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Wagner ao lado de Marcelo Nilo no sul da Bahia (Foto Pimenta).
Wagner ao lado de Marcelo Nilo no sul da Bahia (Foto Pimenta).

Apesar de afirmar que o candidato governista ao Palácio de Ondina está apresentando “crescimento bastante significativo”, Jaques Wagner disse não ter preocupações com pesquisas neste período de pré-campanha. “Fala [significa] muito pouco. Eu mesmo sou um exemplo vivo [disso]”, acrescentou em referência ao processo eleitoral de 2006, quando acabou surpreendendo ao ser eleito em primeiro turno.
O petista se negou a comentar a união de adversários tucanos, peemedebista e do DEM, mas não deixou de cutucar.
– Eu nunca me meti no lado de lá. Eu monto o meu time. Quem monta o time de lá, é o time de lá. Eu acho que eles montaram uma chapa… (pausa) Eu não vou comentar… Durante a campanha eleitoral vai ficar clara qual é a natureza da chapa de lá.
A chapa majoritária oposicionista tem o ex-governador Paulo Souto na disputa pela cadeira de Wagner. Geddel Vieira (PMDB) disputará vaga ao Senado, enquanto o empresário Joaci Góes será o vice.
Após a visita a Santa Cruz da Vitória neste final de semana, Wagner volta à região nesta segunda-feira (28). Em Ilhéus e Itabuna, ele assina ordens de serviço de obras de recapeamento e pavimentação asfáltica dos principais corredores urbanos das duas cidades, num investimento de R$ 6,3 milhões.
O evento em Ilhéus será no Palácio Paranguá, às 9h, de onde parte para o compromisso em Itabuna, previsto para as 11h, no auditório da FTC.  O prazo de execução das obras é diferenciado – sendo 90 dias em Itabuna e 150 na cidade vizinha.

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Geddel: greve da PM.
Geddel: greve da PM.

Afoito, o peemedebista Geddel Vieira Lima nem deixou a questão esfriar. Nas inserções gratuitas do PMDB, o pré-candidato ao Senado pelas oposições faz críticas ao ex-aliado Jaques Wagner e lembra das greves dos professores e dos policiais militares, encerrada na quinta à noite e que deixou um saldo superior a 100 mortes no estado.
Aliás, Geddel é da chapa integrada pelo PSDB, partido ao qual pertence o ex-soldado da PM e vereador de Salvador, Marco Prisco. Líder das três últimas greves da PM, o vereador está preso desde a sexta (18), na Papuda, em Brasília.
Geddel usa o bordão “já deu”, na cola de Aécio Neves (“tem jeito”). O chamariz de Aécio, tucano pré-candidato a presidência da República, lembra o de um prefeito de Porto Seguro. Na campanha, o rapaz dizia que Porto tinha jeito – e a saída era o povo elegê-lo prefeito. Ele faturou a eleição, mas pouco – ou nada – fez. E saiu com a fama semelhante à de árbitro de futebol “bem-intencionado”…

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Leur diz que foi convidado, mas...
Leur diz que foi convidado, mas…

A Secretaria de Urbanismo e Transporte (Semut) de Salvador fez parte da moeda eleitoral para que Geddel Vieira Lima demovesse da ideia de rachar com a oposição e lançar-se candidato ao governo baiano. Para o posto, o peemedebista indicou o ex-deputado Leur Lomanto, também do PMDB.
Hoje, Leur agradeceu o convite e disse que não poderá assumir a pasta por causa de “novos projetos e atividades futuras”.
A assessoria do prefeito ACM Neto negou a troca. Orlando Santos continuará à frente da Semut. Santos assumiu a pasta, na semana passada, em substituição a José Carlos Aleluia.
Fica a dúvida se alguém quis arrombar a porta…

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Rui ainda não tem vice definido.
Rui ainda não tem vice definido.

Caberá ao governador Jaques Wagner (PT) definir o nome do (a) candidato (a) a vice na chapa do amigo Rui Costa. Após especulações em torno de Andréa Mendonça (PDT), Alice Portugal (PCdoB) e Eliana Boaventura (PP), Mário Negromonte fincou pé e, novamente, insiste em ter a sua esposa (a dele, pois!) como vice de Rui. Ena Wilma Negromonte, a esposa do Mário, é prefeita de Glória, município da região de Paulo Afonso.
Negromonte atuou forte contra o nome de Eliana Boaventura. Conseguiu unir boa parte do PP contra a ex-deputada da região de Feira de Santana. E voltou a indicar a esposa, principalmente por não aceitar Eliana – nem João Leão no posto.
E a oposição?
Geddel seria o candidato do "consórcio", mas Souto desistiu de desistir...
Geddel seria o candidato do “consórcio”, mas Souto desistiu de desistir…

Enquanto o governo discute quem será o vice, o consórcio DEM-PSDB-PMDB está próximo de uma ruptura. Após Paulo Souto dizer a ACM Neto que não aceitaria concorrer ao governo, o sisudo deu cavalo-de-pau justamente quando tudo corria para que Geddel Vieira Lima fosse o candidato. O peemedebista havia sido comunicado, por Neto, da desistência de Souto – que, àquela altura, já havia desistido de desistir.
Agora, Geddel não quer outra posição que não seja a de candidato ao governo. Existem até conjecturas em torno de uma possível aliança entre o ex-ministro e a senadora Lídice da Mata, pré-candidata pelo PSB. A situação no consórcio demo-tucano-peemedebista só se resolverá, pelo visto, se Geddel for o escolhido. Ou ACM Neto deixar a prefeitura de Salvador para disputar o governo.

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Leur (à esquerda) defende candidatura de Geddel Vieira (Foto Jequié Repórter).
Leur (à esq.) defende candidatura de Geddel Vieira (Foto Jequié Repórter).

O deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB) criticou o que ele chamou de “falta de interesse” do PSDB em fortalecer a candidatura tucana a presidente da República. Leur defende Geddel Vieira Lima como cabeça de chapa no agrupamento das oposições e acredita que esta seria uma saída para que Aécio Neves contasse com o apoio do PMDB no estado.
A crítica foi direcionada, com nome e sobrenome:
– João Gualberto é uma grande liderança e pode agregar muito em qualquer lugar da chapa, mas é estranha a falta de interesse do PSDB baiano em fortalecer a candidatura do senador Aécio, já que o PMDB pode ser um apoio fundamental para o tucano nas aspirações presidenciais. A unidade não pode ser construída apenas com discurso. É preciso demonstrar isso com gestos e atitudes – disse o peemedebista.
COMPARATIVO SOUTO X WAGNER
O peemedebista está no time dos que acreditam que a candidatura de Geddel livra as oposições de um debate de comparações entre petistas e democratas, já que Paulo Souto foi governador por duas vezes. Na avaliação de Leur, Geddel é “o melhor nome para representar o grupo no pleito de outubro”.
– A sua candidatura evita um debate de comparações [entre governos Wagner e Paulo Souto] e traz uma proposta nova de levar esperança ao povo baiano. Além disso, o PMDB tem a força de 45 prefeitos, o maior tempo de televisão entre todos os partidos de oposição, inclusive mais que o dobro do Democratas e ainda agrega um grande número de legendas – disse.
Ainda vendendo o “peixe” peemedebista, Leur diz que o seu partido tem “um candidato que está com garra e disposição para recolocar a Bahia no protagonismo da região Nordeste, espaço que infelizmente vem sendo ocupado pelo estado de Pernambuco”.

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Paulo Souto e Geddel disputam candidatura
Paulo Souto e Geddel disputam candidatura

Peemedebistas muito ligados a Geddel Vieira Lima espalham uma teoria – aceitável – para explicar a insistência de ACM Neto em ter o ex-governador Paulo Souto como o nome das oposições na sucessão ao Palácio de Ondina. Geddel ainda bate o pé e quer ser ele o escolhido.
ACM Neto, pela teoria peemedebista, acreditaria pouco – pouquíssimo – nas chances de vitória de Souto por um simples fato: o comparativo de obras e ações entre os governos de Souto e Jaques Wagner ser amplamente desfavorável ao candidato do DEM.
O ex-governador sofreria em 2014 a sua terceira derrota na disputa estadual e, consequentemente, ficaria de fora do páreo em 2018, ano em que ACM Neto – acredita-se – botará o bloco na rua, sendo ele mesmo o candidato a governador (se não o for já em 2014).
Neto degustaria, ainda, dos ventos favoráveis. Sua gestão é amplamente favorecida por volumoso pacote de obras de mobilidade tocado pelos governos federal e estadual. Como a maré está boa, ele não trabalharia para dificultar o caminho do governo em 2014 (tanto assim que evita, a todo custo, fazer críticas a Wagner e à presidente Dilma Rousseff). O papel é cumprido pelos “cães de guarda” democratas.
É, faz sentido…

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marco wense1Marco Wense

 Tucanos e democratas andam assustados. Não sabem o que passa pela cabeça do temperamental Geddel Vieira Lima. O PT comemora e o PSB fica na expectativa de um “seja bem-vindo”.

O esperneio do ex-ministro Geddel Vieira Lima vai ficar para depois. Não é hora de tornar público o descontentamento com os democratas (DEM).
O presidente estadual do PMDB teve uma conduta irrepreensível durante todo processo de discussão no staff oposicionista. Jogou limpo, sem subterfúgios.
Geddel Vieira Lima não tergiversou. Desde o início escancarou sua vontade de disputar o Palácio de Ondina e ser o nome da oposição na sucessão do governador Jaques Wagner.
Por ter o entendimento e a consciência de que não poderia peitar Paulo Souto, duas vezes governador da Bahia, o peemedebista fazia a ressalva de que apoiaria o democrata caso fosse candidato.
O tempo passou. E nada de Souto dizer alguma coisa, se queria ser candidato ou não. Sequer algum sinal ou indício. O sepulcral silêncio incomodava democratas, tucanos e peemedebistas.
Geddel, com toda razão, fez chegar ao DEM sua preocupação com a frieza marmoriana de Paulo Souto. O democrata, como diria minha saudosa vovó Nair, não fazia aquilo e nem desocupava a moita.
O prefeito ACM Neto, o condutor-mor do oposicionismo, mandou dizer a Geddel que ainda estava cedo para qualquer definição, que sua cobrança era intempestiva.
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TRAIÇÃO OU INGRATIDÃO: Geddel ofereceu estrutura e pode 'morrer' na AL-BA.
TRAIÇÃO OU INGRATIDÃO: Geddel ofereceu estrutura e pode ‘morrer’ na AL-BA.

O Trombone, do jornalista Domingos Matos, traz uma saída (nem tão honrosa) para o ex-ministro Geddel Vieira Lima no imbróglio com ACM Neto e Paulo Souto. O peemedebista sonhava com a candidatura a governador, mas pode “morrer” na Assembleia Legislativa. Confira o post d´O Trombone.
E Geddel, hein? O ex-ministro que se mostrou com tanto fôlego, esfregou na cara dos aliados uma e$trutura até maior que necessária para a missão e se considerava o candidato mais provável (pra não dizer “natural”) ao governo do estado pela oposição, vê a cada dia a imagem da Assembleia Legislativa se avolumando em sua retina.
Geddel candidato a deputado estadual seria a festa dos correligionários, que consideram que ele arrastaria pelo menos três colegas de chapa consigo, devido à votação que poderia ser excepcional.
Sandice? Quem disse?
Paulo Souto é o candidato perfeito para ACM Neto e o DEM. Entra para marcar posição, para abrir caminho para o prefeito de Salvador em 2018. Caso ocorra um acidente e se eleja, aí entraria em jogo a reedição das práticas carlistas: o “remanejamento de peças”. Neto candidato.
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paulosoutoO democrata Paulo Souto define até a próxima sexta (31) se será o candidato das oposições, segundo informa o site Política Livre. Foi o prazo pedido à cúpula do seu partido, o DEM, na Bahia.
Caso Souto não assuma a “parada”, Geddel Vieira Lima, do PMDB, deverá ser o “ungido”. De acordo com o site, o prefeito de Salvador, ACM Neto, tem feito todo o esforço possível para que Souto participe da disputa.
Geddel Vieira Lima, naturalmente, fica à espreita e no sonho de ir à forra, novamente, contra o PT de Jaques Wagner e de Dilma Rousseff, esta sua nova desafeta.
O vice de Souto será o ex-prefeito João Gualberto, de Mata de São João. O empresário, filiado ao PSDB, foi lançado na política pelo ex-governador.
A base governista definiu o nome de Rui Costa, da Casa Civil, como candidato à sucessão de Wagner. E da própria base surgiu outro nome, o da senadora Lídice da Mata (PSB), cujo partido saiu do governo, mas admite que não fará campanha contra a gestão de Wagner.

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marco wense1Marco Wense

O resultado da eleição para o Palácio de Ondina pode mudar o cenário eleitoral de 2016. Se ganha Geddel Vieira Lima, o ex-prefeito Fernando Gomes vira um potencial candidato pelo PMDB.

A pré-candidatura do deputado estadual Augusto Castro à sucessão do prefeito Claudevane Leite vai depender do desempenho do tucano (PSDB) na eleição de 2014.

O primeiro passo é se reeleger. A reeleição é imprescindível para que o parlamentar consiga se viabilizar como postulante ao comando do cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves.

Mas não é só o segundo mandato que é importante. Castro pode até ter o dobro de votos do pleito anterior (31.062) e ficar sem força para disputar o processo sucessório.

Uma boa votação em Itabuna é indispensável. Em 2010, Castro obteve quase oito mil votos. Uma projeção feita por ele mesmo sem levar muito em conta as pesquisas de intenção de voto.

E qual seria a votação para credenciar Augusto Castro como pré-candidato à sucessão municipal de 2016? A resposta é não menos de 15 mil votos.

E quem seriam os adversários do tucano? A priori, salvo algum acidente de percurso, seja ele da vida ou da lei, o ex-prefeito Geraldo Simões e o atual Claudevane Leite (PRB).

Geraldo como única opção viável do PT. Claudevane buscando sua candidatura natural a um segundo mandato se não ficar impossibilitado pelo fim do instituto da reeleição.

Bom mesmo para Castro é o ex-alcaide José Azevedo ficar inelegível. Confirmada a inelegibilidade, o tucano teria o apoio de dois ex-gestores: o próprio Azevedo e Ubaldo Dantas.

O resultado da eleição para o Palácio de Ondina pode mudar o cenário eleitoral de 2016. Se ganha Geddel Vieira Lima, o ex-prefeito Fernando Gomes vira um potencial candidato pelo PMDB.

Uma coisa é certa: Augusto Castro dorme, acorda e, de tanto sonhar com a prefeitura de Itabuna, termina se esquecendo de escovar os dentes.

O REI DO CARLISMO

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Moncorvo, de blusa branca, em homenagem a Luís Eduardo Magalhães.

Onde anda Vivaldo Moncorvo? Como anda sua saúde? Vivaldo é natural de Senhor do Bonfim. Por iniciativa do então vereador Ely Barbosa, recebeu o título de cidadão itabunense (1995).

Moncorvo era o pefelista dos pefelistas. O mais fiel carlista da história política de Itabuna. Conheceu o então deputado federal Antonio Carlos Magalhães por intermédio de Ângelo Magalhães (irmão de ACM).

Do Poder Legislativo, Vivaldo Moncorvo recebeu o título de cidadão itabunense. Da modesta Coluna Wense, o “Rei do Carlismo”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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sócratesSócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer.

Nesta manhã nublada de quarta-feira (2), acompanhei a entrevista do secretário da Casa Civil da Bahia Rui Costa na Rádio Tudo FM, que perdeu muito com a saída do jornalista Evilásio Jr (registre-se). Após discorrer de maneira bastante segura sobre uma série de intervenções de infraestrutura do governador Jaques Wagner no estado, o preferido do Palácio de Ondina teceu comentários sobre a sucessão estadual de 2014.

Sendo um dos quatro pré-candidatos do PT, Rui Costa usou de analogias futebolísticas para rechaçar as críticas internas e externas ao seu nome. Primeiro, rechaçou quem usa da comum prática de publicar notas via imprensa de maneira anônima para emitir uma opinião. Depois, avaliou como natural quem prefere este ou aquele candidato. Comparou, porém, a opção pessoal de cada um ao clássico BAVI. Mas, a escolha deste ou daquele candidato não é uma questão de torcida. Se fosse assim, Flamengo e Corinthians venceriam todos os campeonatos nacionais. Mas não ganham.

A questão é quem está pronto para encabeçar uma disputa majoritária. Não é, simplesmente, quem possui mais densidade eleitoral, a exemplo dos torcedores da candidatura do senador Walter Pinheiro. Nem tão pouco, quem prefere um nome mais habituado às querelas municipais, a exemplo dos torcedores do ex-prefeito Luiz Caetano. Também não é uma questão de quem tem mais visibilidade nacional, como o ex-presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli de Azevedo, menos ainda uma questão tão pessoal como o chamego do governador pelo secretário da Casa Civil.

Numa disputa majoritária, todos sabem disso, o candidato é o principal comandante contra as nuvens movediças do ex-governador mineiro, Magalhães Pinto: “Política é como nuvem, muda de forma toda hora”. É quem vai enfrentar notícias – plantadas ou não – sobre o envolvimento de petistas ou aliados em episódios polêmicos, a exemplo de operações da Polícia Federal, contas rejeitas pelos tribunais de contas, envolvimento em grandes transações, a exemplo de Pasadena, greves, atraso de fornecedores e dos servidores, além de golpes baixos sobre a vida pessoal de cada um.

A superação de cada um desses embates também não é resolvida simplesmente com a disposição de cada um para enfrentar esses dilemas. Não basta ser convincente, como dizem os publicitários, é preciso parecer convincente. Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer. Não basta decorar as principais realizações do governo, nem possuir o principal cabo eleitoral do país ou do estado ao lado.

Apesar de compreensível, a postura do secretário da Casa Civil de entregar nas mãos do governador a tarefa de articular a viabilidade de sua candidatura junto ao PT e aos demais membros da base aliada, tira dele o papel de protagonista de uma eleição suspensa pela fúria das manifestações de junho ainda em curso no país. Afinal de contas, o discurso da continuidade soa extremamente vago quando as pessoas querem tudo, menos o que está aí. E, quem fingir ou enterrar a cabeça debaixo da terra, pode assistir atônito a banda passar cantando sobre como as coisas da política não são resolvidas apenas com partidos e obras.

Sócrates Santana é jornalista e filiado ao Partido dos Trabalhadores.

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João Gualberto é aposta tucana.
João Gualberto é aposta tucana para 2014.

A cúpula do PSDB vai dar uma “turbinada” no nome de João Gualberto, ex-prefeito de Mata de São João. Os tucanos sonham fazer do empresário o nome das oposições na Bahia na sucessão estadual em 2014.
Durante a convenção nacional tucana, no último sábado, 18, em Brasília, o deputado federal Jutahy Júnior tratou de anunciá-lo como o nome do partido nas eleições de 2014. Os oposicionistas também trabalham Geddel Vieira Lima (PMDB) e José Ronaldo (DEM).
Os dirigentes tucano levam em conta, também, o que entendem como capacidade de aglutinação de Gualberto, além do seu histórico como prefeito do município do litoral norte baiano e o fator “novidade” no processo. No pacote de intenções tucanas, Gualberto aparecerá nas inserções estaduais do partido neste final de maio, início de junho na propaganda gratuita na TV.

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Jutahy defende Marina e Campos como estratégia para fortalecer oposição (Foto Pimenta).
Jutahy defende Marina e Campos como estratégia para fortalecer oposição (Foto Pimenta).

O deputado federal Jutahy Júnior disse  ontem à noite, 19, na inauguração da sede do PSDB em Itabuna, que o seu partido está “muito safisfeito” com a possibilidade das candidaturas de Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB) à presidência da República em 2014.
“Estamos estimulando as candidaturas de Eduardo e Marina. Esse é o nosso desejo. Lógico que vamos trabalhar para que o segundo turno seja com o PSDB”. Os tucanos avaliam que a candidatura de Eduardo Campos sugaria votos da candidatura petista, provocando um segundo turno, como ocorreu em 2010, pleito em que a ex-petista Marina Silva, então no PV, obteve 19,6 milhões de votos. José Serra e Dilma Rousseff foram para o segundo turno.
O parlamentar atacou o PT. Para Jutahy, o partido da presidente Dilma Rousseff “assaltou o Estado na ocupação de cargos”. O deputado também fez críticas à gestão do governador Jaques Wagner e defendeu a união das oposições, na Bahia, já no primeiro turno em 2014. Para isso, lembrou a disputa pela Prefeitura de Salvador:
– Ganhamos pela capacidade de ACM Neto e a aglutinação das oposições [no segundo turno] – afirmou, sem esquecer que o PMDB de Geddel Vieira Lima lançou candidatura [de Mário Kértesz] no primeiro turno. O PSDB lançou o empresário João Gualberto como pré-candidato à sucessão estadual. Desde o cerimonial aos discursos, o ex-prefeito de Mata de São João era tratado como “o futuro governador da Bahia”.
TROCA DE COMANDO NO PSDB
Castro: "PSDB é maior do que qualquer picuinha" (Foto Pimenta).
Castro: “PSDB é maior do que qualquer picuinha” (Foto Pimenta).

O líder do PSDB baiano participou da solenidade em Itabuna. Para ele, a mudança de comando no diretório local do partido era “reconhecimento, justiça” ao novo presidente, o deputado estadual Augusto Castro. “Augusto conquistou isso no voto e com a capacidade de aglutinar”, afirmou. Ele agradeceu ao ex-presidente, Adervan Oliveira, mas sem deixar de alfinetá-lo: “nos últimos tempos, ele só fala mal de mim e Augusto Castro”.
Castro disse que agradecia ao apoio que teve de Adervan e emendou: “o PSDB é maior do que qualquer picuinha. O PSDB dá demonstração de força e de união [hoje]”, afirmou. O evento lotou a nova sede do partido com lideranças locais e estaduais do PSDB e representantes de partidos, como Acácia Pinho (PDT), Ubaldo Dantas e Renato Costa (ambos do PMDB) e Capitão Azevedo (DEM).

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Geddel, com camisa "vermelho PT", obtém apoios de Fernando e Azevedo.
Geddel, com camisa “vermelho PT”, obtém apoios de Fernando e Azevedo.

O projeto do ex-ministro Geddel Vieira Lima de se tornar o nome de consenso da oposição ao futuro indicado de Jaques Wagner para o governo do estado parece já ter se definido no sul da Bahia.
Durante o evento de posse do presidente local do PMDB, no sábado (13), Geddel recebeu o apoio dos dois últimos prefeitos de Itabuna, Fernando Gomes e Capitão Azevedo (DEM).
O evento, que teve a posse de Renato como pano de fundo para a formação de futuras alianças, alcançou o êxito desejado pela cúpula do PMDB: numa cidade que sempre vota dividida, a turma da centro-direita já está armada e posicionada.
O duro – e isso Geddel bem conhece – será manter a fidelidade de Azevedo ao que prometera no encontro. Como até as pedras pretas do rio Cachoeira sabem, o ex-prefeito é dado a umas já famosas puladas de cercas eleitorais.

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DIANTE DO VITÓRIA, BAHIA SOFREU GOLEADA: 5 A 1

JORGINHO NÃO É MAIS TÉCNICO DO TRICOLOR

Geddel desliga telefone para não ouvir gozações (Foto ABr).
Geddel desliga telefone para não ouvir gozações.

A derrota do Bahia por 5 a 1 para o rival histórico, o Vitória, provocou crítica de políticos baianos, como Geddel Vieira Lima e Lídice da Mata, à diretoria do Tricolor de Aço.
Agindo como torcedor ainda sentido pela goleada histórica, o ex-deputado e ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) soltou um palavrão no Twitter para descrever a qualidade técnica do elenco: “Esse time do Bahia é ruim para c……”.
Lídice pede a cabeça do presidente do Bahia.
Lídice pede a cabeça do presidente do Bahia.

Ex-prefeita de Salvador e senadora baiana, Lídice de Mata (PSB) direcionou suas críticas ao presidente do Bahia, o deputado federal Marcelo Guimarães Filho (PMDB).
– Abaixo Marcelinho! Não adianta tirar Jorginho q [que] ñ [não] tem culpa se ñ [não] tem jogador.
Logo após o apito final, Geddel informou que iria desligar os telefones para não sofrer gozações de políticos e amigos torcedores do Vitória.
A deputada estadual Luiza Maria (PT), diante do resultado, soltou um “só (ric) rindo pra não chorar”. Antes, foi mais incisiva, jogando a culpa no treinador do Bahia:
– É seu Jorginho, vá treinar no inferrrrnoooo!!!!
O técnico pediu demissão logo após o jogo. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva.
Torcedor ilustre do Bahia, o governador Jaques Wagner foi ao estádio para assistir ao jogo histórico. E, de um dos camarotes, viu o seu time levar sapecada também histórica (veja matéria abaixo).
O ex-deputado federal Emiliano José (PT), hoje na suplência, defende realização de eleições abertas para escolha de dirigentes dos clubes de futebol, numa crítica indireta ao método que manteve Marcelo Guimarães Filho na presidência do Bahia.
TEMPORADA DESASTROSA
O Tricolor de Aço tem um dos piores inícios de temporada dos últimos 20 anos. Em fevereiro, o time foi eliminado ainda na fase classificatória da Copa do Nordeste e ficou mais de 40 dias sem jogar. No Baianão, o time lidera o Grupo 2, mas tem apenas 5 pontos em quatro jogos. No grupo do Vitória, o último colocado, o Vitória da Conquista, tem a mesma soma de pontos do tricolor.
O resultado de hoje levou torcedores a fazer troça do Bahia. Troça e trocadilho:
– A Páscoa já passou? Não tem problema, o Jahia acabou de garantir o seu chocolate… – brincou Victor Marcel Costa, que torce para o Vitória. Mas houve torcedor do Bahia que brincou com a situação do time.
O comunicólogo Luiz Carlos Júnior relacionou o nome do estádio (Arena Itaipava) à “sede” dos jogadores para explicar o fraco desempenho do time.