Estudantes do Colégio Universitário são aprovados em várias universidades
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Os colégios estaduais Félix Mendonça, no Sarinha Alcântara; Polícia Militar, no Jardim Primavera; Luís Eduardo Magalhães, no Lomanto Junior; Centro Integrado Oscar Marinho Falcão, no Santo Antônio; e Complexo Integrado de Educação de Itabuna, no São Caetano, em Itabuna, estão celebrando a aprovação de estudantes em, pelo menos, 40 cursos de graduação.

São cursos ofertados pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), Universidade do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), dentre outras instituições de ensino superior.

Roberto Rodrigues, Andressa Santos, Michael Matos, Raissa Sousa, Juliana Santos e Pedro Henrique.

Os aprovados vão iniciar 2020 matriculados em cursos como Letras, Engenharia Civil, Medicina,  Cinema, Enfermagem, Matemática, Direito, Biologia, Ciências Contábeis, História, Comunicação Social, Economia, Estatística, Medicina Veterinária e Ciência da Computação. Conforme levantamento do PIMENTA, pelo menos seis estudantes da rede estadual em Itabuna foram aprovados no Curso de Direito da Uesc, um dos mais concorridos no País. O número de aprovado no curso é recorde no município do sul da Bahia.

Na lista dos que vão começar o ano cursando o ensino superior estão Roberto Carlos Rodrigues, do Félix Mendonça; Yasmin Ferreira Oliveira, do Ciomf;  Paulo Sérgio da Cruz Neto, Diego Melo, Lara Aquino e Nayane Oliveira, do Colégio da Polícia Militar (CPM) em Itabuna.

O estudante Roberto Rodrigues, de 20 anos, foi aprovado em 5º lugar no Curso de Direito da Uesc. Filho de pedreiro e dona de casa e estudante de escola pública em Itabuna, Roberto obteve 980 pontos na Redação. Um dos corretores lhe assegurou a nota máxima, 1.000 pontos.

Roberto concluiu o Ensino Médio em 2016 no Colégio Félix Mendonça, no bairro Sarinha Alcântara. Decidido a ingressar no curso de Direito da Uesc, manteve o foco e passou a frequentar um cursinho pré-vestibular. Mas também teve de trabalhar para pagar as contas. Deu conta do recado.

Os estudantes da escola pública que estão fazendo a diferença

Outro aprovado do Félix Mendonça é Samuel Santos Sobrinho. De família humilde, filho de eletricista e dona de casa, obteve quase 900 pontos em Redação e garantiu uma vaga em Enfermagem na Uesc. “O grande diferencial são os professores. Eles são muito dedicados e preocupados com o aluno. O tempo todo, eles estão incentivando a estudar”, afirma.

Os professores e coordenadores, afirma Samuel, sempre disseram que os alunos são capazes de mudar o rumo de sua própria história. Ele acrescenta o que também ajudou na aprovação: foi o fato de gostar de História e de ler, principalmente as notícias factuais.

Na Uesc, além de Roberto Rodrigues e Samuel Sobrinho, entre os alunos aprovados da escola estão Andressa Santos (Enfermagem), Juliana Santos (Ciências Contábeis), Raissa Sousa (Ciências Biológicas); Pedro Henrique Messias (Letras), Ana Carolina Nery (História), (Enfermagem) e Thalles Barreto (Comunicação Social). A lista tem ainda Evelly Gomes (Matemática) e Michael Matos (Ciência da Computação).

No Complexo Integrado de Educação de Itabuna, entre os aprovados  na Uesc estão Gabriel Melo (Engenharia Elétrica), Odarasol Gomes (Letras), Israel Mota (História), Taynara Sousa (Engenharia Química) e Mateus Oliveira (Engenharia de Produção), além de Luiz Felipe em Humanidades pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Nomes e fotos de outros aprovados do Colégio Universitário e do Colégio Modelo Luís
Eduardo Magalhães serão publicados na próxima reportagem da série.

As escolas públicas do sul da Bahia, com estudantes aprovados no ensino superior, podem enviar até sexta-feira (22) a lista com nomes dos alunos aprovados e fotos. Quem tiver história de estudante da rede pública que julgar interessante também pode encaminhar um resumo ou o contato dele.

Lucas, Yasmin e Lorrana: histórias de superação
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Estudantes da rede pública de ensino aprovados neste ano não deixaram para trás apenas a enorme concorrência por uma vaga na universidade, mas tiveram de enfrentar e vencer diversas dificuldades. Nesta segunda reportagem da série sobre os aprovados no ensino superior no sul da Bahia, o PIMENTA conta um pouco da história de três dos alunos que abraçaram a educação como ferramenta de transformação social.

Um dos personagens tem apenas 17 anos e conseguiu a aprovação em um dos cursos mais concorridos no país.O adolescente carrega, literalmente, o nome da escola. Aprovado para o curso de Medicina na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) em Ilhéus, Lucas Félix dos Santos estudou no Colégio Félix Mendonça desde o 6º ano do Ensino Fundamental. Ele será o primeiro médico na família.

Lucas, entre o estudo e atendimento a clientes do bar da mãe, é aprovado em Medicina aos 17 anos

Lucas Félix perdeu o pai quando tinha 8 anos de idade e cresceu ajudando a mãe no bar da família, no bairro Jorge Amado, em Itabuna. Quando chegou ao Ensino Médio, incentivado pelos professores e pela família, decidiu que queria ser médico. “Depois que retornava da escola, pegava os livros e cadernos e sentava em uma das mesas do bar para estudar e atender o cliente”, recorda orgulhoso. O estabelecimento funciona na casa do jovem.

Lucas Félix conta que sempre gostou de estudar e tirou boas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como treineiro, logo no primeiro ano, ele tirou nota 840 na Redação. Na segunda participação, obteve 900 e, ano passado, conseguiu 960 pontos. Além disso, obteve boas notas em Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.

AMIGAS APROVADAS NA UESC

Yasmin e Lorrana “alugavam” a biblioteca do Ciomf.

As estudantes e amigas Lorrana dos Santos Souza e Yasmin Ferreira Oliveira, do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), no bairro Santo Antônio, também decidiram incluir a palavra superação em suas histórias de vida. Filha de um porteiro e uma dona de casa, aos 18 anos, Lorrana acaba de ser aprovada no Curso de Economia da Uesc. No seu primeiro Enem, ainda como treineira, em 2016, a estudante tirou 380 pontos na Redação.

A evolução da moradora do Jardim Grapiúna veio com a persistência de quem sabia o que queria para futuro. Para isso, recorda-se, dedicou boa parte do tempo fora da sala de aula para leitura e redação que, quase diariamente, era entregue para a revisão da professora Maria do Socorro Silva. O resultado do esforço não demorou aparecer. No ano passado, a nota da Redação subiu para 860 pontos.

Lorrana destaca que, além da própria determinação para vencer as barreiras, contou com parcerias importantes dos pais, dos professores, principalmente de Redação, e da amiga Yasmin Ferreira. “Meus pais são humildes, mas fizeram de tudo para que eu estudasse. Meu pai é porteiro e conhece muitas pessoas como juízes e advogados. Sempre conseguia livros usados com eles”.

Em busca do sonho que virou realidade.

Grande parceira e incentivadora de Lorrana, Yasmin Ferreira, de 18 anos, também garantiu vaga no ensino superior. As duas se identificaram logo que se conheceram. No início, tentaram montar um grupo de estudos para revisar as matérias e preparação para o Enem. Não deu certo. Foram somente cinco colegas nos primeiros encontros para o estudo.

A professora de redação Maria do Socorro, Yasmin, Lorrana e vice-diretora Isis Conrado

As duas persistentes alunas, no entanto decidiram seguir a meta inicialmente traçada. Faziam as aulas, tiravam dúvidas com os professores e “alugavam” a biblioteca da escola no turno oposto. “Muitas vezes nem íamos para casa almoçar. Ficávamos na base do lanche”, conta orgulhosa.

Não precisa dizer que foi uma sábia decisão.

Filha de operador de vendas e de uma vendedora autônoma, Yasmin Ferreira colocou como meta passar para o Curso de Direito da Uesc e conseguiu a tão sonhada vaga já no primeiro ano em que fez a prova do Enem como não treineira. “Essas meninas são exemplos de superação. Elas têm sonhos e que estamos ajudando a torná-los realidade. Temos elas e outros alunos vão”, contam orgulhosas a vice-diretora do Ciomf, Isis Conrado Haun, e a professora Maria do Socorro Silva.

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Mec inicia teste internacional com estudantes de mais de 600 escolas|| Foto Divulgação.

O Ministério da Educação inicia, nesta quarta-feira (2), o exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). O público-alvo são estudantes de 15 anos, nascidos no ano de 2002 e matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental. De acordo com o MEC, 18 mil alunos serão avaliados até o dia 30 deste mês.
A amostra definida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) contempla até 33 estudantes de cada uma das 661 escolas brasileiras, públicas e particulares, escolhidas. O Pisa será aplicado em mais de 80 países. A avaliação, totalmente feita em computador, abrange as áreas de leitura, matemática e ciências. O foco do Pisa 2018 é leitura, que terá maior número de questões.
Os estudantes selecionados também responderão questões sobre letramento financeiro. Serão ainda coletadas informações contextuais por meio de questionários aplicados aos estudantes, professores e diretores de escola. Pela primeira vez, os pais dos estudantes selecionados também deverão responder a um questionário.
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO
A partir dos resultados, serão produzidos indicadores que contribuem para a discussão da qualidade da educação nos países participantes. Eles também permitem a comparação da atuação dos estudantes e do ambiente de aprendizagem entre diferentes países. A divulgação dos dados será em 2019.
O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, tradução de Programme for International Student Assessment, é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
O Pisa é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Há uma coordenação nacional em cada país participante. No Brasil, a coordenação do Pisa é do Inep.

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Premiação dos vencedores de 2017|| Foto Louro Moreira

Foram abertas nesta quinta-feira, 26, e prosseguem até o dia 28 de maio as inscrições para a 11ª edição do Prêmio Professores do Brasil. Podem participar professores da educação básica da rede pública de todo o país. A premiação será em agosto. O candidato pode se inscrever acessando qui.
O prêmio é uma iniciativa do Ministério da Educação com instituições parceiras que busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula.
O prêmio também tem como objetivos o estímulo à participação dos professores como sujeitos ativos na implementação do Plano Nacional de Educação e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), dar visibilidade às boas experiências pedagógicas conduzidas pelos professores, além de oferecer uma reflexão sobre a prática pedagógica e orientar a sistematização de experiências educacionais.
ETAPAS E PREMIAÇÃO
No momento da inscrição, os professores devem enviar um relato da prática pedagógica desenvolvida com seus alunos. O prêmio é dividido em três etapas: estadual, regional e nacional. Os participantes concorrerão nas categorias educação/creche, educação infantil/pré-escola, anos iniciais do ensino fundamental/1º, 2º e 3º anos, anos iniciais do ensino fundamental/4º e 5º anos, anos finais do ensino fundamental/6º ao 9º ano e ensino médio.
Na etapa estadual os três primeiros colocados em cada categoria recebem certificado e o vencedor, um troféu. Na regional, são R$ 7 mil, mais troféu e viagem oferecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na categoria nacional são mais R$ 5 mil e troféu.
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Estudantes de escolas públicas do sul da Bahia apresentam projetos em São Paulo|| Foto Divulgação.

Estudantes da rede estadual de ensino da Bahia estão apresentando vários projetos na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo. O evento acontece até esta quinta-feira (15), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). As escolas públicas baianas são representadas por estudantes de Itabuna, Ilhéus, Poções, Salvador, Barreiras, Alagoinhas, Juazeiro, Valente e Vitória da Conquista.
Os baianos tiveram nove projetos aprovados para Febrace.  São descobertas feitas durante as aulas do projeto Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado. Os representantes de Itabuna são do Colégio da Polícia Militar, que desenvolveram um projeto mostrando a eficiência do pó de pet como alternativo da cultura de espécies leguminosas.
Outro destaque na feira é o projeto “Ação antimicrobiana de extratos aquoso e etanólico de alfavaca (Ocimum Gratissimum), de uma dupla de estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, de Ilhéus. Os estudantes Murilo Silva e Fernanda Santos desenvolveram um extrato aquoso e etanólico usando a folha da alfavaca.
POTENCIAL ANTIMICROBIANO
Os estudantes descobriram, após realização de testes, o potencial antimicrobiano da planta. “A relevância no nosso projeto está em um problema atual da medicina que é o uso indiscriminado dos antibióticos que gerou bactérias super-resistentes”, explica Fernanda Santos. Murilo complementa que os testes com o uso do extrato da planta medicinal mostraram a eficácia da alfavaca no combate a algumas superbactérias que causam doenças como pneumonia e infecções graves de pele.
O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, afirma que a Bahia vem se destacando cada vez mais na Febrace e em outras feiras nacionais e até internacionais, pela qualidade dos projetos apresentados. Isso comprova o potencial dos nossos estudantes e educadores, ao tempo em que revela a prioridade que a Secretaria da Educação do Estado vem dando para estimular o desenvolvimento de projetos de iniciação científica, principalmente com foco em soluções para problemas enfrentados pelas comunidades onde as escolas estão inseridas”.