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Policiais ilheenses e familiares aguardam resultado de assembleia (Foto Pimenta).

O líder da paralisação dos policiais militares em Ilhéus, Augusto Júnior, não acredita que a greve seja encerrada ainda nesta sexta (10). “A gente espera que a greve acabe o quanto antes, mas acho pouco provável que ela chegue ao fim ainda hoje”, disse o grevista ao PIMENTA. Dezenas de policiais militares de Ilhéus encontram-se no batalhão, na Barra, à espera do resultado da assembleia que ocorre no Sindicato dos Bancários, em Salvador.
Augusto ficou emocionado ao falar da carta aberta dos colegas do 7º semestre do curso de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), divulgada nesta sexta (10).
“[A carta] Pra mim é marcante. Não sou uma pessoa ativa na minha turma, dado o pouco tempo. É mais um motivo para ratificar o que vimos dizendo, que este é um movimento pacífico, diferente do que foi divulgado nos meios televisivos”. Augusto está entre os 12 policiais e ex-policiais contra os quais foram emitidos mandado de prisão durante o movimento grevista.

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Do Correio
O número de homicídios chegou nesta quinta (9) a 156 na capital  e Região Metropolitana de Salvador desde o começo do motim dos policiais militares. A média é de 16,9 assassinatos por dia. Em 2011, a média foi de 5,6 mortes por dia e, em janeiro deste ano, foram 6,9 por dia.
Para se ter uma ideia, nos nove dias anteriores ao motim (22 a 29 de janeiro), foram registrados 56 homicídios – um crescimento de 178%.
O número considera os assassinatos registrados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) desde às 21 horas de terça-feira da semana passada, quando o movimento foi anunciado, até as 21 horas de ontem.

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Cinco assaltantes espalharam o terror na região do Paty, no bairro São Caetano, há 15 minutos. Eles invadiram a Drogaria Letícia e roubaram cosméticos e todo o dinheiro do caixa, colocando funcionários sob a mira de revólver.
Houve princípio de pânico e comerciantes vizinhos cerraram as portas com medo de arrastão. Um policial a paisana conseguiu evitar o pior e tomou parte da mercadoria roubada por um dos ladrões, que estava a pé.
Por telefone, o PIMENTA conversou com comerciante da região do assalto. “Eram três bandidos a pé e dois de bicicleta. Um deles estava armado. As pessoas ficaram apavoradas com a cena”, relata. A cidade está sem policiamento ostensivo há uma semana, quando soldados da PM aderiram à greve.

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Itabuna registrou 46 assaltos e 21 veículos roubados desde a deflagração da greve da Polícia Militar em Itabuna, na última quinta (2), até ontem à tarde. De acordo com o delegado Clodovil Soares, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, foram roubados seis carros e 15 motos.
A polícia recuperou duas motos e um carro. Hoje, por volta de 1h da manhã, um taxista foi baleado por assaltantes. O veículo foi recuperado no final desta manhã (leia aqui).

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Site traz a sequência de paralisações: BA, RJ, ES e PR.

Os governos federal e estadual apontam a paralisação na polícia militar baiana como parte de movimento nacional pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que institui o piso nacional para os policiais, a PEC 300. Para o governo baiano, um dos indícios dessa articulação nacional é o site PEC 300.
O site (www.pec300.com) conclama policiais à greve nacional imediata e traz dominós enfileirados. A primeira pedra do jogo de dominó é simbolizada pela Bahia, já em queda. Pela sequência trazida no site, as próximas greves de policiais militares devem acontecer no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. A página é assinada por um soldado que se identifica como Fernando Almanca. Ainda ontem, policiais do Distrito Federal participaram de manifestações em apoio aos PMs baianos.
A greve na polícia militar chegou ao nono dia nesta quarta (8). A adesão é superior a 40% em todo o estado. As principais cidades sulbaianas, Ilhéus e Itabuna, tiveram adesão total à greve. Ilhéus puxou o movimento grevista na terça (31) à noite. Já os policiais de Itabuna aderiram, oficialmente, na última quinta (relembre aqui e aqui).
Os policiais cobram, dentre outras reivindicações, o pagamento da Gratificação por Atividade Policial (GAP), nível IV, já a partir de março. O governo acena com pagamento escalonado, a partir de novembro deste ano. Este foi o entrave nas negociações de ontem.
 

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Nas entrevistas concedidas a duas emissoras de televisão ao meio-dia de hoje, o governador Jaques Wagner disse acreditar que a greve dos policiais militares chegue ao fim, no máximo, até amanhã.
O governo acenou com o pagamento da Gratificação de Atividade Policial (GAP), nível IV, a partir de novembro deste ano. Os grevistas, no entanto, exigem pagamento da GAP V, que representaria pouco mais de R$ 2 mil.
Wagner, no entanto, fala em pagamento da GAP V a partir de 2014. Segundo ele, o pagamento da gratificação representaria, de início, peso de R$ 170 milhões no orçamento estadual. E recorreu à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para afirmar que não teria como pagar a gratificação de nível V agora.
O movimento grevista e representantes do governo estão reunidos desde as 10h30min na capital baiana. Embora ainda não tivesse informações da reunião ocorrida nesta manhã de terça (7), o governador foi otimista. “Acredito que saíremos ainda hoje do movimento”. As negociações são mediadas pelo arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, e pelo presidente da OAB baiana, Saul Quadros.

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Manuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Está faltando prudência e equilíbrio de todos os lados envolvidos, e é o povo quem está sendo penalizado. Greve é um direito do trabalhador sim, mas greve armada é rebelião.

Assistindo às cenas do que aconteceu no Centro Administrativo da Bahia (CAB) na manhã de hoje, segunda-feira, o meu sentimento foi de vergonha: vergonha do que se transformou o direito de reivindicação dos Policiais Militares, vergonha do comportamento de alguns profissionais da imprensa e vergonha da inércia do Governador que, não cedendo, não ‘desmonta o circo’.
Diante dos episódios que afligem a população desde o início da paralisação parcial da Polícia Militar, no último dia 31, clamo por um diálogo construtivo.  Os prejuízos à população e aos setores produtivos são incalculáveis. Em pleno verão, quando deveríamos estar produzindo e recebendo milhares de turistas, estamos assistindo a autoestima do baiano ser devastada a cada matéria divulgada pela imprensa.
Transformaram a Bahia num campo de guerra e estão transmitindo para o mundo. Saques, ocorrências policiais graves e confrontos, em minha opinião, excedem os limites aceitáveis em manifestações. Está faltando prudência e equilíbrio de todos os lados envolvidos, e é o povo quem está sendo penalizado. Greve é um direito do trabalhador sim, mas greve armada é rebelião. Acho que a causa maior dessa luta perdeu as forças à medida que virou baderna. Chega!
Não tenho dúvidas de que houve incapacidade do governo em evitar que se instalasse o caos. O que também não entendo é um partido que se fez em greves desqualificar reivindicações e partir para o ataque, recorrendo à Força Nacional. Passando do ponto ou não, Governador, o senhor está sendo arrogante antes e durante a crise. A sua obrigação institucional e moral é negociar. Se não sabe, pede pra sair!
Manuela Berbert é jornalista e colunista do Diário Bahia.

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O presidente da subseção itabunense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Andirlei Nascimento, declarou o apoio da entidade à greve dos policiais militares baianos. O movimento entrou hoje no sétimo dia.
Por meio de nota distribuída pela assessoria, a presidência da OAB diz considerar justas as reivindicações dos policiais. “Há muito tempo os policiais vem fazendo essa reivindicação sem serem ouvidos pelo governador do Estado”, observa Andirlei.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Itabuna, Davi Pedreira, diz que a entidade adota posicionamento de “independência e responsabilidade”.
Liderança católica envolvida com as ações do Conselho da Comunidade e Pastoral Carcerária, Pedreira considera necessário ao Estado remunerar melhor e dar condições de trabalho aos policiais militares e civis, “para que possam proteger melhor a sociedade”.

ALIADOS COBRAM MAIS SENSIBILIDADE DE WAGNER

Ainda nesta tarde, aliados do governo estadual apontaram radicalismo do governador Jaques Wagner nas negociações e pediram mais sensibilidade ao petista. O PCdoB emitiu nota e considera imprescindível que grevistas e governo sentem-se à mesa para negociar uma solução para a greve.
Presidente estadual do PCdoB, o deputado federal Daniel Almeida considera as reivindicações justa e diz ser necessário que os dois lados dialoguem. “Mas não se pode fazer o encaminhamento das reivindicações usando os mecanismos de violência, prejudicando toda a população”.
O PRB foi além e recomendou mais sensibilidade ao governo. “A população, que não tem o poder de negociação nas mãos, é quem está sofrendo mais”, diz o deputado federal Bispo Marinho.

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Homens da Força Nacional circulam em viatura pela Cinquentenário (Foto Pimenta).

O comércio de Itabuna abriu normalmente nesta segunda (5). Homens da Força Nacional de Segurança fazem o serviço de patrulhamento das ruas centrais em duas viaturas. As ruas estão cheias devido à corrida para a compra de material escolar e pagamento de salário. “É o quarto dia útil do mês”, explica o empresário Juscelino Victor. Há pouco, policiais militares grevistas fizeram carreata pelas principais ruas de Itabuna.

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O Sindicato do Comércio de Itabuna (Sindicom) distribuiu nota em que orienta os lojistas a trabalharem normalmente nesta segunda-feira (6), baixando as portas apenas às 18h, “a fim de fazer com que os trabalhadores cheguem às suas residências ainda com o dia claro pois estamos em horário de verão”. A nota é assinada pelo presidente da entidade, José Adauto Vieira, e o vice, Eduardo Carqueija Júnior.
Apesar de orientar o comércio a funcionar até as 18h, os dirigentes alertam para que todos “estejam atentos para qualquer movimentação anormal e que neste caso fechem seus estabelecimentos”.
Adauto e Carqueija Júnior observam, em nota, que há anos Itabuna vem convivendo com “crescente violência” e que “toda a agitação ocorrida na última quinta feira (2), demonstrou-se fruto de boataria irresponsável e inconsequente. Nenhum arrastão, nenhuma ocorrência grave envolvendo o comércio ou comerciários foi registrada”.
O Sindicom avalia como acertada a decisão de funcionamento “normal”, pois, afirmam os dirigentes, “não se registou nenhuma ocorrência envolvendo empresas ou trabalhadores”. Os dirigentes ainda alfinetam a diretoria do Sindicato dos Comerciários de Itabuna:
– A solicitação feita pelo sindicato dos comerciários de fechar o comércio mostrou-se infundada e leva-nos a uma reflexão: por que uma entidade apoia uma greve que coloca em risco os seus representados? É justo que os empresários, geradores de empregos e pagadores de tributos, tenham que arcar com os prejuízos? Como arcar com nossos compromissos financeiros, pagamento de salários inclusive, sem que as nossas empresas realizem suas operações?
Clique no “leia mais”, abaixo, e confira a íntegra da nota.
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Líderes do movimento de paralisação dos policiais militares elaboraram nova proposta para o Governo. Nela, os manifestantes abriram mão de quatro dos sete pontos de reivindicação que movimenta a greve.
A exigência agora é pelo pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV e V, que seriam recebidos em parcelas. O grupo também pede anistia administrativa e revogação das prisões dos 12 líderes do movimento.
O Governo não negocia pois acredita que os policiais estão cometendo excessos. Neste momento, o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, concede entrevista coletiva à imprensa, no quartel dos Aflitos para falar sobre a situação do movimento grevista. Informações do Correio da Bahia.

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Pelo menos uma escola em Ilhéus adiou o início do ano letivo em uma semana devido à greve na polícia militar. O Colégio Vitória informou há pouco que seguirá orientação do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular do Estado da Bahia. As aulas começarão no dia 13, “quando a situação de normalidade já deverá estar restabelecida”. O Colégio Vitória é dos mais tradicionais de Ilhéus.

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O ex-policial militar Marco Prisco disse ao jornal O Globo que o governador Jaques Wagner financiou o movimentou grevista de 2001. Filiado ao PSDB e pré-candidato a vereador na capital baiana, Prisco é o líder da paralisação da PM que ocorre agora com Wagner no poder. Ele lembra que foi perseguido e ameaçado de prisão pelo governo do carlista César Borges. A greve foi a mais caótica da história e registrou a morte de um policial militar grevista.
O coordenador do movimento também sustenta que, além de Wagner, também apoiaram o movimento de 2001 os deputados federais Nelson Pellegrino (PT), Daniel Almeida (PCdoB) e Portugal (PCdoB), a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), a senadora Lídice da Mata (PSB) e o presidente do PSC, ex-deputado Eliel Santana.
Prisco está na lista das 12 prisões preventivas decretadas contra líderes do movimento grevista. Outro é o soldado Augusto Júnior, que trabalha e lidera a greve em Ilhéus e coordenada ações da paralisação em Itabuna. Augusto concedeu entrevista ao Blog do Gusmão.