Lula respondeu declaração do empresário Guilherme Leal, para quem o ex-presidente é "indesejável"
Tempo de leitura: 2 minutos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (8), em Brasília. A jornalista Tereza Cruvinel, do Brasil 247, perguntou se o petista teria uma nova Carta ao Povo Brasileiro para acenar às elites econômicas do país, como fez em 2002, às vésperas da primeira eleição presidencial que ganhou.

A jornalista citou a carta por causa de uma declaração recente do empresário Guilherme Leal. Segundo o cofundador da Natura, avaliando a corrida presidencial do próximo ano, se o presidente Jair Bolsonaro é “inaceitável”, Lula é “indesejável”.

“A questão do indesejável. Sinceramente, eu acho que as pessoas de boa-fé e as pessoas minimamente inteligentes deste país sabem que a melhor carta que eu posso assinar ao povo brasileiro é eles lerem o que aconteceu na economia brasileira quando eu fui presidente da República. O cidadão – que eu não conheço – ele disse que eu sou indesejável porque eu quero um estado forte. E quero! É importante que cada jornalista, que cada eleitor e cada adversário saiba que eu quero um estado forte, porque somente um estado forte é capaz de acabar com a miséria deste país”, declarou Lula.

Antes de sugerir que Guilherme Leal verifique o crescimento da Natura durante seus dois governos, Lula defendeu os resultados da política econômica brasileira nos anos de 2003 a 2010. “Eu fui o único governante que, durante 8 anos participando do G8 e de G20, o Brasil foi o único país que cumpriu metas de superávit primário todos os anos, porque, pra mim, responsabilidade não precisa ter lei. Responsabilidade é uma coisa que você traz dentro de você. Então, Tereza, não precisa carta ao povo brasileiro. Eu tenho um legado! O legado que eu deixei pra esse país vale umas 500 cartas ao povo brasileiro!”, disse o ex-presidente da República. Confira a entrevista.

Tempo de leitura: 2 minutos

Reinaldo Leão | reinalleao@gmail.com

Eles são endinheirados e têm mansões entre Serra Grande e Itacaré. Alguns têm projetos para grandes resorts e campos de golfe na APA da Lagoa Encantada. Não se interessam propriamente pela manutenção de espécies nativas da flora e da fauna deste bioma, mas exclusivamente com a fruição pedante da bela paisagem. De nariz empinado, como lhes apraz.

Os ricaços – o dono da empresa Natura, Guilherme Leal, e o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, estão entre eles – moram na região Sudeste e têm o privilégio de possuir mansões no sul da Bahia, destinadas ao seu descanso e lazer. Frequentam a região em finais de semana, chegando em seus jatinhos particulares e saindo rapidamente do aeroporto de Ilhéus em carros de vidro fumê. Passam “voando” por Ilhéus, sem olhar nada em volta, pois a atenção quase sempre está focada em laptops.

O que esses privilegiados conhecem da região não ultrapassa os muros de suas mansões, mas eles estão dispostos a ditar os rumos do sul da Bahia. Para isso, contam com um grupo de pseudo-ambientalistas, linha de frente de um movimento que se dispõe a fulminar o projeto do Complexo Intermodal. Eles são ricos e estão convictos de que têm poder de fogo para a empreitada.

A estratégia do Complexo do Caviar contra o Complexo Intermodal foi traçada durante uma reunião ocorrida esta semana, naturalmente em São Paulo. Foi comandada pelo ex-secretário do Meio Ambiente… de São Paulo e tinha umas 50 pessoas: mais de 40 paulistas, é claro, e uma meia dúzia de baianos cooptados. Gente muito “bem-intencionada”.

Quem defende o Intermodal pode se preparar, porque vem chumbo grosso por aí. A ofensiva tem nome de novela (“Vale Tudo”), artimanhas de novela e até artistas de novela. Gente graduada na arte de fingir emoções e sentimentos alheios irá se mostrar indignada com o Intermodal. Desconhecem o projeto, seu verdadeiro impacto e a importância de que o desenvolvimento chegue ao interior da Bahia, mas irão decorar textos comoventes, com falsas premissas, mas com o forte apelo da preservação ambiental.

Não importa se quem vive na região apoia maciçamente o projeto. Não importa que o órgão responsável pelo licenciamento esteja atento às questões ambientais, tanto que solicitou novos estudos aos responsáveis pelo empreendimento. Não importa que o projeto inclua condicionantes capazes de garantir uma preservação que hoje efetivamente não existe. Nada importa, para quem pretende trabalhar com a mistificação, o preconceito e meias-verdades, transformando a vida real em enredo de ficção. Apostam num final feliz para eles, em suas mansões nababescas, desde que a pobreza continue como sempre esteve: do lado de fora do muro e com os papéis sempre secundários nessa novela.

Reinaldo Leão é engenheiro civil e ilheense radicado no Paraná.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Depois de aparecer na mídia pela realização de uma obra com supostas agressões à natureza em uma Área de Proteção Ambiental em Itacaré, o empresário Guilherme Leal, dono da fabricante de cosméticos Natura, está novamente na mira do Ibama.
Leal é acusado de biopirataria e levou uma multa R$ 21 milhões. Segundo o Ibama, a Natura deve responder por acessos à biodiversidade supostamente irregulares. A empresa tem até o dia 24 deste mês para recorrer da multa.
O empresário foi candidato a vice-presidente na chapa da senadora Marina Silva (PV) e também o maior doador da campanha da ex-presidenciável, com R$ 11,9 milhões oficialmente declarados ao TSE. Leal é apontado pela revista Forbes como um dos homens mais ricos do Brasil.

Tempo de leitura: 2 minutos

EXCLUSIVO

Área será transformada em complexo de lazer (foto Ed Ferreira)

O Ibama ainda não concluiu o relatório sobre um possível crime ambiental na fazenda Modusvivendi Participações Ltda, em Uruçuca (BA). Foi o que nos afirmou, por telefone, o chefe do escritório do órgão em Ilhéus, Fernando Curi.
Na última sexta, 16, o presidente do Ibama, Abelardo Bayma (confira aqui), se apressou e deu a investigação como concluída e afirmou que não teria havido irregularidades na fazenda.
A propriedade de 80 hectares, no litoral de Uruçuca, pertence ao empresário e candidato a vice-presidente da República, Guilherme Leal (PV).
O dono da Natura Cosméticos foi denunciado por ter cometido suposto crime ambiental na fazenda localizada no litoral sul-baiano.
O Pimenta conversou há pouco com o chefe do escritório do Ibama em Ilhéus (BA). Segundo Fernando Curi, o caso ainda está sob avaliação. “Temos procedimentos técnicos e estes ainda não foram concluídos. Vamos avaliar documentos, fazer verificações”, enumerou.
PAISAGEM MODIFICADA
Vice de Marina, Guilherme é acusado de crime ambiental em Uruçuca.

A análise não se prende aos documentos apresentados pelo dono da Natura Cosméticos há menos de uma semana. Os relatórios das vistorias do Ibama na fazenda também serão levados em conta. O documento apontava “edificações e outras instalações que alteraram a paisagem natural em área de Mata Atlântica”.
De acordo com o chefe do Ibama, há “muita coisa para ser analisada” e a previsão é de que o relatório dizendo se houve ou não crime ambiental na fazenda estará pronto “até a próxima semana”.
Perguntando se já não havia elementos que comprovariam a existência ou não de crime, Fernando Curi foi objetivo. “Só depois que [a análise] estiver pronta”.
ÁREA DE RESTINGA AFETADA
Nesta obra em Uruçuca, o empresário Guilherme Leal é acusado de promover desmatamento em Área de Proteção Permanente (APP) e executar edificações sem os respectivos Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima), exigidos para obras em áreas superiores a 50 hectares.
De acordo com o projeto, Leal pretende construir na área que fica entre o balneário de Serra Grande (Uruçuca) um luxuosíssimo condomínio residencial e área de entretenimento.
O dono da Natura teria iniciado as obras sem autorização do Ibama. Ele alega que a obteve do Governo do Estado e da prefeitura de Uruçuca. A prefeitura nega que tenha concedido licença ambiental.
O PV utilizou, ainda na sexta-feira, 16, a informação “errônea” do presidente do Ibama. No site do partido ao qual o empresário é filiado, publicou-se que o candidato a vice-presidente não havia cometido irregularidade (confira aqui). A presidenciável Marina Silva afirmava que a denúncia tinha o objetivo de “tisnar” (manchar) o seu vice.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da Folha
O presidente do Ibama, Abelardo Bayma, afirmou nesta sexta-feira em nota que o empresário Guilherme Leal, candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PV), “não cometeu nenhum crime ambiental” em sua fazenda no litoral da Bahia.
Ele apresentou o veredicto nove dias após emitir outra nota informando que fiscais do órgão haviam constatado, em vistoria na propriedade, a presença de “edificações e outras instalações que alteraram a paisagem natural em área de Mata Atlântica”.
“Após análise da documentação, o Ibama concluiu que o empreendimento está em conformidade com as autorizações concedidas pelas esferas estaduais e municipais”, afirmou Bayma.
Ao saber do comunicado, Leal comemorou. “Sempre estive sereno e confiante que o Ibama cumpriria o seu papel com isenção”.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O empresário Guilherme Leal tem até as 18 horas desta sexta-feira, 9, para apresentar – ao Ibama – a planta e as licenças ambientais do projeto privado que ele toca numa fazenda em Uruçuca, no sul da Bahia. A propriedade está cravada numa Área de Proteção Permanente (APP) e suspeita-se de que o investimento foi iniciado sem as licenças devidas.
Como o empreendimento ocupa uma área superior a 50 hectares, ele teria de apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) ao Ibama, o que não aconteceu.
Leal se defende e disse que iniciou o projeto com autorizações da prefeitura de Uruçuca e do Governo Estadual, em 2007. Mas a informação é de que a prefeitura não possuía autonomia para conceder esta licença nem o estado poderia autorizá-la dissociado do Ibama.
A área é totalmente de restinga. Diretores da Modusvivendi Participações Ltda teriam dito que o empreendimento, voltado ao lazer e entretenimento, irá gerar 200 empregos. Guilherme Leal é candidato a vice-presidente da República pelo PV.
Ainda ontem, a presidenciável Marina Silva saiu em defesa do companheiro de chapa. Afirmou que as denúncias teriam o objetivo de tisnar Leal. Já o dona da Natura Cosméticos vê perseguição contra o projeto por ser ele um contrário ao Complexo Intermodal Porto Sul, um megaprojeto que prevê investimentos de R$ 6 bilhões na Bahia, a maioria concentrada na zona norte de Ilhéus.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Fiscais do Ibama retornaram nesta tarde à fazenda do candidato a vice-presidente da República e dono da Natura Cosméticos, Guilherme Leal, para uma nova vistoria na propriedade e levantamento da devastação provocada pelo empreendimento.
O empresário é acusado de promover desmatamento ilegal na fazenda no litoral sul-baiano. Ele não teria autorização do Ibama para as obras. O desmatamento foi comprovado em vistoria realizada na semana passada. O Pimenta não conseguiu falar com o escritório regional do instituto de fiscalização do meio ambiente.

Tempo de leitura: 2 minutos

Ibama confirma crime ambiental em propriedade

Ibama constata crime ambiental na fazenda do dona da Natura (foto Ed Ferreira)

O rastro de devastação ilegal (Foto Ed Ferreira).

O empresário e candidato a vice-presidente do Brasil, Guilherme Leal, além de ter sido denunciado por crime ambiental no sul da Bahia, terá de se explicar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele omitiu da declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral na última segunda-feira, 5, uma propriedade localizada em Uruçuca (BA).
A fazenda foi vistoriada na quinta passada (dia 1º) pelo Ibama e foram constatadas várias irregularidades. O empresário é candidato a vice-presidente do Brasil pelo Partido Verde (PV). A propriedade foi objeto de nota aqui no Pimenta, no último sábado (relembre clicando aqui).
Nesta quinta, 8, o caso é alvo de matérias e notas na Folha de São Paulo (confira) e no blog Radar Online, da revista Veja (leia aqui). Para o fotógrafo Ed Ferreira, autor das imagens que ilustram esta nota, “o que agrava a situação é que a obra está sendo realizada num ponto bem próximo à barra dos rios Tijuípe e Tijuipinho, que agora estão ameaçados.
Guilherme Leal é um dos principais opositores ao projeto de construção do Complexo Intermodal Porto Sul, que será implantado na zona norte de Ilhéus. O complexo contará com porto, aeroporto e ferrovia, num investimento estimado em R$ 6 bilhões.

Tempo de leitura: 2 minutos

Imagem área mostra a devastação promovida na área que deveria ser de preservação permanente (foto Ed Ferreira)

A construção de um luxuosíssimo complexo residencial, em uma área de mais de 80 hectares situada entre Serra Grande e Itacaré, no sul da Bahia, pode trazer dores de cabeça ao empresário Guilherme Leal, dono da fabricante de cosméticos Natura e candidato a vice-presidente da república na chapa de Marina Silva (PV).
Segundo informações, a obra – realizada em uma Área de Preservação Permanente (APP), onde há dunas e restinga – não possui autorização nem do Ibama nem do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Por se tratar de área com mais de 80 hectares, seria necessária a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental, o que não ocorreu. O município de Uruçuca (onde está situada a APP), por não se encontrar enquadrado no Programa de Gestão Compartilhada, não pode liberar a construção. E na prefeitura local, os que poderiam autorizar o projeto, negam tê-lo feito.
O fotógrafo Ed Ferreira, que registrou imagens da área devastada, explica que notou intensa destruição da vegetação nativa e “mudanças nas características de drenagem por cortes e aterros”. Houve também a abertura de estradas de acesso, tudo sem licenciamento ambiental, conforme denúncia apresentada ao Ibama.
Segundo Ferreira, que é também ambientalista, os prejuízos à natureza são evidentes, principalmente por conta da supressão da mata de restinga, numa área que até  a chegada do empreendimento de Leal era altamente preservada. “O que agrava a situação é que a obra está sendo realizada num ponto bem próximo à barra dos rios Tijuípe e Tijuipinho, que agora estão ameaçados”, preocupa-se o fotógrafo.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Presidente da Natura, Guilherme Leal.
Presidente da Natura, Guilherme Leal.

A senadora Marina Silva (PV), confirmou o nome do empresário Guilherme Leal, da Natura, como o vice na sua chapa presidencial à eleição marcada para outubro deste ano.

“Dificilmente faremos aliança com algum partido político. Por isso, fiz questão de filiar o Guilherme em tempo hábil”, disse a senadora. Em almoço com empresários na Federação do Comércio do Rio Grande do Sul, Marina disse que a candidatura do empresário “depende somente dele”.

Marina não poupou elogios ao seu virtual candidato a vice. “É um empresário que trabalha com a sustentabilidade desde ante de o tema virar moda. Sua candidatura terá um significado muito grande para o PV”, disse. As informações são do UOL Notícias.