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A Fiocruz Bahia e o Ministério da Saúde lançaram, na última quinta-feira (13), projeto para avaliar a implantação de teste rápido para diagnóstico de leptospirose. O projeto tem como objetivo verificar a efetividade do TR DPP® Leptospirose para auxílio na conduta diagnóstica e manejo clínico da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os resultados do teste serão comparados com os demais métodos já existentes na rede.

O teste identifica, em sangue total, soro ou plasma, anticorpos para a leptospirose, apresentando resultado em até 20 minutos. É uma ferramenta de fácil uso para diagnóstico em campo ou laboratório, com a vantagem de ser uma opção portátil, simples e rápida. O teste foi desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz Bahia a partir da parceria com Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz nacional. Os primeiros testes com o kit já foram realizados em Salvador.

O projeto deverá contar com participantes de todas as regiões do país. A região Sudeste foi sugerida para iniciar o projeto devido às chuvas acentuadas que vêm atingindo Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. As  inundações favorecem a ocorrência de casos de leptospirose. Uma das formas de transmissão da doença é o contato com a água contaminada por urina de animais infectados. Posteriormente, as demais regiões serão contempladas pelo projeto.

O kit de diagnóstico será usado em ambiente hospitalar, para auxiliar e dar oportunidade ao tratamento específico da doença. A partir de sua disponibilização, os médicos terão em mãos mais um subsídio para iniciarem o tratamento, mesmo sem confirmação diagnóstica laboratorial em padrão ouro, que pode demorar cerca de um mês, fortalecendo a conduta clínica e reduzindo as chances do paciente evoluir com gravidade e possivelmente ao óbito.

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"Tonho" não resistiu e faleceu no Calixto (Foto Reprodução).

Faleceu, há pouco, o servidor público Dermival Campos, “Tonho Careca”. Ele estava internado há quatro dias na UTI do Hospital Calixto Midlej, vítima de leptospirose (relembre o caso).

A doença transmitida pela urina do rato foi contraída por Dermival, no prédio onde funcionam a Central de Regulação do SUS e a unidade de referência em DST e Aids, Júlio Brito, no centro de Itabuna.

O prédio sofre com os constantens alagamentos em épocas de chuva e funcionários colocaram até ratoeiras, tal a infestação do roedor na unidade de saúde. A família do funcionário público morto se queixa da falta de atenção do município, principalmente da Secretaria de Saúde, e anuncia que vai ingressar com notícia-crime.

Na última sexta-feira, o secretário Antônio Vieira tentou rebater informação de que Dermival teria sido contaminado na central de regulação. Foi durante entrevista ao programa Alerta Total, da TV Cabrália. Estava, visivelmente, nervoso.

Dermival deu entrada no Hospital São Lucas ainda na quinta-feira. À noite, foi transferido para a UTI do Calixto Midlej, quando os médicos constataram que os rins do paciente pararam de funcionar. A família ainda tinha esperança de que Dermival sobrevivesse.

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Unidade onde o servidor contraiu a leptospirose.

O funcionário público Dermival Campos Silva, “Tonho Careca”, está internado na UTI do Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna. Ele contraiu leptospirose enquanto fazia a limpeza do prédio onde funciona a central de regulação e a unidade DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde, na avenida Inácio Tosta Filho, centro.

Tonho Careca passou mal. Levado para o Hospital São Lucas, teve de ser transferido ainda ontem à noite para a UTI do Calixto Midlej Filho. De acordo com diagnóstico médico, os rins de Tonho “trancaram”. Um boletim com a situação do paciente deve ser liberado às 14h.

De acordo com familiares, Tonho Careca desempenhava suas funções sem equipamento de proteção, pois não são fornecidos pela secretaria. No prédio da regulação, afirmam funcionários, ocorrem constantes infiltrações e alagamentos, além da presença de ratos (transmissores da leptospirose). A família se queixa da falta de atenção da prefeitura de Itabuna.

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Itabuna viveu uma epidemia de dengue, com mais de 15.946 casos registrados e nove mortes, em 2009. A cidade também registrou sete mortes por leptospirose, só que o número de casos dessa doença foi quase mil vezes menor que o da dengue – apenas 17 casos.

A prefeitura resolveu fazer a distribuição de mil quilos de iscas para captura de ratos, começando por prédios públicos, a exemplo do Complexo Policial e escolas, e estendeu as armadilhas para terrenos baldios. A tentativa é controlar o número de vetores – a leptospirose é transmitida pela urina de ratazanas.

Tudo muito bom, mas a turma da isca de rato não deve esquecer que uma ação simples também ajuda, e muito, nesse controle: a limpeza de bueiros. O período de fortes chuvas já se anuncia, e com ele também a temporada de alagamentos. E é aí onde reside o maior perigo.

Bastaria fazer a coisa mais simples agora – já deveria ter sido providenciada, aliás – para não ter que correr atrás do prejuízo – e dos ratos – depois.