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Ao contrário do que disse o petista Geraldo Simões em entrevista ao PIMENTA, o vereador e presidente do PCdoB de Itabuna, Wenceslau Júnior, não considera pesquisa o melhor termômetro para definir quem será o candidato do arco de alianças do campo progressista.

– Não é absoluto. Azevedo estava em último lugar [nas pesquisas em 2008] e é o prefeito de Itabuna hoje. Pesquisa é importante, mas há outros fatores como ampliação política, apoios partidários e um nome que consiga ampliar mais – ressalta Wenceslau, que também é suplente de deputado estadual.

O parlamentar diz que a candidatura progressista deve ter densidade e, “mais importante”, contar com apoios externos, a exemplo de “deputados, senadores e governos do estado e federal”. Segundo ele, estas são as principais variantes. E observa: “às vezes o candidato tem aceitação, mas tem rejeição grande”. Olha aí uma estocada na concorrência “amiga”…

Apesar da posição petista, Wenceslau diz que ainda há espaço para diálogo. “A gente sempre está aberto ao diálogo”. O vereador enxerga um “certo esgotamento” do PT em Itabuna, embora ressalte o peso da sigla no município.

Numa leve estocada na concorrência, Wenceslau lembra que “Geraldo foi prefeito por acidente em 1992, no calor do “Fora Collor” e diante de um governo desastroso de Fernando Gomes”. E acrescenta que, depois disso, o campo progressista chegou ao poder somente em 2000. “Mas com todos juntos. Repetir aquela frente seria importante, pois a direita tem muita força em Itabuna”.

Por enquanto, o PCdoB não definiu o nome com o qual irá para a disputa. Além de Wenceslau, o partido dispõe de Davidson Magalhães e Luís Sena. Do lado petista, além de Juçara, os nomes são os de Geraldo Simões e Claudevane Leite.

Confira aqui a entrevista de Geraldo ao PIMENTA

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Do Política Etc

Ninguém pode desconsiderar a força do PT no campo da esquerda em Itabuna, ainda mais com suporte estadual e federal. Mesmo assim, a maneira como o partido procura afirmar essa força confirma uma arrogância já apontada neste blog.

A soberba se revela nas respostas do deputado federal Geraldo Simões, em entrevista concedida ao PIMENTA. Em toda a conversa, o político deixa claro que não haverá brechas para partidos aliados que pretendam ocupar a cabeça de uma chapa com apoio do  PT. Esta legenda continua reivindicando para si o protagonismo do bloco de centro-esquerda em Itabuna.

Vá lá que reivindique, mas o tratamento aos aliados chega a ser desrespeitoso. O PCdo(0,4%)B, por exemplo, é menosprezado como partido, e o “companheiro” Claudevane Leite – que ensaia uma pré-candidatura, terá que se enquadrar à sua pouca importância dentro do PT. Se for às prévias, como sugere o deputado, será atropelado pelo já conhecido rolo-compressor. Caso se mostre rebelde e insista em ser candidato, a porta da rua é serventia da casa. Tudo de acordo com os princípios democráticos.

Sobrou arrogância também quando o deputado atribui à equipe de marketing da campanha todo o ônus da derrota de Juçara Feitosa em 2008. Os pobres marqueteiros arcaram com a responsabilidade integral pela pouca aceitação do “produto”, sem direito nem sequer a uma reflexão sobre as qualidades e defeitos inerentes ao mesmo. Mas isso é praxe: quando no governo, alguns políticos também costumam responsabilizar a comunicação e/ou o marketing pelos desacertos deles.

Em gozo de juízo perfeito, ninguém vai imaginar que o PT entregue graciosamente o cavalo selado, quando dispõe de todas as condições para tomar a rédea do processo. Isso não existe em política. O que incomoda é a tal da arrogância, de quem afirma que uma pesquisa feita a um ano e dez meses das eleições pode determinar que todos os partidos de esquerda se posicionem a reboque do PT.

A petista Juçara Feitosa chegou a estar em primeiro lugar na eleições de 2008, até ser atropelada por um inusitado Capitão Azevedo, que de pulo em pulo chegou a uma vitória com ampla margem de votos. Mas, e as pesquisas?

E Geraldo Simões, que em 1992 começou a corrida sucessória com 2% das preferências e terminou com uma belíssima vitória, de lavar a alma de quem não aguentava mais o fernandismo…

Para felicidade do PT, o partido naquela época se apresentava com mais humildade.

Ricardo Ribeiro

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Além de enfrentar a resistência do antigo aliado, o PCdoB, o PT itabunense também enfrenta turbulência interna com o desejo do vereador Claudevane Leite de ser o nome petista na sucessão de 2012. Até então, Juçara Feitosa ou Geraldo Simões eram os nomes que figuravam internamente, apesar de insatisfações publicamente já conhecidas.

O PIMENTA ouviu o deputado federal Geraldo Simões sobre essa disputa interna, o desejo do PCdoB de ser o cabeça de chapa do consórcio com o PT em 2012 (é isso ou divórcio…), a gestão municipal, os arranhões na imagem do parlamentar e da esposa e novamente prefeiturável, Juçara Feitosa.

O parlamentar também faz uma análise da derrota sofrida pela esposa, Juçara Feitosa, em 2008. E atribui o insucesso à equipe de marketing, que “foi muito ruim”. Confira abaixo:

2012 é “ali” e dentro do PT fala-se em três nomes: o seu, o de Juçara e o de Vane. Como ficará a situação de Vane, que pode até sair do partido para candidatar-se a prefeito?
Ele conhece as regras do partido. Elas valem para Lula, Juçara, para ele, para qualquer um petista. Quando se tem mais de uma candidatura, fazemos a prévia e os vencidos têm que acatar [o resultado dela]. Não se pode impor. Agora, se não concordo em ir para as prévias, procuro um partido que me garanta a candidatura.

O PT abriria mão de Vane sem buscar o mandato do vereador?
Se até casamento se desfaz, imagine filiação partidária. Falando por mim, eu não tomaria o mandato.

O senhor não entrará na disputa, não pensa em ser candidato a prefeito?
Olha, Lula ganhou na quarta eleição e não perdeu aliados. Todas as eleições que perdemos nós fomos bem. Itabuna perdeu oito anos com os últimos resultados daqui. Como a gestão está muito ruim, todos acham que eu devo ser candidato. Não sei se isso resolve.

Mas qual será seu posicionamento?
Pra mim, o que resolve é a articulação de forças políticas que devem contar muito com os governos federal e estadual. Mas não basta ser apenas aliado. Isso é importante, mas não é suficiente. São mais de 5,5 mil municípios, e mais de 4 mil são de prefeitos da base. E com a criação do PDB isso tende a aumentar ainda mais.

O PCdoB tem todo direito de ter candidatura. Mas você viu os números [da pesquisa Compasso]?

Quando o deputado cita articulação de forças, deve ter em vista que o PCdoB fala em voo solo. E aí?
O PCdoB tem todo direito de ter candidatura. Mas você viu os números [da pesquisa Compasso]? Deve-se ter em mente qual é o objetivo: o que querem é o crescimento do partido ou a recuperação da cidade? A cidade só tem perdido ao longo desses seis indo para sete anos nas mãos do DEM. Vamos insistir na aliança com o PCdoB, com o PPS, PP, PSB, com um conjunto de forças, para 2012.

Mas o PCdoB quer a cabeça de chapa. O PT topa ceder dessa vez?
Mas ceder como? Com estes números que temos hoje? Juçara é a primeira na pesquisa [Compasso]. Para ceder a cabeça de chapa, creio eu, teríamos que ser superados. O PT é o primeiro partido na preferência do eleitor. 26,7% preferem o PT em Itabuna. O segundo é o DEM, com 4,7%. O PCdoB tem 0,4%.

Apesar das intenções de voto, há também rejeição alta tanto em relação ao seu nome como ao de Juçara.
Essa rejeição alta foi na eleição de 2008. Hoje não é mais assim. Pode consultar qualquer pesquisa. E o que dizem de Juçara: “ah, ela é durona”. E de mim, dizem que sou ficha-suja e não cumpro acordo.

Olha, veja essa questão de Juçara. É igual a Dilma. Por que perdemos a eleição de 2008? Perdemos porque a nossa equipe de marketing foi muito ruim.

Mas as urnas…
Olha, veja essa questão de Juçara. É igual a Dilma. Por que perdemos a eleição de 2008? Perdemos porque a nossa equipe de marketing foi muito ruim. Os adversários diziam que Juçara não gostava de pobre e era durona. Mas quem foi que implantou os principais programas sociais de Itabuna? Quem criou o Alimenta Itabuna? Além disso, executamos ações para redução da violência entre os mais jovens.

O senhor insiste com Juçara. E Vane, estaria sendo desprezado?
Não, não estou desprezando, mas há uma provocação sistemática da outra parte. O que se tem é que colocar o nome para que o partido decida, via prévia, quem será o candidato.

O senhor falou de Juçara, mas o que responde em relaçã ao estigma de político ficha-suja e que não cumpre acordos?
Olha, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já deixou claro que não sou ficha-suja. Fui reeleito deputado. Na análise das minhas contas não há condenação por superfaturamento ou por obra que não foi feita.

Ubaldo rompeu comigo [no segundo mandato] e aí fui obrigado a tirar os cargos. Mas nunca tirei salário, carros e diárias dele, como outros já fizeram.

E, afinal, o senhor cumpre ou não cumpre acordo?
Qual acordo que não cumpri? Queria saber. Se você pegar Xavier, ele me ajudou na eleição [de 1992], foi meu vice e foi comigo até o final. Ubaldo rompeu comigo [no segundo mandato] e aí fui obrigado a tirar os cargos. Mas nunca tirei salário, carros e diárias dele, como outros já fizeram. E o que ele queria? Queria ser secretário de Saúde, mas eu priorizei Renato Costa, indicando Edson Dantas para a Pasta. Todos os partidos que me ajudaram a ganhar eleição, tiveram cargos no governo.

O senhor foi tachado de “inadimplente da palavra” justamente por não cumprir acordos. E quem assim o rotulou foi o ex-deputado Renato Costa.
Mas como inadimplente? Eu fiz tantos acordos, e cumpri todos. Agora, digo que nós temos um partido credenciado para administrar a cidade e já o fez por duas vezes. Temos hoje presidente da República, governador de Estado e uma candidata preparada para desenvolver este trabalho aqui.

Então, o senhor insiste no nome de Juçara?
O que tinham contra Juçara em 2008 era o preconceito contra a mulher, que também se manifestou contra Dilma, mas a equipe da presidente foi mais capaz do que a nossa para rebater isso. Era preconceito contra a mulher, que está se reduzindo com o bom início de gestão de Dilma. E isso vai ajudar [Juçara, em 2012].

Hoje a realidade é outra e será muito importante mostrarmos o que Juçara fez enquanto secretária de Desenvolvimento Social

Então o senhor descarta participar como candidato?
Nessa situação e com os números que as pesquisas mostram, com Juçara liderando largamente? Dificilmente o cenário se alteraria com o meu nome na disputa. Hoje a realidade é outra e será muito importante mostrarmos o que Juçara fez enquanto secretária de Desenvolvimento Social. Ela deu um show de competência administrativa.

E qual será a prioridade do seu novo mandato?
Nós temos defendido junto aos governos três ações que se complementam: a criação da universidade federal em Itabuna, do pólo têxtil e do distrito industrial de Itabuna. A nossa cidade precisa ser compensada pelos grandes investimentos que estão sendo feitos em Ilhéus. Eu defendo uma universidade federal multicampi.

O polo têxtil ainda vem, mesmo após três anos de discussões?
É uma das prioridades do meu mandato. Há pressões de grupos para que o pólo vá para o Oeste ou Salvador, assim como existem grupos pressionando para que seja instalado em Conquista. Por A mais B, estamos provando que Itabuna é o melhor lugar, tanto pela logística como pelo apelo de termos aqui uma grande indústria, que é a Trifil. Agora, o Distrito Industrial não será algo mambembe, não. Teremos que criar espaço e condições para atrair grandes empreendimentos. Ou se faz isso, ou Itabuna ficará de fora de todo esse processo que começa a ocorrer em Ilhéus.

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Marco Wense

O “rebelde” Vane, se quiser realmente ser candidato a prefeito, tem que buscar abrigo em outra legenda, sob pena de ser triturado na convenção do PT.

O ex-prefeito Geraldo Simões, que já governou Itabuna por duas vezes, sabe que a próxima sucessão municipal é fundamental para sua sobrevivência política.

O “senhor de ferro” do PT de Itabuna não suportaria uma terceira derrota consecutiva. Um fracasso na eleição de 2012 pode significar o começo do fim da sua vida pública.

Sua re-reeleição para deputado federal, depois de perder duas eleições seguidas para a prefeitura de Itabuna – Fernando Gomes (2004) e Capitão Azevedo (2008) –, ficaria em situação de risco.

Como não bastasse essa assombração futurista, projetada para o ano eleitoral de 2012, Geraldo Simões tem pela frente a pré-candidatura do vereador petista Claudevane Leite – o Vane do Renascer.

É evidente que o “rebelde” Vane, se quiser realmente ser candidato a prefeito, tem que buscar abrigo em outra legenda, sob pena de ser triturado na convenção do PT.

A pretensão de Vane, buscando sua condição de prefeiturável, é legítima e democrática. O vereador, além de contar com a solidariedade do deputado Josias Gomes, tem o apoio de centenas de petistas.

Para os vanistas mais otimistas – alguns em intempestivo estado de euforia –, o crescimento da candidatura do vereador se deve ao trabalho realizado pelo MEAV (Movimento Evangélico de Apoio a Vane).

Além do lançamento de candidatura própria pelo PCdoB, se coligando com o PMDB, o PT de Geraldo Simões sabe que a falta de confiança dos partidos no ex-prefeito é mais um obstáculo para ser removido.

Geraldo Simões vai ter dificuldades com as legendas e suas respectivas lideranças, principalmente com os partidos que compõem a base aliada do governo Wagner.

Como não quer ser o candidato do PT na sucessão do demista Azevedo, Geraldo tem uma espinhosa missão: convencer o governador Wagner de que o nome de Juçara Feitosa é melhor do que o dele.

O chefe do Executivo estadual não esquece a esmagadora vitória do Capitão Azevedo – 12 mil votos de frente – sobre a petista Juçara Feitosa na sucessão de 2008.

Os meninos do Partido Comunista do Brasil não podem jogar fora a grande oportunidade de conquistar o cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves.

A bola da vez é o PCdoB. Se a legenda não lançar candidatura própria, ficando novamente como apêndice do petismo e favas contadas de Geraldo Simões, vai ficar isolada na sucessão de 2016.

Para ganhar ou perder, o PCdoB deve marcar sua posição na competição eleitoral que se aproxima, seja com Davidson Magalhães, Luis Sena ou o vereador Wenceslau Júnior.

Uma chapa encabeçada por Davidson Magalhães, diretor-presidente da Bahiagás, tendo na vice Gustavo Lisboa, atual secretário municipal de Educação, vem sendo articulada nos bastidores.

É bom lembrar que Gustavo Lisboa, que faz um bom trabalho na educação, não é filiado a nenhum partido. Sua ida para o PMDB pode acontecer sem traumas.

Reafirmo que o insucesso do geraldismo no processo sucessório de 2012, com uma terceira derrota consecutiva, é o começo do fim da carreira política de Geraldo Simões.

Marco Wense é articulista da Contudo.

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Os setores da indústria e do comércio foram os responsáveis pelo saldo positivo de empregos em Itabuna em janeiro. Os números foram divulgados nesta quinta (24) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A cidade criou 70 novos empregos com carteira assinada. Ilhéus, também no sul da Bahia, gerou somente um emprego no mesmo período. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE, indica que a indústria em Itabuna abriu 63 vagas e o comércio veio em seguida com 51.

Os números também apontam uma forte redução nas contratações no setor da construção civil no município, que neste mês cortou três vagas ao contratar 74 pessoas, mas demitir 77.

Em Ilhéus, ocorreu o inverso: comércio e indústria cortaram 90 vagas. Já a construção civil abriu 26 novos postos com carteira assinada e o setor de serviços, mais 59.  Nos últimos 12 meses, a economia ilheense gerou 1.560 vagas formais ante 1.983 da itabunense.

BAHIA LIDERA EMPREGOS NO NE

A Bahia gerou 7. 438 empregos em janeiro, com destaque para os setores de serviços (2.852 novas vagas),  agropecuária (1.801), da indústria (995) e construção civil (820). Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, o Brasil teve o segundo melhor janeiro na série histórica do Caged ao gerar 152.091 novos empregos com carteira assinada.

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Florence e Geraldo em audiência em Brasília.

A regularização fundiária na Bahia, principalmente na região sul, foi tema de audiência do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, com o deputado federal Geraldo Simões (PT-BA). O parlamentar sul-baiano lembrou que o PAC do Cacau prevê a regularização de 100 mil hectares de terras no sul-baiano, mas o estado não dispõe de recursos para tocar o programa.

De acordo com Geraldo, a sugestão discutida com o ministro é que o governo federal repasse os recursos ao estado.  O deputado diz que a regularização é imprescindível para que produtores tenham acesso a crédito e, no caso dos produtores, também possam se aposentar.

O ministro prometeu o início de estudos para que estes recursos sejam repassados ao estado e produtores baianos, principalmente da lavoura cacaueira, sejam beneficiados o mais rápido.

A audiência teve também a participação de Luís Anselmo Pereira, da Coordenação de Desenvolvimento Agrário na Bahia (CDA) e da Associação dos Órgãos Nacionais de  Terra, e do deputado federal Josias Gomes.

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Marco Wense

Geddel, então ministro da Integração Nacional, já teria perdoado os petistas pela sonora vaia que recebeu em Ilhéus?

A impressão que fica é que Renato Costa, presidente do PMDB de Itabuna, acredita em uma reaproximação política entre Geraldo Simões e Geddel Vieira Lima.

Renato, toda vez que é entrevistado sobre a sucessão municipal, não descarta uma conversa com o ex-prefeito, deixando nas entrelinhas que o PMDB pode até apoiar a petista Juçara Feitosa.

O PMDB de Itabuna não tem autonomia para tomar uma decisão dessa envergadura. O ex-presidente Itamar Franco tem razão quando diz que “os partidos são dominados por cúpulas”.

A cúpula estadual do peemedebismo dificilmente aceitaria uma coligação PT-PMDB na eleição de 2012. Será que o pega-pega entre Geddel e Geraldo Simões é coisa do passado?

Outra pergunta pertinente e oportuna: Geddel, então ministro da Integração Nacional, já teria perdoado os petistas pela sonora vaia que recebeu em Ilhéus?

Francamente, como diria o saudoso Leonel Brizola, não vejo qualquer possibilidade de Geddel e Geraldo ficarem no mesmo balaio, formando uma inesperada, estranha e inusitada aliança.

Diria até que Geddel e o mano Lúcio Vieira, presidente estadual do PMDB, não estão satisfeitos com as recentes declarações de Renato Costa sobre a sucessão do demista Capitão Azevedo.

SEM SUBTERFÚGIOS

O presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Ruy Machado (PRP), diz o que pensa e o que quer sem fazer arrodeios. No quesito autenticidade é inigualável.

O toma-lá-dá-cá de Ruy Machado é explícito. Não é disfarçado e, nem tão pouco, camuflado. Tem vereador, por exemplo, que é puritano durante o dia e verdadeiro diabinho na calada da noite.

De olho em uma secretaria no governo Azevedo, o polêmico edil, sem pestanejar, diz: “Eu sou presidente da Câmara e tenho o comando do PTB. Por isso tenho legitimidade para ser contemplado com uma secretaria”.

Ruy Machado é assim. E foi assim que ele chegou à presidência do Legislativo. E tem mais: é paparicado pelos ex-prefeitos Geraldo Simões (PT) e Fernando Gomes (PMDB).

Marco Wense é articulista da revista Contudo.

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Geraldo, à direita, destaca trabalho de Wagner e governo federal (Foto Manu Dias).

Responsável pela implantação do Samu 192 em Itabuna, em 2004, o ex-prefeito e deputado federal Geraldo Simões participou nesta manhã, na reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), da entrega de 34 ambulâncias do serviço médico de urgência a municípios baianos. O ato de entrega foi comandado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o governador Jaques Wagner.

Itabuna recebeu duas ambulâncias novas para o Samu 102 e Ilhéus, três. “Quando implantamos este serviço em Itabuna, em 2004, houve uma humanização e maior agilidade do atendimento de urgência no município. Essa renovação de frota é importante para assegurar qualidade ao serviço”, destacou.

Geraldo ainda lembra da descaracterização e quase abandono do Samu nos últimos tempos. As críticas da sociedade e a pressão do Conselho Municipal de Saúde forçaram o governo municipal a mudar a gestão do Samu 192 no ano passado. O deputado federal ressaltou o compromisso dos governos federal e estadual com os municípios e a política de ampliação do serviço médico de urgência na Bahia na gestão de Wagner.

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Os moradores do Núcleo Habitacional da Ceplac, em Itabuna, receberão uma boa notícia dentro de três meses. De acordo com o deputado federal Geraldo Simões (PT-BA), os 150 imóveis serão doados, definitivamente, aos atuais moradores por meio de cessão de direito real de uso. O núcleo fica situado na região do São Caetano, em Itabuna.

“Foi uma decisão do ex-presidente Lula e que será concretizada agora, na gestão da companheira Dilma [Rousseff]”, afirma. A demora é a área jurídica da superintendência baiana do Patrimônio da União concluir o levantamento, transferindo-os da União para os residentes.

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O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

Marco Wense

No momento certo, início do segundo semestre de 2012, em plena efervescência do processo eleitoral, o PT, o PCdoB, o PDT e o PSB vão conversar sobre a sucessão do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo.

A orientação para que petistas, comunistas, pedetistas e socialistas procurem o diálogo como meio de solucionar qualquer impasse, virá do comando estadual.

É unânime a opinião de que o entendimento entre o PT, PCdoB, PDT e o PSB é indispensável para a retomada do Poder Executivo, hoje sob a batuta do Partido do Democratas (DEM).

O ex-prefeito Fernando Gomes (PMDB) condiciona sua candidatura a uma provável desunião entre essas agremiações partidárias. Se houver a cisão, o fernandismo volta a ficar vivo.

O critério para a escolha do candidato que irá encabeçar a chapa é o maior obstáculo para que se chegue a um denominador comum, evitando assim um racha entre os “vermelhinhos”.

O PT não abre mão das pesquisas de intenções de voto como fator decisivo na escolha do candidato. O PCdoB, PDT e o PSB não aceitam a consulta popular como único critério.

Para o PT, Juçara Feitosa – na frente em todas as pesquisas – é quem tem mais chance de derrotar o DEM do prefeito Azevedo e o PMDB de Fernando Gomes.

O PDT e o PCdoB defendem a capacidade de agregar como critério principal, formando assim uma grande coligação de partidos em torno do candidato escolhido.

Lideranças do PCdoB, PDT e do PSB acham que Juçara Feitosa não tem jogo de cintura, carisma, discurso e capacidade política para se manter na dianteira durante a campanha.

Na eleição de 2008, Juçara Feitosa, que passou um bom tempo como favorita, terminou sendo fragorosamente derrotada pelo então candidato Capitão Azevedo.

A derrota para o candidato do DEM, que colocou 12 mil votos de frente, foi atribuída a uma infeliz articulação de Geraldo Simões com o também militar Fábio Santana, que desistiu da candidatura para apoiar Juçara.

Os prefeituráveis do Partido Comunista do Brasil – Wenceslau Júnior, Luís Sena e Davidson Magalhães – apostam também no desgaste de “Minha Pedinha” com os partidos que compõem a base aliada do governador Jaques Wagner.

Depois de peremptórias declarações de independência, que o PCdoB não é legenda submissa ao PT, os comunistas não podem mais recuar de uma candidatura própria, sob pena de cair em total e irreversível descrédito.

O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

PCdoB versus PT. A única saída digna para os comunistas de Itabuna.

Marco Wense é articulista da revista Contudo.

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Fred Cabala | fredericocabala@gmail.com

Para além dos óbvios paralelos e resguardadas as proporções, as realidades do município itabunense e da nação brasileira possuem como perceptível semelhança o fato de há tempos ambas se encontrarem enclausuradas e reféns de um sistema de polarização do campo político que a poucos satisfaz.

Enquanto o Brasil assiste ao jogo de forças entre PT e PSDB desde 1994, quando Fernando Henrique Cardoso levou a cabo o plano antiinflacionário Real, a terra grapiúna se destaca por ser solo fértil para o conveniente passa-repassa entre petistas e democratas desde que Geraldo Simões emergiu nas eleições de 1992.

Com o passar de quase duas décadas, a perspectiva de um diferente cenário político minguou a cada eleição e se transformou na naturalização do atual dualismo partidário. Todas as tentativas de caminho alternativo e implementação de uma terceira via acabaram sempre fracassando.

Em síntese, pode-se atribuir o fiasco da terceira via, tanto no Brasil quanto em Itabuna, ao fato de nenhuma alternativa e novidade substanciais terem sido verdadeiramente discutidas e apresentadas com clareza aos cidadãos. Para desespero do ideólogo do conceito, o cientista social britânico Anthony Giddens, que pensava o terceiro setor como um “centro radical” com traços que chamassem atenção pelo aspecto diferencial e cujo objetivo seria uma completa reforma do Estado.

Ora, o que tem se visto nos âmbitos municipal e nacional é a via alternativa promovendo o próprio funeral exatamente por confundir-se com os dois blocos ao invés de delimitar firme posição. A ausência de um discurso original que deveria se sobrepor aos polos já desgastados cedeu lugar à ideia do continuísmo e revela falta de personalidade política.

Em uma análise séria, é certo afirmar que esse transtorno bipolar da política muito contribui para que grande parte das pessoas sinta náuseas quando o assunto eleições se aproxima. O mal é grave.

Fred Cabala é itabunense e estuda jornalismo na Universidade Federal de Viçosa.

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O diretor-geral do Instituto Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida, está com um pé fora do cargo. As notícias vindas de Salvador apontam que o grupo dos deputados estaduais Jota Carlos e Rosemberg Pinto e do deputado federal Geraldo Simões terá direito a indicar o novo dirigente do instituto.

É certo que a escolha parte de membros da diretoria da Biofábrica, mas é forte a ingerência política. A ser verdade o que repassou uma fonte ao PIMENTA, a Agricultura pode voltar ao controle do PT. Tudo dependerá das negociações de Jaques Wagner com o PP, que anda guloso e chutando canela de aliados como o PDT.

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Marco Wense

A sucessão municipal de 2012 já começou. As duas maiores dúvidas são em relação ao prefeito Azevedo e ao nome do PT. O democrata (DEM) é candidato à reeleição? Juçara Feitosa ou Geraldo Simões?

Os partidos sabem que para ter assento na mesa das negociações, com uma candidatura a vice-prefeito ou reivindicando secretarias em troca do apoio, é preciso ter grupo político forte.

O PT, DEM e o PMDB, respectivamente com Geraldo Simões, José Azevedo e Fernando Gomes, são os protagonistas do jogo sucessório. Tem também o PCdoB de Davidson Magalhães, Luís Sena e do vereador Wenceslau.

O PDT, agora com a comissão provisória presidida pelo ex-vereador Carlito do Sarinha, tem na retaguarda os deputados coronel Santana (estadual) e Félix Mendonça Júnior (federal).

O Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB do jornalista José Adervan, ainda triste com a derrota de José Serra, tem o deputado estadual Augusto Castro.

Pode acontecer um partido sair da condição de coadjuvante para a de protagonista, basta lançar um candidato – um bom candidato – que não tenha nenhum vínculo político com o geraldismo, fernandismo e o azevismo.

ALÔ, ALÔ!

– Alô, Fernando, aqui é Azevedo!

Assim que foi eleito prefeito de Itabuna, o Capitão Azevedo ligou para Fernando Gomes e pediu sua opinião sobre a composição do secretariado.

“Só recomendo a permanência de dois: Geraldo Pedrassolli (Fazenda) e Gustavo Lisboa (Educação)”, disse o então melancólico chefe do Centro Administrativo Firmino Alves.

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Geraldo comemora.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a medida provisória que estica o prazo para renegociação das dívidas de produtores até junho deste ano e estende os beneficios do PAC do Cacau a mais 3 mil produtores endividados.

A medida provisória estabelece prazo de 20 anos para quitação da dívida renegociada e aos empréstimos contraídos no PAC do Cacau. O ato da presidenta foi publicado no Diário Oficial da União desta terça, 11. A MP foi aprovada pela Câmara e pelo Senado em dezembro. A emenda que beneficia os produtores é de autoria do deputado federal Geraldo Simões (PT-BA).

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A advogada Ariadne Sá foi exonerada do cargo de diretora do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) em Itabuna. Os motivos da exoneração ainda não são públicos. Ariadne assumiu a unidade itabunense do órgão estadual em 2007 e era da cota do ex-prefeito de Itabuna e deputado federal reeleito Geraldo Simões (PT).

A exoneração causou surpresa no meio político, mas fontes do governo afirmam que a decisão de sair foi pessoal. O blog tentou contato com a advogada, mas o telefone estava desligado.

O grupo político ligado a Ariadne sustenta que ela já havia comunicado, ainda no segundo semestre do ano passado, que deixaria o SAC para comandar um projeto da família em Aracaju (SE). A advogada também é professora da Unime-Itabuna.