Marco Wense
É bom lembrar que na última vez que falou sobre a sucessão de 2020, no programa de Roberto de Souza, Rádio Nacional, Josias não descartou a possibilidade de sair candidato a prefeito de Itabuna. Transferiria seu domicílio eleitoral de Ilhéus para a irmã e vizinha cidade.
Um, dois, três… De quinze pré-candidatos, somente cinco ou seis vão até o fim disputando a sucessão de Fernando Gomes, prefeito de Itabuna por cinco vezes.
Dificilmente teremos outro político para superar essa marca de ter governado Itabuna em cinco oportunidades, sendo sempre derrotado quando tentava o segundo mandato consecutivo.
Com efeito, nenhum alcaide conseguiu quebrar o tabu de permanecer no cargo pelo instituto da reeleição. O eleitorado itabunense não gosta de reeleger o chefe do Executivo.
O substituto de Fernando, que será conhecido em outubro de 2020, vai sair do grupo do governador Rui Costa ou de Mangabeira, sem dúvida o nome da oposição com mais chances de derrotar o candidato do governismo, seja municipal ou estadual.
O candidato do governador será também o de Fernando Gomes e vice-versa. Não teremos dois postulantes ao Centro Administrativo Firmino Alves dessa aliança. A tendência é pela escolha de um petista.
Nos bastidores, principalmente do Palácio de Ondina, o que se comenta é que Josias Gomes, ex-secretário de Relações Institucionais, seria o nome indicado pela cúpula do PT com o aval de Rui Costa e o ok de Fernando Gomes.
É bom lembrar que na última vez que falou sobre a sucessão de 2020, no programa de Roberto de Souza, Rádio Nacional, Josias não descartou a possibilidade de sair candidato a prefeito de Itabuna. Transferiria seu domicílio eleitoral de Ilhéus para a irmã e vizinha cidade.
Do outro lado, o grupo de Mangabeira com Augusto Castro e todos que querem uma mudança na política de Itabuna, um ponto final no fernandismo, que não pode ser subestimado, continua enraizado e respirando sem ajuda de aparelhos.
Se a eleição fosse hoje, o prefeito de Itabuna seria o médico Antônio Mangabeira, do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
O que chama atenção na sucessão de 2020, é a pretensão de se candidatar dos ex-prefeitos Geraldo Simões, Claudevane Leite e Capitão Azevedo. Os dois primeiros ligados ao PT. O militar a ACM Neto, gestor soteropolitano, presidente nacional do DEM e candidatíssimo ao governo da Bahia no pleito de 2022.
No mais, esperar o desenrolar dos acontecimentos para um comentário mais firme, consistente e com pouca especulação.
Vale ressaltar que especular, dentro de uma certa lógica e racionalidade, é inerente ao jornalismo político. Do contrário, a análise ficaria condicionada ao surgimento do fato, que poderia acontecer até mesmo na véspera do dia da eleição. Portanto, a projeção do que pode vim pela frente é perfeitamente aceitável.
Lá na frente teremos o fernandismo e o petismo de mãos dadas para fazer o sucessor de Fernando Gomes, ilustre integrante do Movimento dos Sem Partido, o MSP.
Marco Wense é articulista e colunista do Diário Bahia.