Presidenciável afirma que ainda há tempo para que o debate público reencontre rumo e equilíbrio
Tempo de leitura: 2 minutos

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) se manifestou hoje (8), em tom crítico, sobre a nota divulgada ontem (7) pelo Ministério da Defesa. O texto, que foi assinado pelo ministro Walter Braga Netto e os comandantes das Forças Armadas, afirma que o senador Omar Aziz (PSD-AM) desrespeitou os militares “generalizando esquemas de corrupção”.

Na verdade, o senador não fez generalização. Ao contrário, o parlamentar disse que a banda podre dos militares, sobre a qual pesam suspeitas de corrupção, mancha a história das Forças Armadas. Segundo Ciro, a nota do Ministério da Defesa retirou a declaração de Omar Aziz de contexto.

“O debate dos problemas nacionais está tão tenso e distorcido, e a percepção dos fatos políticos tão contaminada, que uma declaração singela do senador Omar Aziz, retirada do contexto, é capaz de gerar uma nota tão grave – e sem foco – como a emitida pelo Ministério da Defesa”, escreveu Ciro nas redes sociais.

Para o pedetista, a reação do ministro e dos comandantes parece ser o efeito colateral da presença excessiva de militares – muitos ainda na ativa – em cargos de natureza civil. “Mas, excessos de uma retórica anacrônica jamais conseguirão ocultar excessos de vícios burocráticos”.

Por fim, Ciro Gomes defendeu que o debate público deve ser mais equilibrado e a exibição de força, menos explícita. “Nenhum personagem pode confundir seus humores e seus interesses com o destino das instituições. Ainda há tempo de se reencontrar o rumo e o equilíbrio. De outro modo, podemos vivenciar o caos, a intolerância e a violência”, concluiu o ex-ministro e ex-governador do Ceará.

O vídeo a seguir, do site Poder360, mostra o momento da declaração do senador. A nota do Ministério da Defesa segue abaixo.

NOTA OFICIAL

Brasília, 07/07/2021 – O Ministro de Estado da Defesa e os Comandantes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira repudiam veementemente as declarações do Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Senador Omar Aziz, no dia 07 de julho de 2021, desrespeitando as Forças Armadas e generalizando esquemas de corrupção.

Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável.

A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições pertencentes ao povo brasileiro e que gozam de elevada credibilidade junto à nossa sociedade conquistada ao longo dos séculos.

Por fim, as Forças Armadas do Brasil, ciosas de se constituírem fator essencial da estabilidade do País, pautam-se pela fiel observância da Lei e, acima de tudo, pelo equilíbrio, ponderação e comprometidas, desde o início da pandemia Covid-19, em preservar e salvar vidas.

As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro.

Walter Souza Braga Netto
Ministro de Estado da Defesa

Alte Esq Almir Garnier Santos
Comandante da Marinha

Gen Ex Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Comandante do Exército

Ten Brig Ar Carlos de Almeida Baptista Junior
Comandante da Aeronáutica

Tempo de leitura: 3 minutos
Militares vão atuar no combate ao Aedes aegypti (Foto Fiocruz).
Militares vão atuar no combate ao Aedes aegypti (Foto Fiocruz).

O governo federal anunciou hoje (27) que 220 mil miltares vão ajudar no combate ao mosquitoAedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika. Em coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, informou que os homens das três Forças Armadas vão atuar em 356 municípios.

“As Forças Armadas já exercem essa função auxiliar desde o primeiro momento de combate ao mosquito Aedes aegypti. Agora estamos intensificando a mobilização onde há uma incidência maior”, disse Aldo Rebelo.

Dos 356 municípios, 115 concentram grande quantidade de casos de microcefalia, que podem ter sido provocados pelo vírus Zika. A atuação das Forças Armadas vai complementar as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios. Aldo Rebelo informou que a ação dos militares será dividida em quatro etapas.

A primeira ocorrerá até o dia 4 de fevereiro quando os militares farão um mutirão para erradicar criadouros do mosquito em instalações das Forças Armadas em todo o país.

No dia 13 de fevereiro, quando ocorrerá a segunda fase, 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas farão uma ação de conscientização para orientar a população no combate ao mosquito. Os militares irão distribuir panfletos com um número de telefone local que irá receber denúncias de locais onde haja proliferação do mosquito.

Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Marinha e Exército estão com diversos editais em aberto para quem tem nível médio e superior. Ao todo, são 2.001 vagas, 1.910 para o Exército e 91 para a Marinha. Homens, entre 17 e 22 anos, nível médio completo e altura mínima de 1,60m podem se candidatar para as 500 oportunidades na Escola Preparatória de Cadetes (EsPCEx) do Exército, para o curso de Formação e Graduação de Oficiais de Carreira da Linha de Ensino Militar Bélico.

O Exército abriu também seleção para Cursos de Formação de Sargentos das Áreas Combatente, Logística-Técnica e Aviação ( 1.260 vagas) e de Saúde (70). Os interessados devem acessar os portais www.esa.ensino.eb.br e www.espcex.ensino.eb.br.

A Marinha lançou um total de quatro editais com 91 vagas. São seis vagas para capelães, 60 para engenheiros, 13 para cirurgiões dentistas, quatro para enfermeiros, quatro para farmacêuticos, um para fisioterapeuta, um para fonoaudiólogo, um para nutricionista e um para psicóloga. Informações em www.ensino.mar.mil.br e http://www.ingressonamarinha.mar.mil.br. Com informações do Correio.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Tropa com mais de 600 homens está no sul da Bahia desde fevereiro para atuar em conflito (Foto Pimenta).
Tropa está no sul da Bahia desde fevereiro para atuar em conflito (Foto Pimenta/Arquivo).

Pelo menos cinco mil homens do Exército devem chegar à Bahia ainda nesta quarta-feira (16) para assumir a segurança pública no estado. Há pouco, o governador Jaques Wagner informou que a presidente da República, Dilma Rousseff, assinou decreto em que autoriza o trabalho de policiamento das Forças Armadas no estado.
A presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Com isso, as Forças Armadas poderão atuar no patrulhamento e vistoria e efetuar prisões em flagrante.
Segundo o governo baiano, o general Racine Bezerra Lima, da 6ª Região Militar (Bahia e Sergipe), assumiu o comando das operações. O Exército já está nas ruas de Salvador desde ontem. No sul da Bahia, guarnições já são vistas nas ruas de Ilhéus, onde fica a base regional das Forças Armadas.
O Exército já faz a segurança na área rural de Ilhéus, Una e Buerarema desde o início do ano, mas nas terras disputadas por agricultores e índios e autodeclarados tupinambás (foto acima).
 

Tempo de leitura: 2 minutos

Comboio ExércitoTropas do Exército começaram a retornar para a zona do conflito entre agricultores e autodeclarados tupinambás no sul da Bahia, após retirada iniciada na última segunda (10). A informação foi confirmada há pouco pelo presidente da Associação dos Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerarema (Aspaiub), Abiel Silva.
Anteontem, o governador Jaques Wagner havia pedido a prorrogação do estado de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na área de 47,3 mil hectares reivindicada pelos autodeclarados indígenas. A área foi definida de acordo com estudo da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Ontem, o deputado federal Geraldo Simões disse que o estudo contém “vícios”. O parlamentar defende a manutenção dos produtores na região, assim como a permanência das tropas do Exército. Geraldo é favorável aos pequenos produtores. Mais de 20 mil pessoas residem na área do conflito.
ÍNDIOS PRESSIONAM EM BRASÍLIA
Ontem, cerca de 40 índios do sul da Bahia foram à Brasília pressionar o governo para que agilize o processo de demarcação. Enquanto Geraldo defende dos produtores e assentados da região, outro petista, o deputado federal Valmir Assunção, defende a demarcação da área que abrange os municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, e daria apoio aos indígenas na capital federal.
Valmir é criticado pelos produtores e agricultores familiares, parte deles oriunda do movimento sem-terra, a exemplo de Juraci Santana, assassinado em 11 de fevereiro, no Assentamento Ipiranga, em Una. “Não entendemos a posição dúbia de Valmir, que surgiu no movimento sem-terra”, critica um produtor.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Mais de 90 veículos e 600 homens do Exército estão no sul da Bahia (Foto Pimenta).
Mais de 90 veículos e 600 homens do Exército estão no sul da Bahia (Foto Pimenta).

A presidente Dilma Rousseff autorizou o Exército a assumir a segurança pública na região do conflito entre índios e autodeclarados tupinambás, no sul da Bahia.
A presidente acatou a “exposição de motivos interministerial”, feita pelas pastas da Defesa e da Justiça. O despacho está publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União de hoje (14).
Desde a última quarta, mais de 600 homens do Exército estão em Ilhéus à espera da ordem para entrar em ação nos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema.
A chegada do Exército ocorreu após pedido do governador Jaques Wagner. Por meio do instrumento da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), as Forças Armadas assumem a segurança na região do conflito. São mais de 47,3 mil hectares reivindicados por supostos índios.
Wagner recorreu à GLO após a Força Nacional ter sido retirada da região da Serra do Padeiro, em Una. Quatro dias depois, o agricultor Juraci Santana foi assassinado, no Assentamento Ipiranga, no Maroim, próximo à base de segurança.