Ex-deputado Marcelo Duarte faleceu nesta quinta, em Salvador
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O ex-deputado estadual e professor de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Marcelo Duarte faleceu nesta quinta (28), em Salvador, aos 88 anos, acometido por uma pneumonia. Pai do secretário de Administração Penitenciária da Bahia, Nestor Duarte, Marcelo teve o mandato cassado, perdeu direitos políticos e foi preso na década de 60.

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Nelson Leal, disse que a morte de Marcelo Duarte “é uma baixa enorme para as fileiras do exército dos defensores da liberdade, da Constituição e do estado democrático de Direito”.

Duarte, além de deputado e defensor da democracia, também foi vice-prefeito de Salvador, por duas vezes, e secretário de Justiça da Bahia. “A Assembleia Legislativa da Bahia está de luto. Meu grande abraço solidário a toda família – especialmente na pessoa de seu filho, meu amigo e secretário Nestor Duarte – aos amigos e aos admiradores do ex-deputado, jurista e brilhante professor de Direito da Universidade Federal da Bahia”, externou Leal.

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Rui recomenda à oposição ganhar poder no voto (Foto Daniel Thame).
Rui recomenda à oposição ganhar poder no voto (Foto Daniel Thame).

A oposição ao governo de Dilma Rousseff tenta jogar o Brasil em uma aventura e levar o país a um abismo social com a proposta de impeachment da presidente da República, na opinião do governador baiano, Rui Costa. Ao responder a um questionamento do Pimenta, Rui disse que o país já viveu um golpe e é necessário respeitar a escolha do eleitor.

– Vivemos um golpe em 64. O povo brasileiro não precisa de golpe, mas de respeito ao voto. Quem está fora do poder e quer chegar lá um dia novamente, terá que ter, acima de tudo, responsabilidade com o Brasil e não jogar o país numa aventura ou abismo – disse ele em uma entrevista logo após entregar trecho de 19 quilômetros pavimentados da BA-654, em Itacaré, no sul da Bahia.

Para Rui, o povo pobre será quem mais sofrerá por uma aventura da oposição, caso ocorra impeachment. “O Brasil não pode passar por isso, por que quem vai pagar o preço alto de um abismo social e político é o povo mais simples, mais pobre”.

Por fim, o governador baiano recomendou paciência aos opositores da presidente Dilma. “O que eu digo à oposição é que tenha paciência, cative o povo, apresente proposta e respeite o voto. Esperem a próxima eleição, para ganhar [o poder] no voto”, disse ele ao ser questionado se a base aliada teria forças para impedir a cogitada queda da presidente.

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professor júlio c gomesJulio Cezar de Oliveira Gomes | advjuliogomes@ig.com.br

Há um Brasil que chora, cotidianamente, por um dilúvio de sangue que jorra das capitais e do interior deste país.

Para uns, golpe. Para outros, revolução. O fato é que há cinquenta anos um movimento militar arrancou o presidente João Goulart do Palácio do Planalto e impôs àquele Brasil um governo composto por uma estranha junta militar.
O resto da história, já se sabe. O regime de exceção se impôs pela força das armas e da máquina governamental por vinte e cinco longos anos, até que sob a pressão da imensa maioria dos brasileiros pelo fim da Ditadura, foi eleito, de forma indireta, um presidente civil, em 1985; e depois promulgada a Constituição de 1988, pondo fim ao Período Militar.
Entretanto, o que há de novo neste aniversário de 31 de março de 1964 não é a comemoração dos militares, que sempre a fizeram, de forma mais ou menos ostensiva, mas um clamor pela volta dos militares ao poder, que ecoou fortemente por todos os meios de comunicação.
Causa estranheza que em um Brasil muito mais desenvolvido economicamente, muito mais escolarizado e com chances de ascensão social infinitamente maior do que as que existiam na década de 1960, 70 e 80, este clamor tenha sido ouvido. Mas foi.
Penso mesmo que, se o povo não aderiu ao apelo do retorno à Ditadura, foi justamente por esta compreensão de que a vida melhorou, e muito.
Porém, o mesmo povo que se recusou a aderir à Marcha da Família também se recusa a defender o regime democrático, em uma clara demonstração de desprestígio da democracia junto àqueles que mais deveriam defendê-la: o povo.
Observo, especialmente, que o discurso de que a Ditadura assassinou cruelmente seus opositores – e assassinou de fato – não comove mais às pessoas. Por que será?
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Luana Lourenço | Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff lembrou hoje (31) os 50 anos do golpe militar que deu início à ditadura no Brasil, em 1964, e disse que as atrocidades cometidas no período não podem ser esquecidas, em memória dos homens e mulheres que foram mortos ou desapareceram enquanto lutavam pela democracia.
“O dia de hoje exige que lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos aos que morreram e desaparecerem, devemos aos torturados e aos perseguidos, devemos às suas famílias. Devemos a todos os brasileiros”, disse a presidenta em discurso no Palácio do Planalto, durante a assinatura de contrato para construção da segunda ponte sobre o Rio Guaíba. Confira, no vídeo abaixo, o discurso da presidente.