Isaquias Queiroz herda vaga para Jogos Olímpicos de Paris || Fabio Canhete/ Canoagem Brasileira
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O maior canoísta brasileiro da história não conseguiu repetir o excelente desempenho dos últimos anos e pouco não saiu do Campeonato Mundial de Velocidade, em Duisburg, na Alemanha, sem a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.  Isaquias Queiroz terminou a competição na sexta colocação do C1 1.000 m, um posto fora da classificação para os jogos na França.

O baiano, de Ubaitaba, viu sua sorte mudar com o desempenho de um concorrente. O tcheco Martin Fuksa obteve a vaga no C1 1.000 m e também no C2 500m. Como cada atleta só pode conquistar uma vaga para os Jogos de Paris, Isaquias Queiroz, na condição de melhor ranqueado, seguirá para disputar para as Olimpíadas.

O canoísta admitiu que fez uma preparação ruim para o Mundial de Canoagem e espera recuperar a boa forma para aumentar a coleção de medalhas. “Foi um ano diferente para mim, dei uma diminuída no meu ritmo. Eu preferi diminuir um pouco o treinamento. Comecei a treinar forte em maio. Eu estava treinando na Bahia, em Ilhéus, estava muito ruim. Eu vim para buscar a vaga. Para Paris, sim, vou fazer um treinamento bem intenso. Paris é o que eu mais almejo agora”, disse.

Isaquias Queiroz é dono de uma medalha de ouro, duas pratas e um bronze em Jogos Olímpicos. No Campeonato Mundial de Velocidade, em Duisburg, ele também competiu em dupla com Jacky Godmann no C2 M500m, mas não obtiveram bom desempenho.

Em mundiais, o canoísta Isaquias Queiroz tem 14 medalhas (são sete de ouro, uma de prata e seis de bronze). A primeira medalha foi, exatamente, em Duisburg, há 10 anos. Em 2013, na Alemanha, ele ganhou o ouro no C1 500m e o bronze no C1 1.000m.

Baiana Ana Marcela é ouro nos jogos olímpicos em Tóquio || Foto Jonne Roriz/COB
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A baiana Ana Marcela Cunha conquistou o ouro na maratona aquática feminina, em Tóquio, nesta noite de terça (3) no Brasil, manhã de quarta (4) na cidade japonesa, na prova dos 10 km. A brasileira disparou na reta final e fechou a prova com tempo de 1h59min30s8.

Logo após garantir o ouro e deixar as águas da Odaiba Marina Park, no Japão, Ana Marcela deixou o seu recado, quando lembrou o início das suas participações em jogos olímpicos desde 2008:

–  [Houve] amadurecimento muito grande para chegar até aqui. Acreditem nos seus sonhos. Quero muito agradecer ao meu clube, aos meus pais, à namorada. Acredito e acreditei nisso. Sonhava muito com medalha olímpica. Quero dizer que todos os brasileiros que ganharam medalha até agora foi incentivo muito grande… Deixei escapar [a medalha] algumas vezes e hoje fui campeã olímpica – disse ela em entrevista ao Sportv.

Keno Marley avança às quartas de final na categoria meio-pesado || Foto COI/Divulgação
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O baiano Keno Marley derrotou o chinês Daxiang Cheng, nesta quarta-feira (28), em Tóquio. A vitória  garantiu a  presença do atleta brasileiro nas quartas de final da categoria meio-pesado (até 81 quilos) no boxe dos Jogos Olímpicos.

A luta chegou a  ser paralisada no segundo round, depois que o lutador asiático sofreu um corte no supercílio direito por causa de uma cabeçada. A vitoria do baiano acabou acontecendo nos pontos. Os cinco jurados apontaram Keno como vencedor: 20 a 18 (quatro vezes) e 20 a 17.

A vitória mantém Keno na briga por uma medalha na sexta-feira (30). A próxima luta vale uma vaga na semifinal. No boxe, não há disputa de terceiro lugar e os dois atletas derrotados nas semifinais ficam com o bronze. Seu adversário será o britânico Banjamin Whittaker, atual vice-campeão europeu e terceiro no último campeonato mundial. Informações do Metro1.

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Tocha percorrerá mais de 320 cidades brasileiras a partir de maio (Foto Buda Mendes/Getty Images).
Tocha percorrerá mais de 320 cidades brasileiras a partir de maio (Foto Buda Mendes/Getty Images).

A tocha olímpica passará por Itabuna em 21 de maio, segundo roteiro divulgado ontem (24) pelo Comitê Rio 2016. A chega à Bahia será por Teixeira de Freitas, no dia 19 de maio, permanecendo no estado até o dia 27 do mesmo mês. Os jogos no Rio começam em 5 de agosto.

A tocha percorre longo caminho até chegar ao país onde ocorrerá as olimpíadas, fazendo escala de divulgação antes do evento começar. O início do revezamento no país será no dia 3 de maio e, até a chegada da chama ao Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos 2016, percorrerá 329 cidades em 95 dias, mostrando a diversidade nacional. Cerca de 12 mil pessoas vão poder conduzir a tocha neste período.

No extremo-sul baiano, o roteiro da tocha olímpica inclui cidades como Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e Eunápolis. No sudoeste, haverá pernoite em Vitória da Conquista, escolhida como cidade-celebração.

Na Região Cacaueira, o pernoite será em Ilhéus, no dia 21. O litoral baiano faz parte do percurso do símbolo olímpico. Além de Ilhéus, Porto e Cabrália, haverá passagens por Valença e Morro de São Paulo (Cairu), por exemplo, além da capital Salvador. A chama olímpica também passará pela Chapada Diamantina, Feira de Santana, Juazeiro e Paulo Afonso.

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Joaquim Cruz, medalhista de ouro em Los Angeles.

Segunda-feira pós-Olimpíadas de Londres e a mídia volta os olhos para os resultados obtidos pela delegação brasileira na Europa (ficamos em 22º no ranking, com 3 medalhas de ouro, 5 de prata e 9 de bronze) e as perspectivas para 2016, quando os Jogos Olímpicos serão realizados no Rio de Janeiro. Por isso, vale dar uma lida na entrevista concedida pelo ex-atleta Joaquim Cruz ao suplemento Aliás, d´O Estadão. Publicamos trecho e o link para a leitura na íntegra.

Estadão – Voltando às ambições brasileiras: como é que se forja uma potência olímpica?

Joaquim Cruz – Certamente não é em quatro anos. Tem que dar oportunidade para o garoto praticar esporte na escola, na comunidade dele, e dali você tira os fora de série capazes de competir em alto nível. Qual é nossa realidade hoje? Trinta por cento das escolas públicas brasileiras não têm espaço adequado à prática esportiva. Não estou falando de quadras poliesportivas. Não existe espaço nenhum, nada. São dados de uma pesquisa encomendada pela organização Atletas Pela Cidadania, da qual faço parte junto com Raí, Ana Moser, Magic Paula e uma porção de atletas preocupados com o futuro do País. Hoje acontece o seguinte: o garoto pobre brasileiro vê os grandes heróis olímpicos pela TV, se empolga e sente vontade de imitá-los. Quer correr, nadar, jogar tênis, saltar. Ok, ótimo! Mas onde ele vai praticar? Em clubes? Esquece, a família dele não tem dinheiro para pagar a mensalidade. Quando eu ganhei a medalha de ouro em Los Angeles, meu irmão e meu primo ficaram tão entusiasmados que decidiram correr também. Começaram a correr na rua mesmo, sozinhos, sem instrução, já que não tinha outro jeito. Durou dois dias o entusiasmo deles. E talvez nós tenhamos perdido duas medalhas olímpicas, vai saber… Isso faz quase 30 anos e continua do mesmo jeito. O poder público não pode sonegar essa oportunidade ao garoto. Tem o dever de proporcionar a chance de ele manter o entusiasmo, a chama. E é a escola pública que pode fazer isso, não o clube. Do clube saem os atletas cujas famílias podem bancar o início da jornada dele.

Confira a íntegra da entrevista clicando aqui.