Bombeiros localizam corpos de três vítimas || Foto 7º GBM
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A explosão de um botijão de gás em uma padaria tirou a vida de quatro pessoas da mesma família, nesta quinta-feira (26), em Tanhaçu, município do Sertão Produtivo baiano. Menina de 5 anos é uma das vítimas.

O 7º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), sediado em Vitória da Conquista, foi acionado por volta das 5h30 e enviou equipes ao local. De acordo com a Polícia Militar, a explosão ocorreu às 4h40.

O estabelecimento foi completamente destruído. Nos escombros, os bombeiros encontraram os corpos de três das quatro vítimas, e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) vai identificá-las. As buscas continuam. Segundo o Corpo de Bombeiros, ainda não foi possível estabelecer a causa da explosão.

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Mas um nó, cheio de questionamentos, foi crescendo na garganta e vomito, quase sem querer, palavras que ecoam dentro de mim: A VIDA É URGENTE. E do nada, ela acaba; Viver é finito.

 

Juliana Soledade

Tem dores que somos legitimados a sentir, principalmente quando mais uma tragédia acontece. Quando pequenos aprendemos nos livros de biologia sobre o ciclo de uma vida e todos os seres constituem em nascer, crescer, frutificar e morrer. Mas para além, nesse inteirim, construímos, entre sonhos, vitórias e derrotas, a nossa história.

Esperamos o envelhecer para então morrer. E inocentes nessa espera, atropelamos sonhos, quereres, abraços, desculpas, palavras impensadas, somente por acreditar piamente que o amanhã estará a nossa espera. Mas nem sempre está. Não há garantias de vida. Aliás, a vida foi feita para acabar, só não se sabe quando, nem onde, nem por que e nem como. Viver é se agarrar a finitude.

Outubro foi um mês intenso, novembro acompanha a impetuosidade. E ontem, com a agenda lotada de afazeres com planos mirabolantes, ouvi a notícia. Elevei uma prece e pedi que fosse mentira. Não era. Sucessivamente, senti todas as dores em um milésimo de segundo. Esqueci da artista, lembrei-me da humana, com vertigens sobre esse mundo enlouquecido e sentei para acomodar meu coração em disparate. Por um segundo pensei em tirar a urgência do mundo dos meus planos e me permitir sentir. Vinte seis anos, poderia ser oitenta, sempre é cedo. Um filho. Família. Amigos. Uma multidão. E é nessa contradição de subir e decolar para voar, sempre mais alto, sempre mais longe, que somos vítimas, da nossa própria armadilha. E o show da vida se acaba sem despedida. Com a cortina aberta e pessoas boquiabertas.

Faltam certezas, sobram dúvidas.

É comum me calar sobre esses alvoroços ensandecidos quando alguém se desliga desse plano. Normalmente eu silencio, fico a sentir e imaginar a dimensão da perda, faço orações, sempre chove pelos meus olhos, porque inevitável pensar sobre os meus e sigo, porque precisamos seguir, com dor ou sem ela. Mas um nó, cheio de questionamentos, foi crescendo na garganta e vomito, quase sem querer, palavras que ecoam dentro de mim: A VIDA É URGENTE. E do nada, ela acaba; Viver é finito.

E a gente vive com a certeza do depois.
E guarda tudo para mais tarde.
E, talvez, não dê tempo, não tenha oportunidade.
Porque viver é finito.
E, do nada, acaba.

Escrevo olhando para o horizonte, despejando palavras frenéticas em um programa de texto para evitar olhar e sentir ainda mais, porque a ficha não cai. A nossa humanidade é colocada em xeque. E faz-me sentir.

Com amor e sentimento,

Juliana Soledade é advogada, escritora, empresária e teóloga, pós-graduada em Direito Processual Civil e Direito do Trabalho, além de autora dos livros Despedidas de MimDiário das Mil Faces e 40 surtos na quarentena: para quem nunca viveu uma pandemia.

Segundo investigação, mulher chegou a envenenar marido em unidades de saúde
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Uma mulher de 37 anos foi detida por mandado de prisão preventiva por tentar matar o companheiro e os três filhos do casal envenenados. O caso aconteceu na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, e foi confirmado através de exames toxicológicos. A suspeita chegou a cometer o crime no hospital, alterando a alimentação servida ao marido.

A mulher foi presa no município de Sumaré, em São Paulo, nesta quarta-feira (6). De acordo com a Polícia Civil, ela será encaminhada para a Bahia, onde responderá pelas quatro tentativas de homicídio.

As investigações da polícia apontaram que o crime começou a ser praticado em 2012. A suspeita, que não teve nome divulgado, ministrava pequenas quantidades de veneno na comida do companheiro e dos três filhos do casal.

O homem chegou a ser internado em diferentes hospitais, onde passou por exames para tentar diagnosticar o que causava enfermidade nele. Durante os internamentos, a suspeita acompanhou a vítima e seguia envenenando a alimentação dele nas unidades de saúde.

O caso só foi descoberto porque a mulher começou um novo relacionamento e deixou de frequentar o hospital. Com isso, o homem passou a apresentar melhoras no quadro clínico, os profissionais suspeitaram do envenenamento, e o exame foi feito.

Os filhos também passaram pelos testes, porque tinham sintomas parecidos com os do pai. Não há detalhes sobre estado de saúde dos quatro. Também não foi revelada a motivação para o crime. Do G1.

Eliandrina Glória e Adenilson Cerqueira reencontraram parentes
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Dois moradores do sul da Bahia descobriram os destinos de parentes depois de muitos anos sem notícias sobre o paradeiro deles. Uma dessas pessoas foi dona Eliandrina Glória de Sousa, que mora em Buerarema e não tinha contato com o filho, Mário Elias de Sousa, há mais de 40 anos.

Mário Elias mora em São Paulo e há anos tentava descobrir o destino da mãe. Por isso, na quarta-feira (2), usou um quadro na TV Santa Cruz para localizá-la. Não demorou muito para o telefone tocar. “Fico muito feliz e agradeço de coração por ter encontrado minha família, em breve a gente vai se ver. Realizei o sonho de puder localizar minha mãe depois de 40 e poucos anos”, comemorou

Quem também reencontrou um parente depois de tanto tempo foi Adenilson Cerqueira, de 37 anos. Morador de São Paulo, ele localizou o pai, Cláudio Adão, em Itabuna. Ele não tinha contanto com o pai há mais de 30 anos. Da Redação com informações da TV Santa Cruz.

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Com toda certeza, colocarei mais esse trecho no meu livro da vida: quando uma pessoa tentou “abafar” a minha voz, eu dei voz e espaço a doze, com o sorriso no rosto e a delicadeza que toda mulher forte tem!

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Somos as nossas conexões. A nossa rede de relacionamentos, que começa ainda na infância com a família e que se estende ao longo da vida, com os ciclos de amizade e relacionamento amoroso, colegas de trabalho etc. Um vai e vem de pessoas e momentos, e com eles, claro, lições e inúmeros aprendizado. E “se você nasceu com uma visão privilegiada, o seu papel não é abrir guerra contra quem pensa diferente, mas sim levar adiante o que tem de conhecimento”, escutei dia desses, e concordo demais.

Com a crise mundial do COVID-19 e o isolamento social, as conexões virtuais nunca estiveram tão em alta. O universo digital tomou ainda mais força, e com a ela a necessidade de reinventar formas de estar presente, de ser presente. As fórmulas prontas já não constroem resultados significativos, conseguindo até manter um certo “espaço”, mas não gerando audiência. (E isso vai impactar diretamente nas próximas eleições, mas esse assunto é pauta para outro texto).

Há exatamente uma semana iniciei um projeto no Instagram chamado Manu Convida Mulheres. Doze mulheres, das mais diversas áreas e atuações profissionais, estão sendo convidadas a contar suas histórias. E quantas histórias lindas de superação e crescimento temos! Todas narradas com erros e acertos, mas com muita coerência nas falas e atitudes, inclusive nos elogios aos parceiros que validam e incentivam seus progressos. Não há necessidade de rivalidade entre gêneros. O que há é necessidade de igualdade entre todos.

Há algumas semanas convidei um amigo para pautar um tema específico, e fui ignorada. Lembrei que todos os nãos que a vida me deu, transformei. E assim nasceu um projeto que vem inspirando centenas de pessoas por dia. Com toda certeza, colocarei mais esse trecho no meu livro da vida: quando uma pessoa tentou “abafar” a minha voz, eu dei voz e espaço a doze, com o sorriso no rosto e a delicadeza que toda mulher forte tem!

Manuela Berbert é publicitária.

Casal sofre ataque na França
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Uma família que morava em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, foi vítima de um atentado a tiros na cidade de Toulon, na França.

Uma das vítimas, a jornalista Cristiane Tavares, de 36 anos, relatou o caso, ocorrido na última quinta-feira (13). Ela foi baleada nas costas e o marido no abdômen. O filho do casal, de quatro anos, não teve ferimentos.

Cristiane, que é servidora pública no setor de comunicação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conta que os disparos foram feitos por um vizinho. O homem foi preso no mesmo dia do ataque, dentro do imóvel onde morava.

A mulher se recupera bem, enquanto o marido, André Modenezi, de 39 anos, está na UTI de um hospital da cidade. Ele já foi submetido a duas cirurgias e, nesta segunda-feira (17), vai passar pelo terceiro procedimento cirúrgico. André está em coma induzido e estado de saúde estável.

Por meio de nota, o Itamaraty informou que as autoridades consulares do Brasil na França estão cientes do ocorrido e acompanham o caso junto com as autoridades francesas. O Itamaraty ainda destacou que não pode informar mais detalhes, em respeito à legislação vigente sobre privacidade individual.

Cristiane e André moram em Toulon há cerca de cinco meses. Eles se mudaram de Vitória da Conquista para a cidade francesa em setembro do ano passado. O objetivo da mudança foi estudar. Cristiane faz mestrado em comunicação. “A gente decidiu morar em Toulon porque é uma cidade considerada tranquila”, destaca.

TIRO NAS COSTAS

A jornalista disse que ocorreu quando ela saía de casa para a universidade. “Recebi um tiro nas costas. No primeiro momento pensei que se tratava de uma descarga elétrica porque teve um clarão muito forte. Mas eu senti como se tivesse um estado de choque no corpo. Não identifiquei como tiro porque teve um clarão. Aí eu entrei para casa, no apartamento que fica no segundo andar, em um bairro bem tranquilo daqui”, relata.

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Cláudia reforça o poder da afetividade na aprendizagem || Foto Gilvan Rodrigues

A afetividade ajuda a aumentar o rendimento escolar e se constitui em base da aprendizagem, na opinião da doutora em Educação Cláudia Celeste Lima Costa de Menezes. “A afetividade no ambiente escolar deve ter como objetivo a construção do sujeito ativo, com pensamento crítico e desafiador e produtor do seu próprio conhecimento”, afirma.
Para a educadora, a escola não pode deixar de lado seu papel social, de integração e respeito. Precisa do carinho e atenção aos alunos junto com a família. “A escola pode ser o primeiro agente socializador depois do círculo familiar da criança”.
Cláudia proferiu palestra na Escola Curumim, em Itabuna, onde abordou a afetividade no ambiente escolar. A palestra faz parte do projeto Pacto, de acordo com Raquel Prudente, uma das diretoras da escola. Durante todo o ano, são promovidas palestras voltadas ao público interno e externo ao ambiente escolar.
Na opinião dela, a afetividade tem um papel crucial no processo de aprendizagem do ser humano. “A afetividade é a base da aprendizagem”, diz. “Educação neste novo cenário exige a interação família e escola. No diálogo, na escuta, no cuidado e no carinho e no amor, na afetividade. Na prática de valores como a solidariedade, respeito, honestidade, atenção, justiça, amor, igualdade e coerência”, aponta.
“CATIVAR É AMAR”
A afetividade é um dos sentimentos que mais gera autoestima, produz um hormônio a serotonina que mais gera bem estar do corpo. “Cativar é amar e o mundo esta perdendo o sentido do amor. Temos que abraçar nosso filho e dizer eu te amo, o poder da afetividade. Temos que potencializar o ser humano a revelar seus sentimentos em relação a outros seres e objetos”, diz.

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Bárbara AndradeBárbara Maria Fagundes Andrade

O novo lugar da mulher atual acabou por deixar espaço recaindo sobre os homens para que expressem um comportamento mais participativo e envolvente nos relacionamentos afetivos e familiares, o que vem contribuindo para o surgimento de uma nova concepção de masculinidade/paternidade.

O que é ser mulher? Que aspirações tem a mulher da atualidade? Que nova mulher é essa? O que a menina, agora, quer ser quando crescer? Mãe? Uma profissional bem-conceituada? Mulher maravilha? Quem é esta nova mulher que tem conquistado os corredores sociais?

Mês passado, ao assistir o programa Saia Justa, da GNT, a fala da atriz Maria Ribeiro chamou-me a atenção, pois a mesma indagava que só haviam explicado a ela o “lado romântico da maternidade” e que a maternidade não é de toda tão romântica assim, mesmo tendo tido uma experiência única com a chegada de seu primeiro filho.

Analisando a história da mulher ao longo dos anos, percebemos as grandes transformações significativas que ocorreram no modo como elas se posicionam no mundo. Observa-se, que a mulher de outrora não é mais a mulher da atualidade, essa nova mulher já não tem mais como aspirações primordiais: a maternidade, o sonho de ter uma família, cuidar de casa…. Agora elas querem e desejam suas realizações profissionais, embora ainda existam algumas mulheres que desejam, sim, ser mãe, mas não em primeiro plano, pois acabam priorizando suas profissões, como apontam algumas pesquisas e estatísticas. O que mudou? Será que mudou?

O movimento feminista (1960), novos arranjos familiares (família nuclear, família patriarcal, família homoafetiva, monoparental, etc.), Lei do Divórcio, advento da pílula anticoncepcional, dentre tantos fatores sócio-históricos ao longo dos anos, ajudaram nesse movimento de mudança do lugar da mulher em seus meios sociais, principalmente no familiar.

Consideramos o momento atual como um momento de transição, posto que, devido às inúmeras transformações por que vêm passando as sociedades modernas neste novo século, os antigos conceitos culturais de classe, gênero, etnia, raça e sexualidade, entre outros, que antes nos forneciam nosso lugar como indivíduos estão se fragmentando, acarretando também mudanças em nossas identidades pessoais, como por exemplo, que lugar de mulher não é na cozinha ou cuidando de seus filhos.

A perda dos antigos referenciais, que marcavam as antigas identidades sociais e individuais, vem levando os indivíduos a tentar buscar novos referenciais, inclusive aqueles que dizem respeito aos papéis de gênero. Vale lembrar que gênero aqui não se trata de sexo (masculino ou feminino), e sim o que o sujeito define ser ao longo de sua vida, seria um posicionamento social. Tais papéis, que antes eram muito bem estruturados, acabaram por incorporar formas plurais e fragmentadas de identificações, que caracterizam o sujeito contemporâneo.

A cultura patriarcal teve como um de seus efeitos o distanciamento do homem da cena familiar, composta basicamente pela mãe e seus filhos. Contudo, a nova mulher, que não é mais aquela mulher do lar e sim aquela que contribui para o sustento familiar, ou mesmo aquela que deseja e aspira por uma profissão e não por um casamento, veio quebrar a hierarquia doméstica e iniciar indagações referentes à autoridade paterna. No entanto, autores como Gomes e Resende (2004), alertam que “a mudança de hábitos não acompanha o ritmo da transformação dos valores” e, por isso, podemos observar que, não apenas a identidade feminina, mas também a masculina, transitam, no momento atual, por modelos tradicionais e modernos, sem que um, necessariamente exclua o outro.

O novo lugar da mulher atual acabou por deixar espaço recaindo sobre os homens para que expressem um comportamento mais participativo e envolvente nos relacionamentos afetivos e familiares, o que vem contribuindo para o surgimento de uma nova concepção de masculinidade/paternidade.

Hoje, embora ainda seja mais difícil para as mulheres assumir cargos de maior poder e prestígio, elas estão ampliando seu campo de atuação profissional e investindo cada vez mais em uma boa formação acadêmica, tentando alcançar, com isso, maiores e melhores oportunidades no mercado de trabalho.
É frequente vermos mulheres que desempenham verdadeiros papéis de Mulher Maravilha, pois estas, além de serem mães, são profissionais bem conceituadas, esposas/namoradas, amigas, filhas, líderes e por aí vai. Esta mulher da atualidade já não quer somente ser do lar quando crescer. Elas querem, sim, ser quem elas quiserem ser, “simplesmente mulher”.

Bárbara Maria Fagundes Andrade é psicóloga e especialista pela UFBA em Formação de Operadores do Sistema de Atendimento Socioeducativo.

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Rosivaldo PinheiroRosivaldo Pinheiro

 

Precisamos disciplinar nossas rotinas para não nos isolarmos do mundo no aspecto das trocas de convivência, limitando nossa interação por conta do excesso de contato feito unicamente pelas redes sociais.

 

As tecnologias do mundo moderno criaram facilidades, tais como agilidade, proximidade e ampliação do leque de possibilidades profissionais, mas também possibilitaram diversos males. Num clique podemos destruir vidas; num impulso, permitimos invasões de privacidade, invadimos e nos expomos às vulnerabilidades do excesso de disponibilidade e de informações no espaço virtual.

Nos tempos em que eu iniciava a vida executiva, não existiam os mecanismos de hoje e por isso existia uma delimitação melhor de vida pessoal, trabalho e respeito aos mundos de cada indivíduo. O dia de trabalho geralmente terminava no local de trabalho, com exceções, obviamente. Mas não era regra, como corriqueiramente ocorre hoje, a extensão do horário e ambiente de trabalho nas residências, nos horários de folga.

Para além da liberdade proporcionada pela simultaneidade entre execução de tarefas e locomoção e agilidade nos feedbacks, os smartphones também roubam a atenção do que deveria ser prioridade, tais como o olho no olho, o tempo livre de preocupações para desacelerarmos a rotina e fazermos reflexões sobre nós mesmos e nossa estada no mundo… Atrapalham até quando o nível de amizade é medido pelo termômetro do tempo que levamos para responder uma mensagem no WhatsApp após visualizá-la.

Vivemos um novo tempo, novos paradigmas, e precisamos entender ou nos esforçar para proceder a adaptações a esse momento da vida em sociedade. Precisamos disciplinar nossas rotinas para não nos isolarmos do mundo no aspecto das trocas de convivência, limitando nossa interação por conta do excesso de contato feito unicamente pelas redes sociais.

Nada substitui o calor humano de um abraço, o olhar nos olhos e a sinergia da solidariedade presencial. Vivamos os benefícios da tecnologia sem nos esquecer de que ela foi pensada para nos propiciar soluções, e não para nos ambientar ao isolamento das emoções e nos transformar em consumidores compulsivos dos ambientes virtuais. Não nos esqueçamos de que todos os indivíduos têm e precisam do recolhimento familiar, do aconchego da casa e da necessidade de praticar o ócio, criativo ou não.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em planejamento e gestão de cidades.

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papa-francisco1O papa Francisco pediu hoje (8), na exortação apostólica “Amoris Laetitia” (“A alegria no amor”), que sejam evitadas posturas rígidas perante situações “familiares irregulares”, como a dos divorciados que voltaram a casar. Ele apoiou a readmissão dos recasados (casais em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo) nos sacramentos, mediante um processo de acompanhamento.

Na exortação, o papa indica “o caminho do discernimento”, ou seja, um padre deve identificar caso a caso “as situações irregulares”, como um casal de divorciados recasados para que sejam readmitidos nos sacramentos.

“É importante que os divorciados que vivem uma nova união sintam que fazem parte da igreja, que ‘não estão excomungados’, e não são tratados como tal, porque sempre integram a comunhão eclesiástica”, defendeu Francisco. Da Agência Brasil

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ESCOLA FAMÍLIA

Da Agência Brasil

O envolvimento dos pais e o nível socioeconômico das famílias têm maior influência no desempenho dos estudantes do ensino fundamental no Brasil do que a infraestrutura das escolas e o fato de os estabelecimentos estarem localizadas no campo ou na cidade. É o que mostra o Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce), lançado hoje (30) pelo Escritório Regional de Educação da Unesco para a América Latina e o Caribe.

O estudo também considera a disponibilidade de material escolar e a pontualidade dos professores como fatores que melhoram o desempenho. “Não se observam diferenças de desempenho entre escolas urbanas públicas, urbanas privadas, nem rurais, depois de considerar todos os fatores de contexto social, de aula e escolares. O mesmo ocorre com a infraestrutura, que não mostra relações significativas com o desempenho”, diz o estudo.

O Terce avalia o desempenho escolar no ensino fundamental – do 4º ao 7º ano do ensino fundamental, no Brasil; e da 3ª à 6ª série, nos demais países – em matemática, linguagem (leitura e escrita) e ciências naturais. Os primeiros resultados do Terce foram divulgados no ano passado. Nesta divulgação, o estudo incluiu os fatores associados à aprendizagem em cada país.

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

De acordo com o estudo, no Brasil, o desempenho dos estudantes melhora quando os pais acompanham os resultados obtidos na escola, apoiam os filhos e chamam a atenção deles. O desempenho, no entanto, piora, quando os pais supervisionam e ajudam sempre nas tarefas escolares, tirando a autonomia dos filhos.

Segundo o estudo, os estudantes que vivem em regiões desfavorecidas têm desempenho pior, independentemente das condições da própria casa. No entanto, se os pais têm altas expectativas e incentivam os filhos quanto ao que será capaz de alcançar no futuro, ele obtêm melhores resultados.

O Terce mostra ainda que frequentar a pré-escola, desde os 4 anos, melhora o desempenho dos estudantes. Por outro lado, faltar à escola diminui o desempenho.

Em relação às novas tecnologias, os estudantes do 7º ano que usam computadores na escola com frequência tendem a conseguir pontuações menores em matemática. Já os que utilizam o computador fora do contexto escolar tendem a ter melhores resultados em todas as provas.

O Terce é um estudo de desempenho da aprendizagem em larga escala realizado em 15 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai), além do estado de Nuevo León (México). Mais de 134 mil crianças do ensino fundamental participaram da avaliação.

BAIXO DESEMPENHO

O desempenho dos estudantes brasileiros no ensino fundamental é igual à média dos demais estudantes de países avaliados pelo Terce em escrita e em ciências naturais em todos os níveis e em leitura, no 4º ano, e em matemática, no 7º. O país supera a média em matemática, no 4º ano, e em leitura, no 7º ano.

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GUSTAVO HAUNGustavo Haun | g_a_haun@hotmail.com

Aluno espancando, física e moralmente, professor em sala de aula e vice-versa é “normal”, os noticiários abundam nesse quesito.

Quando tive o privilégio de entrevistar a professora e filósofa Tânia Zagury, em Salvador, quando do lançamento do seu livro Professor Refém, ela nos indicou que a indisciplina em sala de aula era responsável pela maior queixa dos docentes pesquisados para o opúsculo, mais de 40% afirmaram ter problemas com a disciplina dos alunos.
Realmente ela está coberta de razão. Esse é o pior motivo de os futuros universitários não optarem por licenciaturas ao longo da sua formação acadêmica, ganha disparado contra o baixo salário da categoria, além de outros problemas inerentes à profissão.
Pesquisas feitas pelo Datafolha e USP demonstraram que os bons estudantes do Brasil optam em cursar bacharelados, o que faz com que apenas os maus procurassem as licenciaturas, por serem de baixa concorrência no vestibular ou Enem, ficando relegadas, portanto, à ínfima qualidade. É óbvio que o sujeito pode fazer uma licenciatura e se melhorar na faculdade, ser um excelente profissional, no entanto, isso não é uma praxe, nem garantia que vá atuar na área.
A fórmula de tudo isso é muito simples: professores despreparados mais alunos sem educação, respeito, limite, é igual à indisciplina – que não deixa de ser uma violência ao outro.
Infelizmente, não há como dissociar a família desse processo. E como o núcleo familiar está cada dia mais esfacelado, confuso, desestruturado, é normal que se reflita na prole, logo, no mundo!
O lar na pós-modernidade está um pouco sem direção, perdido. Pais precisam trabalhar turnos dobrados para ter condições de sobrevivência, enquanto que a educação dos filhos vai sendo relegada aos parentes, empregados, à mídia, às drogas… A sociedade como um todo ainda não conseguiu um equilíbrio entre as inúmeras variáveis dessa equação.
O resultado tem sido difícil e complicado. Aluno espancando, física e moralmente, professor em sala de aula e vice-versa é “normal”, os noticiários abundam nesse quesito. Brigas, gritarias e conversas durante a aula, atos violentos contra o educador, além da famosa “pesca”, perguntas capciosas dirigidas aos docentes e interesse unicamente por nota são outros fatores gerados pela indisciplina.
Para não ficar só nos discentes, mestres roucos, com pressão-alta, esgotados e estressados, sofrendo com a síndrome de burnout, são o comum visto. É claro que aí reflete também o desestímulo, o descompromisso e a mecanicidade da aula dada por nós, profissionais da educação, que já sofremos pressão enorme de coordenadores e diretores insensíveis.
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