O PMDB não vai apoiar em Azevedo e, muito menos, Geraldo.
O assunto mais enigmático da sucessão do prefeito Azevedo é, sem dúvida, o que envolve o PCdoB, PMDB e o PT, com Davidson Magalhães, Geddel Vieira Lima e Geraldo Simões.
Cito Davidson, deixando de lado Luís Sena e Wenceslau Júnior, também prefeituráveis pela legenda comunista, porque é o nome da preferência não só de Geddel como de Lúcio Vieira, presidente estadual do PMDB.
Não sei a opinião do médico Renato Costa sobre os três pré-candidatos do PCdoB. A impressão que fica é que Renato, que preside o diretório local, evita falar sobre a “disputa”.
A possibilidade do PMDB apoiar o vereador Wenceslau é muito pequena. Em relação a Sena, é quase nula. Os senistas, obviamente os mais lúcidos, sabem que não existe sequer resquício de esperança.
Davidson é considerado o mais preparado. O que pode deslanchar durante a campanha. Sobre Sena, pesa o fato de ter sido o vice da petista Juçara Feitosa na última sucessão municipal.
Difícil mesmo é o peemedebismo se coligar com o PT, com o ex-ministro Geddel de mãos dadas com Geraldo Simões, tendo as companhias dos ex-prefeitos Ubaldo Dantas e Fernando Gomes.
Na bela festa de aniversário de 30 anos do jornal Agora, Geddel disse ao jornalista Paulo Lima que o PMDB não vai apoiar “nem Azevedo e, muito menos, Geraldo Simões”.
Em termos percentuais, diria que uma coligação PCdoB-PMDB, com Davidson Magalhães encabeçando a chapa, tem 50% para acontecer. Uma candidatura própria com Ubaldo Dantas, 30%. Com o vereador Wenceslau ou Sena, 15%.
Como o processo é político, e os próprios políticos costumam dizer que na política tudo é possível, os 5% restantes ficam por conta de um palanque com Geddel, Geraldo Simões, Renato Costa, Ubaldo Dantas e Fernando Gomes.
Os apupos, em decorrência da estranha e inusitada aliança, serão inevitáveis. Desta vez, Geddel pode ficar tranquilo: as vaias serão democraticamente distribuídas.
A VEZ DOS MÚSICOS
A candidatura a vereador do conhecidíssimo Kokó do Lordão, pelo Partido dos Trabalhadores, pode incentivar a entrada de outros músicos na política.
O mesmo aconteceu com os militares. Temos hoje, democraticamente eleitos, uma enxurrada deles na vida pública: Capitão Azevedo (prefeito de Itabuna) e o coronel Santana (deputado estadual) são dois exemplos do sul da Bahia.
Sem falar no ex-deputado Capitão Fábio Santana e no major Serpa, convidado a se filiar no PSB para ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Geraldo Simões (PT).
A previsão de votos para Kokó é de mais de dois mil. Como o PT caminha para eleger dois vereadores, o ceplaqueano Emanoel Acilino pode sobrar. A outra vaga seria de Vane do Renascer (reeleição).
Marco Wense é articulista da Contudo.