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Magela reconhece voto contra Itabuna.

O secretário Geraldo Magela reconheceu, em nota ao PIMENTA, que realmente votou contra a gestão plena da Saúde, em 2008. Naquele ano, a prefeitura de Itabuna perdeu o comando dos recursos da média e alta complexidade, até hoje em mãos do governo baiano, devido a desvios milionários e sucateamento da rede de saúde.

Naquele ano, Magela era secretário de Saúde de Teixeira de Freitas. Hoje, ele explica que a sua decisão foi tomada devido à “desorganização e outros fatores negativos, com fartas denúncias na imprensa, Conselho Municipal da Saúde e Comissão Intersetorial Bipartite (CIB), fatos esses que até hoje podem ser constatados”.

Magela diz que a gestão plena deveria retornar num prazo de seis meses, “tempo suficiente para a solução dos problemas”. Ele defende a volta da autonomia, “pois mais de dois anos já se passaram”. Ele nega que tenha visitado o Hospital de Base enquanto era secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, em 2008.

Nos bastidores, o retorno da gestão plena da saúde para o município é tido como crucial para salvar as contas não só da saúde, como de toda a prefeitura. Um entrave para que a plena retorne é que até hoje o prefeito Capitão Azevedo (DEM) não reestruturou a rede básica nem revogou a lei que tirou a autonomia da Secretaria de Saúde para planejar e gerir os recursos da Pasta.

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Magela: favorável à perda da plena.

A presidenta do Conselho de Saúde de Itabuna, Maria das Graças Santos, lembra um fato curioso sobre a polêmica perda da gestão plena por parte do município, em 2008. Àquela época, um senhor teve peso preponderante para que o município ficasse sem a plena. Chama-se Geraldo Magela. A decisão foi importante e, diga-se, correta.

Quando o secretário de Saúde de Itabuna em 2008, Jesuíno Oliveira, argumentou que a quebra da gestão ocorria por questão política e não devido às irregularidades, Magela levantou-se e disse que não fazia parte do grupo político do governo estadual e mesmo assim era favorável à perda da plena.

Pois é. Hoje, o quadro da saúde em Itabuna em pouco difere daquele apresentado em 2008. O que mudou? Jesuíno foi defenestrado do cargo, dando lugar a Antônio Vieira. E este último abriu espaço para… Geraldo Magela.

Antes, Magela era secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, cargo que o levou a integrar a Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Hoje, Magela percorre gabinetes em Brasília e Salvador para que a cidade retorne à plena. Antes, percorreu os corredores do Hospital de Base de Itabuna e ficou sensibilizado a tal ponto de defender a quebra da gestão em mãos do município.

Fala a presidenta do Conselho de Saúde, Maria das Graças:

– De lá para cá, não houve mudanças no quadro da saúde de Itabuna. O atual secretário apresentou um plano de recuperação, mas o governo municipal já fez isso outras vezes. Assinou planos, compromissos, e nada cumpriu.

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Raimundo Santana | sintesir@hotmail.com

O Conselho Municipal não pode, em nenhuma circunstância, aprovar o retorno do Comando Único da gestão plena baseando-se apenas em promessas e intenções.

É preocupante o momento pelo qual passa a saúde de Itabuna. O setor há muito sofre um processo de degradação. Trocou-se o secretário de Saúde, contudo, estamos longe de observar algum esboço de recuperação.

Embalado pela lógica da administração municipal que tentou reajustar impostos na ordem de até 3.000% – e só não o fez por conta da resistência dos comerciantes locais, o senhor Geraldo Magela, que chegou falando em apresentar os resultados do seu trabalho em 90 dias, age de forma desesperada: peregrina entre a Sesab e Ministério da Saúde, querendo a qualquer custo o retorno da gestão plena.

E por ser esse movimento esvaziado de debate técnico qualificado que justifique o retorno da gestão plena, ficamos todos a imaginar que o único motivo da forçação de barra seja a busca pela administração dos recursos financeiros da saúde do município. É o “tudo por dinheiro”.

O exposto remete uma responsabilidade gigantesca ao Conselho Municipal de Saúde. É preciso fazer o debate da saúde de Itabuna sem paixões ou pressões.

Quando Itabuna perdeu a gestão plena, em outubro de 2008, a Secretaria Municipal de Saúde ficou devendo, no mínimo, um mês de faturamento a cada prestador de serviços de saúde do município. E a constante falta de pagamento aos prestadores foi um dos principais motivos da perda da gestão plena.

Após esse período, houve um declínio muito significativo na qualidade dos serviços prestados pela atenção básica municipal, com alguns serviços funcionando muito precariamente e outros chegando a ser desativados, a exemplo da saúde bucal. A frota de carros da saúde municipal é utilizada pelas demais secretarias. Mesmo após diversos requerimentos do Conselho Municipal, nada mudou.

Os serviços que a secretaria de Saúde contrata para complementar o teto do estado não estão sendo pagos, a exemplo dos laboratórios. As contas bancárias do Fundo Municipal de Saúde continuam atreladas à Secretaria da Fazenda, longe de serem geridas com independência pelo secretario municipal de Saúde. No Hospital de Base, trocou-se a gestão, contudo, muito pouco mudou.

É preciso aferir resultados que apontem para a melhoria na qualidade do atendimento. É relevante lembrar que ainda não existe um compromisso do poder público municipal em repassar mensalmente uma quantia de recursos ao Hospital de Base.

O Conselho Municipal não pode, em nenhuma circunstância, aprovar o retorno do Comando Único da gestão plena baseando-se apenas em promessas e intenções. Carece que esses temas sejam debatidos e que fique comprovado, de forma inquestionável, o saneamento das irregularidades.

Raimundo Santana é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna (Sintesi)

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Na briga para que o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães tenha ampliados os seus repasses financeiros, a Secretaria da Saúde de Itabuna divulgou dados do Ministério da Saúde que atestam a produtividade do Hblem. O PIMENTA observou que os dados, no entanto, não garantem a resolutividade da instituição. Ou seja, não trazem informações sobre a qualidade e o êxito dos atendimentos.

O secretário municipal da Saúde, Geraldo Magela, diz que é possível ter uma ideia da resolutividade conferindo-se os pacientes que vêm de outras cidades e regiões em busca de socorro no hospital itabunense. “Isso prova que o hospital é eficiente, senão as pessoas não viriam para cá”, argumenta Magela, acrescentando que o Hblem atende pessoas de Ilhéus, Jequié, Porto Seguro e Vitória da Conquista.

Outro argumento do titular da Saúde no município é o de que se o hospital produz mais, recebendo menos, isso significa que ele é resolutivo.

“Todos os dias chegam pacientes politraumatizados, em estado grave, e nós não contamos quantas pessoas morrem, mas quantas pessoas são salvas”, afirma. O secretário também informou que está abrindo uma nova UTI para ampliar os serviços do Hblem.

 

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O professor José Formigli Rebouças deixou ontem o comando da Secretaria de Assistência Social após dois anos e 18 dias no cargo. Saiu alegando boicote do prefeito Capitão Azevedo (DEM). “Os projetos que a gente propunha ele não deixava [executar]”. A pasta será comandada por Marina Santos, ex-auxiliar de Formigli.

Ontem à noite, o ex-secretário concedeu entrevista ao PIMENTA e revelou que a prefeitura devolveu recursos ao governo federal por não ter implantado projetos sugeridos pela sua equipe. Sobre a sua passagem pelo governo, avalia: “foi uma experiência boa, mas frustrante porque não tive apoio”.  Acompanhe os principais trechos da entrevista.

O que provocou a exoneração do senhor?
O prefeito está procurando os políticos e oferecendo as secretarias. No nosso caso, foi o [deputado estadual eleito, Coronel] Santana, que exigiu colocar lá uma pessoa dele, a Marina. Ele já entregou a Saúde ao [Augusto] Castro e a nossa secretaria ao Santana.

Como o prefeito lhe comunicou sobre a mudança?
Alegou que está em dificuldades financeiras e disse estar precisando da ajuda dos deputados. Esses deputados prometeram recursos. No entanto, dizem que têm que estar lá com pessoas deles. No nosso caso, foi o Santana que colocou a Marina.

O senhor ficou surpreso com esta decisão?
A exoneração não me pegou de surpresa, pois já esperava por isso. Eu não trabalhei na campanha dele e fui lá porque Azevedo tinha compromisso com uma pessoa que sugeriu o meu nome. Fui lá tentar fazer alguma coisa, mas não tive apoio de maneira nenhuma.

Tudo que a gente propunha, o prefeito não deixava [executar].

O prefeito não o apoiou?
Absolutamente. Tudo que a gente propunha, o prefeito não deixava [executar].

E qual a justificativa do governo?
Dou exemplos: apresentei projetos, parcerias para acabar com a mendicância e tirar o pessoal das ruas, mas nada disso foi aceito. O prefeito alegava sempre que não tinha recurso. No ano que passou, nós tivemos a oferta de mais um CRAS, para duplicar esse trabalho do Pró-Jovem e tudo isso foi rejeitado pelo prefeito sob a alegação de que não poderia contratar mais pessoas e não tinha recursos, mas nós devolvemos recursos ao governo federal.

Desde quando assumiu, o senhor nunca teve apoio do prefeito?
No começo, houve alguma manifestação. Muito pouca, mas normalmente não tive. O projeto que ele apoiou foi só o Bolsa-Renda, que era uma proposta que ele mesmo inventou [na campanha eleitoral]. Fora disso, não aconteceu.

Eu me sinto muito frustrado justamente porque ele não aceitava os projetos que apresentávamos, mesmo tendo recursos federais.

De toda a sua passagem, o que mais o deixou triste?
Eu me sinto muito frustrado justamente porque ele não aceitava os projetos que apresentávamos, mesmo, às vezes, tendo recursos federais. Sempre alegava a mesma coisa: falta de dinheiro, isso e aquilo.

A Casa dos Conselhos foi um desses projetos?
Nós batalhamos muito pela Casa dos Conselhos. Ele nos deu uma área, no antigo campo de aviação [aeroporto]. Quando estávamos terminando o projeto, ele embargou e alegou que vai usar aquilo ali para o Samu 192.

O Samu vai mudar do centro para lá?
Diz ele que vai mudar sim. Não se sabe quando. Chegou aí o novo secretário de Saúde e o prefeito está dando tudo que ele pede. Passaram por cima da gente.

Trabalhei com a Marina por muito tempo, mas sabendo que ela estava sempre querendo a secretaria.

O senhor se sentiu traído pelo prefeito?
Eu não digo que fui traído. Não fui apoiado. Conforme eu disse ontem lá na despedida, na minha secretaria havia a figura da Marina, que foi uma pessoa muito importante para a eleição dele e que tem uma penetração muito grande nos bairros. Ela tinha a certeza que a secretaria seria dela. Mas houve aí uma arrumação. Então, trabalhei com a Marina por muito tempo, mas sabendo que ela estava sempre querendo a secretaria. Agora que ela fez um esforço muito grande pela eleição do Santana. Ela, com o apoio dele, assumiu a secretaria.

O senhor foi convidado para outro posto no governo?
Não.

E se fosse convidado?
Olha, dependeria muito da circunstância, porque você sabe que gato escaldado tem medo de água fria. Então, a gente precisaria pensar duas vezes. Não seria muito agradável trabalhar ali naquele ambiente.

Falta sensibilidade das pessoas lá para com essas necessidades, carências da população, principalmente a parcela mais pobre.

O senhor se arrepende de ter trabalhado no governo?
Não digo que me arrependo porque o trabalho em si é algo dignificante, principalmente com as pessoas mais carentes. Tive lá uma equipe muito boa e pessoas dedicadas e com as quais me dava muito bem, inclusive com a Marina. Foi uma boa experiência, mas frustrante porque não tive o apoio. Falta sensibilidade das pessoas lá para com essas necessidades, carências da população, principalmente a parcela mais pobre, gente de rua, as abandonadas. Às vezes, não é tanto o dinheiro. A alegação do dinheiro não convence.

Por que o senhor só preferiu falar agora sobre esses problemas?

Não estou falando só agora, mas há muito tempo. Digo que trabalhar na Assistência Social em Itabuna é como dar murro em ponta de faca. Então, existe essa alegação da falta de recursos. Realmente a prefeitura chegou a uma verdadeira falência. O prefeito sempre falava em modificações, melhoras. A gente vai esperando, esperando, mas de um tempinho para cá não tínhamos esperança e estava esperando a qualquer momento essa mudança. Eu não tinha ilusão de que iria continuar.

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Apesar de suas propaladas boas relações com a Secretaria da Saúde do Estado, o novo titular da Secretaria da Saúde de Itabuna, Geraldo Magela, que assumiu o cargo no início desta noite, não deverá fazer coro com a Sesab com relação a pelo menos um assunto: a estadualização do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães.

A transferência da gestão do hospital para o Estado é apontada por expressiva parcela da sociedade itabunense como a luz no fim do túnel para a crise da instituição de saúde. O governo baiano aceita a empreitada e o próprio secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, já manifestou em diversas ocasiões sua opinião favorável à estadualização.

Magela, por sua vez, deverá seguir outro caminho, embora ele não tenha abordado o assunto durante a posse. De longe, porém (já que a agenda não permitiu sua presença), o padrinho do novo secretário, o deputado estadual Augusto Castro (PSDB), prescreveu a receita: “a solução não é estadualizar, mas reestruturar o hospital, porque é assim que Itabuna vai recuperar sua posição de polo de saúde que atende mais de cem municípios”, falou Castro em um telefonema ao PIMENTA.

Mais cedo, o blog informou porque o prefeito José Nilton Azevedo não quer, de jeito nenhum, aceitar a estadualização do Hblem.

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Vieira: atuação política.

Ficou no “paz e amor” a reunião ocorrida há pouco no centro administrativo Firmino Alves entre o prefeito Capitão Azevedo (DEM), o vice Antônio Vieira e o novo secretário de Saúde, Geraldo Magela, além da presidente do DEM itabunense, Maria Alice Pereira. Consta que Maria Alice e Vieira, defendendo os interesses do DEM, foram pressionar o prefeito contra a nomeação de Magela para a Saúde ou ceder mais cargos para o partido.

Ao final, o ex-secretário disse que não há clima de pressão pra cima de Azevedo e que conhece Magela tecnicamente, apesar de desconhecer a gestão do novo secretário quando este comandou a Saúde em Teixeira de Freitas. Vieira disse que agora vai se dedicar à política (e à sua clínica Cotef), mas não perderá de vista o novo secretário. Estará colado. Confira o rápido bate-papo com o PIMENTA.

PIMENTA – O senhor continua na pasta?
ANTÔNIO VIEIRA –
Não, não, não. Eu já me afastei há mais de 15 dias. Vocês me ligaram à época e eu informei da saída.

A informação nova é que o senhor não teria concordado com a escolha do prefeito para a Saúde.
Eu não devo estar interferindo nisso. É uma escolha do prefeito e ele é livre para escolher. Eu conheço o Magela tecnicamente, participamos de várias reuniões. Tecnicamente, ele é muito competente. Não sei como foi o trabalho dele em Itamaraju, mas não deve haver nada desabonador contra ele, não.

A sua assessoria informou que haveria a divulgação de uma carta. Será divulgada?
O conteúdo é conhecido. Eu não estou deixando o cargo por pressão. Estou deixando porque achei que estava na hora de sair, pois tenho outras obrigações. Vou agora ajudar o prefeito, politicamente.

A atuação do senhor, que é vice-prefeito, será eminentemente política?
Sim, e não vou deixar de estar ao lado do secretário, somos de um mesmo governo e aliados.

Essa nova linha foi acordada na reunião desta tarde?
Já tive reunião com o prefeito e com o novo secretário. Estive ausente [da cidade] por dez dias, mas o prefeito concordou com o nome de Magela. Achou que deveria ser ele e que tecnicamente tem muito conhecimento.

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Neste momento, o ainda secretário de Saúde de Itabuna, o vice-prefeito Antônio Vieira, participa de reunião tensa no centro administrativo Firmino Alves. A promessa é de que ele divulgará uma carta pública, em instantes, se posicionando sobre os problemas da saúde municipal e não dispensará críticas à escolha do prefeito Capitão Azevedo (DEM) para substituí-lo na Saúde.

A carta será divulgada em instantes, conforme um de seus assessores. Todo o conteúdo da carta será conhecido momentos antes da posse de Geraldo Magela como novo secretário de Saúde.

Magela foi exonerado do cargo de secretário da Saúde de Teixeira de Freitas em setembro de 2010, acusado de promover um rombo nas contas municipais estimado em R$ 8 milhões. Ele nega o rombo e diz que a conta é menor (R$ 3,5 milhões) e seria coberta pelo Estado com recursos para o serviço de cardiologia em Teixeira.

Chamem o bombeiro.

Com informações do Trombone.

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Acusado pelo prefeito Padre Aparecido de provocar um rombo de R$ 8 milhões nas contas da Saúde em Teixeira de Freitas, o ex-secretário Geraldo Magela reconhece que deixou dívida, mas ela representa menos da metade do anunciado pelo governo e estaria em R$ 3,5 milhões.
A dívida se refere ao serviço de cardiologia em implantação em Teixeira e será quitada, segundo ele, assim que o estado repassar a verba ao município, “em março ou abril”. Magela considera-se um “bode expiatório” de uma disputa política que começou no pleito presidencial de 2010 e visa 2012, e afirma que implantou diversos serviços que tornaram Teixeira de Freitas polo de saúde do extremo-sul.
Segundo ele, a polêmica em torno da dívida em sua gestão foi provocada por um vereador que busca se viabilizar na disputa municipal de 2012. “A dívida era antiga. Era de R$ 6,5 milhões quando assumi [a pasta]“.
Magela também acusa o prefeito Padre Aparecido de ter retirado a autonomia da Saúde em maio deste ano. Segundo ele, era o gestor municipal quem decidia sobre os pagamentos. Magela acabou pedindo exoneração em setembro. “Até onde eu deixei, deixei muito bem”. Magela será o substito de Antônio Vieira na Secretaria da Saúde de Itabuna, onde assume no dia 4.

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Magela foi defenestrado em Teixeira e chega como "solução" em Itabuna (Foto Radar64).

Se alguns têm o professor de história e especialista em saúde pública Geraldo Magela como a panaceia para Itabuna, é bom ir com calma.
Magela saiu da Secretaria de Saúde de Teixeira de Freitas debaixo de um intenso tiroteio e sofrendo acusações de ser “indigno” e até “mentiroso”. Coisas da política. E as acusações partiram do prefeito Padre Aparecido (PSDB).
Segundo Aparecido, Magela deixou a secretaria com um rombo de R$ 8 milhões. Magela teria admitido ao prefeito que “perdeu as rédeas” e sugeriu – conforme o prefeito – que o governo assumisse a parte administrativa da Pasta. A engenharia deu certo no início, segundo Aparecido, mas a dívida voltou a estourar quando Magela recuperou a autonomia administrativa.
Numa entrevista ao site Sulbahianews, o prefeito diz que a saída do secretário foi em função das dívidas, que não paravam de crescer:
– Chamei Magela e disse: ou o senhor renuncia ou vou exonerá-lo. Não houve falta de autonomia, ele foi ajudado. Se não tivesse sido ajudado, não teria feito parte do que fez. Ele perdeu a oportunidade de sair com dignidade e deixar de contar mentiras – disse o prefeito.
Magela se defendeu à época ao afirmar que a conta estava inflada, embora admitisse que deixou dívida de, aproximadamente, R$ 6 milhões. O governo estadual faria incremento de receita que equilibraria a conta em favor do município. Aparecido reconhece em Magela um homem “esforçado”, mas que se fez algo foi porque contou com a ajuda do governo.
Magela assumirá a secretaria de Saúde de Itabuna na próxima terça, 4. O prefeito Capitão Azevedo (DEM) espera que a saúde pública municipal saia do atoleiro num prazo de “nove meses”.

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Segundo informações obtidas pelo PIMENTA, o professor de história Geraldo Magela será empossado na Secretaria da Saúde de Itabuna no próximo dia 4 de janeiro. O horário ainda não foi confirmado.
Magela, que tem pós-graduação na área da saúde pública, é indicação do deputado estadual eleito Augusto Castro (PSDB) e terá como principal desafio devolver a gestão plena da saúde a Itabuna.
O secretário que dá tchau, Antônio Vieira, que também é vice-prefeito, manifestou um último desejo ao prefeito José  Nilton Azevedo.  Detectando movimentações para que Antônio Carrero volte ao Departamento de Planejamento da Saúde, Vieira pediu encarecidamente que o nome seja vetado.
Por enquanto, a informação é de que o pleito será atendido.