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Sociólogo, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e diretor da Sócio Estatística Pesquisa e Consultoria, Agenor Gasparetto explicou à coluna Arriba Saia, do PIMENTA, as premissas básicas para a interpretação de pesquisas eleitorais. “O primeiro fato importante a reter é que pesquisa não capta voto. Capta intenções de voto. E intenções são promessas de voto, não são votos”, disse.

Por isso, continuou, o questionário clássico não se refere à data oficial da votação, mas a antecipa para o dia do levantamento. “A pergunta é: se a eleição fosse hoje, se essa decisão tivesse que ser tomada agora, o que você faria? Em quem você votaria? A intencionalidade da pesquisa é trazer a data da eleição para o momento da pergunta [ao entrevistado]. É nesse cenário hipotético que a pesquisa é feita”.

PRAZO DE VALIDADE

Daí decorre que toda pesquisa é perecível, segundo Gasparetto. “O tempo concorre para que a validade se perca, vire fumaça. Se o resultado da pesquisa de hoje for equivalente ao da eleição, será pura coincidência. Se acontecer, é mero acidente. Não é lógica”. No entanto, acrescenta, a probabilidade de correspondência tende a ser maior quanto mais próxima do pleito a pesquisa é feita.

NO RITMO DOS INDECISOS

Os indecisos indicam o nível de desenvolvimento de uma campanha, conforme o pesquisador. “Veja o caso atual. Nós temos eleições para presidente com número de indecisos muito baixo. Para governador, é bastante baixo, mas um pouco maior [que o da presidencial]. Para senador, é bastante alto, ficando entre 40% e 50% de indecisos. Para deputado federal e estadual é muito mais alto do que isso, porque as campanhas têm velocidades diferentes”.

O CÂNONE…

Agenor Gasparetto sublinhou a importância de o questionário respeitar a formulação tradicional da pesquisa estimulada, que, no caso das eleições aos governos estaduais, informa os nomes dos candidatos sem citar eventuais vínculos com presidenciáveis. “A pesquisa padrão, clássica, tem que ser feita e sem nenhum tipo de escora ou apoio”.

…E A ESTRATÉGIA

Formulada a pergunta nos termos clássicos, nada impede que se acrescente ao questionário pergunta que vincule aliados políticos ou correligionários, esclarece o professor. “O apoio pode ser usado também, em questão complementar, até porque as pesquisas também subsidiam a formulação das estratégias eleitorais”.

TEMPO, TEMPO, TEMPO, TEMPO

Questionado sobre as pesquisas de intenções de voto para o Governo da Bahia, Agenor Gasparetto concordou com a avaliação de que se mantêm estáveis, antes de fazer uma ressalva.

– Preciso dizer que agora começa, na verdade, o período em que haverá mais trabalho, mais exposição [dos candidatos], mais investimentos também, que poderão alterar ou não a realidade. Estamos em meados de julho, a eleição será no início de outubro. Nesse tempo, muita coisa pode acontecer.

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VERBA VOLANT…

Augusto e Guinho: antes da carta

O rompimento oficial do vice-prefeito Enderson dos Santos, Guinho (UB), com o prefeito Augusto Castro (PSD) surpreendeu ninguém. Restava saber quando e como. O anúncio veio num desabafo sem voz, em carta aberta à sociedade itabunense.

…SCRIPTA MANENT

Quem leu o textão deve se lembrar do trecho em que ele reclama de ter sido destratado por Augusto diante de familiares e amigos, no auge da crise da enchente de dezembro passado. Segundo o vice, o prefeito não gostou de vê-lo no comando da resposta do Governo à tragédia urbana, quando Augusto estava “ilhado” – adjetivo do missivista – no Cidadelle. Nesse ponto, ao que parece, a carta mobilizou sentimentos profundos.

DE OLHO NO DIÁRIO

A expectativa no pós-rompimento de Guinho com Augusto Castro é quanto ao Diário Oficial. São quase 40 cargos comissionados e contratos indicados pelo vice-prefeito na Secretaria de Esporte e Lazer. Dos comissionados, a começar pelo secretário Maico Souza, ninguém ainda seguiu o chefe e pediu exoneração até o momento.

BIRRA

Antes de Augusto, Guinho foi aliado de Mangabeira no PDT

Guinho já acumula dois rompimentos com aliados, apesar de estar há pouco tempo na política. Além da cizânia de agora com Augusto, o vice-prefeito não teve convivência pacífica com o seu ex-líder partidário Dr. Mangabeira, quando ambos estavam no PDT.

EM NOME DO PAI

O vice-prefeito rompe com o prefeito na semana em que Augusto dá início à programação de aniversário da cidade e vai se reunir com a cúpula da Igreja Católica no município. E, antes, conversa com boa parte dos pastores evangélicos do chão grapiúna.

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SÓ PENSAM NAQUILO

Ganha uma visita guiada ao Centro Administrativo da Conquista quem adivinhar o espírito da política para as eleições de 2022. Adivinhou? Quem pensou na importância delas para as eleições de 2024 já pode escolher o figurino para o tour na Prefeitura de Ilhéus. As alianças deste ano, em algum nível, refletem as de 2020 e serão relevantes para 2024.

Os e as prefeituráveis: 2024, no tempo da política, é ali

NO PÁREO

O vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB) sempre é lembrado na lista de possíveis sucessores do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), seguido pelo presidente da Câmara de Vereadores, Jerbson Moraes (PSD). Quando assumiu a Secretaria Estadual de Saúde, Adélia Pinheiro também passou a figurar nas especulações sobre 2024. Cabe lembrar dos pré-candidatos à Câmara dos Deputados, Cacá Colchões (PP), Reinaldo Soares (Republicanos) e Valderico Junior (UB), todos candidatos a prefeito em 2020; além da pré-candidata a deputada estadual Bernadete Souza (PSOL), que também disputou a Prefeitura há dois anos.

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PONTÍFICE

Reinaldo, à esquerda, em entrevista a Chicó e Tiago Pascoal, no Sem H Podcast

Reinaldo Soares está numa vibe OAS, construindo pontes em Ilhéus. A obra mais recente começou a ser erguida há três meses, quando, segundo ele, foi procurado por Marão. Ontem (18), em entrevista ao Sem H Podcast, ao responder pergunta do PIMENTA, Reinaldo revelou que apoia a pré-candidatura de Soane Galvão (PSB) a deputada estadual em alguns municípios, exceto Ilhéus, onde trabalhará o nome de Jurailton Santos. “A gente vai construir pontes”, explicou.

LÍNGUA FERINA…

Após discorrer sobre a engenharia eleitoral, Reinaldo Soares disparou contra os deputados federais ligados ao Governo Marão e sugeriu que receberá a contrapartida da nova aliança em votos.

– O Governo tem vários deputados federais e todos são de fora. Aqui pra nós, são pesados. Muitos membros do Governo, por tá no Governo, se sentem obrigados a votar e muitos querem votar no professor Reinaldo.

O professor e pré-candidato não citou nomes, mas (quase) todos sabem que o prefeito ilheense apoia a reeleição do deputado federal Paulo Magalhães (PSD)…

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QUEM AVISA…

O ex-ministro Geddel Vieira Lima

Após Geddel Vieira Lima (MDB) afirmar que ninguém iria constrangê-lo e lembrar da romaria que políticos do grupo de ACM Neto (União Brasil) faziam em sua casa, praticamente não se ouve mais críticas de aliados do ex-prefeito de Salvador à união MDB-PT na Bahia.

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QUE É ISSO, COMPANHEIRO?

Jerônimo, entre Lula e Rui Costa, e a esperança de transferência máxima de votos

A cúpula da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) teme que o avançar dos dias e a proximidade da eleição revelem o que muito se comenta nas grandes rodas políticas: um acordo de cavalheiros entre Lula e a cúpula do União Brasil, o partido de ACM Neto. Se percebido pelo eleitor, o acordo atrapalharia a estratégia de transferência de votos do presidenciável para o pré-candidato a governador da Bahia.

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João Roma concede entrevista e é observado pelo presidente da ACI, Mauro Ribeiro

QUEDA DE BRAÇO

O pré-candidato a governador João Roma (PL) defendeu a reativação do aeroporto de Itabuna, onde esteve no último final de semana. O ex-ministro e hoje deputado ainda fez críticas à queda de braço entre os governos federal e estadual na duplicação da BR-415. A guerra entre Jair Bolsonaro e Rui Costa levou o estado a assumir a duplicação da obra, sem dinheiro federal. “O que queremos não é queda de braço com o governo do estado, o que queremos é trazer benefício para as pessoas, para Itabuna crescer e ser um polo que gere mais emprego para as pessoas”, disse ele.

Geddel deixou a prisão para fazer exames em hospital de Salvador
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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-ministro Geddel Vieira Lima a sair de casa nesta quinta-feira (29) para realização de exames médicos no Hospital da Bahia. Por decisão do ministro a prisão preventiva de Geddel foi convertida em domiciliar após ter sido infectado com coronavírus no Centro de Observação Penal (COP), na Penitenciária Lemos Brito, na Mata Escura, em Salvador (veja aqui). A medida vale enquanto perdurar o estado de calamidade diante da pandemia da Covid-19.

Ao pedir a autorização para saída para exames médicos, a própria defesa de Geddel declarou que informaria a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap-BA) para fazer o monitoramento eletrônico e apresentará comprovantes de comparecimento. Geddel está com tornozeleira eletrônica. Toffoli acatou o pedido e determinou comunicação do fato ao Juízo da 2ª Vara de Execução Penal da Comarca de Salvador e à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização estadual. Com informações do Bahia Notícias.

STF decide manter prisão de Geddel || Foto Pedro Ladeira/Folhapress
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, concedeu prisão domiciliar ao político baiano Geddel Vieira Lima.

Na decisão, Toffoli argumenta que a medida tem como objetivo manter a “integridade física e psíquica” de Geddel, em decorrência do coronavírus. Toffoli determina ainda monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Geddel foi preso no dia 3 de julho de 2017, em Salvador. Ele foi enviado ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde ficou até dezembro do ano passado, quando foi transferido para presídio na capital baiana. De acordo com a liminar, Geddel cumprirá pena em casa, com o uso de tornozeleira eletrônica até 17 de setembro

Leia a íntegra da decisão:Leia Mais

Lukas Paiva tenta puxar papo e incomoda Geddel
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que voltou ao noticiário por ter um dos seus ex-assessores nomeado para o Iphan, disse a um advogado que não aguenta mais o assédio de dois fãs políticos, o advogado Vasco Rusciolleli e o vereador Lukas Paiva, ex-presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, segundo anota o Política Livre. O trio divide cela no Centro de Observação Penal, na capital baiana.

Geddel divide cela com o advogado e Lukas Paiva e se irrita com as tentativas frequentes de ambos de abordar um tema do qual ele está, como se diz, de saco cheio na prisão: política. “Ansiosos, não se tocam”.

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Geddel está preso desde 2017 || José Cruz/Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável à concessão do regime de prisão semiaberta ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está preso desde julho de 2017.

Em outubro do ano passado, Geddel foi condenado pela Segunda Turma do STF a 14 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa na ação penal do caso relacionado aos R$ 51 milhões em espécie encontrados pela Polícia Federal (PF) em um apartamento localizado em Salvador.

O parecer da PGR, assinado pela subprocuradora Lindôra Araujo, foi motivado por um pedido da defesa do ex-ministro ao Supremo. Segundo os advogados, Geddel pode passar para o regime semiaberto, no qual o preso é autorizado a sair durante o dia para trabalhar e retorna ao presídio à noite.

Segundo a procuradora, o ex-ministro preenche os requisitos legais e tem direito à progressão de pena. “O réu foi condenado nesta ação penal a 14 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado, bem como ao pagamento de 106 dias-multa. Desse modo, deve cumprir 29 meses e 18 dias para fazer jus ao beneficio pleiteado. Considerando que a prisão preventiva foi implementada em 03/07/2017, o requisito objetivo foi satisfeito”. disse Lindôra.

A decisão caberá ao relator do caso, ministro Edson Fachin.

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Chefes do MDB da Bahia, Lúcio e o irmão Geddel são condenados || Foto Jornal Bahia Online

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou hoje (22) o ex-ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, por lavagem de dinheiro, no caso relacionado aos R$ 51 milhões em espécie encontrados em um apartamento na capital baiana, Salvador, em 2017. Por estes fatos, Geddel está preso há dois anos.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou hoje (22) o ex-ministro Geddel Vieira Lima a 14 anos e dez meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa na ação penal do caso relacionado aos R$ 51 milhões em espécie encontrados pela Polícia Federal (PF) em um apartamento há dois anos. No mesmo julgamento, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel, recebeu pena de 10 anos e seis meses de prisão.

Pela decisão, Geddel deverá continuar preso em função da condenação e ainda deverá pagar R$ 1,6 milhão como pena pecuniária pela condenação. Lúcio, que responde ao processo em liberdade, também foi condenado ao pagamento de R$ 908 mil. Cabe recurso contra a decisão no próprio Supremo.

No julgamento, os ministros também condenaram Geddel e Lúcio pelo crime de associação criminosa. O ex-assessor de Lúcio Vieira, Job Brandão, e o empresário Luiz Fernando Costa Filho, sócio da construtora que recebeu investimentos de Geddel, foram absolvidos das acusações.

DENÚNCIA

A denúncia foi apresentada ao STF pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge. Na acusação, ela sustentou que o dinheiro apreendido seria proveniente de esquemas de corrupção na Caixa Econômica Federal investigados em outras ações penais. Geddel foi vice-presidente do banco. Outra parte teria sido acumulada por Lúcio Vieira Lima, que teria se apropriado de parte do salário do ex-assessor parlamentar Job Brandão.

Além do dinheiro encontrado, mais R$ 12 milhões teriam sido lavados por Geddel e Lúcio por meio de investimentos em imóveis de alto padrão em Salvador, em empreendimentos da empresa Cosbat, administrada por Luiz Fernando Machado.

Mais de R$ 51 milhões foram apreendidos em apartamento cedido a Geddel

DEFESAS

No início do julgamento, o advogado Gamil Föppel, representante da família, disse que Geddel está preso há dois anos e que o Ministério Público Federal nunca se conformou com a liberdade do ex-ministro. O advogado também criticou a perícia feita pela Polícia Federal (PF), que não teria seguido os trâmites legais ao encontrar fragmentos de digitais de Geddel em um saco de plástico que continha dinheiro.

“Tenho absoluta certeza que, se respeitadas as regras processuais, não há outra alternativa senão absolver todos os réus de todas as imputações que foram feitas”, disse.

A defesa de Job Brandão disse que ele não tinha consciência da ilicitude do dinheiro movimentado pela família de Geddel. Segundo o advogado, Brandão era somente um cumpridor de ordens ao receber recursos em dinheiro ou guardá-los.

A defesa do empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho afirmou que ele não tinha ciência da procedência ilícita dos recursos que foram aplicados pela família na empresa. Segundo o advogado César Faria, o empresário, quando recebeu dinheiro em espécie, registrou os valores na contabilidade da empresa e depositou no banco, não tendo intenção de ocultá-los. Atualizado às 21h.

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Marco Wense

 

 

O edil do PDT desistiu de ser pré-candidato a prefeito. O do PCdoB não será candidato. Babá Cearense, do partido do presidente Bolsonaro, vai depender de uma melhora nas pesquisas de intenções de voto. Resta Charliane, cuja coragem de trocar o certo, sua reeleição, pelo duvidoso, sair vitoriosa em uma campanha para o Executivo, é elogiável.

 

Quatro vereadores são logo citados pelo eleitor quando o assunto diz respeito aos edis que fazem oposição ao governo Fernando Gomes, que pode ter como próximo abrigo partidário o PP do vice-governador João Leão.

Charliane Souza (PTB), Enderson Guinho (PDT), Jairo Araújo (PCdoB) e Babá Cearense (PSL) são os vereadores que representam o oposicionismo ao atual gestor do cobiçado centro administrativo Firmino Alves.

Quem mais se destacou, segundo pesquisa do Instituto Sócio Estatística, do sociólogo Agenor Gasparetto, foi Charliane Sousa, prestes a deixar o PTB para assumir a condição de prefeiturável por outra legenda. A edil vem namorando o MDB dos irmãos Vieira Lima, Geddel e Lúcio.

O que levou os quatro a serem os mais atuantes da Casa Legislativa foi mais o fato de ser oposição ao governo de plantão do que a própria atuação parlamentar seguindo as recomendações inerentes ao cargo.

No entanto, é o vereador comunista o mais contundente ao criticar o prefeito Fernando Gomes e sua administração. Jairo Araújo é mais incisivo e cruel.

Por que então não está na linha de frente do oposicionismo tupiniquim? O problema é que Jairo é do partido de Davidson Magalhães, que faz questão de ser fotografado ao lado de Fernando Gomes toda vez que tem um evento do governo do Estado em Itabuna.

Claro que Davidson, que é o presidente estadual do PCdoB, no exercício da sua função institucional, como secretário no governo Rui Costa, tem que marcar presença junto com o prefeito.

A grande maioria do eleitorado não entende assim. E tem suas razões. Jairo é do PCdoB, que é da base aliada do governador Rui Costa, que é aliado do prefeito Fernando Gomes.

Mas Enderson Guinho não é do PDT, legenda que também integra a base do governo Rui Costa? Acontece que o PDT de Itabuna é a única agremiação partidária da base aliada que faz oposição aberta ao governo Fernando Gomes, sem medo de retaliações por parte do comando estadual, que não anda muito satisfeito com o tratamento dado pelo chefe do Palácio de Ondina ao partido.

O edil do PDT desistiu de ser pré-candidato a prefeito. O do PCdoB não será candidato. Babá Cearense, do partido do presidente Bolsonaro, vai depender de uma melhora nas pesquisas de intenções de voto. Resta Charliane, cuja coragem de trocar o certo, sua reeleição, pelo duvidoso, sair vitoriosa em uma campanha para o Executivo, é elogiável.

No mais, esperar os acontecimentos para uma melhor análise. Mas especular é inerente ao jornalismo político, desde que dentro de uma lógica.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense
 
 

A estrondosa rejeição de Temer, detectada nas pesquisas como a maior da história da República, vai contaminar a campanha do tucano. Se a verdade pegar, que o candidato de Temer é Alckmin, o tucano vai ter muitas dificuldades para passar de dois dígitos nas pesquisas de intenção de votos.

 
Um final de novela previsível: o centrão, formado pelo DEM, PR, PP, SD e o PRB, vai apoiar   o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), que passa agora a ser o candidato de Michel Temer e do seu governo.
É esse ponto que deve ser explorado pelos adversários do continuísmo. Aliás, a torcida no “blocão” é pela manutenção da candidatura de Henrique Meirelles pelo MDB, o que serviria para disfarçar o apoio do presidente Temer e da sua turma ao ex-governador de São Paulo.
A notícia de que o centrão (ou blocão) vai ficar com Alckmin foi efusivamente comemorada no Palácio do Planalto. Aos partidos de esquerda e centro esquerda, cabe a responsabilidade de uma urgente reflexão para se chegar a um consenso em torno da imprescindível união, sob pena de um segundo turno sendo disputado entre dois nomes que representam o campo ideológico inverso.
PT, PDT, PSB e o PCdoB precisam sentar na mesma mesa e buscar um consenso em torno do melhor caminho que devem percorrer. Se Ciro Gomes errou em procurar o centrão (ou blocão), o PT, PSB e o PCdoB também cometeram seus erros, principalmente o PT quando fez de tudo para isolar Ciro na corrida presidencial. Resta agora  a busca urgente por um diálogo. O que passou, passou.
Problema maior é o que já começa a atormentar Alckmin: o tucano é o candidato do presidente Michel Temer e do MDB de Eduardo Cunha, Cabral, Geddel, Moreira Franco, Romero Jucá, Eliseu Padilha e companhia Ltda.
A estrondosa rejeição de Temer, detectada nas pesquisas como a maior da história da República, vai contaminar a campanha do tucano. Se a verdade pegar, que o candidato de Temer é Alckmin, o tucano vai ter muitas dificuldades para passar de dois dígitos nas pesquisas de intenção de votos.
Finalizo dizendo que é bom que as coisas comecem a ficar transparentes, com a definição de quem é quem, o que querem e de que lado estão.
Marco Wense é articulista político.

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Geddel obtém regalias na prisão

A Polícia Civil do Distrito Federal fez buscas, neste domingo (17), na cela que abriga o ex-senador Luiz Estevão e o ex-ministro da Articulação Política do governo Michel Temer, Geddel Vieira Lima (MDB-BA). Os dois dividem um alojamento com outros presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Segundo a polícia, as buscas foram autorizadas pela Justiça e motivadas pela denúncia, feita por um detento, de que os políticos estariam recebendo “regalias” na prisão. Barras de chocolate, anotações que seriam de Geddel e pelo menos cinco pendrives – supostamente, de Luiz Estevão – foram apreendidos.
À TV Globo, o advogado de Geddel Vieira Lima disse que “estranha, mais uma vez, a defesa técnica não saber da operação antes da imprensa”. A defesa de Luiz Estevão também disse desconhecer as buscas, e não quis se pronunciar.
De acordo com a Polícia Civil, durante as buscas, Estevão tentou se livrar de um pendrive jogando o dispositivo na privada. O aparelho foi recuperado e passará por perícia. Além do conteúdo dos itens apreendidos, os investigadores querem descobrir quem facilitou a entrada dos alimentos e das mídias.
A ação foi realizada pela Coordenação de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF e pela Promotoria de Execução Penal do Ministério Público do DF. Até a noite deste domingo, nenhum dos órgãos tinha detalhado as possíveis medidas a serem tomadas com base no material encontrado. Do G1.

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Marco Wense
 
 

Portanto, todo cuidado é pouco com o deputado Lúcio, que já avisou que vai permanecer no MDB e que os incomodados procurem outra legenda.  

Como não bastasse a indecisão de ser ou não candidato ao governo da Bahia, o prefeito ACM Neto tem pela frente o presidente Temer e o deputado Lúcio Vieira, ambos do MDB.  
A autoridade máxima do Poder Executivo, que chegou ao cargo com o impeachment de Dilma Rousseff, tem um alto índice de rejeição, beirando aos 90%.  
O parlamentar baiano, depois do “bunker” de R$ 51 milhões, vive pelos cantos, até históricos correligionários se afastam do ex-chefe.  
O problema é que o alcaide soteropolitano não pode prescindir do bom tempo do MDB no horário eleitoral, sem falar que qualquer atitude de menosprezo a Lúcio pode provocar a ira do irmão Geddel.  
O ex-ministro não vai aceitar que Lúcio seja jogado na sarjeta. O que se comenta, nos bastidores de Brasília, é que Geddel pode insinuar uma delação se a perseguição política contra o mano se tornar um fato.  
Portanto, todo cuidado é pouco com o deputado Lúcio, que já avisou que vai permanecer no MDB e que os incomodados procurem outra legenda.  
ACM Neto vai ter que suportar essas duas “malas”. Como presidente nacional do DEM, partido que integra a base aliada do Palácio do Planalto, terá até que carregá-las.  
Saindo candidato na disputa com o governador Rui Costa (PT-reeleição), Neto tem que rezar muito para que impopularidade de Temer e Lúcio não contamine sua campanha.  
Marco Wense é editor d´O Busílis e da Coluna Wense, no Diário Bahia.

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Irmãos Vieira são denunciados pela Procuradoria Geral da República

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A investigação está relacionada à apreensão, pela Polícia Federal (PF), de R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador.

Também foram denunciados pelos mesmos crimes a mãe de Geddel, Marluce Vieira Lima, e um ex-assessor do deputado, Job Brandão. Geddel foi preso no dia 8 de setembro, três dias depois que a PF encontrou o dinheiro no apartamento de um amigo do político. Os valores apreendidos foram depositados em conta judicial.

Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013, quando Geddel Vieira era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição.

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Geddel tem atuação comparada à de "líder de organização criminosa" || Foto Valter Campanário / ABr
Geddel tem atuação comparada à de “líder de organização criminosa” || Foto Valter Campanário / ABr
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-ministro Geddel Vieira Lima assumiu papel “líder de organização criminosa” em referência aos R$ 51 milhões apreendidos pela Polícia Federal (PF) em um apartamento em Salvador, valor atribuído ao ex-ministro.

A manifestação da procuradora foi feita antes da decisão do ministro Edson Fachin, que manteve hoje (19) a prisão de Geddel, mas concedeu prisão domiciliar a dois investigados ligados a ele. O processo estava em segredo de Justiça, mas foi divulgado nesta quinta-feira. Segundo a procuradora, o valor encontrado no apartamento pode ser apenas “uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido”.

“A liberdade provisória ou a prisão domiciliar, pretendidas por Geddel Vieira Lima são absolutamente incompatíveis com os critérios legais para eficiência da persecução penal, que visam garantir o interesse público, acautelando o meio social e garantindo diretamente a ordem pública. Mesmo em crimes de colarinho branco, são cabíveis medidas cautelares penais com a finalidade de acautelar o meio social, notadamente porque a posição assumida por Geddel parece ter sido a de líder da organização criminosa”, argumentou a procuradora.

Geddel foi preso no dia 8 de setembro, três dias depois que a PF encontrou o dinheiro no apartamento de um amigo do político. Os valores apreendidos foram depositados em conta judicial

Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013, quando Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco. A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Geddel, mas não conseguiu retorno.

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Dinheiro apreendido na Bahia
Dinheiro apreendido na Bahia

A Polícia Federal (PF) investiga o homem que levava R$ 700 mil em uma mala, durante viagem de ônibus pela BR-116, na Bahia. Na tarde de domingo (24), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou uma mala de dinheiro no bagageiro de um ônibus que seguia de São Paulo com destino a Natal. A abordagem ocorreu no quilômetro 830 da rodovia federal, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.

Um dos passageiros foi identificado como dono da bagagem e informou que havia R$ 350 mil na mala. No entanto, a PRF contabilizou o dobro do valor relatado pelo passageiro. Dentro da mala havia R$ 700 mil e o valor foi apreendido. O responsável pela bagagem foi encaminhado para prestar esclarecimentos.

Durante a abordagem, o passageiro disse ser taxista e o dinheiro era da venda do ponto de táxi na capital paulista. Segundo a PRF, ele não fez nenhuma declaração, depois de ser confrontado a respeito do valor que havia na mala, sobre o qual havia mentido.

De acordo com a PF, o homem, cuja identidade não foi revelada, prestou depoimento na superintendência, em Vitória da Conquista, e foi indiciado por sonegação, mas liberado após esclarecimentos. No entanto, o dinheiro continua apreendido e o responsável investigado. (AB)

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Malas de dinheiro são encontradas em imóvel que seria de Geddel
Malas de dinheiro são encontradas em imóvel que seria de Geddel

Da Agência Brasil

Em uma operação para cumprir mandado de busca e apreensão, emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília, a Polícia Federal (PF) encontrou hoje (5) várias caixas e malas com dinheiro em  imóvel na Rua Barão de Loreto, no bairro da Graça em Salvador, “que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como ‘bunker’ para armazenagem de dinheiro em espécie”.

A operação, chamada de Tesouro Perdido, é decorrente de dados colhidos nas últimas fases da Operação Cui Bono. De acordo com a PF, “os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial”.

OPERAÇÃO CUI BONO

A primeira fase da Operação Cui Bono foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro deste ano. Ela investigou esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013. De acordo com a investigação,  entre março de 2011 e dezembro de 2013, a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição era ocupada por Geddel Vieira Lima.

Dinheiro foi encontrado em apartamento em Salvador.
Dinheiro foi encontrado em apartamento em Salvador.

A investigação da Operação Cui Bono –  expressão latina que em português significa “a quem beneficia?” – é um desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em dezembro de 2015, no âmbito da Operação Lava Jato, quando policiais federais encontraram um telefone celular na residência do então presidente da Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que revelou intensa troca de mensagens eletrônicas entre Cunha e Geddel. A operação tinha a finalidade de evitar que provas importantes fossem destruídas por investigados da Lava Jato.

Atualmente, Geddel Vieira Lima cumpre prisão domiciliar. A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Geddel e aguarda retorno.

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Geddel teria discutido Caixa 2 com a JBS || Foto Valter Campanário / ABr
Geddel teria discutido Caixa 2 com a JBS || Foto Valter Campanário / ABr

A colunista Mônica Bergamo revela, na edição desta quarta (26), da Folha, uma nova acusação contra o ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima. O ex-ministro teria discutido anistia ao Caixa 2 com um dos executivos da JBS. A conversa, segundo delação, se deu com o diretor jurídico da empresa, Francisco de Assis e Silva.

O executivo diz ter discutido com Geddel, em Brasília, várias vezes sobre o assunto. Afirma, ainda, que Geddel entregou a ele rascunho de projeto de lei prevendo a anistia. Pela proposta do ex-ministro, conforme revelado pela coluna, o Caixa 2 seria tratado somente como crime tributário, não cabendo pena, caso confessado, beneficiando centenas de políticos.

O ex-secretário de Governo de Temer foi dos primeiros políticos brasileiros a defender anistia à prática de Caixa 2 na política. Ainda informa a colunista a existência de anexo exclusivo, no âmbito da Lava Jato, para tratar apenas dos supostos crimes de corrupção atribuídos ao peemedebista baiano.