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Aranha foi chamado de "macaco" por torcedores (Foto Ricardo Saibun/Santos).
Aranha foi chamado de “macaco” por torcedores (Foto Ricardo Saibun/Santos).

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul trabalha na identificação dos torcedores acusados de agredir verbalmente o goleiro Aranha, do Santos, na última quarta-feira (27), em partida disputada em Porto Alegre.
Até agora, dois torcedores e sócios do Grêmio foram identificados, entre eles a jovem que apareceu em vídeos chamando o atleta de “macaco”. Segundo o comissário Sousa, da 4a Delegacia de Polícia de Porto Alegre, que coordena as investigações, os torcedores podem ser intimados a depor na próxima semana.
Mais três pessoas foram identificadas pelo Grêmio, que já excluiu os dois sócios de seus quadros. Para ter mais efetividade na investigação, a polícia solicitou as imagens do circuito interno do estádio ao clube, no dia seguinte ao do jogo (28). De acordo com Santos, até agora, os vídeos não foram entregues aos investigadores. A expectativa é que o inquérito seja concluído em 30 dias.
O comissário destacou que os torcedores identificados são, até agora, suspeitos de crime de injúria. “Ela não é foragida”, destacou Santos, referindo-se à torcedora que aparece nas imagens veiculadas por emissoras de televisão. Santos preferiu não antecipar possíveis penalidades. De acordo com a lei que tipifica o racismo como crime, pessoas condenadas podem, inclusive, ser presas.
A torcedora foi afastada do trabalho. Ela era funcionária de uma empresa prestadora de serviços ao centro médico e atuava como auxiliar de saúde bucal.
“A autoridade policial que preside o inquérito ainda não cogitou essa hipótese”, afirmou Santos. Para ele, primeiro, é preciso identificar qual foi a participação de cada torcedor nos fatos. Tudo “tem que ser provado no inquérito, não pode se provar na imprensa”, alertou, acrescentando que as investigações estão bem encaminhadas e seguem o procedimento padrão da polícia.
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