Carletto é nome tido como mais forte à presidência do PP baiano
Tempo de leitura: 2 minutos

De fora do parlamento na legislatura que começa nesta quarta-feira (1º), o empresário e deputado federal Ronaldo Carletto é considerado o nome mais forte para presidir o diretório baiano do PP. Do outro lado, tem pela frente a pré-candidatura de Mário Negromonte Júnior, filho do hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Mário Negromonte. A disputa está prevista para abril.

Carletto foi um dos principais articuladores de apoios na ala pepista para o governador Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno da eleição na Bahia, ano passado, e goza de prestígio com o senador Jaques Wagner e até com o presidente Lula, a quem emprestou a mansão na bucólica Caraíva, em Porto Seguro, logo após a vitória do petista ante Jair Bolsonaro (PL).

Na mesma toada e sob as bêncãos do deputado, o PP baiano deverá iniciar a nova legislatura, a partir desta quarta, já na base governista na Bahia. Os seis deputados eleitos pela legenda se reuniram na noite de hoje com Jerônimo Rodrigues.

Jerônimo em encontro que selou retorno do PP para a base governista || Foto Divulgação

O retorno do PP à base governista se dá 10 meses após o partido embarcar na aventura de seu presidente estadual, João Leão, que chegou a caminhar como vice da candidatura do oposicionista ACM Neto (UB) ao governo. Questões de saúde levaram Leão a deixar a vice, colocando Cacá Leão, seu filho, no posto. Leão, fragilizado politicamente, acabou eleito deputado federal, mas com votação abaixo das expectativas.

A jogada política prejudicou o partido, que viu sua bancada na Assembleia Legislativa cair para 6 deputados e cerca de 80% dos prefeitos apoiarem Jerônimo Rodrigues em vez de ACM Neto, principalmente no segundo turno da peleja na Bahia.

Todos esses fatores fortalecem o nome de Carletto, próximo de Jerônimo, Wagner e Rui Costa, hoje ministro da Casa Civil. E, mais ainda, com boas relações com o presidente Lula. O empresário não renovou o mandato – foi suplente de Cacá Leão na disputa por vaga ao Senado Federal, mas fez de um dos sobrinhos, Neto Carletto, o 5º mais votado na disputa por vagas à Câmara Federal pela Bahia.

ACM Neto determina fechamento de shoppings em Salvador|| Foto Valter Pontes
Tempo de leitura: < 1 minuto

ACM Neto (União Brasil) deverá recorrer a pesquisa qualitativa para definir quem ocupará o posto de vice na sua chapa ao governo da Bahia. “Dentre várias ferramentas e avaliações que estão encaminhadas. Não é apenas isso, mas será um dos instrumentos”, afirmou ele em entrevista à Rádio Metrópole nesta manhã de terça-feira (31).

Hoje, almejam o posto de vice na chapa carlista os deputados federais Marcelo Nilo e Márcio Marinho, ambos do Republicanos. Nilo deixou a base governista e era tido como o nome de Neto para o Senado, até que o PP também mudou de lado na disputa ao romper com Rui Costa (PT).

Os progressistas indicaram João Leão, logo depois substituído pelo filho dele Cacá Leão, que deputado federal. Há outros nomes que sonham com a vice, dentre eles José Ronaldo, ex-prefeito de Feira de Santana, mas tido como quase descartado.

UMA MULHER PARA VICE

Uma mulher pode ser escolhida, o que seria diferencial em relação à chapa governista, por exemplo. Jerônimo Rodrigues (PT) terá como vice o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Junior (MDB). João Roma ainda não definiu o vice. Na corrida ao Palácio de Ondina, até aqui, não há nomes femininos.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O meio político ainda analisa os efeitos da desistência do vice-governador João Leão (PP) de disputar vaga ao Senado Federal na chapa de ACM Neto (UB). A saída do páreo foi revelada ontem à noite e será oficializada em evento na tarde desta terça-feira (3).

Ao lado de Neto e do filho e deputado federal Cacá, Leão concederá entrevista coletiva para expor alguns dos motivos que levaram à tomada de decisão inesperada. O encontro será transmitido pelo Youtube, a partir das 15h.

Dentro da chapa, o dito é que Leão desistiu por causa da idade avançada e dos problemas de saúde. Nos últimos três anos, o vice-governador enfrentou internações devido a mal-estar após participar de viagens ou eventos públicos pela Bahia.

Argumenta-se que será das campanhas mais puxadas e com roteiro contando com dois ou três eventos em cidades diferentes no mesmo dia. A troca pelo filho Cacá Leão ainda daria uma rejuvenescida na chapa.

Do lado dos opositores, a mudança é encarada como uma pavimentada ainda maior do caminho à reeleição do senador Otto Alencar (PSD), que, até aqui, lidera as pesquisas de intenções de voto ao Senado na Bahia. Isso, embora o histórico das últimas disputas mostre que, geralmente, a chapa vencedora na disputa ao Governo da Bahia também faz o ou os senadores (vide as disputas de 2006 até aqui).

Tempo de leitura: < 1 minuto

O vice-governador João Leão (PP) desistiu da disputa ao Senado Federal, informou o site Metro1, da Metrópole FM, na noite desta segunda-feira (2). O site não divulgou o motivo da desistência de Leão, que deixou o grupo político do governador Rui Costa e do senador Jaques Wagner, ambos do PT, para apoiar ACM Neto (UB).

Ainda segundo a publicação, João Leão teria desistido após pedido de ACM Neto “para que houvesse a troca na composição”. Coincidentemente ou não, o vice-governador desiste da disputa após desentendimento, no ar, em uma entrevista à Metrópole, com o apresentador Zé Eduardo (reveja abaixo). O vice-governador será substituído na chapa pelo deputado federal e filho Cacá Leão.

Tempo de leitura: 2 minutos

Governador baiano eleito e reeleito em primeiro turno em 2014 e em 2018, Rui Costa acredita ter a receita para o ex-presidente Lula ampliar as intenções de voto e ganhar a eleição já em 2 de outubro:

– Acho que ele precisa falar mais pro centro e pros religiosos, falar mais de família, tal… Se fizer essa inclinação, acho que dá para levar no primeiro turno – disse ele, nesta Quinta-Feira Santa (14), em entrevista a Mário Kertész, na Metrópole, acrescentando também a necessidade de abrir, logo, interlocução com o empresariado.

Na avaliação de Rui, Lula “está bem em São Paulo, como nunca esteve”. O petista citou a liderança de Fernando Haddad (PT) na corrida ao governo de São Paulo como “muito sintomático” do bom momento de Lula.

Ainda afirmou que o ex-presidente está muito bem em dois dos principais colégios eleitorais baianos: “[Em] Duas cidades [onde] ele nunca ganhou, Conquista e Itabuna, ele tá disparado”.

A recomendação a Lula para falar ao centro, família e empresariado, segundo Rui, foi feita na viagem do líder petista a Salvador, no último dia 31. “Deixa eu oficializar a campanha, deixa eu oficializar”, respondeu Lula diante do conselho, conforme o governador baiano.

Ainda conforme Rui, a pré-campanha do presidenciável petista deverá ser oficializada em 7 de maio.

ACM NETO NERVOSO E SEM CAPILARIDADE

Rui Costa se diz animado com a pré-campanha e os números de sondagens na Bahia tanto para a presidência como para o governo estadual, com Jerônimo Rodrigues (PT), e ao senado, com Otto Alencar (PSD). Ele chegou a citar números de pesquisas, porém o PIMENTA não reproduzirá porque o levantamento não foi registrado.

No microfone da Metrópole, aproveitou para cutucar ACM Neto,pré-candidato ao Palácio de Ondina pelo União Brasil. “Os eventos dele são todos muito fracos. Ele aproveitou para pongar em evento oficial [por falta de público]. Gongogi, Aramari. A gente tem foto de todos os eventos que ele vez. Todos vazios”, ironizou.

O petista citou Camaçari e Santa Maria da Vitória. “Santa Maria da vitória, que [o prefeito] ficou com eles, tinha auditório enorme. Só as três primeiras filas [tinham gente]. O resto [estava] vazio. [ACM Neto] Tem o nome, mas fragil, não tem capilaridade.

MAIS LEVE SEM LEÃO

Mário questionou o governador se ele estava sentindo falta do vice-governador João Leão. “Estou me sentindo mais leve”, respondeu.

Noutra estocada em ACM Neto, disse que adversários ficarão ainda mais nervosos [com pesquisas] e “vão quebrar painéis de carro”.

A fala irônica de Rui seria alusão a suposta crise nervosa do ex-prefeito de Salvador, na semana passada, ao receber resultados de sondagens pela Bahia. Ainda afirmou que, para o senador Jaques Wagner, João Roma (PL) vai tirar considerável fatia de votos de Neto.

“A MIL POR HORA”

O governador se vê a mil por hora nas articulações eleitorais pela Bahia. A esposa, afirmou Rui na entrevista, afirma que não trabalhou tanto em 2014 e 2018 como agora. Ressaltou que está ouvindo mais e articulando mais e trabalhando regionalmente para fortalecer a chapa. Confira a entrevista a partir dos 24 minutos.

Otto Alencar, que disputa reeleição, lidera corrida ao Senado e Leão aparece em 2º
Tempo de leitura: < 1 minuto

A pesquisa Opnus/Salvador FM que indica vantagem de 8 pontos percentuais para ACM Neto (UB) ante Jerônimo Rodrigues (PT) na corrida ao Palácio de Ondina (reveja aqui), também aferiu as intenções de voto do eleitorado baiano para a única vaga do estado no Senado Federal em 2022.

De acordo com a pesquisa, o senador Otto Alencar (PSD) tem 27% das intenções de voto. O vice-governador João Leão (PP), que rompeu com o PT para apoiar ACM Neto, aparece em segundo, com 11%.o deputado federal Márcio Marinho (Rep) atinge 6% na corrida ao Senado. Félix Mendonça Júnior (PDT) chega a 3%. Prefeito de Mata de São João, João Gualberto (PSDB) aparece com 2%.

O levantamento tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Segundo o Opnus, 1.500 eleitores foram consultados por telefone. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BA-097/2022.

Davidson lamenta saída do PP e ressalta peso eleitoral de Lula e Rui || Lara Curcino/Metropress
Tempo de leitura: 2 minutos

Presidente estadual do PCdoB e titular da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães reconhece, na saída do PP da base aliada, uma “perda importante” no seio do governo para a disputa eleitoral de 2022. “É perda importante, mas não significa que está determinado o resultado da eleição”, disse ele, ressaltando que o vice-governador João Leão acompanhava o grupo há bastante tempo.

O rompimento, analisa o dirigente e secretário estadual, aumenta o desafio da base para a disputa em outubro. O grupo governista vai para a eleição com um candidato desconhecido de grande parte do eleitorado, o secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Mas Davidson lembra o papel da militância e do comportamento do governo e dos aliados nos próximos meses para reverter perdas e agregar apoios.

“[O rompimento] cria grau de dificuldade maior, mas nós temos que ir para campo. Temos governo bem avaliado, a força do presidente Lula na Bahia… Vamos pra frente, com militância política e as forças em torno do governo”, afirmou em entrevista ao PIMENTA. Davidson enfatiza a avaliação do governo de Rui como importante para a disputa. “É um grande instrumento para ganharmos a eleição na Bahia, assim como a força do próprio presidente Lula”, acrescenta.

PASSOS PARA ATRAIR NOVOS ALIADOS

Didático, o professor universitário fala dos passos para seduzir possíveis novos aliados. Nos bastidores, comenta-se da possibilidade de atração do MDB e retorno do PDT. “Tudo é construção. Agora, [o importante] é o comportamento que vamos ter no sentido de formatar uma coordenação política que represente os diversos pensamentos e possa agregar mais forças, porque o processo político ainda está em curso”, completa.

O secretário e professor universitário diz que as discussões para as eleições deste ano foram antecipadas. “Geralmente é em junho, começo de julho que se define o processo eleitoral. Nós estamos com processo bastante antecipado. Tem muita água para rolar ainda”, disse ele em Almadina, onde acompanhava o governador Rui Costa.

Éden afirma que PP baiano seguirá caminho da sigla no cenário nacional, ao lado de Bolsonaro
Tempo de leitura: < 1 minuto

O presidente estadual do PT, Éden Valadares, reagiu à saída do Progressistas da base governista com um petardo. Segundo afirmou na manhã desta terça-feira (15), o partido do vice-governador João Leão vai caminhar com as hostes bolsonaristas, como já o faz em outros estados.

“Após 14 anos de apoio, o PP abandona o projeto de Lula e Rui na Bahia. O que aconteceu? Prevaleceu a opinião do PP bolsonarista? Foram convencidos por Ciro Nogueira e Arthur Lira? O fato é que deixam de trilhar o caminho de Lula para marchar ao lado de Bolsonaro e aliados na Bahia”, disse Éden.

Apesar do torpedo, o dirigente petista afirmou que a disputa eleitoral se dará no campo das ideias, sem ofensas. Segundo ele, a chapa governista, agora liderada pelo secretário de Educação Jerônimo Rodrigues (PT), pré-candidato a governador, vencerá o pleito deste ano.

“PT e PP tomam estradas diferentes. Voltamos a ser adversários e não inimigos; com disputa de argumentos, sem xingamentos. Foi assim em 2006 e vencemos. Com humildade e confiança na liderança de Lula, Rui e Wagner, afirmo: venceremos novamente em 2022 com Jerônimo governador”, concluiu.

Rui Costa enfatiza que a decisão de romper aliança foi de Leão || Foto Jonne Roriz
Tempo de leitura: < 1 minuto

Momentos após a entrega de carta do vice-governador João Leão oficializando rompimento do PP com o governo estadual, Rui Costa reagiu: “nossa maior aliança foi construída em bases sólidas com o povo da Bahia”. O gestor baiano agradeceu a Leão pela contribuição no governo. A aliança durou cerca de 11 anos. O governador também fez questão de deixar claro que foi Leão quem decidiu romper.

– Nosso ritmo de correria, de cuidar de gente e trabalhar pelas pessoas que mais precisam vai continuar até o último dia do meu governo. [Quanto à política] Nós já temos candidatos a governador e a senador. Nossa chapa está sendo formada e ficando bastante forte para chegarmos a mais uma vitória, pois são nomes que verdadeiramente representam um projeto liderado pelo presidente Lula. E o nosso grupo está ao lado do povo que deseja Lula para reconstruir o Brasil – disse Rui.

O vice-governador rompeu com Rui Costa e deverá ser candidato ao Senado Federal na chapa do adversário e líder das pesquisas até aqui, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). Leão atribui ao senador Jaques Wagner (PT) a culpa pelo rompimento político.

Há uma semana, Wagner foi à Rádio Metrópole para afirmar que Otto disputaria o Senado e o PT seria cabeça de chapa. Mais, e decisivo: Rui continuaria no governo, não abrindo espaço para que o Leão comandasse o estado por 9 meses, como desejado pelos progressistas.

Rui Costa diz que busca a unidade e aposta em vitória governista || Foto Jonne Roriz/PT
Tempo de leitura: 2 minutos

A base governista enfrenta problemas para fechar a chapa majoritária com a qual irá disputar a sucessão ao Palácio de Ondina, mas hoje (8) o governador Rui Costa (PT) disse que busca a unidade e aposta em vitória do seu grupo em outubro.

– Vamos dialogar para manter esse grupo forte e unido com o presidente Lula. A Bahia precisa de Lula e Lula precisa da Bahia unida. Juntos, vamos reconstruir o Brasil e continuar transformando a vida de baianos e baianas”, afirmou Rui.

Num vídeo em que Rui fala da montagem da chapa, ele reconhece os desencontros e cita a palavra pacificação. “Muita coisa tem sido dita [sobre a formação] em blogs e redes sociais. Muitas especulações sobre esse processo político. Quero mandar uma mensagem de pacificação”, diz ele em vídeo (confira ao final da matéria).

Confira vídeo em que Rui fala em “pacificação” na montagem da chapa governista:

INDEFINIÇÃO NA BASE

A formação da chapa registra, ao menos, dois abalos. Primeiro, o senador Jaques Wagner (PT) desistiu de disputar o governo baiano ainda em fevereiro. Poucos dias depois, o nome de Otto Alencar (PSD) foi alçado à condição de pré-candidato ao Palácio de Ondina.

Ontem (7), Wagner disse em entrevista que o nome da base ao governo será petista. A escolha estaria entre os secretários Luiz Caetano (Relações Institucionais) e Jerônimo Rodrigues (Educação) e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.

Ao cavalo-de-pau, deu-se uma sucessão de declarações e ameaças, inclusive do desembarque do PP na chapa do adversário ACM Neto. Os progressistas consideraram que o vice-governador João Leão foi preterido. Há o risco de, ainda hoje, o partido fechar com Neto. É possível que Leão tenha reunião com o ex-presidente Lula também nesta terça.

DE CAMAROTE

A previsão é de que, dentro das condições normais e não havendo defecções, a chapa seja anunciada no próximo domingo (13). ACM Neto vai com mais calma. Deverá anunciar a chapa na primeira quinzena de abril. Quer ver o que acontece na base governista. Espera atrair, pelo menos, o PP de João Leão. Atualizado às 11h59min.

Wagner, Lula e Rui: petistas devem voltar a se reunir com aliados em março
Tempo de leitura: < 1 minuto

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve visitar a Bahia para encaminhar a definição da chapa majoritária governista no estado, segundo fonte privilegiada do PIMENTA. O líder petista deve chegar à Boa Terra no início de março.

A mesma fonte, que participa das negociações partidárias em Salvador, afirma que nenhuma possibilidade sobre a composição da chapa está descartada. “Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo”, diz, referindo-se às movimentações desencadeadas pelas conversas conduzidas por Lula nesta semana (veja aqui).

Ganhou corpo a hipótese de o senador Otto Alencar (PSD) substituir o também senador Jaques Wagner (PT) como pré-candidato a governador, abrindo caminho para a candidatura do governador Rui Costa (PT) ao Senado.

Segundo o Bahia Notícias, Otto teria aceitado a missão de substituir Wagner. Já o petista ainda não deu sinais de que estaria disposto a retirar a pré-candidatura.

Outro ponto em aberto é a escolha do candidato a vice-governador, que, a princípio, cabe ao PP do vice-governador João Leão, que não pode mais disputar o mesmo cargo.

Jabes Ribeiro fala ao PIMENTA sobre montagem da chapa governista para a eleição estadual
Tempo de leitura: 6 minutos

O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, diz que não há nada definido para a formação da chapa majoritária do grupo governista para a disputa do Palácio de Ondina e da vaga no Senado. Nesta entrevista ao PIMENTA, ele fala sobre as cartas que estão na mesa de discussão da base do governador Rui Costa (PT).

Com 69 anos de idade e quatro décadas na vida política, Jabes está em Salvador, onde participa ativamente das articulações do Progressistas. Por telefone, ele também falou ao site das movimentações do partido no sul da Bahia, especialmente em Ilhéus, município que governou por quatro mandatos (1983-1988; 1997-2000; 2001-2004; e 2013-2016).

Segundo o ex-prefeito, o Progressistas terá candidatos a deputado em todas as grandes cidades baianas, inclusive em Ilhéus e Itabuna. A montagem das chapas proporcionais é outro tema da entrevista.

Jabes também comenta a possibilidade de Rui Costa deixar o comando do governo estadual para disputar as eleições deste ano. Leia.

PIMENTAAs informações sobre a formação da chapa majoritária indicam dificuldade para essa equação. Só há uma vaga para o Senado e, naturalmente, uma vaga para a cabeça da chapa. O senador Otto Alencar pretende a reeleição. O senador Jaques Wagner é o pré-candidato do PT a governador. Qual será o papel do PP no arranjo da aliança? Há mesmo dificuldade para fechar essa conta?

Jabes Ribeiro – Primeiro, uma preliminar. Há esforço e interesse em garantir a unidade da base aliada. Esse fator é fundamental para conseguirmos o nosso objetivo, que é ganhar as eleições e garantir a manutenção do nosso projeto. Projeto, inclusive, que tem tido aceitação popular. Veja aí a aprovação que o governador Rui Costa tem em todo o estado. Esse é o nosso objetivo número um: preservar a unidade da base aliada.

Ponto dois. Pelo que sei – e tenho participado de todas as conversas que envolvem o PP -, não há nada definido em relação à chapa [majoritária]. Não há definição em relação a nada. Tudo é expectativa. O PT, por exemplo, apoia o nome do senador Wagner. Já o nosso partido propõe que o candidato a governador seja o vice-governador João Leão. Ouço que o PSD desejaria ter o senador Otto Alencar candidato à reeleição. No entanto, nada disso está fechado. Tudo ainda é motivo de conversas.

O que posso lhe garantir, no caso do nosso partido, é o seguinte: Leão não pode mais ser candidato a vice-governador. Ele está impedido por conta da legislação eleitoral vigente. Se não pode ser vice, só tem duas possibilidades: ser candidato a governador ou a senador. Ora, se todos desejam garantir a unidade da base, é preciso que todos tenham a compreensão de que Leão não pode ser vice.

______________

Leão não pode mais ser candidato a vice-governador. Ele está impedido por conta da legislação eleitoral vigente. Se não pode ser vice, só tem duas possibilidades: ser candidato a governador ou a senador.

______________

 

A manutenção da unidade é mesmo um desejo de todos os partidos da base?

Creio que sim. Todos nós ajudamos a ganhar as últimas eleições e ajudamos a governar. A experiência de Wagner, Otto Alencar e João Leão é indiscutível. Todos têm compromisso com a Bahia e com a preservação do projeto que tem sido implementado no estado. No nosso caso, não há uma posição intransigente. Por exemplo: se Leão diz: – o que não é o caso –  “Sou candidato a governador e não abro mão!”, isso não é fazer política. Isso não é querer unidade. Da mesma forma, se Otto Alencar afirma: “Sou candidato a senador e não abro mão pra ninguém!”, isso também não é lógico; nem acredito nessa visão por parte de Otto, que tem experiência.

Creio que esse jogo, essa equação, melhor dizendo, essa equação está sendo montada e montada de forma competente, porque tem na liderança dessa montagem a figura de Jaques Wagner, um homem treinado, acostumado a fazer articulação política. Ele é o grande construtor desse projeto, que começou em 2006. De nossa parte, não tem problema, há uma questão legal: João não pode ser vice. Se pudesse, tudo estaria resolvido.

A possibilidade de o governador Rui Costa se afastar do cargo e, consequentemente, de João Leão assumir o governo seria um caminho para fechar essa equação?

Veja. Nós não trabalhamos, dentro da negociação da chapa, com esse ponto. Ela pode ocorrer sim, depende do governador. É natural até que ela possa acontecer. O governador tem sete anos e quase dois meses à frente do estado, com uma administração exitosa, bem avaliada pela população. Ninguém pode obrigar o governador e dizer: “Você não vai ser candidato a nada. Vai ficar sem mandato.” Isso seria absolutamente insensato. Não teria lógica. Se ele disser:  “Eu quero ter mandato” – e ele ainda tem tempo para decidir -, é algo absolutamente legítimo. Creio que todos compreenderão isso, tanto o PSD, como o PP e os demais partidos da base.

Portanto, há uma situação a decidir e nós não temos porta fechada pra nada. Não depende de nós, essa é uma decisão do governador. Nós estamos dispostos a colocar na mesa essa questão e discuti-la. Não há nenhum dificuldade de nossa parte. Como você está vendo, o PP não é problema. O PP é solução. Seja qual for a possibilidade, estamos dispostos a discutir.

______________

O PP não é problema. O PP é solução. Seja qual for a possibilidade, estamos dispostos a discutir. Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão.

______________

Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão. Existem nomes valorosos no PP. Temos uma bancada de dez [deputados] estaduais e quatro federais. Temos prefeitos, ex-prefeitos, deputados, lideranças importantes, mas, dentro desse cenário, neste instante, o nome que temos para essa montagem, essa equação, é João Leão, que é unanimidade no PP por tudo que representa. Foi cinco vezes deputado federal, prefeito de Lauro de Freitas, vice-governador por dois mandatos, tem experiência administrativa, é secretário de estado. É um nome que contribui com o projeto de todos da base aliada.

O partido terá candidato em Ilhéus e Itabuna para as eleições proporcionais?

A executiva estadual definiu uma proposta no sentido de que, nas grandes cidades do estado onde o partido está presente – e está presente em todas -, devemos participar ativamente do processo eleitoral. Você faz política, articula, organiza, mas, na verdade, as eleições definem o poder político, seja no plano estadual, federal ou municipal. Por se tratar de uma eleição nacional, em que você tem a necessidade de eleger deputados federais, estaduais e senadores, essa situação faz com que o partido estimule seus quadros.

Ilhéus e Itabuna são duas cidades extremamente importantes para o partido. Trabalhamos para que essas cidades participem também do processo eleitoral para fortalecer o partido, para elegermos uma boa bancada federal, uma boa bancada de deputados estaduais. Por Ilhéus, posso garantir, teremos deputado federal ou estadual. Estamos discutindo. Também pretendemos que aconteça isso em Itabuna, Conquista, Feira.

______________

Por Ilhéus, posso garantir, teremos deputado federal ou estadual. Estamos discutindo. Também pretendemos que aconteça isso em Itabuna, Conquista, Feira.

______________

O nome em Ilhéus é o do ex-vice-prefeito Cacá Colchões, presidente municipal do Progressistas?

É o nome natural. O nome de Cacá é o natural pelo que ele representa, uma liderança importante do partido em Ilhéus, mas estamos discutindo.

Quais são os critérios para definir se a candidatura em Ilhéus será a deputado federal ou estadual?

Depende muito. Vamos analisar a seguinte situação. Em 2018, trazendo um pouco de memória, Cacá era candidato a federal. Em determinado momento do processo, ainda antes das convenções – claro-, houve um movimento em Ilhéus que levou o partido local a decidir que seria melhor que Cacá saísse a estadual. Seria candidato a federal, originariamente, mas houve um movimento político que levou o partido à avaliação de que seria melhor Cacá sair a estadual. Isso foi conversado com a executiva estadual e foi batido o martelo.

______________

Cacá foi o [candidato a] deputado mais votado de Ilhéus naquela oportunidade, mais votado na cidade. Mais votado entre todos os estaduais e federais. Não se elegeu, não é uma eleição simples, você sabe disso, mas saiu muito bem avaliado na cidade.

______________

Cacá foi o [candidato a] deputado mais votado de Ilhéus naquela oportunidade, mais votado na cidade. Mais votado entre todos os estaduais e federais. Não se elegeu, não é uma eleição simples, você sabe disso, mas saiu muito bem avaliado na cidade. Todas essas questões são objeto de análise. Estamos em 2022. Qual é o melhor caminho: termos uma candidatura do Progressistas a estadual ou a federal? O ideal seria que tivéssemos as duas, mas não é assim. As coisas não são exatamente como a gente deseja. No entanto, a recomendação da [executiva] estadual é que tenhamos candidato a federal ou a estadual. Analisamos uma série de elementos, de vetores, para saber como o partido vai participar desse projeto.

Repito: o nome natural é o de Cacá, mas, se por qualquer razão, Cacá não puder ou não tiver interesse de participar, vamos ter outro. O que posso acrescentar é o seguinte. Se Cacá não puder participar por uma decisão pessoal – repito: ele é o candidato natural, tem a prioridade -, queremos lançar uma mulher. Se você me perguntar qual, não vou lhe dizer agora. Não posso. Mas, certamente, seria algo muito importante pra cidade.

Brasil tem saldo de quase 2 milhões de empregos no acumulado do ano
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Bahia fechou 2021 com 133.779 novos postos de trabalho e liderou a geração de empregos no Nordeste, seguido por Pernambuco e Ceará, com 89.697 e 81.460 novos postos, respectivamente. O saldo baiano representou aumento de 7,99% em relação ao total de vínculos celetistas do início do ano passado.

De janeiro a dezembro de 2021, o Nordeste e o Brasil acumulam saldos de 474.578 e de 2.730.597 de empregos formais, respectivamente.

Os dados desta publicação são do Ministério do Trabalho e Previdência e foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).

“CRESCENTE RECUPERAÇÃO”

O vice-governador e secretário de Planejamento João Leão (PP) avaliou o resultado de forma positiva. “O ano de 2021 não foi um ano fácil e, assim como a todo o mundo, nos trouxe muitos desafios, mas iniciamos um novo ano com a sensação de estarmos em crescente recuperação. Eu acredito que esse número reflete isto”.

Já o titular da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, atribui o desempenho do estado aos investimentos da gestão estadual em infraestrutura. “Em conjunto, os números confirmam a tendência de recuperação das atividades produtivas na Bahia, com a geração de postos de trabalho em todos os principais segmentos econômicos, resultado da atração de investimentos e também por conta das obras de grande porte realizadas pelo governo do estado”.

Jabes fala de liderança de Wagner e de resistência do PP baiano a Bolsonaro
Tempo de leitura: 1 minuto

O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, garantiu que a agremiação mantém conversas para manter a aliança com o PT na próxima corrida eleitoral ao Governo do Estado. Nos últimos meses, surgiram especulações de que a agremiação poderia romper com o grupo e declarar independência ou até mesmo ir para a base do ex-prefeito ACM Neto (DEM) – que também está no páreo.

O partido que estará na chapa majoritária de Jaques Wagner, que vai representar o grupo petista e tentar voltar ao Palácio de Ondina. “Temos absoluta confiança na liderança do senador Wagner que, ao meu ver, é o grande líder do grupo. É quem começou a articulação desde que ganhou a eleição de 2006. É com quem temos trabalhado. Nós depositamos no senador Wagner toda a confiança e toda a nossa visão de que ele tem a capacidade de fazer a articulação”, avaliou, em entrevista à Tribuna.

Ele afirma que o partido nunca cogitou mudar de campo. “A nossa conversa é dentro da base aliada. Nós não temos conversas com nossos concorrentes. Pelo contrário, trabalhamos duro para permanecer na base, mesmo quando houve a base do Bolsonaro tentar se filiar ao partido. A Bahia teve uma visão de resistência nesse aspecto, porque sabíamos que era importante o partido manter a sua autonomia local”.

Jabes também comentou sobre as declarações de caciques pepistas de que Leão poderá sair como candidato ao Governo do Estado sozinho. “O nome que nós temos é João Leão. Se ele não pode ser vice, pela legislação, ele é nosso candidato a governador ou senador. Essa é a questão que está colocada. E nós esperamos a compreensão de todos. Acreditamos na capacidade de articulação do senador Jaques Wagner”, ressaltou. “Do ponto de vista do partido, estamos tranquilos”. Confira a íntegra na Tribuna da Bahia.

Vice-governador João Leão recebe alta médica após "pico de estafa"
Tempo de leitura: < 1 minuto

O vice-governador e secretário de Planejamento da Bahia, João Leão, recebeu alta do Hospital Aeroporto na tarde deste domingo (7) depois de sofrer um mal-estar. Segundo a assessoria do político, João Leão foi para a residência dele por volta das 16h e o atendimento de emergência foi devido a uma queda de pressão.

“De acordo com a equipe médica do Hospital Aeroporto, onde Leão foi atendido, ele teve um pico de estafa e deve repousar nos próximos dias”, informa a assessoria por meio de nota. “Durante o período que ficou em observação na unidade de saúde, o vice-governador recebeu a solidariedade do governador Rui Costa, que ligou para ele, e de familiares, políticos e amigos.”