Tempo de leitura: 2 minutosMarco Wense
“Não existe disputa nenhuma, já que são dois votos para o Senado”, a declaração, com o intuito de negar qualquer atrito entre os candidatos ao Senado da República, é do governador Jaques Wagner.
Correligionários de Lídice da Mata (PSB) desconfiam da existência de um movimento dentro do petismo para que os petistas só votem em Walter Pinheiro, mesmo podendo sufragar dois candidatos para o Senado.
Segundo os socialistas, o PT teme que Lídice tenha mais votos do que Pinheiro. A outra vaga, já que são duas para o Senado, seria de César Borges (PR), que ocupa o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.
Aqui em Itabuna, por exemplo, muitos petistas, inclusive integrantes do diretório municipal, presidido pela professora Miralva Moutinho, braço esquerdo e direito do deputado Geraldo Simões, são simpatizantes do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
É o Partido dos Trabalhadores complicando a vida do candidato Jaques Wagner, que busca, via reeleição, o segundo mandato para o governo da Bahia.
FICHA SUJA
Uma vez comprovada a culpa dos senhores “homens públicos”, depois de uma análise criteriosa de cada caso, respeitando os princípios constitucionais, os “fichas-sujas” deveriam ficar inelegíveis para o resto da vida. Uma espécie de inelegibilidade perpétua.
É bom lembrar, principalmente para os dignos ministros do STF, órgão máximo do Poder Judiciário, que o maior princípio, o princípio dos princípios, o princípio-mor, o mais relevante de todos, é o do respeito ao dinheiro público.
Portanto, que os “fichas-sujas”, os abutres do sagrado dinheiro público, os moleques, os ladrões engravatados, sejam devidamente punidos, sob pena de alimentar o maior monstro do sistema democrático: a impunidade.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.