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A primeira defensora pública índia na Bahia foi empossada, nesta segunda-feira (20), em Salvador. Aléssia Pamela Bertuleza Santos, de 29, é integrante da comunidade Tuxá, do município de Rodelas, no norte do estado. Ela foi aprovada em 7º lugar no último concurso para o cargo na Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA).

Graduada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e professora de carreira jurídica, Aléssia Bertuleza Santos teve a segunda maior pontuação do exame de arguição oral do certame. Na solenidade, fechada para convidados por causa do aumento de casos de Covid-19, também foram empossados outros 20 defensores públicos.

O VIII concurso para o cargo defensor da DPE/BA ofertou 18 vagas iniciais, com cadastro reserva, foi o primeiro com previsão de reserva de vagas para pessoas indígenas, o equivalente a 2%, conforme estabelecido pela Lei Complementar Estadual 46/2018. O regulamento com a reserva da vaga foi elaborado em 24 de março de 2021 pela comissão organizadora e aprovado pelo Conselho Superior da Defensoria em 5 de abril do respectivo ano.

Variante Delta tem 11 vezes mais chances de causar reinfecção por coronavírus em pessoas infectadas pela variante Gama, que prevalece entre os casos registrado no Brasil
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Uma pesquisa que teve participação de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que a variante Delta do novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem potencial maior de causar reinfecções e novos quadros de Covid-19 em pessoas que se curaram da doença. A variante foi detectada pela primeira vez na Índia, mas já está presente em 85 países.

O trabalho foi publicado na revista científica Cell e detalhes foram divulgados ontem (28) pela Agência Fiocruz de Notícias. As conclusões da pesquisa mostram que pessoas previamente infectadas por outras cepas do novo coronavírus têm um soro com anticorpos menos potentes contra a variante Delta, que é uma das quatro variantes de preocupação já identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Fiocruz destaca que o aumento do risco é marcante no caso das pessoas que tiveram uma infecção anterior da variante Gama, que foi identificada pela primeira vez em Manaus e se tornou a cepa dominante no Brasil. Nesses casos, a capacidade de os anticorpos neutralizarem a variante Delta é 11 vezes menor. O mesmo ocorre com a variante Beta, que foi descoberta na África do Sul.

A divergência antigênica da variante delta é menor quando comparada à variante Alfa, que foi a primeira de preocupação a entrar no radar da OMS, ao surgir no Reino Unido. De acordo com a Fiocruz, cientistas avaliam que “o achado indica que vacinas baseadas na variante Alfa podem proteger amplamente contra as variantes atuais, o que pode ser uma informação relevante para a formulação de novos imunizantes”.

Apesar de sugerir um escape maior do vírus ao ataque dos anticorpos produzidos em infecções anteriores, a pesquisa revela que as vacinas de RNA mensageiro e vetor viral, como Pfizer e AstraZeneca, continuam eficazes contra a infecção pela cepa Delta. Essa eficácia, porém, é reduzida com a mutação sofrida pelo vírus na proteína S, que forma a estrutura viral usada para iniciar a invasão da célula do hospedeiro.

A pesquisa constatou que a capacidade de neutralizar a variante delta é 2,5 vezes menor no caso da vacina da Pfizer, e 4,3 vezes menor para a AstraZeneca. Segundo o artigo, esses índices são semelhantes aos registrados nas variantes Alfa e Gama. Desse modo, a variante beta continua a ser a única em que há evidência de fuga generalizada da neutralização.

“Parece provável, a partir desses resultados, que as vacinas atuais de RNA e vetor viral fornecerão proteção contra a linhagem B.1.617 [que tem três sublinhagens, incluindo a variante Delta], embora um aumento nas infecções possa ocorrer como resultado da capacidade de neutralização reduzida dos soros”, afirma um trecho do artigo traduzido pela Fiocruz.

O estudo foi liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e envolveu 59 pesquisadores do Reino Unido, da China, do Brasil, dos Estados Unidos, da África do Sul e Tailândia. No Brasil, participaram o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM).

Nas análises, os pesquisadores investigaram a ação de 113 soros, obtidos a partir de pacientes infectados e imunizados, englobando seis cepas do novo coronavírus: uma linhagem próxima do vírus inicialmente detectado em Wuhan, na China, no começo da pandemia; as variantes de preocupação Alfa, Beta, Gama e Delta; e a variante de interesse Kapa, que é a mesma da linhagem variante Delta. Agência Brasil.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, promete novas doses da vacina de Oxford
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A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, disse que a instituição negocia com a AstraZeneca, a possibilidade de receber 15 milhões de doses prontas de vacinas para garantir a imunização até que chegue ao Brasil o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). O ingrediente permitirá a produção de vacinas em BioManguinhos, da Fiocruz.

“Até que esse gap possa ser superado sempre com o objetivo de trazer de forma mais rápida possível a vacina para nossa população e também de começar a produzir o mais rápido possível”, informou neste sábado (23), minutos antes do início da distribuição de 2 milhões de doses de vacina da AstraZeneca para os estados brasileiros. O imunizante chegou na sexta-feira (22) ao Brasil, vindo da Índia.

De acordo com Nísia Trindade, as medidas estão estabelecidas no contrato de encomenda e tecnologia e também no memorando de acordo geral da AstraZeneca para encomenda e depois de transferência de tecnologia, quando todas as etapas serão feitas em BioManguinhos. “Isso tudo é contratual. Estaremos recebendo inicialmente 15 milhões de doses”, disse.

ENVIOS POSTERIORES

Nísia Trindade acrescentou que há um aceno da AstraZeneca para antecipar os envios posteriores, que permitiriam completar até de 110 milhões e 400 mil doses da vacina. “Um aceno de que possa antecipar, não nesse momento, mas tão logo esse processo da exportação se resolva, antecipar a vinda de meses seguintes”, revelou.

Para a presidente da Fiocruz, a grande preocupação atual da instituição é com a chegada mais célere possível do Ingrediente Farmacêutico Ativo para a produção de vacinas em BioManguinhos da Fiocruz.

Segundo Nísia, a perspectiva é de receber o insumo no início de fevereiro, por volta do dia 8, mas não há ainda uma data definida. A presidente disse que o processo passa por muitas etapas na China, além de por questões diplomáticas, e por isso não é possível saber quanto tempo vai levar para ser concluído.

INSUMOS E DOSES MENSAIS

O diretor de BioManguinhos, Maurício Zuma, informou que pelo contrato, a Fiocruz vai receber por mês insumos referentes a 15 milhões de doses em dois lotes equivalentes a 7,5 milhões de vacinas, com intervalo de duas semanas em cada lote.

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Embaixador indiano e o vice-governador da Bahia, João Leão
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O embaixador indiano Suresh Reddy fez uma visita de cortesia ao vice-governador da Bahia, João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), nesta quarta-feira (07). Suresh teria demonstrado grande interesse em desenvolver relações comerciais com o Estado, segundo o vice-governador.

Durante a visita, Leão apresentou as oportunidades de negócios da Bahia e o esforço que o governo baiano tem feito para interiorizar os investimentos e desconcentrar a arrecadação.  De acordo com o vice-governador, a Bahia é um dos mais ricos estados da federação brasileira, seja na agricultura, na mineração, e na estrutura industrial montada. “Comparando o Brasil a um trem, hoje ocupamos lugar estratégico no desenvolvimento do país. E tem mais: queremos deixar de ser vagão e passar a ser locomotiva”, disse.

Leão aponta que a Bahia tem grande potencial em diversos segmentos, como Energias Renováveis, Mineração, Bebidas e Papel e Celulose, além do Polo Agroindustrial do São Francisco. O embaixador indiano também falou de perspectivas no estado nordestino. “Acredito que a Bahia é uma das economias mais dinâmicas do Brasil e há muitas oportunidades de negócios aqui. Foi por isso que escolhi o estado como meu primeiro lugar de visita após Brasília. Consigo perceber que aqui é o novo mundo e acredito que podemos estabelecer parcerias entre os nossos países. A Índia está mudando de patamar, primeiro, na visão e segundo, no espírito empreendedor. E eu vejo muito isso aqui também”, declara o embaixador.