Morador de Itabuna fatura prêmio na Mega-Sena
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Apenas uma dezena separou dois moradores de Ilhéus do prêmio milionário da Mega-Sena sorteado, na noite de sábado (9), no Espaço de Loterias Caixa, em São Paulo. Eles acertaram cinco dos seis números e, cada um receberá R$ 43.157,02. As apostas simples, com seis dezenas, foram feitas no Trevo da Sorte e Ilhéus Lotérico.

Além de Ilhéus, na Bahia, moradores de Nova Viçosa, Juazeiro, Paulo Afonso, Salvador e Teixeira de Freitas acertaram cinco das seis dezenas sorteadas. Todos fizeram jogos simples, com seis dezenas. Em todo o país, houve 70 acertadores na quina. As dezenas sorteadas no sábado foram: 05, 25, 29, 30, 43 e 47. Um morador de Mariana (MG) cravou as seis dezenas e faturou R$ 30.781.665,32.

Na quadra, houve 4.455 ganhadores no país. Entre os acertadores do sul da Bahia estão moradores de Canavieiras, Iguaí, Ipiaú e Itabuna. Cada um receberá R$ 968,73. O próximo sorteio da Mega-Sena será na terça-feira (12), com prêmio previsto de R$ 3 milhões. O jogo com seis dezenas custa R$ 5,00.

As igrejas São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo no centro de Mariana || Foto PIMENTA
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Quem gosta de história e arquitetura antiga apaixona-se por Mariana, única cidade colonial mineira com traçado planejado. Com verdadeiros tesouros culturais, a primeira capital de Minas Gerais está entre os municípios brasileiros com maior número de patrimônios históricos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O turista que escolhe fazer o Circuito do Ouro precisa reservar ao menos um dia para conhecer museus, igrejas e casarões edificados ao longo de ruas estreitas e íngremes.

Um lugar para passeio tranquilo em Minas Gerais || Foto PIMENTA

É tanta riqueza histórica que o dia passa tão rápido sem que o visitante perceba. Por isso, é importante traçar, antes de sair para a aventura pelas ruas de pedra, um roteiro, definindo por onde começar o passeio e o que não deve deixar de fora. Muitos dos atrativos ficam próximos uns dos outros, como é o caso da Casa Cadeia (Paço Municipal) e das igrejas São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo, que formam um lindo e rico conjunto arquitetônico na Praça Minas Gerais.

A arte barroca na Nossa Senhora do Carmo || Foto PIMENTA

Um dos últimos exemplares da arte rococó em Minas Gerais, a Igreja Nossa Senhora do Carmo (foto acima) tem, no seu interior, uma beleza impressionante, sendo que a sua estrutura conta com traços marcantes do artista Francisco Xavier Carneiro, discípulo do mestre Manuel da Costa Athaíde. Xavier é apontado como responsável pela pintura do teto e o douramento dos altares laterais da igreja.

O risco do retábulo-mor é de autoria do reverendo e escultor Félix Antônio Lisboa. A Igreja sofreu o incêndio (até hoje não se sabe como foi causado) em janeiro de 1999, e foi completamente restaurada em 2002.

Igreja de São Pedro dos Clérigos é um dos patrimônios de Mariana || Foto PIMENTA

Meio que ao lado, quase em frente à Nossa Senhora do Carmo, fica a Igreja São Francisco de Assis, que apresenta traços de artistas como Manuel da Costa Athaíde, Francisco Vieira Servas e Francisco Xavier Carneiro. Athaíde foi responsável pelo douramento do retábulo do altar-mor e do altar de Santa Izabel. De acordo com o Iphan, os trabalhos de douramento dos demais altares foram realizados entre fins do século XVIII e início do século XIX.

A antiga cadeia de Mariana está sendo restaurada || Foto PIMENTA

Terceiro patrimônio do conjunto arquitetônico, a Casa de Câmara e Cadeia é o local onde funcionou a casa de fundição e senzala, além de ter sido cadeia. Atualmente abriga a Câmara de Vereadores de Mariana, mas está fechada para visitação, pois passa por reforma. Quando em funcionamento, o turista pode visitar a sala de exposições Antônio Pacheco Filho, com obras de artistas de Mariana.

Centro histórico de Mariana || Foto PIMENTA

Do conjunto arquitetônico, somente a Igreja Nossa Senhora do Carmo encontra-se aberta à visitação. A Igreja São Francisco e a Casa de Câmara passam por obras de restauração. A previsão é de que a igreja seja reaberta para visitação a partir de agosto, quando o trabalho de restauração será concluído.

O patrimônio histórico de Marina conta ainda com as igrejas Catedral Nossa Senhora de Assunção (Igreja da Sé), Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, São Pedro do Clérigos, Nossa Senhora dos Anjos, Bom Jesus do Monte, Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Nazaré.

Centro de Mariana (MG) mantém calçadas da época do Brasil colonial || Foto PIMENTA

Além das capelas de Santo Antônio, Sant´Ana e Nossa Senhora de Boa Morte e São Jorge; Seminário Maior São João José, Centro de Cultura Cine Teatro Mariana, e dos museus Arquidiocesano de Arte Sacra e Casa dos Alphonsus de Guimaraens, Casarão dos Morais, Casa do Conde Assumar. São cobradas taxas simbólicas de visitação e, com exceção  do Arquidiocesano de Arte Sacra, o turista pode fotografar as obras sem usar flash.

Entrada de Mariana (MG) || Foto PIMENTA

O Museu Arquidiocesano é considerado o mais rico em arte sacra de Minas Gerais e tem em seu acervo obras do Mestre Athayde e peças atribuídas ao escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, além de esculturas, pinturas, indumentária e vestes litúrgicas; mobiliário e objetos de cerimônias religiosas.

O museu funciona de terça a domingo, das 9h às 12h e das 13h às 17h, na rua Frei Durão, 49, Centro. É cobrada taxa de R$ 5,00 e o visitante é proibido de filmar e fotografar as obras no seu interior. O turista pode escolher se hospedar em Mariana ou Ouro Preto. Recomendamos a segunda cidade, pois oferece mais opções e mais atrativos.

Santuário Bom Jesus de Matozinhos || Foto PIMENTA
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Hoje o PIMENTA desembarca em Minas Gerais para uma viagem pelos tesouros culturais no Circuito do Ouro, levando você para conhecer um pouco dos museus,  igrejas, santuários, senzalas, casarões e personalidades da história de Congonhas, Ouro Branco, Sabará, Mariana e Ouro Preto, na Estrada Real. É dia de conhecer um pouco sobre as riquezas de Congonhas, com destaque para arte barroca de Antônio Francisco Lisboa, o famoso Aleijadinho (1738-1814), um dos maiores escultores brasileiros de todos os tempos.

Os 12 profetas, obra-prima do escultor Barroco Aleijadinho || PIMENTA

Quem viaja de férias ao Circuito do Ouro não pode deixar de incluir no roteiro uma visita ao Santuário ou Basílica Bom Jesus de Matozinhos, um conjunto formado pela Igreja do Bom Jesus, com interior no estilo rococó, e uma escadaria, “guardada” pelas estátuas de 12 profetas (Amós, Abdias, Jonas, Baruque, Isaías, Daniel, Jeremias, Oseias, Ezequiel, Joel, Habacuque e Naum). Obra de Aleijadinho.

Obra de arte de Aleijadinho || PIMENTA

O conjunto edificado inclui ainda seis capelas, com cenas da Via Sacra. As capelas estão dispostas lado a lado no aclive frontal ao templo. A escadaria e o interior da igreja são os espaços mais disputados para registro de imagens pelos turistas que visitam a cidade de Congonhas.

Centro histórico de Congonhas || PIMENTA

SANTUÁRIO DE BOM JESUS DE MOTOZINHOS

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Santuário Bom Jesus Matozinhos reúne o maior conjunto de arte colonial do Brasil, sendo reconhecido, em 1985, pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural da Humanidade. As estátuas dos profetas são em pedra-sabão. No interior das capelas, encontram-se 66 esculturas de madeira policromada em tamanho natural, consideradas verdadeiras obras-primas do escultor Aleijadinho.

Centro Histórico de Congonhas || Foto PIMENTA

O visitante também pode passear pela história do povoamento de Congonhas, com casas construídas nos séculos XIX e XX. Ao lado do Santuário Bom Jesus Matosinhos o turista pode conhecer um pouco mais sobre a cultura, costumes e a religiosidade ao acessar o Museu de Congonhas, um prédio de 3400 metros quadrados. O imóvel possui três pavimentos, com sala de exposições, biblioteca, auditório, ateliê, espaço educativo, cafeteria, anfiteatro ao ar livre e áreas administrativas.

O interior da Igreja do Bom Jesus || Foto PIMENTA

No Museu, o turista também encontra estátuas dos profetas Joel e Daniel, além de cópias digitais das esculturas de todos eles. O ingresso para acessar o prédio custa R$ 10, sendo cobrada metade do valor para estudantes e pessoas acima de 60 anos. As crianças até 11 anos são isentas da taxa. O espaço funciona das 9 às 17h, de terça a domingo. Você pode seguir as atividades no museu pelas redes sociais (@museusdecongonhas, no Instagram, e @museudecongonhas, no Facebook.

Quatro dos 12 profetas || PIMENTA

A poucos metros do museu, no final da Alameda das Palmeiras, fica a Romaria, um conjunto arquitetônico e urbanístico tombado pelo Iphan em 1941. Os imóveis da “vila” eram usados como pousada de romeiros e fiéis até o início da década de 60. Mesmo tombado, o imóvel foi parcialmente demolido depois de ser vendido a um grupo empresarial. O espaço voltou para posse do município de Congonhas em 1995 e restaurado pelo Iphan.

 

Entrada da Romaria de Congonhas

A entrada é gratuita, mas tenha um pouco de atenção porque, perto dali, usuários de drogas costumam fazer abordagem para pedir dinheiro. No próximo final de semana a reportagem do PIMENTA desembarca em Ouro Branco para apresentar mais um atrativo da Estrada Real.

 

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Efigênia OliveiraEfigênia Oliveira | ambiente_educar@hotmail.com

Setembro passou, outubro e novembro/ já estamos em dezembro, meu Deus, o que é de nós? (…) Sem chuva na terra, descamba janeiro, depois fevereiro, o mesmo verão (…). Apela pra março que é o mês preferido/ do santo querido Senhor São José/ Mas nada de chuva, tá tudo sem jeito (…).

O lamento épico na voz do sanfoneiro Luís Gonzaga descreve exatamente a situação atual do sul da Bahia, cujo clima em nada se assemelha ao sertão nordestino. Em crise hídrica desde agosto de 2015, que registrou um inverno de poeiras de chuva, adentramos abril de 2016 sem sinais claros de que em breve mataremos a saudade de um banho de chuveiro com água insípida. Além do banho salgado e limitado, toalhas e roupas lavadas com essa água propiciam prejuízos, ao organismo humano, e aos outros organismos vivos.

Nesse cenário, Itabuna parece ser a cidade mais castigada de todas da região: falta d’água, violências várias, lixo jogado a esmo nas ruas, odor fétido por toda parte; ilhas de calor que concentram altas temperaturas, em decorrência de devastada cobertura vegetal na área urbana e entorno; concentração de gases nocivos à saúde e alta infestação de doenças provenientes do aedes.

Os rios da Bacia do Leste e bacias circunvizinhas, impossibilitados estão de matar a sede de ecossistemas e populações que vão do sul ao extremo sul do estado, todas elas atingidas pela seca persistente e atípica. Os municípios e suas respectivas sedes e comunidades regionais se encontram no mesmo problema, sem solução em curto prazo, mas estão livres da água salgada.

O dito aqui não é novidade, porém nada se diz do que passa a população ribeirinha do Almada, ao longo do trecho banhado pelas marés, até a estação de tratamento da Emasa em Castelo Novo. Não somente humanos, mas plantações, criações, fauna, flora e ictiofauna são afetadas pela água salgada que adentra o rio e afluentes, quase sem vida, atingindo severamente essas populações. Um tipo de invasão que lembra um pouco a tragédia de Mariana, uma vez que ambas as situações deveriam ter sido evitadas ou minimizadas.

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Tragédia em Mariana deixou rastro de destruição (Foto Antônio Cruz/Ag. Brasil).
Tragédia em Mariana deixou rastro de destruição (Foto Antônio Cruz/Ag. Brasil).

Pelo menos 25 pessoas estão desaparecidas depois do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, no distrito Bento Rodrigues, em Mariana (MG).

De acordo com a prefeitura de Mariana, os números incluem 13 funcionários que prestavam serviços para a Samarco e 12 moradores da região, sendo dois do distrito de Pedras, um do distrito de Camargo e os demais de Bento Rodrigues.

Por enquanto só há confirmação de uma morte, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais. Trata-se de um funcionário da Samarco, que infartou no momento do rompimento da barragem. O órgão desmentiu a informação de que mais um corpo havia sido encontrado.

A mineradora informou que 557 pessoas foram retiradas das regiões mais atingidas e colocadas em hotéis de Mariana. A empresa estima ainda que cerca de 200 moradores deixaram suas casas em localidades afetadas e buscaram abrigo em casas de parentes e amigos. Com informações da Agência Brasil.