Nascimentos no Brasil nos últimos anos
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O Brasil registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022, uma queda de 3,5% em relação a 2021, quando o número foi de 2,63 milhões. Este é o quarto recuo consecutivo no total de nascimentos do país, que chegou ao menor nível desde 1977. Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%) tiveram os recuos mais intensos. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série histórica foi iniciada em 1974.

 

Em 2018, o Brasil havia registrado 2,89 milhões de nascimentos. Em comparação com a média dos cinco anos anteriores à pandemia de COVID-19 (2015 a 2019), há uma diminuição de 326,18 mil nascimentos, ou 11,4%. “A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos”, explica a gerente da pesquisa do IBGE, Klívia Brayner.

Ao todo, 2,62 milhões de nascimentos foram registrados em 2022, sendo que 2,54 milhões são relativos a crianças nascidas em 2022 e registradas até o primeiro trimestre de 2023, em conformidade com a legislação, enquanto outros 78,7 mil registros foram de nascimentos que ocorreram em anos anteriores ou com ano de nascimento ignorado.

Todas as regiões apresentaram queda nos registros de nascimentos ocorridos em 2022. Porém, o percentual foi superior à média nacional no Nordeste (-6,7%) e no Norte (-3,8%). Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%) completam a lista. Dentre os estados, a Paraíba apresentou a maior queda (-9,9%), seguida pelo Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%). Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que apresentaram aumento de registros de nascimentos.

MESES COM MAIS E MENOS NASCIMENTOS

Março foi o mês com mais nascimentos, com 233,17 mil, seguido por maio (230,79 mil), enquanto outubro teve o menor número, 189 mil. “Esse comportamento confirma a tendência de anos anteriores de um maior volume de nascimentos ocorridos no primeiro semestre do ano, especialmente no mês de março”, afirma a pesquisadora.

Na análise dos registros de nascimentos ocorridos em 2022, de acordo com a idade das mães, a pesquisa confirma a tendência de mulheres tendo filhos mais tarde, embora a predominância ainda seja na faixa de 20 a 29 anos (49,2%). Entretanto, em 2010, esse percentual era de 53,1%. A tendência de queda na faixa de menos de 20 anos também se manteve: o percentual, que era de 18,5% em 2010, foi para 13,2% em 2021 e caiu para 12,1% em 2022.

IBGE divulga dados prévios do Censo 2022 em Ilhéus || Foto José Nazal
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Dados prévios do Censo Demográfico 2022 indicam que o número de domicílios em Ilhéus saltou de 71.404 em 2010 para 96.016 no último ano. No entanto, segundo a contagem provisória, a população do município caiu de 184.236 para 173.039 no mesmo período. O balanço foi divulgado pelo coordenador local do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ledson Freire Santos, durante reunião online, nesta terça-feira (27), com a participação do PIMENTA.

São relevantes, segundo o coordenador, os dados sobre os imóveis vazios (15.118) ou usados apenas ocasionalmente (14.180), que somam 29.298 em Ilhéus. Isso pode ajudar a entender o descompasso entre o aumento de domicílios e a diminuição de habitantes.

O número final de habitantes vai aumentar em relação aos 173.039 recenseados em campo, conforme Ledson, mas não o suficiente para se aproximar da população de 2010 (184.236). Ele explicou que não tem acesso à metodologia usada pelo IBGE para complementar o recenseamento, mas antecipou que será levado em consideração o número de imóveis sabidamente ocupados onde, por razões diversas, os recenseadores não conseguiram fazer entrevista. Há, em Ilhéus, 2.147 domicílios nessa situação. “Como especulação, é improvável que a gente não tenha aí, no mínimo, mais 4 mil, 4,5 mil habitantes [além dos 173.039 recenseados]”, disse.

MARÃO ATRIBUI DIFICULDADES AO BAIXO ORÇAMENTO DO CENSO

Durante a reunião, o ex-vice-prefeito José Nazal (Rede) afirmou que a Prefeitura de Ilhéus ajudou no trabalho dos recenseadores, mas, segundo ele, poderia ter feito mais para reduzir o número de imóveis habitados sem entrevista. O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), saiu em defesa de seu Governo e lembrou que o Censo 2022 foi muito dificultado pelo baixo orçamento destinado ao trabalho pelo Governo Federal, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não teve o nome citado pelo mandatário.

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A produção industrial da Bahia registrou, em abril, aumento de 22,0% em relação ao mês anterior. Foi o maior resultado do País. A indústria baiana (na série ajustada sazonalmente) teve alta com taxa de 3,0% frente ao mês imediatamente anterior, terceira taxa positiva consecutiva, após ter avançado 2,0% e 0,2% em fevereiro e março.

No período acumulado de janeiro a abril de 2022, o setor industrial acumulou taxa positiva de 5,2% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses, houve declínio de 6,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações divulgadas nesta quinta-feira (9) fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para Armando Castro, diretor de Estatísticas da SEI, o resultado da indústria baiana em abril consolida o momento econômico do estado descolado do Brasil. “O PIB do primeiro trimestre cresceu acima do nacional, e nossa indústria cresce 22% enquanto a indústria do país declina 0,5% em abril”. Castro destaca que o otimismo em nossa economia fica ainda maior com a perspectiva de chegada de montadora de carros elétricos.

O SETOR DE DERIVADOS DE PETRÓLEO

Na comparação de abril de 2022 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou aumento de 22,0%, com seis das 12 atividades pesquisadas assinalando avanço da produção. O setor de derivados de petróleo (161,1%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de óleo combustível, óleo diesel e naftas para petroquímica.

Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de couro, artigos para viagem e calçados (14,0%), bebidas (16,0%), celulose, papel e produtos de papel (1,7%), minerais não metálicos (3,9%) e produtos químicos (0,6%). A indústria extrativa (-0,1%) registrou estabilidade no período.

Já o segmento de metalurgia (-41,2%) registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre, de ligas de cobre e ferrocromo. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos alimentícios (-10,2%), produtos de borracha e de material plástico (-5,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,5%) e veículos (-1,2%).

“Esse crescimento também é reflexo da política de atração de investimentos do Governo do Estado, que capta indústrias de setores chaves da economia. No primeiro quadrimestre, tivemos investimento privado no valor de R$ 1,6 bilhão somente das empresas incentivadas, que se implantaram no estado”, declara o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Nunes.

NO ACUMULADO
No acumulado de janeiro a abril de 2022, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou aumento de 5,2%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para Derivados de petróleo (38,3%), influenciado, em grande medida, pela maior fabricação de óleo diesel, óleo combustível e gasolina.

Houve ainda os crescimentos em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (73,3%), minerais não metálicos (2,6%), produtos químicos (0,3%)e Couro, artigos para viagem e calçados (0,8%). Por outro lado, o segmento de metalurgia (-43,5%) contribuiu negativamente para o desempenho da indústria no período, impulsionado pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre, de ligas de cobre e ferrocromo.

A queda no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de -0,5%, na comparação entre abril de 2022 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada por sete dos 14 estados pesquisados, com destaque para as reduções mais acentuadas, assinaladas por Espírito Santo (-7,3%), Paraná (-6,6%) e Santa Catarina (-5,6%). Por outro lado, Bahia (22,0%), Mato Grosso (15,7%) e Rio de Janeiro (14,4%) registraram as maiores taxas positivas nesse mês.

Comércio varejista baiano registra crescimento pelo quarto mês consecutivo|| Foto Mateus Pereira
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As vendas no comércio varejista baiano registraram crescimento pelo quarto mês consecutivo. Julho de 2021 teve um aumento de 6,6% em relação a igual mês do ano passado. No cenário nacional, a expansão nos negócios foi de 5,7%, na mesma base de comparação. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Seis dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo em julho, quando comparados aos de julho de 2020. O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (114,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (50,6%).

Outros setores da economia baianos que tiveram resultados positivos foram do segmentos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação(33,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,6%), livros, jornais, revistas e papelaria(9,7%), e combustíveis e lubrificantes(9,3%).

Vendas no varejo brasileiro crescem em abril||Foto Helena Pontes
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As vendas no comércio varejista subiram 1,8% na passagem de março para abril, após queda de 1,1% em março. Com isso, o varejo ficou 0,9% acima do patamar pré-pandemia. O setor acumula crescimento de 4,5% no ano e de 3,6% nos últimos 12 meses. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado positivo atingiu sete das oito atividades investigadas pela pesquisa. A maior alta foi a de Móveis e eletrodomésticos (24,8%). Outras variações positivas vieram dos setores de Tecidos, vestuário e calçados (13,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,8%), Combustíveis e lubrificantes (3,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%).

Já o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%) foi o único a ter retração frente ao mês anterior. Essa queda fez com que o índice geral não fosse maior em abril, uma vez que o setor representa quase metade (49,2%) do volume de vendas pesquisado.

“O consumo das famílias se modificou em termos de estrutura no começo da pandemia. O que tem acontecido é que, em alguns setores, o consumo tem se concentrado em momentos específicos do ano. Antigamente, esses momentos eram muito marcados, como a Black Friday e o Natal, agora o cenário mudou”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

COMPRAS MAIS DIGITAIS

De acordo com o pesquisador, essas semanas de promoções, já habituais no calendário do comércio, vêm perdendo força. “São fenômenos que acabam acontecendo porque as compras estão mais digitais e permitem que determinados setores possam ter promoções fora desses momentos e provocar uma determinada onda de vendas em períodos distintos de tempos”. Para ele, isso faz com que parte das famílias deixe de consumir produtos de um determinado setor para fazê-lo em promoções pontuais.

Cristiano explica que houve muitas inversões entre as atividades no mês de abril. “Algumas atividades que estavam indo bem começaram a cair e outras que estavam caindo começaram a crescer. Abril foi um momento em que as grandes lojas de móveis e eletrodomésticos acabaram focando na receita de consumo das famílias”, diz.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades veículos, motos, partes e peças (20,3%) e de material de construção (10,4%), o aumento no volume de vendas foi de 3,8%. Ambas as atividades haviam recuado no mês anterior.

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Produção de frangos é recorde na Bahia|| Jonas Oliveira/ ANPr
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No primeiro trimestre deste ano, a produção de ovos de galinha e o abate de frangos atingiram números históricos na Bahia. É o que mostram os dados fornecidos pela Pesquisa Trimestral da Pecuária,  divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (8).

A pesquisa levantou informações, de janeiro a março deste ano, sobre a produção, quantidade de animais abatidos e o peso total das carcaças, por espécie pesquisada, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate ou comercializa o produto do animal (como é o caso do ovo), sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal.

A série histórica da produção de ovos de galinha no Brasil, pela pesquisa IBGE, foi iniciada em 1987. E os números da Bahia para o primeiro trimestre de 2021 superaram todas as marcas já atingidas. Entre janeiro e março de 2021, foram produzidas 18 milhões de dúzias de ovos na Bahia.

Houve expressivos aumentos na comparação com períodos anteriores: de 10,5% frente ao recorde anterior, do quarto trimestre de 2020 (16,3 milhões de dúzias) e de 42% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (12,7 milhões de dúzias).

NACIONAL 

O aumento na produção de ovos de galinha não foi assim tão expressivo no país como um todo, em comparação com o visível crescimento observado na Bahia. No Brasil, a produção foi de 978,2 milhões de dúzias no primeiro trimestre de 2021, representando aumento de 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram produzidas no país 974,9 milhões de dúzias.

Mas os números nacionais, no primeiro trimestre de 2021, foram 1,3% menores do que os alcançados no trimestre imediatamente anterior (o quarto semestre de 2020), quando se atingiu a marca das 991,4 milhões de dúzias.

CARNE DE FRANGO

Os dados apresentados pela Pesquisa Trimestral da Pecuária também são favoráveis à economia da Bahia no tangente ao abate de frangos. Mostram que, no primeiro trimestre de 2021, o setor atingiu sua maior marca na série histórica, iniciada em 1997.

Foram cerca de 33,2 milhões de animais, representando aumento de 1,1% no comparativo ao período anterior, o quarto trimestre de 2020, que, aliás, já era o detentor do melhor número da série histórica, com 32,8 milhões de abates. Comparando-se o primeiro trimestre de 2020 com o de 2021, o aumento foi da ordem dos 4,3%.

No cenário nacional, o abate de frangos também vem em um crescente. Os dados da pesquisa apresentam o abate de 1,5 bilhão de cabeças de frango em todo o Brasil: aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação aos três primeiros meses de 2020.