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A produção do programa CQC, da Band, resolveu testar a honestidade de gestores públicos em Barueri ao fazer a doação de um aparelho de TV de plasma com localizador (GPS) dentro dela. O aparelho foi entregue à Secretaria de Educação, comandada por Celso Furlan, irmão do prefeito.

O aparelho deveria ir para uma escola da rede municipal, Tarso de Castro. Descobriu-se que o seu destino foi outro: a casa de uma funcionária do colégio. Traduzindo: o televisor foi roubado! Ninguém imaginava que ali houvesse um dispositivo para ‘dedurar’ a funcionária espertinha. Depois do vexame, ela pediu demissão.

A sequência de vídeos é, como diria Marcelo Tas, didática. Tão vergonhosa que o prefeito do município, Rubens Furlan (PMDB), entrou com ação na Justiça para que o quadro Proteste Já não fosse veiculado. E chama os apresentadores do CQC de “babacas”. Babaca é o povo, prefeito!

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Sena exige homenagem ao jornalista Leal.
Sena exige homenagem ao jornalista Leal.

Luís Sena, ex-vereador de Itabuna, toca num ponto que passa despercebido para muitos. Ligado aos movimentos sociais e hoje na vice-presidência do PCdoB local, ele cobra do governo municipal que coloque a placa oficial com a denominação da praça Manoel Leal (antiga Getúlio Vargas), no centro.

Sena foi autor da lei que modificou o nome da praça, em homenagem ao jornalista assassinado no dia 14 de janeiro de 1998. “Está na hora do prefeito Azevedo mostrar que é diferente”, cobra.

E o ex-vereador lembra do atual momento em que organismos internacionais e o estado reconhecem as falhas dos órgãos de segurança pública na garantia à vida e à  liberdade de expressão na Bahia.

Sena explica que o ex-prefeito Fernando Gomes fez questão de descumprir a lei municipal. “A Câmara de Vereadores aprovou e o prefeito não sancionou. O legislativo teve que promulgá-lo para que se tornasse lei. A colocação da placa oficial por parte do governo, mostraria que Azevedo é diferente do antecessor”, explica.

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Passados 11 anos da morte de Leal, mandantes gozam de impunidade.
CASO LEAL: mandantes de crime gozam de impunidade.

Atendendo a instruções do Comitê Interamericano de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), o governo do estado promove um ato de reparação à morte de Manoel Leal, jornalista sul-baiano assassinado em 14 de janeiro de 1998, numa emboscada na porta de casa, em Itabuna. O ato de reparação acontecerá às 8h30min da próxima segunda-feira, 21, no Hotel Pestana, em Salvador.

Como lembra o jornalista Marcel Leal, filho de Manoel, “esta é a primeira vez que um estado aceita decisão do Comitê Interamericano de Direitos Humanos da OEA, de reparar a morte de um jornalista por não garantir sua segurança e a liberdade de expressão”.

Leal foi assassinado há 11 anos. Até hoje, apenas um funcionário da Secretaria de Segurança Pública, o Mozart Brazil, foi preso, julgado e condenado pelo envolvimento com o crime. Mozart, no entanto, goza de facilidades e até já saiu da prisão pela porta da frente. Outro julgado foi o ex-presidiário Marcone Sarmento, absolvido em júri composto por parentes do ex-prefeito Fernando Gomes e funcionários da prefeitura de Itabuna.

Leal morreu ao descer do carro para abrir o portão do sítio onde residia, no bairro Jardim Primavera, no dia 14 de janeiro de 1998, por volta das 8h da noite. Ele foi abordado por homens numa picape Silverado, que dispararam diversos tiros. Seis deles atingiram o corpo do jornalista.

Passados 11 anos do crime, nenhum dos mandantes foi preso. Da lista de suspeitos, chegaram a constar os nomes do ex-prefeito Fernando Gomes, da ex-secretária de Governo, Maria Alice Pereira Araújo, e do delegado Gilson Prata. O crime foi mal investigado e facilitou absolvições ou dificultou que se chegasse aos reais autores intelectuais da emboscada fatal.

Jornalista combativo, Leal quedou após série de denúncias no Jornal A Região contra a gestão do então prefeito Fernando Gomes. Leal era proprietário do semanário, hoje dirigido pelo filho, Marcel Leal. Dentre as denúncias contra o prefeito, o caso rumoroso de pagamento de diárias para o delegado Gilson Prata investigar um suposto esquema de desvio no setor de arrecadação da prefeitura de Itabuna. Gilson foi acusado de montar ‘polícia política’ à época. Os alvos eram inimigos políticos do prefeito.