Presidente também vetou compensação de emissoras de rádio e TV por horário eleitoral || Foto Alan Santos/PR
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou nesta sexta-feira (20), com vetos parciais, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional há pouco mais de um mês e o prazo para sanção terminava ontem. O aumento do Fundo Eleitoral, de R$ R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões, foi vetado.

A Secretaria-Geral da Presidência da República informou que o novo valor do fundo será definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluído no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do ano que vem.

A pasta também confirmou que houve veto das despesas previstas para o ressarcimento das emissoras de rádio e de televisão pela inserção de propaganda partidária.

Presidente fala contra aumento do fundo eleitoral, mas titubeia ao não garantir veto
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu entrevista exclusiva à Rádio Nacional da Amazônia, nesta segunda-feira (19), e falou sobre o seu estado de saúde. Na semana passada, ele ficou 4 dias internado no Hospital Vila Nova Star, na cidade de São Paulo, após o agravamento de uma crise de obstrução intestinal.

“Eu estou bem, 100%”, garantiu Bolsonaro. “Estou bem e vou cumprir essa missão até o último dia”, acrescentou, referindo-se ao mandato presidencial.

O SINAL TITUBEANTE DE VETO AO “FUNDÃO”

O Congresso aprovou o aumento do fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhão para R$ 5,7 bilhões. Agora, cabe ao presidente da República decidir se veta ou sanciona a proposta, que, no meio político, recebeu o singelo apelido de “fundão”.

Os dois filhos do presidente com assentos no Congresso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), votaram a favor do aumento. Na entrevista de ontem, Jair sinalizou que tende a vetar o novo fundão. “A tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito aos trabalhadores, ao contribuinte brasileiro”, disse.

Para quem se acostumou com a ênfase empregada por Bolsonaro na defesa das suas convicções políticas, a exemplo das loas à ditatura militar, a fala do presidente contra o o reajuste generoso do fundo eleitoral soou titubeante. Confira a entrevista.

Segundo presidente da Alba, veto a fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões é requisito para que Bolsonaro consiga manter o mínimo de coerência entre discurso e prática; filhos do presidente da República votaram a favor do "fundão"
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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), defendeu hoje (19) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vete o fundo eleitoral, no valor de até R$ 5,7 bilhões, da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022. A proposta foi aprovada no Congresso.

Para o deputado estadual, se não vetar o “fundão”, o presidente da República vai fragilizar a própria retórica. “Ele tem que vetar, se quiser manter o mínimo de coerência do seu discurso original contra a corrupção e pela moralização das contas públicas. Sancionar é confirmar que a ‘mamata’ não só continuou como aumentou em seu governo”, disparou o chefe do Legislativo baiano.

Além dos partidos do chamado Centrão, que compõem a base do governo no Congresso, a aprovação do fundo eleitoral teve votos de deputados e senadores bolsonaristas, incluindo os filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), além das deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).

AUMENTO É ABERRAÇÃO, DIZ PRESIDENTE DA ALBA

O aumento do valor do fundo eleitoral em quase três vezes é uma aberração, avalia o presidente da Alba. “Vivemos uma pandemia terrível, com as pessoas fazendo fila para pegar osso, e o Congresso Nacional aumentando a bilionária verba eleitoral de R$ 1,7 bi para R$ 5,7 bilhões. Sou deputado, vou disputar eleições no ano que vem, mas isso é um escárnio contra a população, principalmente a mais pobre deste país”, disparou Menezes.

Cacá Colchões, do Progressistas, defende uso dos recursos dos fundos eleitoral e partidário na área da saúde
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Pré-candidato a prefeito e dirigente do PP de Ilhéus, Cacá Colchões se disse favorável a destinar os recursos do Fundo de Financiamento de Campanhas e do Fundo Partidário para o combate ao coronavírus no país. Artistas, políticos e cidadãos usam as redes sociais defendendo que os mais de R$ 3 bilhões, dos dois fundos, sejam usados nas ações de controle e prevenção da doença. O prefeiturável aderiu.

– Os recursos previstos para campanhas eleitorais precisam ser usados para o serviço público de saúde neste momento de pandemia. Não é uma atitude política e, sim, humanitária. Precisamos fazer nossa parte não só como representantes do povo, mas, também, como seres humanos – justificou.