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Morador do Bairro Nova Itabuna produziu um vídeo para mostrar estado de ônibus que serve o bairro. Ontem, choveu também à noite em Itabuna. Os passageiros tiveram que se virar. O usuário do ônibus mostra o motivo.

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Capitão Azevedo (DEM) se omite. As empresas agradecem.

O itabunense enfrenta o caos no transporte público há duas semanas sem que o prefeito Capitão Azevedo (DEM) e o secretário de Transporte e Trânsito, Wesley Melo, movam uma palha para sanar o problema. Os rodoviários dizem que as empresas forçaram a categoria a um locaute para tentar aumentar o preço da passagem. São Miguel e Expresso Cachoeira, que detêm as concessões do sistema, são acusadas de ampliar a jornada diária para 7h20min, quando a justiça determinaria 7 horas.

Na voz do diretor da São Miguel, João Duarte, o patronato diz que a greve iniciada há duas semanas e em plena eleição dos rodoviários (a diretoria tentou manter-se à frente do sindicato, mas perdeu) não teria sentido, pois a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 5ª da Região) não estipula limite de jornada, mas cita a possibilidade de ser 7 horas.

João Duarte se posicionou em coletiva à imprensa na semana passada. Ao citar que a greve é sem sentido, o empresário “instigou” ainda mais os rodoviários. Se antes estes permitiam 60% da frota em circulação também fora dos horários de picos, depois da fala de Duarte o caldo engrossou: são apenas 40% dos ônibus nos horários de menor movimento. Está um “Deus nos acuda” para os 40 mil usuários do sistema que, não esqueçamos, é precário.

Diante da guerra dos donos das empresas e dos rodoviários, não se tem notícia de que o secretário de Transporte e Trânsito, Wesley Mello, tenha sentado à mesa com as duas partes para negociar. Nem mesmo o prefeito Capitão Azevedo. A postura do Governo Municipal é descabida e apenas favorece as empresas e prejudica os usuários do sistema. Quanto mais dias parados, mais força as empresas terão para cobrar a fatura. Ou seja, aumento de passagem.

Se antes a conta pedida pelas empresas era de aumento de tarifa para R$ 2,69, agora fala-se em R$ 2,75. O prefeito Capitão Azevedo e o seu secretário de Transporte e Trânsito podem deixar o governo no dia 31 de dezembro com a pecha de que, ao se omitirem nesta guerra, operaram em favor das empresas para que a passagem cheguasse a R$ 2,50.

Não se admite a postura dos dois representantes do povo – pelo menos, são representantes até o dia 31 do próximo mês e assim devem agir. Por enquanto, atuam como se estivessem fazendo o jogo das empresas – e deixando o pepino para o próximo gestor. Não custa lembrar: Quem manda no sistema de transporte é o município – e a ele as empresas respondem.