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Dilma elogia movimento nas ruas e critica vandalismo.
Dilma elogia movimento nas ruas e critica vandalismo.

A presidente Dilma Rousseff fez pronunciamento em cadeia de televisão, há pouco, para falar da série de manifestações pelo país. Dilma exaltou o movimento das ruas, mas condenou o vandalismo. “Não podemos aceitar que uma minoria ataque templos, prédios. Essa minoria não pode manchar um movimento democrático”, acrescentou.
A presidente afirmou que o governo vai trabalhar para “manter a ordem”. Dilma lembrou a luta brasileira pela democracia, pela qual “muitos foram perseguidos e torturados” e, mais uma vez, assinalou que é “presidenta de todos os brasileiros”.
Indo no lema “Padrão Fifa”, a presidente ressaltou a necessidade de “escola, atendimento em saúde de qualidade. “Ela [a população] quer mais. As instituições e os governos têm que dar mais”.
PACTO NACIONAL, CORRUPÇÃO E EDUCAÇÃO
A presidente ressaltou alguns pontos do seu governo a partir do que ouviu das ruas. Dilma defendeu um grande pacto nacional entre as instituições e governos para discutir mobilidade, transporte coletivo de qualidade e 100% dos recursos do petróleo na educação, além de contratação de mais médicos (estrangeiros) para melhorar a qualidade do atendimento do SUS.
Dima se comprometeu a ouvir os movimentos das ruas e mostrou que entendeu o recado dos atos públicos. “Precisamos oxigenar o nosso sistema político”, afirmou. E completou afirmando que “é a cidadania e não o poder econômico que dever ser ouvido em primeiro lugar”. A presidente também falou que não é de transigir com a corrupção, que deve ser combatida com rigor. No leia mais, confira o que Dilma diz sobre os gastos públicos na Copa e a íntegra do pronunciamento em vídeo.
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cel foto artigoCelina Santos | celinasantos2@gmail.com

Muitas são as razões para que cada brasileiro se sinta representado no ato de protestar – e motivado a engrossar o coro do descontentamento. Obviamente que de forma pacífica, para tornar ainda mais legítima a indignação.

A Copa das Confederações segue com todas as bilionárias pompas exigidas pela Fifa, mas as imagens que ganharam o mundo são outras: o “país do samba e do futebol” mostra que já não cabe simplesmente “quebrar” e “descer até o chão” ou aplaudir os geniais dribles de Neymar. Porque essa é a nação da fantasia.
Na vida real, os brasileiros decidiram – com protestos a se agigantar por todas as regiões – que passou o tempo do show alienado de corpos sensuais sem qualquer tipo de questionamento. O grito de “vem pra rua, vem” revela a necessidade sufocada de subverter a dita ordem, para fazer os governantes verem que não cabemos mais na moldura do “lugar dos sonhos”.
Entre as tantas cenas emblemáticas dos protestos, teve especial notoriedade a de milhares de manifestantes ocupando a marquise do suntuoso Congresso Nacional. Ao tomar aquele espaço, aonde era proibido ir, o grupo parecia provar o quão hipócrita é o discurso da democracia. Afinal, o “povo”, ao menos até então, não exerce qualquer influência antes de serem tomadas as decisões mais relevantes.
Os policiais, que tantos excessos cometeram em nome de um suposto dever, certamente sabem que o efeito moral nada tem a ver com bombas atiradas sobre a multidão. Esse efeito se traduz, sim, em forma de salário digno – coisa que a maioria dos cidadãos não recebe. Manter a ordem é ver atendimento decente nos hospitais e postos – onde hoje costumam faltar até lençóis e esparadrapos.
Respeito aos cidadãos seria ver que o Estado investe para oferecer uma Educação (com E maiúsculo), ao contrário da falta de professores e de material didático suficiente para tais profissionais desenvolverem um trabalho de qualidade.
Moral é ter contrapartida de melhoria no serviço quando o transporte fica mais caro; é ver elevadores de acessibilidade funcionando de verdade, e não como meros enfeites. Mereceria até aplausos constatar que os passageiros não precisam mais se espremer depois de amargar filas enormes à espera dos coletivos.
Motivo para festa seria a liberdade de ir e vir, como apregoa nossa Constituição, sem o pavor diário de perder a vida sob a mira de um revólver. Bonito seria testemunhar uma efetiva punição para aqueles que fazem escoar milhões pelo ralo da corrupção. E não assistir à vergonhosa tentativa de tirar do Ministério Público o direito de investigar e denunciar desvios.
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Gustavo Korontai e a esposa, Luciana Guimarães, gravaram e produziram um vídeo com cenas de manifestação de apoio dos brasileiros em Dublin, na Irlanda, aos protestos promovidos no Brasil desde a semana passada.
– Foram 2.000 pessoas enviando apoio para os brasileiros continuarem na busca por mudança – disse o itabunense ao PIMENTA. Confira o vídeo feito pelo casal e que já conta com mais de 6 mil visualizações.