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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite deste domingo (17), em Nova York, de uma reunião com empresários e de um jantar oferecido pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.

Lula chegou aos Estados Unidos nesse sábado (16) após assinar diversos acordos de cooperação com o governo de Cuba, em Havana.

Na terça-feira (19), o presidente participará da abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A agenda de Lula também terá reuniões com líderes de entidades internacionais e encontros bilaterais com chefes de Estado.

Na quarta-feira (20), Lula será recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os mandatários vão lançar uma iniciativa global para promoção do trabalho decente.

É a oitava vez que o presidente brasileiro abrirá a assembleia da ONU. A comitiva do Brasil é formada por 12 ministros. Sete ministros participarão de eventos ligados diretamente à assembleia. Os demais não fazem parte da delegação, mas estão na cidade cumprindo agendas oficiais.

Alckmin e Lula se cumprimentam antes de embarque do presidente para os EUA || Foto Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou hoje (9) para os Estados Unidos onde se encontrará com o presidente norte-americano, Joe Biden, em Washington. A reunião vai ocorrer amanhã (10) à tarde, na Casa Branca, e segundo a Presidência, marca a retomada das relações entre os dois países, que em 2024 vão completar 200 anos de diplomacia. Geraldo Alckmin assume a Presidência da República na ausência do titular.

Antes, também estão previstos encontros do presidente brasileiro com o senador Bernie Sanders, com deputados do partido Democrata e com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO).

“Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news”, escreveu Lula em publicação nas redes sociais.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a pauta do encontro com Biden terá três temas centrais: democracia, direitos humanos e meio ambiente. Os dois presidentes devem discutir como os dois países podem continuar trabalhando juntos para promover a inclusão e os valores democráticos na região e no mundo.

Lula e Biden foram eleitos e assumiram seus mandatos em contextos similares, de denúncias de supostas fraudes eleitorais e em meio a tentativas de golpe. Assim como as invasões e depredações às sedes dos Três Poderes, de 8 de janeiro, o Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, foi atacado em janeiro de 2021 por radicais insatisfeitos com a derrota eleitoral do ex-presidente Donald Trump.

Ao falar, nesta terça-feira (7), sobre os preparativos da viagem do presidente, o secretário das Américas do Itamaraty, embaixador Michel Arslanian Neto, lembrou que Lula conversou recentemente com Biden, por telefone, em duas oportunidades. A primeira, quando foi declarado vencedor das eleições presidenciais em outubro do ano passado, e a segunda, no dia 9 de janeiro, um dia após os atos golpistas em Brasília.

“Os dois países estão experimentando desafios semelhantes, uma preocupação comum com o tema da radicalização, violência política, com o tema do uso das redes [sociais] para a difusão de desinformação e discurso de ódio. Então, com as duas principais democracias do mundo se reunindo em seu mais alto nível, será uma oportunidade ímpar para que enviem uma mensagem de forte apoio a processos políticos, sem recursos a extremismos, à violência e com o uso adequado das redes sociais”, destacou o embaixador.

PAUTAS CENTRAIS

Já na área ambiental e de mudanças do clima, o Brasil pretende se apresentar como ator ativo e comprometido com suas obrigações de reativar os instrumentos de proteção ambiental, mas também pretende buscar engajamento dos países envolvidos, para cumprimento de suas obrigações em termos de financiamento na área climática.

Sobre a pauta relacionada a direitos humanos, devem ser debatidos temas como o combate à fome e à pobreza em âmbito global, os direitos dos povos indígenas e o combate ao racismo, além da integração dos dois milhões de brasileiros que vivem nos Estados Unidos – maior comunidade do Brasil no exterior.

A secretária do Departamento do Interior dos Estados Unidos, Deb Haaland, foi líder da delegação norte-americana na posse de Lula, em nome do presidente Joe Biden. Haaland é responsável pelas políticas dos povos indígenas em seu país, e quando esteve em Brasília, encontrou a presidente da Funai, Joenia Wapichana.

Na esfera econômica, o governo brasileiro busca a dinamização de investimentos, em particular na transição energética e geração de energia limpa, e uma maior integração das cadeias produtivas. Ambos os líderes conversarão, igualmente, sobre as principais questões da agenda internacional, como paz e segurança e governança no G-20.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil e principal destino das exportações de produtos industrializados. No ano passado, o intercâmbio total entre os dois países foi de cerca de US$ 88,7 bilhões, valor inédito na série histórica. Além disso, é o país com o maior estoque de investimentos no Brasil, estimado em US$ 123 bilhões.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

A viagem do presidente Lula atende a convite do presidente Joe Biden. Ele ficará hospedado na Blair House, residência oficial onde o presidente dos Estados Unidos recebe os convidados mais importantes.

Integram a comitiva, a primeira-dama Janja Lula da Silva e os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Fazenda, Fernando Haddad; do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Igualdade Racial, Anielle Franco. Também acompanham o presidente o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa; o líder do governo no Senado, Jacques Wagner; e o assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim.

O retorno ao Brasil está previsto para sábado (11).

Os Estados Unidos são o terceiro país visitado por Lula, desde que assumiu o mandato. Em janeiro, ele esteve na Argentina e no Uruguai, onde tratou das relações bilaterais entre os países, a integração da América Latina e o fortalecimento do Mercosul, o bloco econômico composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Também estão previstas viagens para China e Portugal nos próximos meses. Lula também recebeu convite do presidente da França, Emmanuel Macron, para visitar o país. Agência Brasil

Lula e Biden conversaram por telefone nesta segunda
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu telefonema do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, na tarde desta segunda-feira (31). A conversa durou 20 minutos e percorreu temas considerados essenciais pelo futuro governo do Brasil, a exemplo da normalização democrática do país, a conservação do meio ambiente e formas de ampliar a cooperação entre os dois países.

Biden já havia cumprimentado Lula pela conquista do terceiro mandato presidencial, na noite deste domingo (31). “Envio os parabéns a Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória em uma eleição livre, justa e digna de confiança. Espero que possamos trabalhar juntos e manter a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos que virão pela frente”, escreveu o democrata no Twitter.

ARGENTINA

Hoje (31), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, desembarcou em São Paulo, onde almoçou com Lula. Após a reunião, o líder argentino anunciou que a primeira viagem internacional do petista no cargo será ao país vizinho, em data ainda não definida.

Apenas quatro governadores não assinaram a carta para políticas ambientais
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Às vésperas da Cúpula Mundial do Clima, nos dias 22 e 23, e em um cenário de críticas internacionais às políticas ambientais do governo federal, o Fórum de Governadores se reuniu com representantes da Embaixada dos Estados Unidos para solicitar parcerias no tema das mudanças climáticas.

O fórum entregou uma carta, assinada por 21 governadores, dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentando a posição do colegiado sobre ações necessárias para a preservação do meio ambiente e o combate aos impactos prejudiciais das alterações no clima e defendendo parcerias com a gestão do democrata.

No documento, eles indicam a vontade de firmar parcerias com o objetivo de promoção do equilíbrio climático, de cadeias econômicas verdes e de adoção de tecnologias que diminuam a emissão de carbono.

“Juntos podemos construir com agilidade a maior economia de descarbonização do planeta, criando referências para impulsionar a transição da economia mundial para um modelo carbono neutro, orientando uma retomada verde pós-pandemia”, sugerem os governadores.

RESPONSABILIDADES COM REDUÇÃO DE GASES

As autoridades brasileiras elencam no texto as suas responsabilidades com a redução dos gases de efeito estufa, o estímulo a energias renováveis, o combate ao desmatamento, à proteção do bem-estar dos povos indígenas e formas de viabilizar massivos reflorestamentos.

“A aliança Governadores pelo Clima está estruturando políticas climáticas, sociais e econômicas interligadas (base do desenvolvimento sustentável) e vem construindo intercâmbios com governadores, lideranças da América Latina e governos da Europa”, argumentam os governadores na carta.

O intuito, acrescentam os governadores, é “apresentar inovações e parcerias de alto impacto, que considerem o protagonismo das agendas locais, para alcançarmos o desenvolvimento sustentável de maneira mais ampla”.

Não assinam a carta os governadores do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

CONSÓRCIO NORDESTE

O Consórcio do Nordeste também entregou uma carta à Embaixada dos Estados Unidos, em que coloca os compromissos dos governos estaduais com o meio ambiente. Entre eles estão a conservação das áreas de Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Amazônia e em aumentar as áreas protegidas e qualificar a gestão das unidades de conservação.

No documento, os governadores do Nordeste também manifestaram o intuito de trabalhar para a recuperação de floresta em unidades de conservação, ampliar os programas de agricultura de baixo carbono e promover análise dos programas de regularização ambiental.

De acordo com o coordenador do Fórum de Governadores, governador do Piauí, Wellington Dias (PT), o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, se comprometeu a enviar a carta ao presidente Joe Biden no âmbito da Cúpula Mundial do Clima. Da Agência Brasil.

Joe Biden fala sobre os resultados das eleições, ao lado da candidata à vice-presidência Kamala Harris em Wilmington, Delaware, EUA
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O candidato democrata Joe Biden será o novo presidente dos Estados Unidos, segundo cálculos de meios de comunicação norte-americanos, depois de ter conseguido os 20 votos do  estado da Pensilvânia. Dados da agência Reuters apontam que o democrata tem, até agora, 273 delegados, enquanto o republicano Donald Trump conquistou 214.

Joe Biden foi vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Barak Obama e será o presidente mais velho a assumir a Casa Branca, aos 78 anos. Com a vitória de Biden, Kamala Harris será a primeira mulher negra a tornar-se vice-presidente dos EUA. A população votou até última a terça-feira (3). A contagem de votos ainda não foi finalizada e pode ser contestada por ações judiciais, mas não deverá ocorrer reviravolta.