Autoridades durante o lançamento das obras do trecho final da Fiol, em Uruçuca || Foto Bamin
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Empresas do sul da Bahia fornecedoras de produtos e serviços ao consórcio responsável pela construção do trecho final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) decidiram suspender atendimento. Alegam que o TCR 10, o consórcio formado pela brasileira Tiisa e a chinesa Crec 10, não tem honrado prazos estipulados em contrato e atrasado pagamentos. 

O Consórcio TCR 10 foi contratado pela Bahia Mineração (Bamin) para a execução do trecho final da Ferrovia Oeste Leste, de Aiquara a Ilhéus. As obras deste trecho foram iniciadas em julho em solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da Bamin, Eduardo Ledsham, e da ERG, Benedikt Sobotka,

De acordo com dirigentes de empresas ouvidas pelo site, os prazos foram desrespeitados e a alegação a todos é quase sempre de que os atrasos decorrem de lentidão nos procedimentos de uma das empresas, a Crec 10. “Os atrasos no pagamento ocorrem em toda a cadeia e afeta a economia regional”, disse um dos empresários prejudicados que apresentou notas em nome do consórcio e contratos que não teriam sido honrados pela Tiisa e a Crec 10.

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O Brasil deseja e precisa de união e reconstrução. Para que isso seja conquistado, um bom começo é seguir o que diz o nosso hino: nunca mais o despotismo regerá nossas ações.

 

André Curvello

Por uma bela obra do acaso, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou inelegível por oito anos o ex-presidente da República aconteceu poucos dias antes da comemoração dos 200 anos do evento histórico que consolidou a independência do Brasil.

Coincidência ou não, havia um clima diferente nos festejos de ontem, desde o Largo da Lapinha e por todo o trajeto do cortejo do 2 de Julho. As pessoas não disfarçavam sua felicidade, sua euforia, como se estivessem também celebrando os novos tempos do nosso país.

Tradicionalmente, o desfile da independência baiana é uma mostra de que a identidade nacional tem sido construída diariamente por mulheres, homens, jovens, pessoas mais experientes, negras e negros, povos tradicionais, e por todos aqueles que acreditam na democracia e defendem os direitos humanos.

Mais uma vez, as pessoas se manifestaram contra ou a favor desse ou daquele governo, e adversários políticos conviveram respeitosamente. Tudo com muita liberdade e democracia, como deve ser.

Havia um certo sentimento coletivo de rompimento com o passado recente. A forma calorosa com que o presidente Lula foi recepcionado foi uma grande prova disso. Por sinal, sua participação no desfile pela segunda vez é um sinal do seu carinho pela Bahia e uma forma de expressar sua gratidão aos eleitores e eleitoras.

O Brasil deseja e precisa de união e reconstrução. Para que isso seja conquistado, um bom começo é seguir o que diz o nosso hino: nunca mais o despotismo regerá nossas ações.

André Curvello é jornalista e secretário de Comunicação da Bahia.

Edição especial comemora os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia || Reprodução
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Uma edição especial do Diário Oficial do Estado foi publicada, neste domingo, 2 de Julho, para comemorar os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia. A edição traz sete artigos inéditos abordando a importância história do bicentenário da data maior do estado.

Segundo o governo baiano, a publicação extraordinária integra o Plano de Ações do Governo do Estado da Bahia em celebração ao Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. Os textos são assinados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo do governador Jerônimo Rodrigues, e pelos secretários estaduais Bruno Monteiro (Cultura), Adélia Pinheiro (Educação) e Felipe Freitas (Justiça e Direitos Humanos). Há ainda artigos assinados pelo presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Ernesto Marques, e pela mestre em História pela UFRB, Tamires Costa.

Com o título A importância do Dois de Julho de 1823 para a Independência do Brasil, o presidente Lula reafirma a necessidade deste dia histórico ser recuperado como data nacional. “É uma data que devia ser mais conhecida e celebrada em todo o país, pelo inegável significado histórico na construção do Brasil como nação soberana. E lembrado sempre também porque é resultado da mobilização popular, de uma luta que é contínua”, ressalta. O presidente participa na manhã deste domingo (2) das celebrações pelo Bicentenário, percorrendo o tradicional cortejo do 2 de Julho, até o Pelourinho.

O governador Jerônimo Rodrigues, em seu texto, reforça a expressiva participação popular nas lutas por igualdade, justiça e liberdade, e a importância de se preservar a história e a memória da Independência do Brasil na Bahia na reafirmação da democracia no país. “Com a otimista expectativa de que este Diário possa contribuir para afirmar, ou mesmo fazer germinar, as bases cognitivas e afetivas de um sentimento de nação que tenha o povo em seu centro”, destaca o governador.

A perspectiva cultura da luta heroica é o ponto de partida do texto do secretário de cultura Bruno Monteiro, que ressalta a série de ações e marcos culturais que o Governo do Estado programou para ressignificar o sentido de emancipação política do país, sendo uma delas a publicação extraordinária do Diário Oficial. A Secretaria de Cultura da Bahia(Secult-BA) é a coordenadora do Plano de Ações do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia pelo Governo do Estado. A edição especial do Diário Oficial do Estado da Bahia já está disponível para consulta no site do DOOL.

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O novo valor do salário mínimo nacional entrou em vigor nesta segunda-feira (1º). A remuneração mensal passou de R$ 1.302 para R$ 1.320. A medida provisória com o aumento foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

O valor de R$ 1.320 originalmente estava previsto no Orçamento Geral da União de 2023. No entanto, foi adiado em quatro meses porque o salário mínimo neste valor não permitiria pagar os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante todo o ano.

O aumento para R$ 1.320 ficou em discussão porque os R$ 6,8 bilhões destinados pela Emenda Constitucional da Transição se mostraram insuficientes para bancar o aumento dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atrelados ao salário mínimo. Isso porque a forte concessão de aposentadorias e pensões no segundo semestre do ano passado criou impacto maior que o estimado para os gastos do INSS neste ano.

De acordo com o Ministério da Fazenda, além dos R$ 6,8 bilhões, o governo precisaria de R$ 7,7 bilhões para bancar o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 ainda em janeiro. Inicialmente, a equipe econômica queria adiar o reajuste para 2024, mas o governo conseguiu encontrar recursos para o novo aumento do mínimo. O dinheiro veio do recadastramento do Bolsa Família, que eliminou 1,2 milhão de beneficiários em situação irregular apenas em abril.

“O relator [do Orçamento], depois que o projeto foi encaminhado ao governo federal, reforçou o orçamento do Ministério da Previdência em R$ 6,8 bilhões. Só que esse recurso foi consumido pelo andar da fila do INSS [redução da fila de pedidos]. A partir do início do processo eleitoral, a fila começou a andar”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em janeiro.

Segundo o ministro, a aceleração da inclusão de aposentadorias e pensões consumiu os R$ 6,8 bilhões. “Pedimos para a Previdência refazer os cálculos, para repassar na mesa de negociação que será aberta com os sindicatos. O presidente cumpre a palavra este mês e cumprirá a palavra este ano [sobre a valorização do salário mínimo acima da inflação]”, acrescentou o ministro na ocasião.

PROJETO

Após os dois reajustes deste ano, um em janeiro e outro agora em maio, o governo busca discutir uma política de valorização permanente do salário mínimo a partir de 2024. Na última sexta-feira (28), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, informou que o governo em breve enviará um projeto de lei que retoma a fórmula que vigorou de 2012 até 2019.

Pela política anterior, o salário mínimo era corrigido pela inflação do ano anterior, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Caso o PIB encolha, haverá apenas a reposição pela inflação. O Ministério da Fazenda defendia outra fórmula, que incluiria a variação do PIB per capita e teria impacto menor no Orçamento, mas foi vencido.

Governo quer atrair R$ 120 bilhões para saneamento básico || Foto Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina, nesta quarta-feira (5), em cerimônia no Palácio do Planalto, dois decretos que regulamentam o setor de saneamento do país. O objetivo é destravar e atrair R$ 120 bilhões em investimentos públicos e privados para universalizar os serviços de água e esgoto até 2033.

Os decretos regulamentam a Lei 11.445/2007, alterada pela Lei 14.026/2020, que define as diretrizes para o saneamento no país. A norma estabelece que os serviços devem garantir abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente.

Entre as mudanças está o fim do limite de 25% para a realização de Parcerias Público-Privadas (PPP) pelos estados. “Com isso, busca-se ampliar a participação da iniciativa privada e atrair novos investimentos para o setor”, explicou a Presidência, em comunicado.

Segundo o governo, a medida vai beneficiar 29,8 milhões de habitantes, que residem em 1.113 municípios. Pelas regras atuais, esses municípios tiveram seus contratos com os prestadores estaduais declarados irregulares e, portanto, não poderiam contar com verbas federais para buscar a universalização.

“Os ajustes trazidos pelos novos decretos permitirão que 1.113 municípios voltem a acessar recursos de saneamento básico do governo federal para que cumpram a meta de universalização, dando nova oportunidade para que empresas estaduais possam comprovar sua capacidade econômico-financeira de realizar os investimentos”, diz o comunicado.

FISCALIZAÇÃO RIGOROSA

O governo ressalta que todos os processos de comprovação e regularização terão uma “rigorosa fiscalização”. “As agências reguladoras vão acompanhar o cumprimento das metas com transparência. Os que não cumprirem as metas serão impedidos de receber recursos públicos”, destacou o comunicado.

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João Jorge vai chefiar Fundação Palmares || Foto Divulgação
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O presidente e um dos fundadores do bloco afro Olodum, João Jorge Rodrigues, foi anunciado nesta quinta-feira (22) como o próximo presidente da Fundação Cultural Palmares, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O convite partiu da cantora Margareth Menezes, futura ministra da Cultura da nova gestão

“Convidei, e ele já aceitou, o João Jorge, presidente do bloco Olodum, um dos fundadores do bloco Olodum, para fazer o resgate da Fundação Palmares”, afirmou Menezes a jornalistas na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. A futura ministra criticou a gestão da autarquia federal ao longo dos últimos anos. “A Fundação Palmares foi completamente depredada, fisicamente e também na sua estrutura interna”, acrescentou.

Fundada em 1988, com inspiração na própria Constituição Federal, a Fundação Cultural Palmares foi o primeiro órgão federal criado para promover, preservar e disseminar a cultura afro-brasileira. Por mais de três décadas, esteve vinculada ao Ministério da Cultura, mas com a extinção da pasta, em 2019, passou a estar subordinada ao Ministério do Turismo. Com a recriação do Ministério da Cultura, a Palmares volta à sua vinculação institucional original.

Além de produtor cultural, João Jorge é advogado e mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Ele também foi integrante do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), até 2016, quando o colegiado foi extinto.

Nos últimos anos, a Fundação Palmares foi alvo de polêmicas porque o seu então presidente, o jornalista Sérgio Camargo, que ficou no cargo até o início deste ano, era crítico do próprio Zumbi dos Palmares, herói nacional que dá nome à instituição, além de ter proferido declarações contra o movimento negro e contra o Dia da Consciência Negra. Da Agência Brasil.

Rosemberg Pinto foi autor da proposta da comenda para Alexandre de Moraes, que aparece no destaque
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A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovou a concessão da Comenda 2 de Julho ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. A votação ocorreu nesta terça-feira (13). A honraria foi proposta pelo líder do Governo Rui Costa na Alba, Rosemberg Pinto (PT).

Ao defender a concessão da comenda ao ministro do STF e presidente do TSE, Rosemberg argumentou que Alexandre de Moraes demonstrou “ímpeto para fazer valer a realização do processo eleitoral e a confiabilidade nas urnas eletrônicas, essenciais à democracia”, agindo com obediência “à Constituição e em enfrentamento a atos antidemocráticos e fake news“. O parlamentar ainda acrescentou que, durante a pandemia, Moraes, “junto ao STF assegurar aos governos estaduais e municipais competência para adoção ou manutenção de medidas restritivas durante a pandemia, decisão que salvou milhares de vidas”.

ADMIRAÇÃO E RESPEITO

Rosemberg cita no projeto que “o Ministro Alexandre de Moraes tem recebido, com todo o mérito, a admiração e o respeito do povo brasileiro, bem como despertado a ira e o temor daqueles que insistem em afrontar as instituições democráticas”.

A Comenda será entregue em Sessão Especial da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, em data a ser estabelecida pela Mesa Diretora. O aval para outorga da maior honraria do Legislativo baiano ao jurista ocorreu na mesma semana da diplomação do presidente e vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Geraldo Alckmin (PSB, respectivamente. O evento, desta segunda-feira (12), marcou o final do processo eleitoral e antecede a posse, marcada para dia 1º de janeiro.

Augusto Castro ao lado do governador Rui Costa, que será ministro da Casa Civil
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A escolha do nome de Rui Costa, governador da Bahia até 31 de dezembro, para o comando da Casa Civil do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi comemorada pelo prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD).

“O Brasil ganha com Rui Costa à frente da Casa Civil e a Bahia estará bem representada e tende a ganhar muito mais. Além de um excepcional gestor, é um político habilidoso e muito agregador. Estou muito feliz com a indicação de seu nome. Desejo muito sucesso para ele nesse novo desafio”, comemorou o prefeito Augusto Castro.

À Casa Civil da Presidência da República compete assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições, especialmente na gestão dos órgãos e entidades da Administração Pública federal, e na coordenação, integração, monitoramento e avaliação das ações governamentais.

Rui Costa deixa a chefia do governo baiano no dia 1º de janeiro, depois de oito anos à frente do Poder Executivo da Bahia, quando passa o comando do Estado para o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT).

Lula discursa na COP-27 || Foto Ricardo Stuckert
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Logo após o resultado da eleição brasileira, o presidente do Egito, Abdel Fattah El Sisi, felicitou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o convidou para a Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP-27), realizada no mês passado no país africano. A presença do petista no encontro foi uma amostra da diplomacia presidencial do Brasil a partir de 2023, observa o cientista político Henrique Campos de Oliveira, em conversa com o PIMENTA.

Segundo ele, a grande capacidade de gerar consenso político é marca do petista e uma demanda das realidades nacional e global. “Lula volta à cena num contexto delicadíssimo da geopolítica. Resolvendo questões domésticas e internacionais, ele caminha para a Secretaria-Geral da ONU e o Nobel da Paz. Isso está sendo costurado por um movimento de aclamação internacionalista contra o fascismo. Me desculpe o eleitor do presidente Jair Bolsonaro, mas o autoritarismo de quem não respeita o voto na urna traz, em si, uma característica fascista”.

A tradição diplomática é importante ativo nacional e foi o que assegurou a soberania do país, afirma Henrique, que é professor da Universidade Salvador (Unifacs). Graças à eficiência do Itamaraty, continua, o Brasil compensou as limitações de suas Forças Armadas e de uma inserção econômica internacional baseada na exportação de produtos primários. Essa trajetória, segundo o docente, foi muito bem reconstituída pelo historiador, diplomata e ex-ministro Rubens Ricupero no livro A diplomacia na construção do Brasil, 1750-2016.

Henrique: “Lula exporta capacidade de gerar consensos”

Para Henrique Campos Oliveira, os primeiros governos Lula foram um período de projeção do país, após o processo de recredenciamento internacional iniciado pelos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “O preço elevado das commodities ajudou, mas, ao mesmo tempo, o Brasil tinha um presidente com habilidade de gerar consensos. Lula exportou isso, não ficou reduzido à governabilidade nacional. Exerceu papel de liderança na América Latina, mediava a relação tensa entre Bush e Chávez. Foi importante para o acordo nuclear dos EUA com o Irã”.

Outra missão do presidente eleito, diz Henrique, é reaproximar o Brasil do bloco que forma junto com Rússia, China, Índia e África do Sul (BRICs), exercendo protagonismo nas agendas climática e de pacificação das relações internacionais. “Lula tem a oportunidade e o desafio de ser o grande articulador da interlocução e de agendas de consenso entre os blocos ocidental e oriental, com Xi Jinping, Biden, Putin e as lideranças europeias”, conclui.

Marina Silva e Lula durante coletiva nesta segunda-feira (12)
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A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata a deputada federal Marina Silva (Rede-SP) manifestou apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, nesta segunda-feira (12), durante entrevista coletiva em São Paulo.

Marina integrou os quadros do PT por 22 anos. Deixou o partido em 2008 e foi candidata a presidente em 2010, 2014 e 2018. Hoje, ao lado de Lula, afirmou que, no plano pessoal, nunca esteve afastada do ex-presidente.

“Nosso reencontro político e programático se dá diante de um quadro grave da história política, econômica, social e ambiental do nosso país, em que nós temos uma ameaça que eu considero a ameaça das ameaças. A ameaça à nossa democracia. E sempre que a democracia é ameaçada há uma tentativa de corrosão do tecido social em todas as suas dimensões”, declarou a ex-ministra.

Lula agradeceu o apoio e enfatizou que o programa ambiental apresentado pela ex-ministra é ousado e necessário. “Quero dizer à companheira Marina que hoje é um dia histórico para o PT, é um dia histórico para a nossa candidatura. E eu acho que o mais importante é que é um dia histórico para quem sonha em fortalecer a democracia no nosso país”, acrescentou o petista.

Otto Alencar amplia vantagem na disputa ao Senado
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O senador Otto Alencar (PSD-BA) reafirmou a intenção de disputar novo mandato para o Senado e disse esperar que a unidade da base do governo Rui Costa permaneça firme em torno da pré-candidatura do senador Jaques Wagner (PT) ao Governo da Bahia.

“O PSD vai se reunir no momento certo e a indicação é a aliança com o apoio ao senador Wagner para o governo. Isso está claro. Não tem alteração nenhuma nesse sentido. Minha posição é de defesa da minha eleição pro Senado. E espero que a unidade permaneça”, declarou o parlamentar, na noite de quinta-feira (13), em entrevista ao PIMENTA.

Também ressaltou que não muda sua postura política ao sabor das circunstâncias. “Sempre serei firme, correto. Palavra dada é palavra cumprida”.

RODRIGO PACHECO, LULA E O PSD BAIANO

Testado em pesquisas sobre a eleição presidencial de 2022, o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não pontua nem anima os correligionários baianos. Ao PIMENTA, Otto Alencar disse que, em conversas com deputados, prefeitos e outros membros do PSD na Bahia, todos manifestam apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidenciável no topo das pesquisas eleitorais.

“Embora exista um pré-candidato nacional, meu prezado amigo e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quando ele se lançou, já sabia que nós tínhamos uma aliança constituída no estado da Bahia. Você não pode passar 11 anos caminhando e deixando seus passos ao lado dos seus amigos e, de repente, mudar sua posição, trajetória e, muito menos, procedimento. Não tem nenhuma mudança que possa alterar o curso dessa aliança”.

OTTO VÊ MOTIVOS PARA NOVA CPI, MAS FAZ PONDERAÇÃO A COLEGAS SENADORES

Otto Alencar também falou ao PIMENTA sobre a conversa que teve com os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Simone Tebet (MDB-MS), Leila Barros (Cidadania-DF), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES). Ocorrida de forma remota, na noite de quarta-feira (12), a reunião, conforme o senador baiano, abordou as últimas crises “fabricadas” pelo governo Bolsonaro, inclusive o barulho em torno da vacinação de crianças contra covid-19.

Randolfe propôs a coleta de assinaturas para uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com objetivo de investigar fatos que sucederam a CPI da Covid-19, como o ataque hacker contra os sistemas de informação do Ministério da Saúde. O ConectSUS, que reúne dados sobre a vacinação no país, está fora do ar desde o início de dezembro passado. A demora do restabelecimento do sistema levou o senador Omar Aziz a levantar a suspeita de autossabotagem do governo federal.

Para Otto Alencar, o ministro Marcelo Queiroga não dá resposta convincente sobre o problema. “Ele tergiversa o tempo todo, escondendo o que aconteceu. Na nossa visão, isso já era para ter sido resolvido”.

No dia 16 de dezembro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Nesta sexta-feira (14), quase um mês depois, o Brasil iniciou a vacinação da população dessa faixa etária. Otto, que é médico, alerta sobre o impacto do novo atraso. “Uma criança contaminada leva a doença para seu pai, para seu avô e, se tiver comorbidade, pode ir a óbito. Esse é um fato grave”.

A insinuação de que a Anvisa teria razões escusas para autorizar a vacinação de crianças, feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), é gravíssima e inverídica, segundo Otto Alencar. Ele comparou a tolerância às declarações de Bolsonaro à pressão por renúncia sofrida pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, após a revelação de que promovera reuniões sociais no primeiro semestre de 2021, quando esse tipo de evento estava proibido devido às medidas de restrição contra a Covid-19. “Se Bolsonaro tivesse feito 5% na Inglaterra do que ele fez no Brasil, já estava fora do poder, mas aqui se tolera tudo”.

A pane do ConectSUS, as falas de Bolsonaro contra a Anvisa e o atraso da vacinação infantil são fatos determinados que justificariam uma nova CPI, afirma Otto. No entanto, para o senador, o momento é de ponderação. Na quarta-feira, ele recomendou aos colegas que os temas sejam objeto de audiência pública com especialistas de diferentes áreas, em fevereiro, após o recesso legislativo.

O cacique do PSD baiano revela certa frustração diante da blindagem de Bolsonaro na Câmara Federal. “Nós saímos recentemente de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Então, outra Comissão Parlamentar de Inquérito? Tem fato determinado? Tem. Em qualquer país do mundo ele tava fora do poder? Tava, mas é Brasil. Ele consegue ter, dentro da Câmara dos Deputados, um grupo de deputados que representa o Centrão e tem dado sustentação [ao governo]. Todos os encaminhamentos de pedido de impeachment, de admissibilidade, não foram analisados”.

Petista também reafirmou compromisso de mudar política de preços da estatal
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta terça-feira (30) o compromisso de mudar a política de preços da Petrobras, caso dispute a Presidência da República e seja eleito em 2022.

Em 2016, a estatal adotou a política de paridade dos preços dos combustíveis com o mercado internacional. A medida impôs ao mercado interno o consumo dos derivados do petróleo precificado em dólar, com o repasse frequente das variações do valor internacional da commodity para os consumidores brasileiros.

Segundo matéria publicada pelo jornal Valor Econômico na última quinta-feira (25), o preço da gasolina acumulou alta de 48% em 12 meses. Atualmente, o preço médio do litro do combustível no país oscila em torno de R$ 6,71.

“Digo em alto e bom som: nós não vamos manter essa política de preços de aumento do gás e da gasolina que a Petrobras adotou por ter nivelado os preços pelo mercado internacional. Quem tem que lucrar com a Petrobras é o povo brasileiro”, disse Lula, em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, nesta terça-feira (30).

Freud explica por que Ciro, Lula e Dilma trocam farpas, diz professor Wilson Gomes
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O professor Wilson Gomes afirmou que a briga recente da esquerda, envolvendo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff contra o ex-ministro Ciro Gomes, é um conflito de semelhantes aferrados aos detalhes que os separam.

– A briga de Ciro, Dilma e Lula? Puro narcisismo das pequenas diferenças, que Freud descreveu muito bem. Ciro fingindo que é de outra gaveta, Dilma fingindo que não lhe deve nada, Lula parecendo rico que não conhece primo pobre, mas mandando indireta – escreveu o professor, nesta quinta-feira (14), em publicação no Facebook.

Analista político e colunista da revista Cult, Wilson Gomes coordena pesquisas sobre democracia e internet na Faculdade de Comunicação da UFBA. Segundo ele, a esquerda conseguia distinguir melhor os aliados e adversários em 2016, quando 68% dos brasileiros queriam o impeachment de Dilma. “Cada apoio contava. Agora, que 48% dizem que votarão em Lula de novo para presidente, vejo que a lista de amigos e inimigos precisa ser refeita”, concluiu.

Ex-presidente falou sobre privatizações em entrevista a Reinaldo Azevedo, nesta quinta (1º), na Band News FM
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem (1º), em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, da Band News FM, que, num eventual novo governo, defenderia a transformação da Caixa Econômica em empresa de capital misto, a exemplo do Banco do Brasil. Atualmente a Caixa é uma estatal puro sangue.

Esse é mais um gesto inequívoco do petista a setores do mercado. Contudo, ele fez questão de defender o papel do estado como indutor da atividade econômica, citando como exemplo o amparo financeiro que diversos países deram aos bancos após a crise econômica de 2008, provocada pela bolha do setor imobiliário dos Estados Unidos.