazer a prova e ver o que errou. [Pode] procurar, nesta última hora, caso um assunto se repita com frequência, ir atrás do assunto para treinar.”

Perez destaca também que a prova exige que os alunos coloquem em prática o conteúdo que aprenderam dentro de sala de aula e, por isso, as conhecidas “decorebas” acabam não ajudando tanto. “É uma prova de leitura, de saber ler e interpretar. É uma prova muito mais de saber resolver os problemas com as ferramentas que ele aprendeu no ensino médio do que de decoreba e conteudista”.

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enem 2015Balanço divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) informa que, até as 10h de hoje (4), 5,8 milhões de estudantes fizeram a inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O prazo de inscrições termina amanhã (5), às 23h59 (no horário de Brasília).

As provas serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro em mais de 1,7 mil cidades. As inscrições devem ser feitas pela internet, no site do Enem. Amanhã também é a data limite para fazer qualquer alteração nos dados cadastrais.

É na hora da inscrição que os participantes podem solicitar atendimento especializado ou específico. O atendimento especializado é oferecido a pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual, surdocegueira, dislexia, deficit de atenção, autismo, discalculia (alteração neurológica que dificulta a aprendizagem de números) ou com outra condição especial.

Já o atendimento específico é oferecido a gestantes, lactantes, idosos, estudantes em classe hospitalar e sabatistas – pessoas que, por convicção religiosa, guardam o sábado. Após fazer a inscrição, participantes transexuais e travestis podem pedir o uso do nome social, também pela internet, entre os dias 15 e 26 de junho.

Neste ano, para fazer a inscrição, o participante deverá ter um e-mail próprio. O sistema não aceitará a inscrição de mais de um candidato com o mesmo endereço eletrônico. O participante deve informar e-mail e números de telefone atualizados pois será por esses canais que receberá informações sobre as provas. O exame custará R$ 63, que deverão ser pagos até o dia 10 de junho.

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Enem 20142A Justiça Federal no Piauí indeferiu o pedido de anulação parcial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) feito pelo Ministério Público Federal (MPF) no Piauí. O MPF diz que ainda não recebeu o comunicado oficial da decisão, tomada ontem (22). O MPF diz que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília.

A decisão foi tomada pela juíza Marina Rocha Cavalcanti, que entendeu que o vazamento do tema da redação, que ocorreu horas antes da aplicação do exame foi não foi fruto de um esquema pré-organizado para beneficiar certos candidatos, mas algo desorganizado que não comprometeu a isonomia entre os candidatos.

Marina diz que foram analisados conteúdos das redações elaboradas pelos candidatos e que não houve um padrão de resposta, o que leva à conclusão de que não houve apoio externo para a produção da redação.

“Justiça seja feita: em 2009, houve vazamento de prova do Enem e o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira] teve a firmeza e a coragem de reconhecer o problema e fazer o exame, sem necessidade de ordem judicial para tanto. No presente caso, houve também problemas, mas o Inep, aquele que já demonstrou ter coragem e firmeza, os considerou incapazes de comprometer a isonomia. Apresentou suas justificativas e mostrou, com informações sobre os critérios de segurança adotados antes e depois do exame, que se aprimorou e é mais eficaz para lidar com as tentativas de fraude”, diz a decisão da juíza.

Segundo o MPF inquérito feito pela Polícia Federal constatou por meio de exame pericial, feito em celulares de alguns estudantes ouvidos na investigação, que houve o vazamento do tema da redação do Enem 2014 pelo aplicativo WhatsApp, às 10h47 do dia 9 de novembro de 2014, nos grupos “Vem que eu faço direito”, “Terceirão”, “Boa Sorte” e “VQV”. Em depoimentos, os estudantes afirmaram que receberam a mensagem horas antes da prova e que a replicaram para outros grupos.

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enem 2014 1Os concluintes do ensino médio têm queda de 7,3% no desempenho da prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, em relação a 2013. Em redação, a queda foi de 9,7%, segundo dados divulgados hoje (13) pelo Ministério da Educação (MEC). Do total de 6.193.565 candidatos que fizeram as provas, em novembro do ano passado, 1.485.320 concluíram o ensino médio no final do ano. Nas demais disciplinas avaliadas no Enem, houve melhora no desempenho: ciências humanas teve melhora de 5,4%; ciências da natureza, 2,3%; e linguagens e códigos, 3,9%.

MEC e Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ainda não têm uma avaliação clara do porquê da piora. Segundo o ministro da Educação, Cid Gomes, cabe à academia analisar os dados.

Gomes disse que pretende discutir a utilização dos resultados no Enem para elaborar políticas públicas para o ensino médio. A intenção é incluir o Enem como parte dos indicadores, junto com avaliações como a Prova Brasil, a cada dois anos. “Não dá para fugir, tentar camuflar Não dá para dizer que o ensino público brasileiro é bom, está muito aquém do desejável”, disse.

A chamada Média ProUni, calculada sobre a soma de todas as notas das provas e da redação, dividida por cinco, foi 499 em 2014 e 504,3 em 2013 para os concluintes do ensino médio – uma queda, portanto, de 1%. Percentual considerada estável pelo ministro. A Média ProUni da rede federal foi 588,8; da estadual, 477,7; da municipal, 494,8; e da privada, 556,7.

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Segundo levantamento, pouco mais da metade dos alunos concluem ensino médio.
Segundo levantamento, pouco mais da metade dos alunos concluem ensino médio.

Levantamento divulgado hoje (8) pelo movimento Todos pela Educação mostra que, em 2013, apenas 54,3% dos jovens brasileiros conseguiram concluir o ensino médio até os 19 anos. O indicador foi calculado com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013.
O índice, no entanto, vem apresentando melhora ao longo dos anos. Em 2007, 46,6% dos jovens concluíram o ensino médio até os 19 anos. Em 2009, foram 51,6% e, em 2012, 53%.
Uma das metas propostas pelo Todos pela Educação para que se garanta educação de qualidade é que até 2022 pelo menos 90% dos jovens concluam o ensino médio até os 19 anos.
A coordenadora-geral do movimento, Alejandra Meraz Velasco, diz que os dados mostram que as melhorias feitas no ensino fundamental não se traduziram em melhoria automática no ensino médio. Ela defende a reformulação do ensino médio, de forma a tornar essa etapa mais atrativa aos jovens.
“Temos a necessidade de reformular o ensino médio, ter um ensino médio que converse mais com os jovens. Temos hoje, na maioria dos estados, um número exagerado de disciplinas”, acrescenta.
No ensino fundamental, a conclusão até os 16 anos foi alcançada por 71,7% dos jovens. A meta definida pelo Todos pela Educação é que até 2022 pelo menos 95% dos jovens completem o ensino fundamental até essa idade.
O levantamento mostra ainda que ao se levar em conta a raça, a parcela de jovens negros que concluem os ensinos fundamental e médio mais tarde é maior que a dos jovens brancos. Os declarados brancos que concluíram o ensino fundamental aos 16 anos são 81% e os que concluíram o ensino médio aos 19 anos são 65,2%. Em relação aos negros, esses percentuais são 60% e 45%, respectivamente.
“O indicador tem grande impacto e mostra que ainda há grande disparidade. Vemos um abismo entre raças, entre o meio urbano e o rural e de faixa de renda. Vemos a brecha do acesso se fechando”, diz Alejandra Velasco.
A distorção entre a idade e a série vem diminuindo gradualmente desde 2007. Apesar da redução contínua, no ano passado 33,1% dos alunos do ensino médio estavam com atraso escolar já no 1° ano, segundo o levantamento. A diferença de dois anos entre a idade do aluno e idade prevista para a série em que ele deveria estar matriculado é o parâmetro utilizado no cálculo da distorção idade-série.
“Essa distorção é provocada, em boa medida, pela reprovação. E esse histórico de fracasso escolar vai, no longo prazo, contribuir para o abandono escolar” diz a coordenadora-geral do Todos pela Educação, Alejandra Velasco. Uma alternativa para o problema, segundo ela, é o reforço escolar ao longo do ano letivo para que o estudante chegue ao final da série com o conhecimento adequado e não seja reprovado. Yara Aquino, Agência Brasil.

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O gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já está disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado final do exame será divulgado apenas em janeiro.
CONFIRA GABARITOS
Mesmo com o gabarito em mãos os candidatos não conseguirão saber a nota que tiraram, porque o sistema de correção do Enem usa a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), ou seja, o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, um item que teve grande número de acertos será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. O estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.
O Enem foi aplicado no último final de semana a mais de 6,2 milhões de estudantes em 1,7 mil cidades em todo o país. No primeiro dia (8), eles responderam a questões de ciências e de ciências da natureza. No segundo dia (9), foram questões de linguagens, códigos e matemática.