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Ilhéus, 11 de março de 2024.

A direção do Hospital Regional Costa do Cacau informa que NÃO procede as informações sobre paralisação das atividades na Unidade de Saúde e todos os atendimentos continuam sendo realizados normalmente.

NÃO COMPARTILHE INFORMAÇÕES FALSAS!
NEWS É  CRIME!

Ernando Peixoto espalha fake news sobre piscina natural em Itacaré || Foto Reprodução redes sociais
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Réu em vários processos na justiça por espalhar desinformações contra autoridades e personalidades na Bahia, principalmente no período da pandemia, o autônomo Ernando Peixoto decidiu aumentar a coleção de fake news. Desta vez, o homem gravou e publicou vídeos nas redes sociais com inverdades sobre a piscina natural da Praia da Ribeira, um dos pontos  mais frequentados em Itacaré.

Ernando Peixoto, conforme a Assessoria de Comunicação do Município de Itacaré, esteve na piscina no dia de manutenção e limpeza e divulgou, incorretamente, que o esgoto de pousadas e hotéis estava sendo despejado, sem tratamento, no local. Para tentar transmitir credibilidade, filmou um minadouro de água como se fosse esgoto vazando.

Questionada pelo PIMENTA se a piscina da Praia da Ribeira é indicada para o banho de moradores e turistas, a Assessoria de Comunicação do município assegurou que não há contaminação da água e reforçou que o que houve foi o esvaziamento para limpeza do atrativo. A manutenção ocorre periodicamente.

É ACOSTUMADO A ESPALHAR FAKE NEWS

Não é a primeira vez que Ernando Peixoto usa as redes sociais para divulgar desinformações. Ele já foi acionado na justiça por espalhar fake news contra o ex-governador e hoje ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ex-secretário estadual de Saúde Fábio Vilas-Boas e os senadores baianos Angelo Coronel e Otto Alencar. Ele acusou, sem provas, essas pessoas de articularem um esquema para entregar, sem licitação, o Hospital Espanhol ao Instituto Nacional de Tecnologia da Saúde (INTS).

Conhecido pela presença frequente nas manifestações, em Salvador, em apoio ao então presidente da República, Jair Bolsonaro, Ernando também espalhou mentiras de que Rui Costa estaria lhe perseguindo e cometido terrorismo contra comerciantes por ter exigido a adoção das medidas restritivas e protetivas de enfrentamento à pandemia do coronavírus.

Nas redes sociais, Ernando Peixoto fez inúmeras postagens e compartilhamentos contendo fotos e mensagens de apoio Bolsonaro, várias críticas ao então governador Rui Costa (PT) e postagens contra as medidas de combate ao coronavírus. O homem responde a diversos processos na justiça, como mostra o site do Poder Judiciário. Ernando não foi localizado nem sua defesa para comentar a acusação.

Moraes condena desinformação na internet || Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A desinformação disseminada pela internet é a “praga do século 21”, disse nesta quinta-feira (14) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na abertura do seminário Combate à Desinformação e Defesa da Democracia. Para ele, além de ter colocado em risco a democracia brasileira, a desinformação tem causado efeitos perversos na sociedade, como o aumento exponencial do número de suicídios entre adolescentes. 

“Aproveito o gancho do julgamento de hoje [dos primeiros réus pelos atos golpistas do 8 de janeiro], que tem toda a relação com a questão da desinformação”, disse Moraes. “Tudo foi organizado a partir das redes, com uma série de mensagens fraudulentas e mentirosas, que se iniciaram lá atrás, em relação a inexistentes e absurdas alegações de fraudes nas urnas. Nós vivemos, aqui no Brasil, talvez o que nenhum outro país viveu. Sentimos na pele a questão da desinformação”, acrescentou.

Segundo o ministro, esse contexto gerou, no Judiciário, a necessidade de se adaptar aos novos tempos. “Ainda estamos muito longe do ideal, mas soubemos fazer com que o Judiciário começasse a aprender não só a entender a importância de se combater a desinformação, como também estabelecer mecanismos importantes para salvaguardar a democracia”, disse ele, acrescentando que a desinformação gera perigos não apenas à democracia.

“Notícias fraudulentas disseminadas nas redes sociais aumentaram exponencialmente o número de suicídios em adolescentes. Isso é uma praga. É a praga do século 21”, argumentou.

Moraes defendeu que, para combater essa “praga”, é necessário instrumentalizar todos os meios de controle e a Justiça. Algo que pode avançar a partir dos debates que serão conduzidos durante o seminário – em especial em três frentes: educação, prevenção e, em último lugar, repressão.

“Esse é o grande desafio, hoje, deste seminário. Temos de atuar em três frentes. A primeira é a educação, para as pessoas entenderem. Principalmente adolescentes e pessoas jovens, de um lado, e, do outro lado, as pessoas mais idosas, que abandonaram os telejornais”.

“No caso das pessoas mais jovens, elas nem se encontraram com a mídia tradicional. Não acompanham jornais. Não falo nem de jornal físico, que já é pré-história. Eles não acompanham sequer os jornais de internet. Se somarmos os cinco telejornais com maior audiência, eles perdem [em termos de audiência] para o primeiro influencer”, afirmou o ministro.

AUTORREGULAÇÃO

Sobre a prevenção, ele lembrou que é necessária uma alteração dos mecanismos de autorregulação e também a regulamentação. “O Congresso Nacional está discutindo isso, mas ainda está devendo uma regulamentação. É necessária uma regulamentação porque as big techs [gigantes de tecnologia, como Google, Apple, Microsoft e Meta] não podem continuar imunes à responsabilidade pela desinformação em cadeia que propagam, atacando a democracia”.

“Obviamente, se a educação não deu certo e a prevenção falhou, o terceiro ponto é a repressão. Mas uma repressão mais moderna, diferente dos métodos antigos. Avançamos muito na Justiça Eleitoral, por exemplo, alterando a retirada de desinformação nas redes, que tradicionalmente demorava 24 ou 48 horas, o que é uma vida. Passamos esse prazo para duas horas; depois para uma hora [na véspera das eleições]. E, no dia das eleições, 15 minutos. Ou seja, faz um dano muito menor”, complementou.

Segundo o ministro, nos painéis programados para o encontro será possível discutir essas três frentes – educação, prevenção e repressão –, bem como “avançar para tornar a democracia um pouco mais imune a essa enxurrada de notícias fraudulentas e ataques virtuais”.

 

O seminário Combate à Desinformação e Defesa da Democracia é promovido pelo STF em parceria com universidades públicas. O evento, organizado no âmbito do Programa de Combate à Desinformação, segue até amanhã (15) reunindo ministros, academia e representantes da sociedade civil.

Organizado com a participação também da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), ele terá sete painéis que abordarão temas como regulação das plataformas digitais, a educação midiática e o papel das agências de checagem na defesa da democracia.

Segundo a presidente do STF, ministra Rosa Weber, o simples enunciar dos aspectos que serão abordados já mostra a relevância do debate. “A informação é instrumento poderoso que pode destruir vidas e instituições. Seu lado mais sombrio mostrou a face nos ataques covardes do 8 de janeiro, data à qual sempre me refiro como dia da infâmia”.

De acordo com a ministra, construções de narrativas fantasiosas foram feitas com o objetivo de desacreditar instituições. “Foram as sementes do mal que transformaram aquele dia em uma das páginas mais tristes e lamentáveis da história do país, quando pela primeira vez esta suprema corte foi invadida e vandalizada nos quase 200 anos de sua existência”.

‘Desejo que os debates que terão lugar neste seminário possam gerar frutos e trazer resultados concretos na luta contra a desinformação”, afirmou.

Segundo os organizadores, a ideia é debater formas de enfrentar a desinformação e o discurso de ódio. Também está previsto o lançamento do livro Desinformação – O mal do século (Distorções, inverdades e fake news: a democracia ameaçada), fruto de parceria entre o STF e a Universidade de Brasília (UnB).

Confira a programação do seminário Combate à Desinformação e Defesa da Democracia.

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Rosivaldo diz que município poderá solicitar conferência, caso seja confirmada a redução populacional
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A cidadania precisa também alcançar a ponta dos nossos dedos no ambiente volátil das redes sociais. É preciso cada vez mais conexão entre cérebro, tecnologia e cidadania.

 

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

Falar sobre qualquer tema é sempre um misto de satisfação e possibilidade de contraposição, principalmente nos tempos atuais, em que as redes sociais acabam sendo o ponto de encontro para embates ásperos, quase sempre abrindo espaço para a covardia se manifestar de maneira mais altiva. O que seria para uso de forma mais efetiva e produzir inclusão, possibilitando avanço acaba derivando para um ambiente onde a parte mais negativa do comportamento humano se revela.

Uma sociedade que vive sobre os pilares do ódio e da desinformação não pode falar de cidadania de forma mais aprofundada. É preciso que não se confunda liberdade de expressão com permissão para ofensa. Não é razoável que as fake news gerem riqueza para alguém enquanto impõem prejuízos para muitos, e, ainda assim, continuamos vendo a circulação em milhões dessas desinformações. As grandes plataformas precisam estabelecer regras e conter a prosperidade desses operadores.

Não dá para permitir a permanente prática de crimes, o incentivo ao ódio e a sensação de terra sem lei. Não parece algo difícil de ser controlado, vez que tudo e todos estão sob o controle dos algoritmos, sendo, portanto, perfeitamente possível que haja intervenção imediata por parte dessas empresas sobre os conteúdos postados e sinalização aos órgãos de justiça e a consequente punição para os que agem contra a cidadania.

Essa é uma reflexão que precisamos fazer de forma permanente, inclusive praticando a vigília diária dos nossos comportamentos e de tudo que compartilhamos nas redes e nos aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram.  Precisamos usar o mesmo conceito que conhecemos: só existe o roubo porque existe alguém se beneficiando do produto, então, só existirá o produtor de fake news se houver quem aceita, acredita e compartilha, quer seja por desconhecimento ou por má-fé. A cidadania precisa também alcançar a ponta dos nossos dedos no ambiente volátil das redes sociais. É preciso cada vez mais conexão entre cérebro, tecnologia e cidadania.

Rosivaldo Pinheiro é comunicador, economista e secretário de Governo de Itabuna.

Queda de chave em fosso de elevador deu origem a fake news contra a Unex Itabuna
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A Unex, em Itabuna, esclarece que a informação sobre um suposto acidente com elevador em suas dependências é falsa.

No dia de hoje, 29 de março, houve a queda da chave de uma funcionária no fosso do elevador, o que exigiu uma parada temporária para a retirada da mesma. Infelizmente, um aluno tirou uma foto e compartilhou informações falsas, em um grupo de WhatsApp de alunos.

Ressaltamos que não houve qualquer acidente com elevador em nossas instalações. O episódio foi apenas a queda de uma chave no fosso do elevador, o que não causou danos ou vítimas.

A Unex reforça seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na divulgação de informações. Estamos trabalhando na conscientização da nossa comunidade acadêmica sobre os perigos das fake News e da importância de verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las.

Nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e informações adicionais que se façam necessários.

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Vale saber se o povo brasileiro terá a maturidade de tomar para si o que se vê como brinquedo, para que todos tenham o direito a participação, e, aí sim, o bem comum esteja acima de todos, inclusive da ideia de um Deus partidarista.

 

Aldineto Miranda

Na campanha eleitoral um dos candidatos utiliza o slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Esta é uma sentença falaciosa e perigosa, pois tenta convencer, pela alienação, a uma ideia de totalidade. Os que não comungam com tal sentido de ordenação totalizadora, totalitária, são inimigos da pátria, de Deus e devem ser exterminados. Vide os exemplos de violência que estamos presenciando nesse processo eleitoral.

Em nome de Deus houve a inquisição, o holocausto e a caça às bruxas. Destruição e genocídio. Tais aberrações aconteceram por causa dessa ideia de totalidade. Quando se fala “Brasil acima de tudo”, de qual Brasil se está falando? Do Brasil do Norte/Nordeste? Do Sul/Sudeste? Centro-Oeste? Do Brasil que retorna ao mapa da fome, de crianças sem esperança de futuro? Ou do Brasil de uma determinada elite?

Ao defender “Brasil acima de tudo” se diz falar em nome da família, mas é preciso questionar: De qual família? Da família tradicional? E o que é a família tradicional? Seria aquele modelo estilo propaganda de margarina: pai, mãe e filhos brancos, todos sorrindo felizes perante uma sortida mesa de café da manhã? Nessa ideia de família se inclui a heterogeneidade das famílias brasileiras? De uma mãe negra que sustenta seus filhos a partir do seu trabalho, sem a parceria de um marido, e que no máximo tem um pão para dar a seus rebentos pela manhã e, por vezes, vai trabalhar com fome para alimentá-los? Se está falando da família de casais gays que optam pela adoção e constroem um lar de amor, a despeito do preconceito social? Será que está incluído aquelas e aqueles que tem como lar a rua, e sua família são os companheiros que moram nela? De que tipo de família e de Brasil se está falando? Qual Brasil está acima de tudo?

As ideias de totalidade se caracterizam por serem totalitárias, particularistas e desconsideram a alteridade. Ao enunciar “Deus acima de todos” questionamentos semelhantes podem ser feitos: Os que possuem uma outra concepção de divino? As religiões de matriz africana, por exemplo, que possuem a noção diferenciada do sagrado, em relação ao cristianismo, são contempladas nessa ideia de Deus? Sempre que se governa em nome Deus há insensatez e violência, tais aberrações não combinam com a democracia, a qual considera cidadão, não somente um grupo de pessoas abastadas, de uma religião, ou categoria familiar, mas o conjunto da população.

Por isso tal slogan transmite uma perspectiva ameaçadora para a democracia, pois suas ideias estabelecem uma totalidade em que não há espaço para diversidade. Infelizmente também transmite um pouco do que foi os 4 anos do atual governo, que se alimentou do terror e do medo constante, além de fake news, mantendo seus seguidores em um alucinatório estado de alerta. Podemos perguntar: Isso é fazer política?

Podemos definir a política como um jogo que tem regras fundamentais, sem espaço para visões de mundo totalizadoras. Ferir a democracia, fomentando o ódio às instituições, é uma forma de não aceitar as regras do jogo. E aquele que não aceita o jogo é análogo a um menino malcriado, e cruel, que no jogo de futebol ao perceber que está perdendo segura a bola com força e diz: Ela é minha, o jogo acabou, não perco… não perco… não perco!

Só um lembrete: todo ditador é no fundo uma criança imatura, achando que o mundo está a seus pés, e que até Deus deve estar dentro da sua concepção de vida. Contra a malcriação nada melhor que adultos responsáveis, que coloquem esse menino levado em seu lugar. Vale saber se o povo brasileiro terá a maturidade de tomar para si o que se vê como brinquedo, para que todos tenham o direito a participação, e, aí sim, o bem comum esteja acima de todos, inclusive da ideia de um Deus partidarista.

Aldineto Miranda é professor de Filosofia e de Filosofia da Educação do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e doutorando em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Campanha da ABI e do Sinjorba de combate a fake news
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O Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-Bahia) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) lançaram uma ação conjunta para o combate à disseminação de fake news. A campanha inédita “Fake News. Quem compartilha também mente.” tem o objetivo de chamar atenção para o público sobre os danos causados não só por quem cria, mas também por quem compartilha conteúdo falso.

Para o presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Ernesto Marques, a propagação do discurso do ódio, assim como a negação da ciência, se apoiam na mesma base: desinformação. “Desinforma-se uma sociedade propagando mentiras e desqualificando quem quer que ouse negar as mentiras difundidas, sobretudo através dos aplicativos de mensagens. A autoria dessas peças criminosas de manipulação é individual, mas quem compartilha, vira cúmplice, e é esta conduta que uma campanha como a nossa tenta combater, sensibilizando e conscientizando as pessoas”.

A campanha, criada pela agência Rocha Comunicação, associada do Sinapro-Bahia, será veiculada em jornais, na internet e nas redes sociais das duas entidades. O presidente do Sinapro-Bahia, André Mascarenhas, explica que a divulgação será em todo o estado e conta com a participação das agências filiadas. “Estamos juntos com os nossos associados e com a ABI para fortalecer essa ação e combater ativamente a disseminação de dados distorcidos, que trazem prejuízos e fomentam questões negativas”.

Atas notariais de notícias falsas crescem a cada período eleitoral, segundo CNB-CF
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Os cartórios baianos fizeram 3.780 atas notariais que classificam como falsas informações divulgadas via internet em 2021. O número é 31,79% maior do que o de 2020, quanto 2.868 atos desse tipo foram feitos. Os dados são do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB-CF), que divulgou levantamento nesta quinta-feira (1ª).

A pesquisa aponta tendência de crescimento contínuo, mas que se acentua sempre às vésperas das eleições, considerando os pleitos de 2014, 2016, 2018 e 2020, quando as chamadas fakes news e os ataques virtuais entre candidatos e seus simpatizantes ganharam maior projeção.

Nas eleições ao Governo do Estado em 2014, foram registrados 189 documentos. Nas disputas municipais de 2016, foram contabilizadas 741 atas notariais, aumento de 292%. Já na corrida para governador de 2018, ano em que as fake news tiveram maior repercussão, o número de atas notariais teve um crescimento de 884% em relação a quatro anos antes, passando para 1.861 documentos emitidos pelos Cartórios de Notas da Bahia.

“Todos os dias somos bombardeados por um volume imenso de informações e nem sempre temos condições de distinguir o que é fato e o que é fake. A internet, de certa forma, vem cada dia mais sendo uma colaboradora da propagação de notícias falsas. Para resguardar as pessoas e os profissionais que são vítimas, os candidatos injustamente implicados e o processo eleitoral, como um todo, a ata notarial constitui uma ferramenta extremamente útil para garantir respaldo jurídico na produção de provas robustas”, diz o presidente do CNB-BA, Giovani Gianellini.

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Ao participar da posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, em Brasília, o governador Rui Costa (PT) disse que eleições tranquilas em 2022 é o desejo dos brasileiros. Rui participou da solenidade que também marcou a posse do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), como vice-presidente do TSE.

O discurso de Moraes, avalia Rui Costa, foi demonstração de força em defesa do Estado Democrático de Direito e do uso das urnas eletrônicas no processo eleitoral. “Ele afirmou o que é o desejo dos brasileiros: que a eleição transcorra em paz e demonstrou toda a credibilidade que o povo brasileiro tem nas urnas eletrônicas. Sucessivas vezes, o povo votou, confiou e viu aquele que teve o voto majoritário tomar posse”, afirmou o governador da Bahia.

Rui destacou ainda o compromisso do novo presidente TSE no combate à propagação de fake news e ataques contra a honra de candidatos que concorrem a cargos eletivos no pleito em outubro.

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O secretário da Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, acusa o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, de espalhar fake news sobre o uso dos repasses feitos pelo Governo Federal para a área de segurança pública na Bahia. Torres acusou o Governo da Bahia de não aplicar dinheiro enviado pela União.

Segundo Mandarino, dos valores destinados pelo Fundo Nacional de Segurança Pública nos últimos três anos, cerca de R$ 88 milhões, R$ 28 milhões estão bloqueados devido ao atraso do Ministério na avaliação dos projetos enviados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Dos R$ 60 milhões disponibilizados até o momento, ainda de acordo com o titular da pasta, 50% já foram aplicados e os outros 50% estão dentro prazo estabelecido para uso do recurso.

“É lamentável que, em pleno ano eleitoral, pessoas públicas se utilizem das fake news para desinformar a população. A SSP da Bahia está em dia com a aplicação do investimento enviado pelo Fundo Nacional e mais do que isso. O Governo do Estado está fazendo o maior investimento da história da Segurança Pública na Bahia. Estamos investindo, com recursos próprios, quase R$1 bilhão em tecnologia e melhoria nas estruturas físicas das polícias”, afirmou.

RECONHECIMENTO FACIAL 

Do valor citado por Mandarino, R$ 665 milhões são investidos na expansão do Sistema de Reconhecimento Facial, que chegará a outros 77 municípios da Bahia. Presente em Salvador há três anos, a tecnologia já auxiliou na captura de mais de 240 foragidos da Justiça.

Sobre os investimentos em estrutura física das unidades, a SSP possui 191 obras, entre construções de novas sedes, reformas e manutenções, em 100 cidades baianas. Cerca de R$ 260 milhões são investidos no Projeto de Modernização das Estruturas Físicas da Segurança Pública, projeto dividido em três fases. No total, pouco mais de 100 municípios são beneficiados.

ÍNDICES CRIMINAIS

O titular da SSP da Bahia também rebateu as declarações do ministro sobre o estado ser o mais violento do Brasil. “Só quem não conhece a realidade do país pode falar uma coisa dessas. Infelizmente, não há uma padronização nacional na forma de contabilizar esses crimes, logo, é impossível criar um ranking que seja fiel aos fatos. A violência é um problema nacional, mas querer vender a ideia de que a Bahia é o estado mais violento do país, não cola”, continuou.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, com o fechamento do mês de abril, a Bahia completou sete meses de reduções sucessivas no número de Crimes Violentos Letais Intencionais – homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Só em 2022, 250 vidas foram preservadas em relação ao período entre janeiro e abril de 2021.

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Mas hoje, 7 de abril, Dia do Jornalista, vamos exaltar os mágicos resultados do trabalho feito com compromisso. Aquele que permite ver a alegria de uma mulher aposentada após penar por anos com uma doença crônica e saber que um texto seu contribuiu com tal resultado.

 

Celina Santos

Em plena era da liberdade de expressão, o jornalista não pode fazer perguntas alusivas a assuntos de interesse público? Precisa mesmo responder de forma grosseira quando algo provocou constrangimento em nossas autoridades? Que democracia é essa, para vermos exaltação ao tempo em que não se podia formar um grupo de amigos no meio da rua para bater o bom e velho papo?

Desculpem o desabafo, mas é doloroso ver um companheiro de trabalho apurar um fato o dia inteiro, com RESPONSABILIDADE, para dar a notícia ao vivo no dia seguinte e ver duas pessoas saltarem em frente à câmera berrando que aquele veículo era lixo.

Como assim? O trabalho exercido há anos, com toda dignidade, não merece atenção e respeito? Eis um exemplo recente em Itabuna, sul da Bahia, mas sabemos de acontecimentos semelhantes em vários estados, Brasil afora. La-men-ta-vel-men-te!

Esta semana, vimos uma manifestação pública pelas tão perigosas redes sociais fazendo piada com o passado de uma jornalista que fora presa grávida, por três meses, durante a Ditadura Militar (sem eufemismos, por favor!). Parte desse tempo, testemunhou, na companhia nada aprazível de uma cobra.

A ironia recordando o tal episódio na prisão deu-se um dia após a profissional exercer a liberdade de criticar uma autoridade (sim, posição conferida pelo voto popular a cada quatro anos). A vontade é ralhar: “seus pais não lhe deram educação?”. Opa …

É triste ver que o trabalho sério daqueles que buscam averiguar os fatos antes de noticiá-los (sim, eis um dos papéis do verdadeiro jornalista) relegado à suspeita de “fake” (termo norte-americano para designar o que é falso). Tudo aquilo que não cabe num legítimo veículo de comunicação, vale reiterar.

O mais perverso é ver tantas pessoas acreditando no que leem por aí; colocando a própria saúde e/ou o bem-estar dos filhos em risco; alguns até confessando que não se informam pelos canais onde haja jornalistas (diferente dos que espalham boatos, pois a esses cabe apenas o velho termo fofoqueiro).

Mas hoje, 7 de abril, Dia do Jornalista, vamos exaltar os mágicos resultados do trabalho feito com compromisso. Aquele que permite ver a alegria de uma mulher aposentada após penar por anos com uma doença crônica e saber que um texto seu contribuiu com tal resultado.

Aqui falamos de dona Edna Oliveira Melo. Lembram dela? (Essa história foi tornada pública em 2009, a partir de um texto assinado por esta que vos escreve e logo abraçada pelos colegas jornalistas em Itabuna. No ano passado, em tempos de pandemia, ela seguiu para outro plano).

E a alegria de alguém que encontra um familiar desaparecido, quando foi vista a imagem dele em uma reportagem escrita ou em vídeo? Ou a festa quando entrevistamos um centenário ou centenária, dali colhendo lições de vida que não têm preço…?

Eu poderia citar (com licença para encerrar na primeira pessoa do singular) “n” exemplos, mas fico por aqui celebrando nossa valorosa profissão. Ao mesmo tempo, rogando para prevalecer na sociedade a certeza de que são maioria, sim, aqueles a honrar nossa profissão.

Celina Santos é chefe de redação do Diário Bahia e, concursada, integra a assessoria da Câmara de Itabuna. Formada em Comunicação Social (Rádio e TV) pela Uesc; Jornalismo pela UniFTC; e pós-graduada em Jornalismo e Mídia pela então FacSul (Unime).

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O Hospital Costa do Cacau emitiu nota oficial para alertar que se trata de fake news (notícia falsa) áudio que circula em redes sociais sobre suposta morte de criança após ter sido vacinada contra covid-19.

O autor da gravação ainda diz que o óbito teria ocorrido no hospital ilheense. “Não procede. Trata-se de fake news“, informa a direção do hospital.

A nota ainda esclarece que qualquer morte relacionada a efeito adverso da vacina teria que ser comunicado, imediatamente, à Vigilância Epidemiológica. Abaixo, confira a íntegra da nota do hospital.

Ilhéus 24 de janeiro de 2022.

A direção do Hospital Regional Costa do Cacau informa que o áudio que está circulando em redes sociais sobre uma criança que teria vindo a óbito nesta unidade hospitalar após ter sido vacinada não procede. Trata-se de Fake News.
Qualquer caso relacionado a efeito adverso a vacinas ou ainda infecção de COVID e outras síndromes gripais (H1N1, H3N2 INFLUENZA) com exame positivo, há comunicação diária aos órgãos competentes pelo núcleo de epidemiologia.

Afirmamos que não há na unidade nenhum registro de óbito com tais características.

Qualquer caso relacionado a efeito adverso a vacinas (caso venha ocorrer) será comunicado imediatamente aos órgãos competentes.

Direção Hospital Regional Costa do Cacau

Fernando Francischini é primeiro deputado cassado por divulgação de fake news || Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem (28), por 6 votos a 1, cassar o mandato do deputado estadual do Paraná Fernando Francischini (PSL), por uso indevido de meios de comunicação social na corrida eleitoral de 2018.

A decisão foi tomada em decorrência de uma transmissão ao vivo feita por Francischini no dia da eleição, em que o parlamentar, então deputado federal, disse estar ocorrendo fraude no cômputo de votos, de modo a impedir a eleição de Jair Bolsonaro como presidente.

As declarações foram feitas cerca de meia hora antes do fechamento das urnas, por meio de uma live no Facebook. De acordo com os autos do processo, o vídeo teve mais de 70 mil visualizações ao vivo e 400 mil compartilhamentos, tendo recebido 105 mil comentários.

No entender da maioria do TSE, o deputado sabia não haver provas de suas declarações, mas ainda assim seguiu com a narrativa de fraude eleitoral, com o intuito de influenciar o resultado final da votação, conduta considerada grave. Esta é a primeira vez que um deputado é cassado pelo TSE por disseminar fake news (notícias falsas) sobre o processo eleitoral.

O QUE DIZEM FRANCISCHINI E SEU ADVOGADO

Poucos minutos após o fim do julgamento, Francischini publicou um vídeo comentando a cassação de seu mandato. “Lamento demais essa decisão que afeta mandatos conquistados pela vontade do eleitor. Agora reassumo meu cargo de delegado da Polícia Federal. Mas não vou desistir, vamos recorrer e reverter esta decisão no STF, preservando o voto e a vontade de meio milhão de paranaenses”, disse ele.

Da tribuna do TSE, o advogado Gustavo Swain Kfouri sustentou que as declarações do então candidato foram “infelizes”, porém incapazes de afetar a normalidade do pleito. Informações da Agência Brasil.

Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão
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Nesta quinta-feira (28), o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou a maioria de quatro votos contra a cassação do mandato do presidente Jair Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão. A corte julga duas ações que tratam do disparo em massa de mensagens via aplicativo WhatsApp na campanha de 2018, conduta proibida.

O julgamento começou na terça-feira (26), quando três ministros votaram contra a cassação – Luís Felipe Salomão, relator; Mauro Campbell e Sérgio Banhos. O caso foi retomado hoje, com o voto do ministro Carlos Horbach, que seguiu o mesmo entendimento.

ABUSO DE PODER POLÍTICO-ECONÔMICO

Ainda que tenha rejeitado o pedido de cassação de chapa, Salomão sugeriu a fixação de uma tese jurídica para deixar explícito que há abuso de poder político-econômico no caso de um candidato se beneficiar do disparo em massa de fake news pela internet.

Há três votos a favor da tese. Somente Horbach, até o momento, foi contrário à proposta.

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Quem, como Alencar Pereira da Silveira, nasce no dia consagrado a Iemanjá tem o corpo fechado e uma legião de amigos para clamar: Vida longa ao Caboclo Alencar!

 

Walmir Rosário

Se não puder ajudar, pelo menos não atrapalhe! Esse bordão é bastante antigo e não sai de moda, acredito eu que para passar um pito, chamar a atenção, dar um esfrega nas fuças do dito cujo que faz o que não deveria. Isso vale – e muito – para o sacripanta que uns dias atrás espalhou pelas redes sociais uma notícia falsa – ou fake news, como está na moda – dando conta que o Caboclo Alencar teria morrido.

Neste dia, logo cedo, enquanto esperava o café ser posto à mesa, me deparei com essa heresia no Facebook, no Instagram e no Whatsapp, de que o Caboclo teria partido para o outro mundo sem se despedir de ninguém. Com essa profusão de notícias ruins sobre os amigos que se vão, de início fiquei alarmado, mas fui me recuperando aos poucos todas as vezes que analisava uma premissa sobre sua morte.

Ora, sem mais delongas iniciei uma série de ligações para amigos comuns que trataram de desmentir a calúnia na mesma hora e prometeram tomar providências junto à polícia, à justiça e até ao papa, com a firme intenção de aplicar um castigo eficaz no mentiroso. Justamente quando o Caboclo Alencar acaba de comemorar seus 90 anos bem vividos um sujeito qualquer decreta a morte dessa autoridade, sem mais nem menos.

Mesmo neste terrível tempo em que a pandemia assola o mundo – incluído aí o Brasil e Itabuna – o Caboclo Alencar continua prestando relevantes serviços à sua clientela, servindo as deliciosas e quase sexagenárias batidas. Se bem que o Caboclo Alencar poderia se valer do alto dos seus 90 anos para resolver se aposentar do trabalho e passear com sua Neusa mundo afora. Mas não, continuou na labuta.

A única mudança que se permitiu foi mudar a linha de produção da indústria implantada no Beco do Fuxico, onde também funciona o internacionalmente famoso ABC da Noite, para a sua residência. É bom que se diga que também se permitiu a outra mudança: deixou de servir as batidas no varejo e agora somente trabalha em atacado, comercializando-as a partir de embalagens de litro.

Sujeito modesto esse Caboclo Alencar, que continua firme na lida para não deixar os alunos – repetentes ou não – do ABC da Noite a ver navios. Que ninguém repare não ser servido na forma tradicional, de pé no balcão e em pequenos copos de plásticos em dois tamanhos, pois não convém manter esse serviço em sua própria residência, cujos frequentadores são apenas os convidados.

Mesmo assim, na porta de entrada o Caboclo não se furta de entregar os maravilhosos litros de batida, quase sempre acompanhados de uma dose da bebida, para deleite do ilustre cliente. Nestas semanas em que prevalece o lockdown, nada melhor do que passar o fim de semana em casa e devidamente abastecido. Afinal, um boêmio distinto é conhecido pelos serviços que presta ao recepcionar seus convidados.

Mas voltando ao malfazejo que transmitiu essa heresia ao mundo por meio da internet, fico aqui imaginando o que o Caboclo Alencar teria feito de mal ao dito cujo, para premeditar tamanha vingança. Teria ele passado pelo Beco do Fuxico e dado de cara, por dias a fio, com o ABC da Noite fechado e se sentiu prejudicado no seu sagrado direito de beber uma das batidas, conforme mandava a tradição?

Não acredito na atitude mesquinha desse sujeito e rogo que a justiça venha a dar o tratamento merecido ao dito cujo, no tamanho que merece o tresloucado ato praticado. Se falhar a justiça dos homens que, pelo menos, atue a divina, e que ele seja, no mínimo, proibido de beber as tradicionais batidas do ABC da Noite por um longo período, na mesma proporção do estrago que causou aos amigos do Caboclo.

Para os que ainda não tomaram ciência do que representa o Caboclo Alencar, vai aqui uma simples amostra da importância desse homem para os frequentadores do ABC da Noite, tanto os diários como os esporádicos. De portas abertas desde 1962, o Caboclo coleciona uma carteira de amigos e clientes que ultrapassam limites, divisas e fronteiras, que sempre voltam para uma mais uma dose.

Itabunense nascido em Sorocaba (SP), Alencar Pereira da Silveira teve a ideia de transformar o açougue em que comercializava carne de porco em uma casa de batidas, cervejas e tira-gostos. De lá pra cá não fez outra coisa na vida que não fosse proporcionar a felicidades dos costumeiros clientes, transformando seu negócio numa verdadeira casa de amigos. E tantos amigos que crescem a cada dia.

E para tomar a saideira, de cara vou avisando ao dito cujo carcará sanguinolento que praga de urubu magro não pega em cavalo gordo. Quem, como Alencar Pereira da Silveira, nasce no dia consagrado a Iemanjá tem o corpo fechado e uma legião de amigos para clamar: Vida longa ao Caboclo Alencar!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.