Consumo das famílias sobe 2,6% no mesmo período, aponta Monitor do PIB || Foto ABr.
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O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país,  cresceu 2,7% no trimestre encerrado em julho deste ano, ou seja, de maio a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira (20).

Considerando-se apenas o mês de julho, a atividade econômica do país recuou 0,3% em relação a junho deste ano, mas avançou 1,8% na comparação com julho do ano passado.

Segundo a FGV, o crescimento de 2,7% na comparação do trimestre móvel encerrado em julho com o mesmo período de 2022 foi puxado pelo consumo das famílias, que avançou 2,6%, e pelas exportações, que cresceram 15,1% no período. A queda de 0,9% das importações também contribuiu para o desempenho positivo do PIB nacional.

Os investimentos recuaram 3,2%, principalmente devido à queda de 9,4% no segmento de máquinas e equipamentos. De acordo com a FGV, o PIB acumulado do país nos sete primeiros meses deste ano é de R$ 6,11 trilhões.

Queda das exportações reflete desaceleração da economia global, conforme a SEI
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O volume de exportações da Bahia recuou 35,8% em janeiro de 2023, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan). Em números absolutos, as exportações do estado fecharam o primeiro mês do ano em US$ 603,4 milhões.

A queda reflete o cenário de desaceleração da economia global, conforme a SEI, mesmo com alguns sinais de reversão de perspectivas mais negativas. O menor desempenho também é resultado da parada para manutenção programada da Refinaria de Mataripe no final do ano passado e da queda dos volumes embarcados e a estabilidade dos preços da soja no mês, o que se deve tanto à entressafra, como à desvalorização do dólar e à redução da demanda externa, que também aguarda a evolução da colheita para fazer novas aquisições, por valores mais atrativos.

As importações somaram US$ 978,1 milhões e também tiveram queda de 36,1% em relação a igual mês do ano passado. Embora seja esperada queda no comércio exterior este ano, em relação a 2022, na avaliação da SEI, ainda é cedo para se dizer que o recuo tanto de exportações como de importações em janeiro já seja uma nova tendência.

AUMENTO DOS PREÇOS

Os preços médios dos produtos embarcados em janeiro subiram 0,5% em relação a igual período do ano passado. Nas importações, a variação foi mais alta, de 6%, na mesma comparação. Houve comportamento semelhante nos volumes, com queda de 36,1% das exportações e recuo de 39,7% nas importações.

No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações da indústria extrativa (+58,4%), especialmente nos embarques de minério de níquel. Por outro lado, houve redução nos setores de maior peso na pauta: a indústria de transformação recuou (- 51,9%) e a agropecuária (-35,4%).

Já em relação às importações, houve aumento nas compras de bens intermediários (+6%) e bens de consumo (+40,3%); mas queda nas compras de combustíveis (-67,1%) e bens de capital (-12,7%).

Porto de Salvador foi leiloado por R$ 32 milhões|| Foto Tadeu Miranda
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O volume das vendas externas da Bahia atingiu US$ 6,58 bilhões no primeiro semestre de 2022, 48,4% a mais do que no mesmo período de 2021, informa a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan). Trata-se de recorde da série histórica iniciada em 1997.

A marca se deve à disparada dos preços, que compensa a queda na quantidade de produtos comercializados. Em junho, nas exportações, o aumento médio dos preços chegou a 25% contra uma queda de 1,13% no volume embarcado. Por conta da alta de preços, as receitas totais do mês fecharam com crescimento de 23,4% na comparação interanual.

Nas importações, os preços médios no mês passado subiram 32,4%, enquanto o volume desembarcado caiu 22,8%. Ainda assim, no total das compras externas do mês de junho, houve crescimento de 2,24% comparado a igual mês de 2021. No semestre, a alta das importações acumula 51,9%.

TENDÊNCIA DE REACOMODAÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO GLOBAL

Itens importantes exportados da pauta baiana, em função da desaceleração global, começam a devolver parte da alta de preços observada no decorrer do ano passado. Na exportação baiana, o grande efeito nesse sentido veio da soja e derivados, cuja receita de exportação caiu 2,82% em junho contra igual mês do ano passado. Houve queda de 23,7% na quantidade embarcada, ainda que os preços médios do setor tenham sido positivos em 27,4% na comparação interanual, mas bem abaixo do aumento médio verificado em maio (43,6%).

Isso contribuiu para a queda de 41,6% nas exportações para a China em junho, na comparação com o mesmo mês em 2021. Com o desempenho, o país asiático absorveu 20,3% dos valores exportados pela Bahia em junho deste ano, muito abaixo da média dos últimos anos, que variou de 28% a 30% de participação.

Na avaliação do desempenho por setor, os valores totais das exportações agropecuárias ficaram estáveis em junho, crescendo 0,30% em relação a mesmo mês de 2021. Já as vendas da indústria de transformação subiram 74,4%, puxadas principalmente pelo refino (derivados de petróleo), que registrou aumento das vendas em 650% na comparação interanual. As vendas da indústria extrativa recuaram 51% no período,

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Em março, as exportações baianas registraram US$ 974,3 milhões, melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1998, superando em 37,3% o valor de março de 2021. Em parte do bom desempenho das vendas ao exterior no mês passado pode ser explicada pelo volume expressivo de embarques de derivados de petróleo.

As vendas externas de derivados de petróleo tiveram alta de 172,8%, em relação a março do ano passado. Além disso, contribuiu para o bom desempenho o efeito do preço desses produtos no mercado internacional – aumento médio de 42,6%, decorrente do salto das cotações após a invasão da Ucrânia pela Rússia .

No acumulado do primeiro trimestre, a Bahia registrou US$ 2,51 bilhões em exportações, superior em 41% igual período do ano anterior. Já as importações somaram US$ 2,83 bilhões, 66,4% acima do registrado até março de 2021, com destaque para os desembarques de combustíveis que cresceram 279,4% . Esse crescimento maior das importações no período fez com que a balança comercial do estado acumulasse um déficit de US$ 506,7 milhões no trimestre.

AGROPECUÁRIA

Em março, as exportações agropecuárias alcançaram US$ 347 milhões e cresceram 52,6%, principalmente de soja que teve embarques mais robustos (alta de 67,2%), por causa do tempo da safra, plantada e colhida mais cedo em relação ao ano passado.

As vendas da indústria de transformação alcançaram US$ 544 milhões e incremento de 43,2%, puxadas pela indústria do refino. Já a indústria extrativa, por sua vez, teve vendas de US$ 79 milhões, com recuo de 20,3% no mês comparados a março de 2021.

Com a explosão de preços na importação, o crescimento das compras externas baianas em março alcançou 29,4% ( US$ 792,9 milhões). No primeiro trimestre, as importações atingiram US$ 2,83 bilhões, superior ao valor alcançado pelas exportações, tendo um incremento de 66,4%, sempre na comparação interanual. Os dados foram levantados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

Bahia lidera ranking de exportações no Nordeste
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A Bahia lidera o ranking de exportações e importações do Nordeste e ocupa o 10° lugar em exportações no País. As vendas externas do estado em janeiro deste ano atingiram um montante de US$ 734,2 milhões, crescimento de 18,9% comparando com igual mês do ano passado.

Neste período, a participação da Bahia nas exportações do Nordeste é de 45,1%. Destaque para incremento significativo das importações, que tiveram alta de 123%, chegando a US$ 1,5 bilhão.

De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), os produtos em destaques nas exportações foram os calçados e suas partes, com 214,8% no valor exportado, chegando a US$ 6,8 milhões em janeiro de 2022, ante US$ 2,2 milhões em janeiro de 2021.

A lista inclui ainda os químicos e petroquímicos com de 76,5% no valor exportado, com US$ 110,4 milhões em janeiro 2022, ante US$ 62,6 milhões no mesmo mês de 2021, e soja e seus derivados com 234,9% no valor exportado, chegando a US$ 125,0 milhões, ante US$ 37,4 milhões de janeiro do ano passado.

Já em importações os destaques foram Gás Natural, com 15.492% em valor importado, com um total de US$ 690,8 milhões em janeiro 2022, ante US$ 4,4 milhões ao mesmo mês de 2021, e Painéis Solares de 222,3% em valor importado, chegando um total de US$ 24 milhões, ante 7,5 US$ milhões em janeiro 2021.

As exportações do agronegócio batem recorde em janeiro
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As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 8,82 bilhões, valor recorde para os meses de janeiro. O volume representa crescimento de 57,5% em relação aos US$ 5,60 bilhões em vendas externas em janeiro do ano passado.

O crescimento do valor exportado foi influenciado tanto pela expansão dos preços médios de vendas externas, que subiram 19% na comparação com janeiro de 2021, quanto em função do aumento do volume exportado, que cresceu 32,3%.

Com essa expressiva elevação, a participação do agronegócio nas exportações brasileiras cresceu de 37,5% (janeiro/2021) para 44,9% (janeiro/2022).

SOJA

O destaque dos embarques do mês de janeiro foi o complexo soja, com US$ 2,12 bilhões, cifra 338,3% superior aos US$ 484,07 milhões exportados em janeiro de 2021 (+US$ 1,64 bilhão).

A soja em grãos registrou 2,45 milhões de toneladas em exportações (+4.853,6%), ou US$ 1,24 bilhão (+5.223,9%); valores recordes para os meses de janeiro. A previsão é que a China importe cerca de 100 milhões de toneladas neste ano.

Em janeiro, o país asiático adquiriu 80,1% do volume de soja exportado pelo Brasil (1,97 milhão de toneladas). Além da China, União Europeia e Vietnã também importaram mais de 100 mil toneladas do Brasil: 159,8 mil e 136,7 mil toneladas adquiridas, respectivamente.

As exportações de farelo de soja elevaram-se 45,6% em volume, passando de 1,03 milhão para 1,49 milhão de toneladas. As exportações de óleo de soja também apresentaram expressivo crescimento devido à forte demanda indiana e ao aumento da disponibilidade doméstica.

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Bahia registra aumento de 26% nas exportações|| Foto Manu Dias
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As exportações baianas atingiram a marca de 9,9 bilhões de dólares em 2021, um aumento de 26,3% em relação ao ano anterior.  O estado segue na liderança no Nordeste e suas vendas externas representam 48% do volume que a região exportou no ano passado. A Indústria de Transformação teve uma participação de 62%, a Agropecuária 29,6% e a Indústria Extrativa 7,5% no volume das vendas para o mercado internacional.

De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE),Nelson Leal, houve um crescimento significativo nas exportações de bens minerais, que cresceu 212,7% em 2021. “Foram US$ 239 milhões em 2020 para US$ 747,4 milhões no ano passado. Isso revela o trabalho que a SDE vem fazendo para atrair novos empreendimentos na área da mineração e também apoiando as empresas que já estão instaladas na Bahia e pretendem expandir suas produções”, afirmou Leal.

Os químicos e petroquímicos tiveram um crescimento de 67,2% no valor exportado, chegando a um total de US$ 1,3 bilhões em 2021, frente a US$ 787 milhões em 2020. Borrachas, com alta de 46,7%, também merece destaque, saindo de US$ 105,7 milhões em 2020 para U$$ 155,1 no ano passado.

Na pauta de importações, um dado revela a pujança do mercado de energia solar na Bahia: o aumento de 902,1% na compra de painéis solares, que saiu de US$ 22,1 milhões em 2020 para US$ 221,9 milhões no ano passado.

Soja e derivados lideram arrancada das exportações da Bahia
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As exportações baianas bateram a marca de US$ 870,7 milhões em agosto de 2021, melhor resultado para o mês desde 2017, informa a Secretaria de Planejamento da Bahia (Seplan), com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

O valor das exportações supera em 69,5% o resultado de agosto de 2020. Conforme a SEI, os produtos exportados pelo estado tiveram aumento de preço de 47%, em média, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

SOJA E DERIVADOS LIDERAM EXPORTAÇÕES DA BAHIA

O setor líder da pauta de exportações da Bahia foi a soja e seus derivados, com US$ 321,4 milhões em vendas e crescimento de 76,5%. Os embarques do setor chegam a 3,5 milhões de toneladas no ano, 13,8% acima do mesmo período do ano passado, enquanto as receitas de US$ 1,58 bilhão registram incremento de 55,2% ou o equivalente a ¼ do total das exportações baianas.

No mesmo mês, a indústria extrativa e de transformação cresceu 68,1%. Destacaram-se as exportações de produtos metalúrgicos (110,8%), químicos (69,7%), derivados de petróleo (46,1%) e papel e celulose (39,2%).

Com o resultado de agosto, a balança comercial da Bahia acumula um superávit de US$ 1,4 bilhão em 2021. As exportações somam US$ 6,24 bilhões, com alta de 25,8%. Já as importações chegam a US$ 4,84 bilhões, com incremento de 56,7%.

Curso da Fieb é voltado a estudantes e empresários do setor
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O Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (CIN/FIEB) promove, em setembro, quatro capacitações, no âmbito do programa nacional Iniciativa CIN, voltadas para empresários e estudantes da área de Comércio Exterior.

As inscrições já estão abertas. O investimento é de R$ 220 ou R$ 190 para as empresas associadas a sindicatos da Indústria ou ao CIEB. Informações pelo telefone (71) 3343-1359 ou pelo email do CIN FIEB (cin-fieb@fieb.org.br).

AGENDA DE SETEMBRO

01 e 02/09: 2ª Turma – Novo Processo de Importação – DUIMP (inscrições)

14 e 15/09: Modais de transportes internacionais (inscrições)

21 e 22/09: E-Commerce Internacional (inscrições)

28 e 29/09:Planejamento de Vendas Internacionais (inscrições)

Valorização das commodities, a exemplo do minério de ferro, alavanca balança comercial brasileira
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Beneficiada pela alta das commodities (bens primários com cotação internacional, a exemplo de grãos e minérios), a balança comercial registrou o melhor saldo da história para o primeiro semestre, desde o início da série histórica, em 1989. De janeiro a junho, o país exportou US$ 37,496 bilhões a mais do que importou.

O saldo é 68,2% maior que nos seus primeiros meses de 2020, quando as exportações tinham superado as importações em US$ 22,295 bilhões. Até agora, o melhor primeiro semestre da história havia sido registrado em 2017, quando a balança comercial tinha registrado superávit de US$ 31,922 bilhões.

No mês passado, as exportações superaram as importações em US$ 10,372 bilhões, resultado 59,5% maior que o de junho de 2020.

Além da alta no preço das commodities, as exportações também subiram por causa da base de comparação. No ano passado, no início da pandemia de Covid-19, as exportações tinham caído por causa das medidas de restrição social.

As altas seguidas do dólar frente ao real também contribuíram para o resultado histórico da balança brasileira.

SETOR PRIMÁRIO EM ALTA

Também no último mês, todo o setor primário da economia brasileira registrou crescimento nas vendas para o exterior. Com o auge da safra de grãos, as exportações agropecuárias subiram 24,9% em relação a junho do ano passado. Os principais destaques foram café não torrado (+45,0%), soja (+23,6%) e algodão em estado bruto (+111,4%).

Beneficiada pela valorização de minérios, as exportações da indústria extrativa aumentaram 175,8%, com destaque para minério de ferro (+172,1%), minério de cobre (+82,6%) e óleos brutos de petróleo (+208,9%), impulsionadas pela valorização do petróleo no mercado externo. As vendas da indústria de transformação subiram 38,1%, puxadas por combustíveis (+66%), aço (+110%) e aeronaves, incluindo componentes (+144%).

Do lado das importações, as compras do exterior da agropecuária subiram 61,1% em junho na comparação com junho do ano passado. A indústria extrativa registrou alta de 25,5% e a indústria de transformação teve crescimento de 66,3%. Os principais destaque foram soja (+181,9%), gás natural (+434,7%), combustíveis (+216,5%) e veículos automotivos (+366,3%).

Vendas externas baianas apresentaram crescimento de 1% em julho
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As exportações baianas cresceram 1% em julho deste ano, quando comparado a igual período de 2019, aponta levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgado nesta tarde de segunda (10). As vendas externas baianas alcançaram US$ 652,8 milhões no mês passado, conforme a autarquia ligada à Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan).

A resposta rápida da China, que entrou primeiro na crise e começa a sair dela antes dos demais países, a desvalorização cambial e a demanda global por commodities, mesmo com preços em queda – até julho houve desvalorização média de 32,4% nos preços dos produtos exportados, sustentaram os resultados obtidos pelas vendas externas da Bahia. Após cair 8,8% no primeiro semestre, sobre o mesmo período de 2019, as exportações voltaram a acusar crescimento em julho.

“Vale ressaltar que a participação da China na pauta de exportações baianas cresceu de 24,6%, no período de janeiro a julho de 2019, para 28% no mesmo intervalo de 2020. Também cresceram os embarques físicos de produtos da Bahia para a exportação em julho e no acumulado do ano”, destacou o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

Os embarques físicos de produtos baianos (quantum) cresceram 58,5% em julho e 40,6% nos sete meses de 2020 em relação a igual período do ano anterior, o que, de acordo com a SEI, corrobora com a tese da resiliência do setor à crise pandêmica, principalmente de produtos básicos como soja, celulose, minerais, petróleo e algodão. Só para a China, em julho, eles aumentaram 102% ou o equivalente a 588,5 mil toneladas, resultando em receitas que somaram US$ 214 milhões, 47% superiores ao mesmo mês de 2019. No ano, até julho, as exportações baianas atingiram US$ 4,31 bilhões, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período de 2019.

IMPORTAÇÕES

A queda das importações baianas se aprofundou em julho, com recuo de 66%, em relação a igual mês do ano passado. Com o desempenho, a queda acumulada, ampliou-se para 37,3% até julho. Além da queda acentuada da demanda interna, a forte desvalorização do real também atuou para conter os desembarques no período. As projeções apontam para a ampliação do superávit comercial do estado que até julho atingiu US$ 1,68 bilhão, 376,4% superior a igual período de 2019.

Soja foi um dos produtos responsáveis pelo bom desempenho || Foto Alberto Coutinho/GovBA
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As exportações baianas avançaram 8,3% em março, em comparação a igual mês do ano passado, atingindo o valor de US$ 568,8 milhões. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

Em termos de volume, as exportações de produtos baianos tiveram aumento de 26,6%, já que são, em sua maioria, as commodities, que possuem menos elasticidade em relação à demanda mundial. Em contrapartida houve desvalorização média de 14,5% nos preços, maior declínio mensal desde novembro de 2019.

“Embora o mercado global esteja passando por uma retração devido ao avanço da pandemia do coronavírus, os volumes embarcados de soja, celulose e derivados de petróleo resistiram e registraram crescimento de 32,8%, 39,3% e 20,9%, respectivamente, garantindo o desempenho positivo no mês”, destacou o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

No trimestre, as exportações baianas alcançaram US$ 1,8 bilhão, o que representa um aumento de 1,6% ante o primeiro trimestre do ano passado. O volume (quantum) teve aumento de 21,1%, mas os preços médios acusam redução de 16,1%, sempre comparados a igual período do ano anterior. As maiores desvalorizações ocorreram nos setores de papel e celulose (-23,5%), petroquímicos (-15,1%), metalúrgicos (-43%) e minerais (-25,7%), por ordem de importância na pauta.

As importações, entretanto, alcançaram US$ 444,9 milhões, com queda de 34,6% e que atingiu de forma generalizada todas as categorias de uso. O recuo reflete a desvalorização cambial e o impacto inicial da covid-19 na demanda doméstica, além dos efeitos da pandemia no fluxo logístico e de abastecimento. No primeiro trimestre, as importações baianas acumulam US$ 1,31 bilhão, 30% inferior ao mesmo período de 2019. O volume recuou 25,4%, enquanto os preços médios tiveram queda de 6,3%.

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rosivaldo-pinheiroRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

Entramos no ano 2000 com a energia da luta, buscamos diversificar a produção agrícola, implantar serviços de educação, melhorar a prestação dos serviços de saúde, começamos a investir em indústrias de pequeno porte e outras iniciativas.

 

Vivemos numa região que possui um dos biomas mais importantes do Brasil, a mata atlântica – muito rica em fauna e flora. Essa conservação só foi possível devido ao sistema de produção cabruca, que consiste em consorciar exploração econômica e conservação ambiental.

A produção do cacau permitiu reconhecimento social e poder político-econômico para os produtores do fruto. Se cacau era sinônimo de dinheiro, proprietário rural nessa região ganhava destaque social em qualquer lugar do país e até internacionalmente. As obras de Jorge Amado trazem esse retrato histórico.

A quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929, afetou o comércio mundial e estabeleceu dificuldades na nossa economia até o final da década de 1950. Nesse período, após uma intensa luta junto aos poderes da República, a região viu nascer a Ceplac, em 1957, e recebeu uma atenção diferenciada a partir de 1961, quando foi implantada a taxa de retenção de exportação do cacau que formou o orçamento da Ceplac, o que permitiu que a instituição implantasse a extensão rural e investisse no escoamento da produção. A taxa era de 15% sobre a amêndoa e 5% sobre os derivados de cacau.

Em 1970, o cacau representou 60% da arrecadação estadual. Financiou, inclusive, a folha de pagamento do estado da Bahia e fomentou a construção do Centro Industrial de Aratu e do Polo Petroquímico de Camaçari. A partir de 1972, a taxa de retenção foi unificada em 10% – tanto amêndoas como derivados. Em 1980, uma série de fatores influenciaram negativamente na cadeia produtiva do cacau: perdemos importância na pauta de arrecadação do estado frente aos produtos de alta tecnologia produzidos no Polo Petroquímico de Camaçari, o fortalecimento da concorrência dos países africanos e nosso peso na pauta de exportação brasileira foi reduzido.

Todos esses acontecimentos propiciaram ao governo brasileiro cortar a taxa de retenção. Além disso, tivemos uma superprodução de cacau na safra 1984/1985, forçando ainda mais a queda dos preços e empurrando os produtores de cacau para a crise. Como se não bastasse tudo isso, em 1989 surgia em Uruçuca um fungo capaz de dizimar a lavoura, a vassoura-de-bruxa. Diante daquelas circunstâncias, e após muitas cobranças e críticas por parte da comunidade da região sul, o governo estadual, em resposta, criou o Instituto Biofábrica de Cacau em 1997. O IBC nasceu com o objetivo de produzir mudas melhoradas geneticamente e servir de estrutura de apoio permanente à lavoura.

Chegamos a 1990, década em que a região cacaueira conheceu a sua maior queda econômica: mergulhamos num estado de penúria, o que gerou o quase abandono das propriedades por parte dos fazendeiros e demissão em massa dos trabalhadores rurais. Estima-se que mais de 250 mil trabalhadores trocaram o campo pelas cidades. Um grande contingente de homens, mulheres e crianças chegaram sem perspectivas às cidades, buscando sobreviver àquele estado de caos social. As cidades não estavam preparadas, principalmente Itabuna, Ilhéus e Porto Seguro: saúde, educação, segurança, mobilidade e urbanização foram afetados.

Não existia capacidade de atendimento do fluxo, nem capacidade financeira para prover ações de acolhimento para essas pessoas. Esse contingente humano ficou à margem e teve que se estabelecer nas periferias das cidades. Entramos no ano 2000 com a energia da luta, buscamos diversificar a produção agrícola, implantar serviços de educação, melhorar a prestação dos serviços de saúde, começamos a investir em indústrias de pequeno porte e outras iniciativas.

Nos últimos anos, uma articulação dos governos estadual e federal trouxe a esperança de entrarmos num novo ciclo econômico. A construção da barragem do Rio Colônia, um novo hospital regional, prestes a ser inaugurado, a Ferrovia Oeste-Leste, que está parada com quase 70% concluída, o Porto Sul – ainda travado por questões burocráticas, um novo aeroporto, que está para ter obras iniciadas, uma universidade federal já em funcionamento e a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna, cuja ordem de serviço será assinada na próxima segunda-feira pelo governador Rui Costa, um sonho que a região espera há quase 50 anos. O governo Rui vem se esforçando e realizando as obras que estavam na expectativa da região.

Como tudo na vida, a crise, apesar de negativa, também deixou legados importantes: uma região mais forte para enfrentar as turbulências, a estadualização da UESC – sem a crise econômica o estado não absorveria a instituição no seu orçamento, e o acesso à terra, algo antes difícil e que trouxe à tona o movimento da agricultura familiar nessa região. A produção de chocolate surge como um novo pensar, fruto da chegada de novos agricultores para a cadeia do cacau, o incremento de novos modos de produção e beneficiamento do cacau, e o uso de tecnologias através do melhoramento genético fazem parte dessa mudança.

Precisamos estruturar novas lutas: ampliar e melhorar a nossa representação política em nível estadual e federal, fortalecer a Ceplac, fazer o governo do estado dotar a Biofábrica de condições financeiras para a manutenção do seu quadro técnico e do cumprimento do seu papel de fortalecimento da agropecuária do Sul e Extremo Sul da Bahia. Um novo ciclo está por vir, dele, depende a nossa energia e luta. Nossa região irá se superar e os seus filhos vencerão o dilema identificado pelo saudoso professor Selem Rachid: “a pobre região rica”. Avante!

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades pela Uesc.

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A Bahia registrou crescimento de 2,3% de suas exportações em 2012 na comparação com o ano anterior. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEC), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento, o Estado já responde por 60% das vendas externas realizadas pelo Nordeste.
O valor das exportações baianas no ano passado chegou a US$ 11,27 bilhões, um recorde histórico de acordo com o governo. Os setores que tiveram os melhores desempenhos foram os de petróleo e derivados (crescimento de 9%), soja e derivados (11,6%), algodão (7,2%) e o de metais preciosos (4,3%).
A China é o país que mais importa produtos made in Bahia, respondendo por 13,6% das vendas realizadas pelo Estado. Em segundo lugar, vêm os Estados Unidos,com 12,3% do valor exportado, mesmo com queda de 5,1% na participação americana ante 2011.
Entre os estados brasileiros, a Bahia também melhorou sua posição. Ficou com 4,64% das exportações em 2012, enquanto no ano anterior havia ficado com 4,28%.

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Produtos como a soja puxaram as exportações para baixo

A Bahia registra queda em suas exportações no mês de novembro. O volume é 15,6% menor que o mesmo mês em 2011, o que ocorre após o Estado ter atingido seu recorde histórico em outubro, com US$ 1,34 bilhão em vendas para o exterior.

Em novembro, as exportações ficaram em US$ 836,3 milhões, impactada pela venda mais fraca de produtos básicos, como soja (-39,5%), algodão (-30,7%), café (-13,4%), metais preciosos (-49,3%) e minerais (-84,4%), além de alguns setores industriais importantes como metalúrgicos (-22,2%), petroquímicos (-9,1%), celulose (-16,8%) e pneus (-15,7%).

De acordo com Arthur Cruz, coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apesar do desempenho mais fraco em novembro, as exportações baianas deverão alcançar em 2012 o mesmo volume registrado no ano anterior, com movimentação em torno de US$ 11 bilhões. Para ele, isso é “especialmente relevante diante da conjuntura externa desfavorável”.

As importações baianas também recuaram em novembro (menos 13,3% em relação ao mesmo mês de 2011). A menor importação de cacau (menos 45%) foi um dos fatores que levaram a esse resultado. Outros produtos que registraram queda nas importações foram petróleo (menos 64%), querosene (menos 47%), trigo (menos 45%) e bens de capital (menos 2,6%).