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Da coluna Radar (Veja)
O espaço dado pelas emissoras às manifestações superou o da cobertura da Copa das Confederações. Uma pesquisa inédita feita pelo Controle da Concorrência, especializado na análise do mercado de TV, revela que os cinco principais canais abertos dedicaram, entre 17 e 26 de junho, 138 horas aos protestos. O futebol foi assunto por 92 horas. A Band foi a única emissora a dedicar mais tempo à Copa – 56 horas. Já a Record, que praticamente ignorou a competição, foi a campeã  de cobertura das manifestações (47 horas). Na líder Globo, os protestos triunfaram sobre o futebol: 33 horas contra 27 horas.

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A presença de militantes do PCdoB e da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB) acabou por inviabilizar a manifestação convocada pelo Comando Popular para a tarde desta quinta-feira, 27, em Itabuna. A data foi definida como Dia Nacional de Luta pelas Reivindicações dos Trabalhadores e da Juventude.
Neste momento, menos de cem gatos pingados continuam na Praça Simão Fitterman, local marcado para a concentração do ato.
Houve discussão entre coordenadores do protesto e militantes comunistas, e os primeiros disseram não aceitar a participação de ninguém com camisa ou bandeira de partidos. Não houve acordo e muitos manifestantes foram orientados a voltar para casa. Outros, que ainda não tinham chegado, foram informados do que ocorria via Facebook, a rede que tem sido utilizada para mobilizar os participantes dos protestos.

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Manifestantes ligados à Juventude Estudantil desistiram de participar de caminhada.
Manifestantes ligados à Juventude Estudantil desistiram de participar de caminhada.

Militantes do Comando Popular, que tem estado à frente dos protestos de rua em Itabuna, rejeitam a infiltração de membros do PCdoB no movimento. Na verdade, assim como ocorre em todo o país, os manifestantes estão refratários aos partidos de modo geral, mas em Itabuna os comunistas têm conseguido conquistar alguns espaços, como se deu na reunião do dia 25, na qual foram discutidas questões relacionadas à mobilidade urbana com o prefeito Claudevane Leite.
Neste momento, no bairro São Caetano, há divergência explícita entre o Comando Popular e os cururus. A concentração na Praça Simão Fitterman começou às 15 horas, mas há gente que não quer descer para o centro da cidade ao lado do pessoal da PCdoB e da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ligada ao partido.

Ao lado de Jabes, Wagner exibe ordem de serviço para início das obras || Foto Manu Dias/GovBA
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A solenidade de assinatura da ordem de serviço da nova ponte ligando o centro à zona sul de Ilhéus foi encerrada há pouco, no hotel Praia do Sol. O governador Jaques Wagner defendeu as manifestações ocorridas em todo o país, fez observações e ouviu cobranças relacionadas – principalmente – ao terminal pesqueiro inaugurado em novembro do ano passado, mas que não funciona até agora.

Com informações da equipe do cerimonial, Wagner respondeu que o terminal deve entrar em funcionamento em agosto. “Vou falar com o secretário de Agricultura (Eduardo Salles), com o pessoal da Bahia Pesca. Esse equipamento tem que servir às pessoas”, disse.

As cobranças foram feitas diante do ex-presidente da estatal da pesca, Isaac Albagli, hoje secretário de Desenvolvimento Urbano de Ilhéus. Houve constrangimento. Cássio Peixoto assumiu em lugar de Albagli logo após a inauguração do terminal, ano passado. E havia prometido pleno funcionamento em junho.
Wagner ainda falou dos protestos ocorridos no país. E saiu-se com uma metáfora:

– A gente dá banho na criança e tem que jogar a água suja [fora]. Não pode jogar a criança junto. A democracia é uma criança.

Ao contrário de outras solenidades, desta vez o prefeito Jabes Ribeiro não se lamentou das dificuldades financeiras. Falou do pacto por Ilhéus e fez elogios a Wagner, afirmando que o petista era “o melhor governador da história” da Bahia.

A PONTE

Wagner assinou a ordem de serviço em solenidade com prefeitos regionais, dentre eles o anfitrião Jabes Ribeiro, e deputados. “Não tenho dúvida de que a ponte vai aumentar o embelezamento da cidade, melhorando muito o fluxo e o turismo de Ilhéus”.

A ponte custará R$ 165,2 milhões e terá 497 metros de extensão. Além desta obra, também será construído sistema viário de 2,2 quilômetros, interligando-a à BA-001. O projeto inclui ainda a implantação de vias de acesso e ações de embelezamento. A previsão é de que a obra seja concluída em 24 meses. Confira, no vídeo abaixo, detalhes da ponte e da urbanização de parte da orla.

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Manifestação levou milhares de pessoas às ruas no dia 20 (Foto Pimenta).
Manifestação levou milhares de pessoas às ruas no dia 20.

Estudantes e entidades do Comando Popular Itabuna realizam mais uma tarde de manifestações nesta quinta (27), quando saem da Praça Simão Fitermann, no São Caetano, em direção ao centro da cidade. A concentração está prevista para as 15h. A manifestação é definida como Dia Nacional de Luta pelas reivindicações dos trabalhadores e da juventude.
Pelo menos 15 mil pessoas foram convidadas, por meio das redes sociais, para participar do ato pela melhoria no sistema de transporte urbano em Itabuna (confira aqui).  Na semana passada, o comando conseguiu levar cerca de 7 mil às ruas de Itabuna.
O Comando Popular reuniu-se na terça (25) com o prefeito Claudevane Leite, quando reivindicou melhorias no serviço oferecido pelas empresas e cobrou investimentos públicos em urbanização (relembre aqui).

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Temendo a repetição de atos de vandalismo que ocorreram durante as manifestações nas ruas de Salvador na semana passada, a prefeitura da capital resolveu colocar o bloco – ou melhor, a guarda administrativa – na rua.
Em vez das bombas de efeito moral e do spray de pimenta da PM, os guardas da prefeitura utilizarão panfletos com incentivo ao protesto pacífico e à denúncia de quem danificar o patrimônio público ou privado.
As denúncias poderão ser feitas por meio do telefone 156 ou para o e-mail denuncieovandalismo@salvador.ba.gov.br.

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Sérgio Silva pedirá R$ 700 mil de indenização (foto Arquivo Pessoal)
Sérgio Silva pedirá R$ 700 mil de indenização (foto Arquivo Pessoal)são,

Do Portal Comunique-se
O fotógrafo da Futura Press, Sérgio Silva, de 31 anos, entrará com pedido de indenização de R$ 700 mil contra o governo do estado de São Paulo, em resposta à atuação da Polícia Militar. Na noite mais violenta dos protestos contra a elevação da tarifa do transporte público, em 13 de junho, o profissional foi atingido por uma bala de borracha no olho esquerdo enquanto fazia a cobertura do evento na capital paulista. Silva sofreu lesões oculares e fratura de órbita, por isso, pode ficar cego.
Em depoimento concedido ao G1, seu advogado, Paulo Sérgio Fernandes, avaliou que não será preciso provar quem foi o policial responsável pelos disparos ou se havia intenção de acertá-lo. “Precisamos mostrar apenas que alguém disparou e feriu um fotógrafo no exercício legítimo da profissão”, explicou o defensor de Silva.
Fernandes também ingressará com ação cautelar cobrando tratamento de qualidade para o profissional, que, na melhor das hipóteses, perderá 70% da visão, de acordo com os médicos. Informações divulgadas no dia que sucedeu a agressão apontavam que as chances de recuperação não ultrapassavam 5%.
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Na foto de Evilásio Jr, do Bahia Notícias, são identificados os agressores. Soldado à frente atacou com spray e PM ao fundo ameaçou.
Na foto de Evilásio Júnior, do Bahia Notícias, são identificados os agressores. Soldado à frente atacou com spray e PM ao fundo ameaçou.

Repórteres foram detidos ou agredidos pela polícia militar durante a cobertura jornalística das manifestações ocorridas hoje (22) em Salvador. De acordo com os relatos, os profissionais foram agredidos enquanto estavam cobrindo apreensões de menores ou questionavam detenções de colegas. Os atos da polícia foram criticados pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), que emitiu nota.
A nota cita as detenções ou agressões aos repórteres Francis Juliano e Evilásio Júnior, ambos do Bahia Notícias, e Tiago di Araújo, do iBahia (Rede Bahia). Francis Juliano foi detido pela PM ao questionar policiais militares que espancavam um fotógrafo. O colega, Evilásio Júnior, foi agredido verbalmente, levou empurrões e spray de pimenta no rosto no mesmo episódio. Segundo os profissionais, a violência policial foi ordenada pelo capitão identificado como Themístocles.
Já o repórter fotográfico do Ibahia, Tiago di Araújo, foi obrigado pela polícia a apagar fotos da abordagem e apreensão de menores feita por uma guarnição da PM. Segundo o profissional, os policiais ameaçaram apreender a máquina se as imagens não fossem apagadas, episódio ocorrido nos Barris.
A nota do Sinjorba é assinada pela presidente, Marjorie Moura, que critica os abusos e a falta de profissionalismo dos que “atuam nas ruas para manter a ordem pública”. Confira a íntegra da nota no “leia mais”, abaixo. O governador Jaques Wagner nem o comando-geral da PM se pronunciaram quanto às agressões aos jornalistas. O “pau comeu” para que a região da Fifa (entorno do Estádio Fonte Nova) não fosse “invadida” pelos manifestantes.
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ricardo artigosRicardo Ribeiro | ricardo_rb10@gmail.com
 

Essa intenção de “surfar na onda” deve ser observada com cautela, pois não há sintonia de objetivos. Enquanto uns lutam para mudar o país, as aves de rapina querem no máximo mudar governos, sem alterar nenhuma estrutura.

 
O movimento que tomou conta das ruas e das redes sociais no Brasil já é vitorioso. Sua conquista mais expressiva foi ter inserido a discussão política no cotidiano do brasileiro. De repente, os frufrus do Facebook deram lugar a um intenso debate sobre o país, seus problemas e a urgência na promoção de avanços sociais que têm sido postergados para um futuro que nunca chega.
Na quinta-feira, 20 de junho, o povo confirmou sua força ao derrubar o horário nobre da TV Globo, empresa que nasceu na ditadura militar, alimentou-se dela e, ao longo de sua história, tem sido forte aliada do conservadorismo. No dia seguinte, a presidenta da república falou em cadeia de televisão, reconhecendo a força dos protestos e afirmando que está atenta às vozes democráticas das ruas.
Vitória, sem dúvida alguma, embora nenhum dos grandes objetivos tenha sido alcançado, haja vista que a redução das passagens de ônibus foi apenas o estopim de uma revolta que tem motivação muito mais abrangente e complexa. A exigência é de mudança geral na política, na forma de exercê-la sem efetiva participação popular, com mandatos que não representam a quem deveriam e são utilizados para o culto do poder pelo poder, e naturalmente pelo dinheiro.
Não é à toa que o povo não se sente representado pelos políticos de um modo geral, assim como pelos partidos. Há uma aversão às lideranças, o que justifica a horizontalidade das manifestações, livres, sem comandantes definidos, embora a tendência natural seja a de que num segundo momento alguns líderes apareçam, principalmente na hora de negociar com o outro lado. Será necessário muito cuidado nesta etapa, já que a transformação de um movimento libertário em algo mais orgânico traz riscos, sobretudo o de novas crises de representatividade.
De qualquer forma, o movimento é fantástico por inaugurar um novo parâmetro na relação entre povo e governos no Brasil. Cada um dos jovens que “saíram do Facebook” e, conscientemente, tomaram as ruas para defender melhoria dos serviços públicos, mais respeito e uma política renovada, não é mais a mesma pessoa. Tornou-se um cidadão que não aceitará mais passivamente a gestão pública dissociada dos verdadeiros interesses populares.
Não é à toa que a maioria dos políticos está com dificuldade para entender o clamor das ruas. Eles cobram uma pauta específica e clara, pois não conseguem ou preferem não discernir que o real desejo é de uma ampla mudança nas estruturas desse país. São políticos que estão há tanto tempo cuidando de seus próprios interesses menores que se mostram totalmente despreparados para compreender o verdadeiro sentido das manifestações do povo.
Outros tentam utilizar e se apropriar do clamor popular, o que se viu não apenas com as bandeiras de partidos buscando sem sucesso infiltrar-se nas manifestações, mas com o oportunismo de legendas como o PPS, em programa partidário na televisão. Essa intenção de “surfar na onda” deve ser observada com cautela, pois não há sintonia de objetivos. Enquanto uns lutam para mudar o país, as aves de rapina querem no máximo mudar governos, sem alterar nenhuma estrutura.
Do blog Página em Construção

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Wagner fala dos confrontos na capital baiana em coletiva (Foto José Nazal).
Wagner fala dos confrontos na capital baiana em coletiva (Foto José Nazal).

A tarde de manifestações do Movimento Passe Livre em Salvador terminou em confronto de grupos e policiais militares no Campo Grande. Jornalistas e manifestantes reclamam de excessos da polícia na repressão aos manifestantes.
Os confrontos começaram no raio de dois quilômetros do Estádio Fonte Nova, a chamada “área da Fifa”, faixa que os manifestantes não poderiam cruzar. Há relatos de que o próprio Batalhão de Choque da PM “abriu espaço” para os ativistas, quando começou a “descer o malho”, com spray de pimenta e disparos. Um ônibus foi incendiado na Avenida Centenário em ação de vândalos. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas, entre manifestantes e um policial.
O governador Jaques Wagner deve se pronunciar sobre os acontecimentos desta tarde e noite de quinta (20). Uma coletiva foi convocada para esta sexta (21), às 10h30min, no Salão de Atos do CAB.

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Valéria Ettinger1Valéria Ettinger | valeria@emancipe-se.org
 

E o povo brasileiro assim o fez, quebrou os grilhões, saiu da jaula está retomando a sua liberdade de ser povo, de viver em uma democracia, de exigir o que lhes é de direito.

 
Há cerca de 10 dias escrevi um artigo falando sobre a sociedade do medo. A sociedade que se retrai, que não se une em propósitos coletivos e, assim, deixa ser vilipendiada por uma minoria de oportunistas e de demagogos que se utilizam das falácias políticas, do poder institucional e dos mecanismos de convencimento, mentirosos e sórdidos, para manterem a massa presa a diversos grilhões.
Grilhões que, desde muito tempo, já tinham sido anunciados por Rousseau em seu livro o contrato social, quando disse: “O homem nasce livre e por toda parte geme agrilhoado; o que julga ser senhor dos demais é de todos o maior escravo”[…] Mas, seguindo adiante Rosseau afirmou: […] enquanto um povo é forçado a obedecer, e obedece, faz bem, e melhor ainda se, podendo sacudir o jugo o sacode; pois, recuperando a liberdade pelo mesmo direito com que lha extorquiram, ou ele tem o direito de retomar, ou ninguém o tinha de lha tirar”. (Capítulo I – objeto do primeiro livro).
E o povo brasileiro assim o fez, quebrou os grilhões, saiu da jaula está retomando a sua liberdade de ser povo, de viver em uma democracia, de exigir o que lhes é de direito, de se fazer ouvir e poder dizer: “eu sou o titular do poder dessa Republica que se chama Brasil”.
Um som de não aguento mais, de que quero algo melhor. Um som que une jovens, adultos, velhos, brancos, negros, mulheres, heteros, homos, que une todas as tribos. Um grito de solidariedade que ecoa dos que estão lutando por direitos imediatos, por direitos que são do seu dia a dia e do seu cotidiano, mas também um grito daqueles que entendem que viver em sociedade é lutar junto, é lutar amplamente, é lutar pelo que é meu, pelo que é teu e pelo que é nosso.
Oportunistas sempre aparecerão, querendo se beneficiar ou querendo desconstruir um movimento legítimo, mas esses não podem minar o sentimento e o desejo que se extrai dessa multidão que se espalhou do Oiapoque ao Chui e que todos nesse momento, até os mais incrédulos, duros e individualistas, estão se questionando: que Brasil quero para mim e para os meus?
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Apesar do comando das manifestações falar em caminhada pacífica, hoje em Itabuna, o 15º Batalhão da PM acionou a tropa. Todos os policiais que estão de folga devem se apresentar no quartel às 13h.
O comando também acionou, pelo menos, três guarnições da Cipe-Cacaueira, a chamada tropa de elite da polícia militar.
A manifestação em Itabuna pela melhoria na qualidade do serviço de transporte e nos demais serviços públicos está programada para as 14h30min, saindo da Praça Simão Fitermann, no São Caetano. 

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Durante evento de lançamento do marco regulatório da mineração, a presidente Dilma Rousseff elogiou as manifestações ocorridas no país, ontem. “O Brasil hoje acordou mais forte”, disse ela.
A presidente disse que a sua geração “sabe quanto isso [a busca de direitos] nos custou” ao país. Dilma mencionou cartazes utilizados pelos manifestantes que citam os transtornos pela mudança.
“Eu quero dizer que o meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança”, afirmou, citando a elevação de 40 milhões de pessoas à classe média.