Imagem da videoconferência que encerrou a 7ª edição do Festival de Cinema Baiano
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O primeiro Festival de Cinema Baiano (Feciba) totalmente online termina com números animadores, apesar da pandemia de Covid-19. A sétima edição do evento exibiu 50 filmes e promoveu 20 debates, além de oficinas. “Não houve a interação direta com o público, como sempre acontece nos debates após as sessões, mas ganhamos em alcance e engajamento, atraindo pessoas de diversos lugares da Bahia, do Brasil e do mundo, interessadas no cinema realizado por baianos, o que dá um alcance internacional ao evento”, celebra Victor Aziz, do Núproart, um dos realizadores do Festival.

O 7º Feciba aconteceu de 15 a 26 de março e somou 17.396 visualizações da programação na internet, com 2.218 horas assistidas por 5.836 espectadores. Além disso, foi mobilizada uma equipe de 14 profissionais baianos, 11 curadores e mais de 60 convidados para os debates.

Um dos destaques desta edição foi a ampliação do leque de temas abordados nos debates, que contaram com tradução simultânea, garantindo acessibilidade em Libras para surdos e deficientes auditivos. “Esse público contribuiu muito nos mostrando o melhor caminho para implantar acessibilidade no Festival. Foi um evento histórico, e que nos fez pensar em formatos híbridos para os próximos, mesclando programação presencial e online”, arremata Aziz.

DEBATES

O público interagiu intensamente com as mesas formadas por realizadores dos filmes selecionados e por especialistas, e debateu questões referentes à representatividade e +à presença de mulheres, negros e LGBTQIA+ em frente e atrás das câmeras, além de questões sobre produção cinematográfica em tempos pandêmicos, uso de ferramentas da internet, distribuição de produtos audiovisuais no mercado, dentro e fora da Bahia, e cineclubismo. Todo esse conteúdo vai continuar disponível no canal do Feciba no Youtube.

“Já é uma marca do Feciba os encontros presenciais com os realizadores, com os bate papos logo após a sessão, ali, dentro do cinema. Desta vez, o Festival se reinventou e com isso ganhou muito em público, mesmo em um período em que havia muita coisa acontecendo paralelamente. Os números confirmam o êxito do evento, mas o feedback que a nossa equipe recebeu do público, dos participantes e dos cineastas foi incrível!”, comemora Henrique Filho, da Voo Audiovisual, também realizadora do evento.

OFICINAS

Outra marca do Feciba é a promoção de oficinas para aprimoramento da mão de obra do audiovisual baiano. Nesta edição, a quantidade de vagas foi triplicada, somando 240 inscritos para oficinas com Cecília Amado, Orlando Senna, Solange Lima e Thiago Almasy. Além de profissionais do audiovisual, muitos estudantes de cinema participaram desses momentos, compartilhando com veteranos suas ideias e formas de fazer cinema com os recursos tecnológicos disponíveis.

MÚSICA

A cantora Eloah Monteiro fez uma live show diretamente de Ilhéus, abrindo o evento com o seu repertório autoral na noite do dia 14 de março. Já o encerramento aconteceu na tarde do último sábado (27), com show da banda Manzuá, que lançou o seu álbum homônimo nesta apresentação, tocando para um público que lotaria o Teatro Municipal de Ilhéus, onde foi realizada a primeira edição do evento há 10 anos. ‘Um show emocionante, épico!”, festejaram os integrantes da banda.

Mesmo acontecendo após uma lacuna de cinco anos, devido à falta de financiamento para a realização, esses dados só confirmam a potência do Festival como instrumento de divulgação e fruição de produtos culturais baianos, avalia Tacila Mendes, assessora de comunicação do festival.

O Festival de Cinema Baiano é uma produção do Núcleo de Produções Artísticas (Núproart) e da Voo Audiovisual. Esta edição tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Festival vai exibir 50 filmes pela internet || Foto Renata Sant'Anna
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Prepare a pipoca, a internet e o sofá. Cinco anos depois, o 7º Festival de Cinema Baiano (Feciba) volta ao seu lugar de vitrine das produções do estado. Serão dez dias de programação totalmente online e gratuita, entre 15 e 26 de março. Na grade, 50 filmes, quatro oficinas, 20 debates e duas lives-show.

Com o tema Dentro de casa, asa, o evento é uma produção do Núcleo de Produções Artísticas (Núproart) e da Voo Audiovisual, e chega para dar destaque ao que há de mais recente no cinema realizado por baianos. “É com muito prazer que realizamos a sétima edição do Feciba totalmente diferente e adaptado para esse momento pandêmico. Apesar de distantes, estamos conectados pelas redes e pela arte. O Festival veio para mostrar como o cinema baiano cresceu, multiplicou e está se tornando diverso”, celebra Edson Bastos, produtor executivo e diretor artístico do projeto.

Uma das atrações musicais desta edição será a banda itabunense Manzuá, com o show de encerramento do Feciba.

DEBATES

Sob a ótica do cinema baiano, serão promovidos verdadeiros mergulhos nos temas mais urgentes da atualidade. O evento traz 20 lives-debates, todos os dias às 15h e às 19h. Todos terão tradução simultânea, garantindo acessibilidade em Libras para surdos e deficientes auditivos.

Às 15h, o Feciba pauta a internet com os seguintes temas: “Personagens femininas: representatividade nas narrativas cinematográficas” (dia 15); “Em casa, asa: cinema em tempos pandêmicos” (dia 16); “Ferramentas de Internet: presente e futuro, no audiovisual” (dia 17); “O sagrado no audiovisual: a representação das Religiões de Matrizes Africanas no cinema baiano” (dia 18); “Cinema de preto: produções audiovisuais construindo narrativas afrocentradas” (dia 19); “Cinema e memória: como o cinema baiano desconstrói seu passado?” (dia 22); “Cineclubes: fluidez e valorização do cinema” (dia 23); “Cinema é arte coletiva: produção e recepção do cinema baiano” (dia 24); “Sessão Covid: Cinema e reinvenção” (dia 25). No último dia, excepcionalmente, o debate será às 14h, com o tema “Cinema e escola: a função didática dos filmes” (dia 26).

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Confira a lista dos 150 filmes que serão exibidos na 7ª edição do Feciba
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O 7º Festival de Cinema Baiano (Feciba) divulgou nesta sexta-feira (19) a lista dos 50 filmes que serão exibidos na edição deste ano. Serão 10 longas, 10 médias e 30 curtas-metragens produzidos por baianos nos últimos cinco anos.

O produtor executivo e diretor artístico Edson Bastos ressalta que é uma tarefa muito difícil escolher os filmes que vão participar de um evento, pois obras muito boas ficam de fora. “Mas a curadoria do Feciba fez um excelente trabalho. Uma equipe diversa e competente que se dedicou durante dias de visionamento e horas de diálogos intensos para chegar ao resultado dos 50 filmes que vão fazer parte desta edição do festival”, reitera.

O tema deste ano – Dentro de casa, asa – reflete bem o que o público pode esperar das mostras deste Feciba. Devido à pandemia de Covid-19, a programação deste ano será totalmente online, além de gratuita, incluindo as mostras, quatro oficinas e vinte debates transmitidos ao vivo. A programação acontecerá de 15 a 26 de março.

CURADORIA

Para a tarefa de escolher entre as produções inscritas, entrou em cena um time de 11 curadores escolhidos em seleção realizada entre janeiro e fevereiro. Foram eles: Cláudio Lyrio (Itabuna), Enoe Lopes Pontes (Salvador), Euclides Santos Mendes (Pindaí), Jhefferson Jhekson (Cruz das Almas), José Araripe Júnior (Salvador), Lecco França (Salvador), Marialva Monteiro (Rio de Janeiro), Marise Urbano (Salvador), Michel Santos (Luiz Eduardo Magalhães), Naira Évine (Salvador) e Ruthe Maciel (Juazeiro).

José Araripe Júnior, um dos curadores dos longas-metragens, não esconde a euforia com que se envolve no trabalho. “Ver o retorno do FECIBA com uma safra de produções tão criativas, impactantes e comprometidas com o contexto cultural, histórico e social da Bahia, não enche apenas os olhos do curador; faz bater mais forte o coração do cinéfilo”.

A curadora Marise Urbano fez parte da selação dos curtas. “Eu pude, em poucos dias, assistir a mais de 100 produções baianas de diversas regiões, o que me atualizou sobre o contexto dos últimos anos. Sinto que os filmes selecionados dão conta de caracterizar as produções do nosso estado. Priorizamos uma perspectiva descentralizada e decolonial de se fazer cinema. Julgamos ter, em nossa seleção, uma infinita diversidade de formas e conteúdos, o reflexo de uma sociedade diversa e rica como é a Bahia”, conta.

Já a curadora Naira Évine, que se debruçou sobre a seleção dos média-metragens inscritos, destaca como o cinema baiano tem ampliado o seu repertório. “Hoje temos uma diversidade de pessoas com a câmera na mão e uma ideia na cabeça e isso não tem mais volta. Notamos que os baianos tem muito a falar, quer falar e está falando. Engana-se quem resume esse estado a apenas um jeito de ser e pensar. Conheci a fundo novas histórias, manifestações culturais, memórias e protestos”.

Clique em Leia mais para ver todos os 50 filmes selecionados.

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Inscrições vão até o próximo dia 31
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A vitrine do cinema baiano está de volta. Depois de cinco anos desde a última vez em que foi realizado, o Festival de Cinema Baiano (Feciba) promoverá sua sétima edição com uma programação inteiramente online, exibindo 50 filmes, feitos exclusivamente por realizadores baianos entre 2016 e 2021.

Para compor a grade, o festival recebe inscrições para mostras não competitivas de curtas, médias e longas-metragens até o dia 31 de janeiro. Cada realizador que tiver seu filme selecionado receberá um valor em dinheiro e participará de um dos debates propostos pelo evento.

A produção também analisa, até o próximo dia 24, currículos de pessoas interessadas em compor a curadoria desta edição. Para saber mais sobre como inscrever o seu filme ou como se candidatar à curadoria do festival, clique aqui.

Entre 15 e 26 de março, o Festival promoverá 20 lives com nomes reconhecidos do audiovisual baiano, além de quatro oficinas de formação em cinema. Todos os debates terão interpretação em Libras.

A coordenadora geral do evento, Cristiane Santana, destaca que, devido ao contexto de pandemia, houve a necessidade de adequar a programação para realizar o festival pela primeira vez num formato totalmente online e gratuito. “Esta experiência é mais um desafio que alargará o potencial dos produtos cinematográficos produzidos na Bahia. Nesse processo de reExistência, desejamos alcançar os mais diversos públicos e ensejar novos diálogos sobre os fazeres do audiovisual”, comenta.

O FECIBA é uma produção do Núcleo de Produções Artísticas (Núproart) e da Voo Audiovisual. Esta edição tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.