O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, aprendeu a responsabilizar supostos petistas encastelados no INSS por todos os problemas financeiros de sua administração. A cada bloqueio de repasse do FPM para cobrir débitos com a Previdência, logo sai o chefe do executivo a xingar os “vermelhinhos” do órgão federal.
É o velho hábito de “procurar chifre em cabeça de cavalo”.
Segundo investigação feita pelo Pimenta, há bastante tempo o governo municipal não realiza a informação mensal da GFIP, que é a guia de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social.
A remessa da GFIP é obrigatória e o descumprimento dessa obrigação pelo governo pode ocasionar problemas graves para os servidores: desde a negativa do benefício requerido pelo funcionário em caso de doença até problemas para o cálculo da aposentadoria, que não levará em conta os meses omitidos pelo gestor.
Além de irresponsável, essa omissão é considerada crime, o que pode valer ao prefeito uma condenação por improbidade administrativa. Por enquanto, as punições estão atingindo só os cofres do município, frisando-se que em agosto a multa pela ausência de informação da GFIP ultrapassou R$ 250 mil (informação que consta do demonstrativo de Distribuição de Arrecadação, no site do Banco do Brasil).
A situação é temerária e não adianta o prefeito ficar procurando culpados do lado de fora do governo, pois é dentro dele que se encontram os responsáveis pela bagunça. Depois não diga que não foi avisado.