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Caminhoneiros bloqueiam trecho da BR-101 em Itabuna em 2018 || Arquivo

Da Exame

Um dos representantes dos caminhoneiros Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, disse que a categoria iniciará uma paralisação a partir da meia-noite do dia 29 de abril. “A maioria dos grupos de caminhoneiros já decidiu pelo dia 29 de abril, tem uns ou outros que acham que é pouco tempo, que devemos esperar ainda, mas a maioria concorda sobre o dia 29 porque chegamos num ponto que não tem mais condições de trabalhar”, disse.

“Isso não foi uma decisão só minha, foi decidido em grupo por várias lideranças de caminhoneiros”, ressaltou. Ele acredita que, a exemplo do que ocorreu no ano passado, o movimento deve atingir o Brasil inteiro, crescendo à medida que os dias passam.

Segundo ele, os caminhoneiros decidiram antecipar a paralisação, anteriormente prevista para 21 de maio, em virtude do novo aumento do diesel. “Com esse aumento do óleo diesel não tem mais condição”, afirmou. “Os caminhoneiros estão cientes de que, dentro de 14, 15 ou 16 dias vai ter outro aumento do diesel, e esse aumento de R$ 0,10/litro já afetou em R$ 1 mil o lucro mensal, e o frete continua o mesmo.”Leia Mais

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A convocação e os cards para a mobilização dos caminhoneiros || Fotomontagem BBC Brasil

Da BBC Brasil
A greve dos caminhoneiros, que interditou milhares de trechos de rodovias em todo o país ao longo de dez dias, é a maior mobilização mundial já feita pelo WhatsApp, dizem Yasodara Córdova, pesquisadora da Escola de Governo de Harvard, nos Estados Unidos, que estuda como os governos lidam com a Internet, e Fabrício Benevenuto, professor de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pioneiro na pesquisa de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp. “A mobilização ocorre por motivos sociais. As redes dão uma vazão a esses sentimentos”, diz Yasodara.
“Na quarta-feira antes da greve, o (preço do) diesel aumentou. Desci para Santos para levar carga. Quando voltei, o diesel já tinha aumentado. Na sexta, aumentou de novo. A galera se comunicou no WhatsApp e falou: não está dando mais”, lembra o caminhoneiro Moisés de Oliveira, que ficou parado na Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, onde ajudou a organizar um grupo de grevistas, sempre com o celular à mão.
A essência do trabalho do caminhoneiro é circular. Isso facilitou que as mensagens se espalhassem rapidamente por diferentes pontos do Brasil. “A gente viaja o Brasil inteiro e vai conhecendo outros caminhoneiros. Quando chega no posto para dormir, a gente conversa, troca o (número de) WhatsApp. Aí, quando chegou a greve, já havia vários grupos montados e a gente distribuiu a informação”, diz Oliveira, de 40 anos, 22 anos deles passados atrás do volante do caminhão.
A greve dos caminhoneiros atingiu todo o país || Foto Agência Brasil

“O Whatsapp facilitou demais a nossa comunicação. Antes, a gente era desconhecido (um do outro). Agora, o pessoal faz um vídeo e, em dois minutos, já espalhou pelo Brasil”, completa. “A gente não é envolvido com partido político nenhum. Mas a gente tem a nossa logística”.
Na última quinta-feira, apesar de já não haver mais pontos de interdição nas estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, os apelos pela continuidade da greve não haviam parado de circular pelo WhatsApp. Eram desde pedidos para caminhoneiros irem até Brasília, para que ficassem parados em casa, até convocações de protestos nas cidades. Confira íntegra da reportagem da BBC.

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Protesto com centenas de pessoas travou o Centro || Foto Verena Lacerda

Mototaxistas, ciclistas e caminhoneiros iniciaram, por volta das 16h desta segunda (28), uma manifestação pelas principais ruas da região do São Caetano e parte da região central de Itabuna. Aos gritos de “Fora, Temer”, pessoas com bandeiras do Brasil e camisa da Seleção Brasileira fazem manifestação a favor dos caminhoneiros e pela redução da carga de impostos que incidem sobre o óleo diesel. Confira, abaixo, vídeo da manifestação feito por internauta.

A paralisação dos caminhoneiros entrou no oitavo dia nesta segunda (28). Vários serviços públicos começam a sentir os efeitos da greve. Em Itabuna, a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) anunciou que interromperá, nesta terça (29), o fornecimento de água por causa da falta de insumos para tratar o produto.
As escolas municipais suspenderam as aulas hoje e amanhã (28 e 29). Órgãos públicos estaduais e faculdades particulares suspenderam aulas hoje. Ontem (27), a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) emitiu comunicado cancelando as atividades de hoje.

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Aulas na rede municipal em Itabuna são suspensas por dois dias

A Secretaria da Educação de Itabuna comunicou a suspensão das aulas em toda a rede municipal para hoje e amanhã (dias 28 e 29) devido à continuidade da paralisação dos caminhoneiros e transportadoras em todo o país e paralisação do pessoal de apoio da secretaria. De acordo com o comunicado da secretária Anorina Smith Lima, publicado somente na manhã de hoje (28), as paralisações inviabilizam o funcionamento das escolas.
Ainda no comunicado, a secretária informa que a Pasta acompanha a situação do movimento grevista e deve se posicionar, às 17h de amanhã (29), se as aulas retornam na próxima quarta (30). “Solicitamos aos Diretores e Responsáveis das Escolas, comunicar aos pais, alunos, professores e coordenadores pedagógicos”.

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Uesc não funcionará nesta segunda (28) por causa da greve dos caminhoneiros
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) suspendeu as aulas e atividades administrativas para esta segunda-feira (28) devido à paralisação dos caminhoneiros e das transportadoras. Estão mantidas apenas as atividades “que se façam inadiáveis” de acordo com o comunicado, dentre elas “as provas didáticas e demais atividades das bancas instaladas do concurso para professor (Edital 15/2018), conforme cronogramas apresentados pelas Bancas Examinadoras”.
A reitoria justifica a decisão “pelas dificuldades de mobilidade e a escassez de insumos, resultantes do cenário nacional de protestos e crise”. A reitoria deverá voltar a se pronunciar nesta segunda, caso haja necessidade de manter a suspensão das atividades.

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Rui: “a sociedade não pode entrar em colapso” || Reprodução

O governador Rui Costa se posicionou sobre a greve nacional dos caminhoneiros, por meio das redes sociais, na manhã deste sábado (26). No vídeo publicado integralmente no Facebook, Rui declarou apoio a manifestações por um Brasil melhor, mas pediu a cooperação de todos para que a oferta de serviços essenciais à população não sejam interrompidos.
“Como cidadão brasileiro, eu respeito, apoio e me solidarizo como todos os que se manifestam, legitimamente, por um país melhor. No entanto, como governador da Bahia, eu tenho que garantir que não haja um colapso dos serviços públicos. É meu dever garantir a segurança da população e outros serviços essenciais à vida”, afirmou Rui Costa.
GASOLINA A R$ 2,60 COM DILMA
Rui lembrou que no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a gasolina custava R$ 2,60. “Hoje, tá R$ 5,00”, observou. E também lembrou do preço do botijão de gás de cozinha de 13 quilos. Disse que no Governo Lula custava R$ 12,00. “Hoje, custa R$ 80,00. Muita gente passou a usar lenha ou mesmo álcool [para cozinhar]. Foi para isso que eles fizeram a retirada da Dilma e a prisão de Lula? Nós não podemos concordar com isso”.
Neste sábado, o governador cumpre agenda de trabalho no município de Chorrochó, onde entregará um sistema de abastecimento de água e vai autorizar a implantação de um sistema de esgotamento sanitário, além de participar da inauguração do novo prédio do Samu e do Calçadão da Saúde.

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Aeroporto ilheense fica sem combustível neste sábado, segundo Infraero

O Aeroporto de Ilhéus está na lista dos 11 terminais sem combustível para abastecimento de aviões neste sábado (26), sexto dia da greve de caminhoneiros e transportadoras, segundo a Infraero. No Nordeste, outros aeroportos sem combustível são os de Recife, Maceió, Campina Grande e Juazeiro do Norte.
A greve dos caminhoneiros e das transportadoras não arrefeceu mesmo após sinalizações do governo de baixa do valor do diesel por até 60 dias, dentre outras pautas atendidas. Os caminhoneiros dizem que não se sentiram atendidos pelo governo.
Ontem, o presidente Michel Temer decretou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até o próximo dia 4. Com isso, as forças de segurança ganham força para agir em todo o território nacional. Segundo a presidência, a medida tem a finalidade de assegurar a desobstrução das rodovias e garantir o reabastecimento.

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Caminhoneiros não atendem pedido de trégua do presidente Temer || Foto Ricardo Ribeiro

Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião de hoje (23), com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria, que já dura três dias. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para amanhã (24).
Em evento ocorrido na tarde de hoje, também no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que pediu uma “trégua” de até três dias na paralisação. “Pedi que na reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo, pudéssemos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro”, disse.
Temer frisou que o governo tem trabalhado desde o início da semana para encontrar uma solução para os caminhoneiros. “Desde domingo estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade, não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentando encontrar uma solução que facilite a vida especialmente dos caminhoneiros”.
A expectativa é que o governo apresente respostas às reivindicações dos caminhoneiros. “Não houve nenhuma proposta efetiva que possamos levar para a categoria. A proposta deles foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã às 14h”, disse o presidente da CNTA. Segundo ele, a categoria não vai desmobilizar a paralisação antes de ter um compromisso real de soluções para as demandas apresentadas.
AVISO PRÉVIO
Diumar Bueno disse que as entidades representantes dos caminhoneiros alertaram o governo sobre a possibilidade de paralisação, mas não tiveram respostas. “O governo foi previamente avisado e não tomou nenhuma providência, não chamou ninguém da categoria para conversar e tentar estabelecer alguma coisa para que o movimento não acontecesse”.
As principais reivindicações dos caminhoneiros são a redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais que estão concedidas à iniciativa privada.
A paralisação, que completa três dias hoje, já provoca desabastecimento de mercadorias e combustíveis, além de problemas de trânsito e congestionamentos. Também há relatos de reflexos na aviação civil. Da Agência Brasil.

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Itabuna enfrenta protesto de caminhoneiros em terceiro dia de greve

Os protestos de caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel e a carga de impostos ganham maior volume no sul da Bahia nesta quarta (23). Há pouco, os manifestantes começaram a fechar a BR-415, trecho Itabuna-Ibicaraí, nas proximidades da Nestlé e do Parque de Exposições Antônio Setenta.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para negociações e acompanhar a manifestação. A greve nacional dos caminhoneiros entra no terceiro dia, hoje. Ontem, ainda em Itabuna, caminhoneiros bloquearam a BR-101 e fizeram manifestação no ritmo da zabumba durante o dia e com paredões na parte da noite.
Os protestos podem se intensificar ao longo da semana, depois que a presidência da Petrobras sinalizou a manutenção da política de preços dos combustíveis.

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Agência Brasil

Não há mais pontos de bloqueios nas rodovias federais causados por caminhoneiros, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A última interdição, na Rodovia BR-277, nas proximidades da cidade de Ibema, oeste paranaense, acabou às 19h30 de ontem (3). A PRF registrou, às 11h de hoje (4), manifestações de caminhoneiros fora das rodovias em quatro cidades do Rio Grande do Sul (Soledade, Santa Maria, Santa Rosa e Cachoeira do Sul), todas já encerradas.

Os caminhoneiros vinham bloqueando estradas em todo país há quase duas semanas. Os bloqueios começaram no dia 18 de fevereiro no Paraná e em Santa Catarina e foram se espalhando. Eles protestavam contra a redução do preço do combustível, aumento do valor do frete e pediam que a Lei dos Caminhoneiros fosse sancionada. A PRF e a Força Nacional de Segurança Pública, que deu apoio à polícia durante os protestos, dizem que continuam de prontidão e monitoram a situação nas rodovias.

As manifestações dos caminhoneiros, que tiveram reflexo em mais de dez estados, provocaram desabastecimento de combustível e alimentos em algumas cidades. No dia 25, em negociação com representantes dos caminhoneiros, o governo prometeu prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro, além de criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete.

Após as negociações, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que os caminhoneiros que continuassem obstruindo as estradas seriam multados com valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por hora. Também como parte do acordo, a Lei dos Caminhoneiros, foi sancionada na segunda-feira (2) pela presidenta Dilma Rousseff, e publicada ontem no Diário Oficial da União.

A lei começará a valer no dia 17 de abril. Segundo o Ministério dos Transportes, essa data vale para todos os artigos da lei, incluindo a isenção do pagamento de pedágio sobre o eixo suspenso de caminhões que circulam vazios, o aumento da tolerância máxima na pesagem de veículos de transporte de cargas e passageiros e a conversão das penas de multa por excesso de peso em penas de advertência. O texto também dá a possibilidade do motorista trabalhar 12 horas seguidas, sendo quatro extraordinárias, desde que haja esta previsão em acordo coletivo entre a empresa e os funcionários.

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A Secretaria-Geral da Presidência da República informou, por meio nota, que o governo vai ampliar a presença das forças policiais para garantir o cumprimento das decisões judiciais e a desobstrução das rodovias, em busca de garantir o direito ao trabalho e o abastecimento da população.

Para a secretaria, constata-se uma “diminuição do movimento”, e as manifestações dos caminhoneiros seguem localizadas na Região Sul do país com 80% dos bloqueios em rodovias federais do Rio Grande do Sul, Paraná e de Santa Catarina.

“A diminuição do movimento e a atuação da Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e polícias estaduais no cumprimento da lei vêm assegurando o livre trânsito a quem queira trabalhar, possibilitando a normalização do abastecimento de combustível e a retomada da atividade econômica”, diz o texto. Com informações da Agência Brasil.