Foram feitas 15 cirurgias bariátricas na sexta-feira e neste sábado
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As cirurgias bariátricas voltaram a ser feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Itabuna. Durante dois dias, na sexta-feira (25) e neste sábado (26), foram realizados 15 procedimentos, no Centro Cirúrgico do Hospital Calixto Midlej Filho. As equipes são coordenadas pelo médico-cirurgião do aparelho digestivo, Fabrício Messias.

As cirurgias serão custeadas com recursos do Fundo Municipal de Saúde, numa parceria da Prefeitura de Itabuna, Instituto de Cirurgia Bariátrica Metabólica e Santa Casa de Itabuna. O médico Fabrício Messias adianta que para o mês de março está confirmado o procedimento em outros 15 pacientes e a expectativa é para o mesmo número de beneficiados em abril.

“A expectativa é que essa programação, mantida com recursos do Fundo Municipal de Saúde, prossiga até o final do ano, com média de 15 a 25 cirurgias por mês. Essa retomada do serviço foi resultado de um grande esforço da gestão municipal”, explica o médico.

Os submetidos ao procedimento cirúrgico estão sendo captados pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde de Itabuna. “O beneficiado deve enquadrar-se em alguns critérios de saúde, observando a situação em que a obesidade tem causado doenças. Geralmente, os selecionados são pessoas que estão com comorbidades, como hipertensão, diabetes e obesidade grave”, afirma o médico.

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Fabrício Messias introduziu a técnica em Itabuna (Foto Portal Bahia).
Fabrício introduziu técnica em Itabuna (Foto PortalSBahia).

Pouco mais de três anos depois de Itabuna se tornar a primeira cidade baiana e a segunda do Brasil a disponibilizar este tipo de cirurgia pelo SUS, o procedimento de cirurgia bariátrica por videolaparoscopia é estendido a todo o país.

O procedimento significou importante avanço. “Esse método é avançado e oferece toda a segurança de que médico e paciente necessitam”, afirmou em entrevistas o cirurgião Fabrício Messias, um dos envolvidos na campanha para que o SUS ampliasse as bariátricas em Itabuna, no início da gestão do prefeito Vane do Renascer, em junho de 2013.

A partir de hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer cirurgia bariátrica por videolaparoscopia. A técnica é menos invasiva em comparação à cirurgia aberta. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (1º).

Na cirurgia aberta, o médico faz um corte de 10 a 20 cm no abdômen do paciente. Já na videolaparoscopia, são feitas de quatro a sete mini-incisões de 0,5 a 1,2 cm cada uma, por onde passam as cânulas e a câmera de vídeo. A taxa de mortalidade média da cirurgia videolaparoscópica é menor do que a da cirurgia aberta, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

A recomendação da inclusão do procedimento tinha sido feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) em relatório de novembro de 2016.

“A evidência atualmente disponível sobre eficácia e segurança do procedimento de gastroplastia com derivação intestinal em Y-de-Roux por laparoscopia para tratamento da obesidade grave e mórbida é baseada em revisões sistemáticas, estudos clínicos controlados e estudos observacionais”, afirma o relatório.

O documento também observa que o aumento da escala de compras dos materiais usados na cirurgia bariátrica laparoscópica deve fazer com que o preço desses equipamentos diminua no Brasil.

No SUS, a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas que apresentem o seguinte perfil:

– Com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 50;

– Com IMC maior ou igual a 40, com ou sem doenças associadas, sem sucesso no tratamento clínico por no mínimo dois anos; e

– Com IMC maior que 35 e com problemas de saúde como alto risco cardiovascular, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas sem sucesso no tratamento clínico.

O Ministério da Saúde também anunciou que o SUS passará a ter disponível uma nova técnica para tratar varizes. O chamado tratamento esclerosante estará disponível para tratamentos não-estéticos, ou seja, quando as varizes representarem um problema de saúde e não apenas uma questão estética. Redação com informações da Agência Brasil.