Ministro Ricardo Lewandowski cobra explicações de laboratório
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a União Química Farmacêutica se manifeste, em até cinco dias, sobre as informações prestadas ao STF pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação ao pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V.

A empresa é patrocinadora, representante legal e parceira do Instituto de Pesquisas Gamaleya, da Rússia, para o desenvolvimento e a produção do imunizante no Brasil.

A determinação do ministro foi feita nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade , em que o governo da Bahia pede que o STF declare inconstitucionais dispositivos da Medida Provisória 1.026/2021 que criam restrições para a importação e a distribuição de vacinas contra a Covid-19 ainda não registradas pela Anvisa.

De acordo com o ministro Ricardo Lewandowski, a União Química Farmacêutica, localizada em Embu-Guaçu (SP), deverá detalhar as providências já empreendidas, as exigências técnicas pendentes de cumprimento e o tempo e a forma como pretende atendê-las.

CAPACIDADE DE PRODUÇÃO

Lewandowski também quer saber qual a capacidade de produção da Sputnik V no Brasil ou se a empresa vai importá-la da Rússia, caso obtenha a autorização emergencial da Anvisa, de maneira a possibilitar sua eventual utilização na campanha nacional de vacinação em curso. A farmacêutica deverá discriminar quantidades e prazos de entrega.

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Laboratório de micropropagação vegetal agora é 100% estéril || Foto Mariana Ferreira

Considerado um dos maiores da América Latina, o Laboratório de Micropropagação Vegetal da Biofábrica de Cacau, no sul da Bahia, passa por constantes melhorias em sua estrutura. Agora, o ambiente, que antes era 85% estéril, passou a ser 100% livre de contaminação por fungos e bactérias com a troca de pré-filtros e câmaras de fluxo laminar. O investimento foi feito em parceria com o Governo da Bahia e custou R$ 70 mil.
Na sala de pressão positiva foi feita a troca de 12 pré-filtros para aprimorar a medição de cada equipamento, aumentando a retenção de micropartículas. De acordo com o coordenador do laboratório, Hepitágoras Gonçalves, a mudança permite anular o nível de perdas de mudas por contaminação, antes registrado em 15%.
Os pré-filtros são responsáveis por filtrar o ar do ambiente externo, reduzindo sua quantidade para 30%. “Esse percentual que adentra o laboratório circula 44 vezes por hora – limite seguro de utilização do mesmo ar, sendo renovado a cada hora”, explica o coordenador.
Ainda segundo Hepitágoras, também foi feita renovação de 13 câmaras de fluxo laminar, que asseguram o padrão de fluxo de ar que se movimenta em sentido unidirecional, numa velocidade constante – composição necessária para manter o ambiente 100% estéril, similar a uma unidade hospitalar. “Com a validação, estamos tornando o ambiente ainda mais eficiente e reduzindo a contaminação na produção”, conclui o coordenador do laboratório.

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Comparação entre a quantidade de sal permitida pela legislação (à esquerda) e a encontrada na água da Emasa
Comparação entre a quantidade de sal permitida pela legislação (à esquerda) e a encontrada na água da Emasa

A própria Emasa reconhece que a água distribuída hoje aos itabunenses não é adequada ao consumo humano, mas a população provavelmente se assustará ao saber exatamente qual o teor de sal encontrado no produto fornecido pela empresa municipal de abastecimento.

Uma análise feita pelo Centro de Investigação, Diagnóstico e Controle de Qualidade (Ceniq), sob a coordenação do biomédico João Haun, demonstrou que a água da Emasa tem nada menos que 32 vezes mais sal que o permitido pela legislação. Em uma amostra de um litro, o laboratório encontrou 8 gramas de cloreto de sódio, quando o máximo aceito pela Anvisa para classificar a água como potável é de 250 miligramas (ou seja, 1/4 de grama) por litro.

O excesso de sal torna essa água absolutamente imprópria para a ingestão, devendo ser evitado seu uso inclusive no preparo de alimentos. O consumo exagerado de cloreto de sódio pode levar a problemas renais e elevar a pressão arterial.

O Ceniq é especializado em análise de água e alimentos, e atende empresas que necessitam aferir seus produtos para fins de controle de qualidade. Além do teor de cloreto, o laboratório coletou amostras para outras verificações relativas à potabilidade da água fornecida pela Emasa.

Com a estiagem, a empresa de abastecimento passou a captar água principalmente na região de Castelo Novo, onde o Rio Almada sofre influência das marés, daí a elevada quantidade de sal encontrada. Desde o último final de semana, a Defesa Civil de Itabuna passou a trazer água de Ubaitaba e São José da Vitória, utilizando 30 caminhões-pipa.