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josé roberto toledoJosé Roberto de Toledo | Estadão.com

Mas é em momentos de insatisfação coletiva que personalidades disruptivas encontram a sua chance. A onda é de Marina, e os adversários não a enfrentarão de peito aberto.

Há data e hora marcados para todo mundo ficar sabendo o que a turma diferenciada já vislumbrou desde suas coberturas: a candidatura de Marina Silva (PSB) está surfando uma onda de opinião pública de proporções havaianas. Será nesta terça-feira, às 18h, quanto o Estadao.com divulgar a pesquisa Ibope que está em campo. O que ninguém sabe é quão longe a onda vai chegar.
Por força da legislação eleitoral, o eleitor indiferenciado só tem acesso às pesquisas registradas pelos institutos. A divulgação dos números de pesquisas não registradas e das sondagens telefônicas diárias é punível com multa alta pela Justiça eleitoral – para jornal, jornalista e instituto.
A lei provocou um oligopólio informativo dos mais excludentes. Uma quantidade anormal de pesquisas foi encomendada mas não divulgada desde a morte de Eduardo Campos e a assunção de Marina. Só candidatos, partidos e operadores do mercado financeiro já conhecem os resultados – e estão assombrados.
As mudanças são diárias e na mesma direção. Indicam uma tendência que vai além do impacto emocional provocado pela morte de Campos e de seus auxiliares. A tragédia foi o despertador do público para a eleição, mas não só. Também catalisou um sentimento difuso de insatisfação com a política, com a polarização PT x PSDB. Ambos correm risco de afogamento, mas os tucanos foram pegos primeiro, em local mais fundo.
O “swell” Marina tem origem na mesma tempestade que causou as turbulências de junho de 2013. Uma sensação coletiva de que é preciso mudar, mas não se sabe bem como nem o que. Ao se reconhecer no outro, a inquietude individual se espalha e se multiplica em muitas direções, com efeito potencialmente devastador quando chega à praia. A praia pode ser a urna.
Ou não. Em 2002, a onda Ciro Gomes quebrou antes do tempo e derrubou o presidenciável de sua prancha eleitoral. Dez anos depois, o fenômeno Celso Russomanno parecia irrefreável rumo à cadeira de prefeito paulistano, mas se desfez tão rapidamente quanto surgiu. Ambos se autoimolaram. O cearense destratou um ouvinte numa entrevista; o outro sinalizou que quem mora longe deveria pagar mais caro pelo transporte público.
Pelo histórico, Marina é também o pior inimigo de Marina. Saiu do governo Lula ao não conseguir fazer o que queria. Saiu do PT quando não viu o futuro que almejava para si. Saiu do PV ao não alcançar o controle que pretendia. Saiu do projeto da Rede sem criar um partido onde 32 outros conseguiram. Mal entrou no PSB, já provocou saídas. Não é exatamente uma agregadora.
Mas é em momentos de insatisfação coletiva que personalidades disruptivas encontram a sua chance. A onda é de Marina, e os adversários não a enfrentarão de peito aberto. Subirão onde der e, olimpicamente, torcerão para que faça espuma logo.
Dilma Rousseff (PT) tem mais chance de escapar à correnteza do que Aécio Neves (PSDB), mas não está a salvo. Ela se equilibra no saldo de popularidade que, segundo o Ibope, mantém em ao menos 15 estados, mas com grande variância: do pico de 51 pontos no Piauí a rasos 5 pontos em Santa Catarina.
O lugar mais difícil para a presidente se manter no seco é o Sudeste. A popularidade de Dilma está soçobrando nos maiores colégios eleitorais: tem saldo negativo de 19 pontos em São Paulo, de 11 no Rio de Janeiro e de 1 em Minas Gerais.
Pergunte aos acreanos. Lula diz que Marina foi candidata a presidente em 2010 porque não se reelegeria senadora no Acre. Presidenciável, ela acabou em 3º lugar no próprio Estado. José Serra teve lá o seu melhor desempenho no país. No Acre, seria eleito presidente no primeiro turno. Ninguém é governado há mais tempo por petistas do que os acreanos: 16 anos. Lá, Marina e PT têm mais em comum do que em qualquer outro lugar.

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Wagner aposta em Dilma contra Marina e eleição de Rui Costa no 1º turno  (Foto Pimenta).
Wagner aposta em Dilma contra Marina e eleição de Rui Costa no 1º turno (Foto Pimenta).

A Tarde
O governador Jaques Wagner ponderou nesta segunda-feira, 25, que ainda é cedo para avaliar o efeito da morte de Eduardo Campo, em acidente aéreo no último dia 13 de agosto, mas ressaltou o reflexo da comoção na candidatura de Marina Silva (PSB).
“Ela teve um desempenho em 2010 bastante significativo com quase 20 milhões de votos. É cedo para saber se esta comoção vai se sustentar, mas sem dúvida, se tivermos segundo turno, teremos duas mulheres disputando as eleições. Vamos aguardar as próximas pesquisas, até porque teremos mais programas de televisão. No segundo turno, a disputa é Dilma e Marina”, disse ele, em entrevista à rádio Metrópole.
Wagner disse que a situação preocupa ainda mais o presidenciável Aécio Neves (PSDB). “A temperatura e a preocupação no ninho tucano foram lá pra cima”, alfinetou.
Sobre a eleição estadual, o petista voltou a ressaltar que acredita na vitória de Rui Costa (PT), apesar das pesquisas de intenção de voto indicarem que Paulo Souto (DEM) vence no primeiro turno.
O petista defendeu que o clima nas ruas é de aceitação à candidatura de Rui Costa.
Confira mais n´A Tarde

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Marina e Beto Albuquerque são oficializados (Foto Agência Brasil).
Marina e Beto Albuquerque são oficializados (Foto Agência Brasil).

Da Agência Brasil
O PSB oficializou na noite de hoje (20) a ex-senadora Marina Silva como candidata do partido à Presidência da República e o deputado federal Beto Albuquerque como candidato a vice. Marina, que antes era candidata a vice na chapa, irá substituir Eduardo Campos, morte em um acidente aéreo na quarta-feira passada (13), em Santos, no litoral paulista.
A decisão foi tomada após reunião do partido e com representantes da coligação Unidos pelo Brasil. O PSB tem agora até o dia 23 para registrar a nova chapa na Justiça Eleitoral.  Mais cedo, Beto Albuquerque disse que Marina e ele serão fiéis aos compromissos do PSB e aos projetos de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, ex-dirigente do partido e avô de Eduardo Campos.
“Marina vai cumprir os acordos firmados pelo ex-governador Eduardo Campos. Marina e Beto não vão fazer o que querem. Vão fazer o que Brasil exige e precisa, e o que o povo quer. Isso está expresso no nosso programa de governo. E este é o nosso compromisso”, afirmou o deputado.

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marco wense1Marco Wense

Lídice, em tom de advertência, quer que Marina seja mais transparente em relação a sua participação nas campanhas onde ela desaprovou as alianças realizadas por Eduardo Campos.

Ficou para hoje, vigésimo dia do mês de agosto, a oficialização da candidatura de Marina Silva pelo Partido Socialista Brasileiro, o PSB do saudoso Eduardo Campos.
A ex-ministra do Meio Ambiente vai disputar o Palácio do Planalto sob a desconfiança da cúpula do PSB, já que Marina mudará de legenda assim que a Rede Sustentabilidade ficar quites com a justiça eleitoral.
Mas o que mais chama atenção nesse emaranhado jogo político, onde o menos esperto consegue beliscar azulejo, é o PSB ficar dizendo que não irá impor condições para que Marina assuma a candidatura.
É evidente que o discurso é voltado para o eleitorado simpatizante de Marina, passando a impressão de que o PSB respeita a posição da ambientalista, que o partido é democrático e etc e tal.
Não é bem assim. Com o aval do PSB, a senadora Lídice da Mata, candidata ao governo da Bahia, quer que a ex-petista assine uma carta com os compromissos eleitorais assumidos por Eduardo Campos.
Ora, a obrigatoriedade de assinar a tal da carta, sob pena de ter a candidatura vetada, é a prova inconteste de que o PSB não confia na enigmática e imprevisível Marina.
É bom lembrar que entre os vários acordos protagonizados por Eduardo Campos – a maioria discordante com o pensamento de Marina – está o apoio do PSB à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) para o governo de São Paulo.
Lídice, em tom de advertência, quer que Marina seja mais transparente em relação a sua participação nas campanhas onde ela desaprovou as alianças realizadas por Eduardo Campos.
PSB e a candidata precisam acertar os ponteiros, sob pena de o eleitor começar a acreditar no discurso oposicionista de que a confusão em um eventual governo Marina vai ficar incontrolável.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Dilma, Marina e Aécio: quem será o eleito?
Dilma, Marina e Aécio: quem será o eleito?

A nova pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda (18) revela que a eleição presidencial poderá ser decidida apenas no segundo turno no novo cenário com a entrada de Marina Silva (PSB-Rede) no papel de cabeça de chapa. Após a tragédia com a morte de Eduardo Campos (PSB), Marina deverá ser escolhida a candidata a presidente em lugar do ex-governador de Pernambuco.
Na pesquisa feita nos dias quinta e sexta-feiras (14 e 15), no calor da comoção pela morte de Campos, Marina Silva empata, tecnicamente, com Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno e com Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, mas numericamente à frente dos dois nestes cenários.
Os números do primeiro turno são os seguintes: Dilma Rousseff tem 36%, Marina Silva vai a 21% e Aécio Neves soma 20%. Pastor Everaldo (PSC) fica com 3% e Zé Maria (PSTU) e Eduardo Jorge aparecem com 1% cada um. Os demais candidatos não chegam a 1%.
Os percentuais de brancos e nulos e indecisos caem consideravelmente com a entrada de Marina em cena. Antes, somavam 27% (13% de brancos e nulos e 14% de indecisos). Agora, representam 17% (8% de brancos e nulos e 9% de indecisos).
O Datafolha aferiu, ainda, cenário sem Marina. Nele, Dilma sai de 36% para 41%; enquanto Aécio vai de 20% para 26%. Os demais candidatos juntos têm 8%.
SEGUNDO TURNO
A pesquisa Datafolha também apurou que Marina Silva é surpresa no segundo turno. Empatada com Dilma Rousseff dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, Marina surge à frente da presidente: 47% a 43%.
Dilma, no entanto, ampliou a sua vantagem em relação a Aécio Neves em um hipotético segundo turno. Se antes a situação era de empate (44% a 40% em 15 e 16 de julho), agora a petista aparece oito pontos à frente do tucano: 47% a 39%.
A pesquisa não testou confronto entre Marina Silva x Aécio Neves em um segundo turno. Foram consultados 2.843 eleitores em 176 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 386/2014.

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Marina Silva e Eduardo Campos (Foto Ed Ferreira/AE).
Marina Silva aceita ser candidata em lugar de Campos, morto na quarta (Foto Ed Ferreira/AE).

Da Agência Brasil
A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à Vice-Presidência da República Marina Silva aceitou ser cabeça de chapa da coligação Unidos para o Brasil, em substituição ao ex-governador de Pernambuco  Eduardo Campos (PSB), que morreu quarta-feira (13), em acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo. Hoje (15), o presidente do PSB, Roberto Amaral, foi à casa de Marina para saber se ela autorizava uma consulta ao partido sobre a candidatura dela ao cargo.
Segundo o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), a ex-ministra aceitou que seja feita a consulta para saber se o partido concorda com sua candidatura à Presidência da República em substituição a Campos. Beto Albuquerque confirmou que Marina disse sim à consulta e que aceita disputar a presidência pela coligação formada pelo PSB, PPS, PPL, PRP, PHS, além da Rede Sustentabilidade, que ainda não tem registro.
O deputado, que está em São Paulo acompanhando os trabalhos de identificação das vítimas do acidente aéreo de quarta-feira, informou que foi à casa de Marina Silva na noite de ontem (14), para lhe dar um abraço e conversar sobre a necessidade de uma releitura da campanha de Campos e de ela adotar também o discurso que vinha sendo feito pelo ex-governador.
Para Albuquerque, não haverá dificuldade para que os partidos da coligação aceitem a ex-ministra como cabeça de chapa.
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse à Agência Brasil que seu partido foi o primeiro da coligação a aconselhar que Marina fosse a substituta de Campos na corrida eleitoral. “Marina Silva vai unir os partidos da coligação”, afirmou o parlamentar. Para ele, está havendo consenso em torno do nome dela para a disputa. Quanto a um nome para ser o companheiro de chapa de Marina, caso seja confirmada sua indicação, Freire acredita que “o PSB reivindique o cargo”. O mais importante agora “é consolidar a candidatura de Marina Silva à Presidência”, destacou.
A decisão final sobre quem substituirá Eduardo Campos na disputa deverá ser tomada quarta-feira (20), em Brasília, durante reunião do Diretório Nacional do PSB com deputados e senadores do partido e líderes da legenda. A coligação Unidos para o Brasil tem até o dia 23 deste mês para informar à Justiça Eleitoral o nome de seu novo candidato à Presidência da República.

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Corrida presidencial: Campos, Dilma e Aécio.
Corrida presidencial: Campos, Dilma e Aécio.

A candidata à reeleição à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), atinge 50% das intenções de voto na Bahia, segundo a última pesquisa Ibope, feita no período de 15 a 19 de maio. Aécio Neves (PSDB) atinge 12% e Eduardo Campos (PSB) chega a 7%.
Na fila dos “nanicos”, Pastor Everaldo (PSC) chega a 2% no estado. Os demais não pontuaram.
O percentual de brancos e nulos na corrida presidencial entre o eleitorado baiano atinge 14%. Já o de indecisos, chega a 13%.
A presidente Dilma também lidera na pesquisa espontânea. Ela tem 29% das intenções de voto nesta modalidade, contra 6% de Aécio Neves. Embora não seja candidato, o ex-presidente Lula é citado por 6% dos eleitores ouvidos. Eduardo Campos, 3%, assim como Marina Silva, também do PSB.
A pesquisa foi encomendada pela Rede Bahia e tem margem de erro de 3 pontos percentuais. Está registrada sob o número BR-00130/2014.

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Marina Silva e Eduardo Campos (Foto Ed Ferreira/AE).
Marina Silva e Eduardo Campos (Foto Ed Ferreira/AE).

Ilimar Franco | O Globo
O candidato Eduardo Campos já começou a receber os primeiros informes sobre o peso da presença de Marina Silva como sua vice. Em alguns estados, as intenções de voto no socialista chegam a triplicar nas pesquisas. Eduardo dá a volta por cima nas regiões metropolitanas, onde é forte a penetração das igrejas evangélicas. Mantida a tendência, será vigoroso o embate na oposição.

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Marina Silva e Eduardo Campos (Foto Ed Ferreira/AE).
Marina Silva e Eduardo Campos (Foto Ed Ferreira/AE).

O presidenciável Eduardo Campos (PSB) e a sua vice, Marina Silva (PSB-Rede), participam de um debate sobre desenvolvimento sustentável da Região Cacaueira baiana. O evento será na próxima sexta (2), às 15h, no auditório da Faculdade de Ilhéus.
A candidata ao governo baiano pelo PSB, Lídice da Mata, e a candidata ao Senado, Eliana Calmon, também participam do debate, além do sindicalista e dirigente do PSB, Bebeto Galvão.
Um dos temas previstos no debate é o Complexo Porto Sul. A curiosidade aumenta, pois até bem pouco tempo a ex-ministra Marina Silva era contra o empreendimento. Será uma boa oportunidade para questionamentos.

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Gilberto GilO cantor baiano Gilberto Gil fará campanha para Eduardo Campos e Marina Silva, do PSB-Rede. À Folha, explicou que a preferência pela chapa das “pombinhas” na corrida presidencial se deve à presença de Marina como vice. Depois, questionado se aceitaria ser ministro numa eventual gestão de Campos, Gil não fugiu ao seu estilo:

– Pensando em hoje, não. Pensando em amanhã, não sei. Amanhã é amanhã. Amanhã será outro dia.

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Dilma venceria no primeiro turno, mas vantagem é menor que em novembro.
Dilma venceria no primeiro turno, mas vantagem é menor que em novembro.

A mais nova pesquisa da corrida presidencial traz Dilma Rousseff com ampla vantagem sobre os adversários. A petista alcança 43,7% em cenário no qual aparecem Aécio Neves (PSDB) com 17% e Eduardo Campos (PSB) com 9,9%. O levantamento da Confederação Nacional de Transporte (CNT) com a MDA foi divulgado hoje.
Na pesquisa CNT de novembro, Dilma chegou a 43,5%  ante 19,3% do senador tucano e 9,5% do governador de Pernambuco. Como os adversários somam apenas 28,8%, a presidente venceria no primeiro turno.
No cenário no qual a candidatura do PSB é substituída por Marina Silva, Dilma vai a 40,7% contra 20,6% da ex-ministra e 15,1% de Aécio. Mesmo neste cenário, Dilma seria reeleita em primeiro turno.
O levantamento revela que a avaliação do governo caiu, assim como, discretamente, as intenções de voto na presidente da República.
A pesquisa ouviu 2 mil eleitores em 137 municípios de 24 estados, no período de 9 a 14 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Clique aqui e confira a íntegra da pesquisa.

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Dilma amplia vantagem eleitoral, segundo Datafolha.
Dilma amplia vantagem eleitoral, segundo Datafolha.

Os novos números da corrida presidencial colhidos pelo Datafolha na quinta e sexta-feiras (28 e 29) revelam a presidente Dilma Rousseff reconquistando o eleitorado, enquanto a oposição deixa de aproveitar vácuo.

Se na pesquisa de 11 de outubro a vantagem de Dilma era de seis pontos percentuais no cenário principal, agora chega a 17 pontos.

Dilma saiu de 42% e foi a 47%. Aécio Neves (PSDB) oscilou de 21% para 19% e Eduardo Campos (PSB) caiu de 15% para 11%.

A presidente tem ameaçada a reeleição em primeiro turno apenas quando os candidatos de oposição são substituídos por José Serra (PSDB) e Marina Silva (PSB). A petista vai a 41%, Marina despenca de 28% para 24% e Serra desliza de 20% para 19%. Porém, a soma dos opositores dá 43%.

Os números foram publicados hoje pela Folha de São Paulo e revelam um ex-presidente Lula imbatível, variando entre 52% e 56% das intenções de voto mesmo em cenário mais duro, tendo Marina Silva e José Serra como adversários. A pesquisa consultou  4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e sexta, segundo o instituto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Confira todos os cenários clicando no Leia mais, abaixo.

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Dilma amplia vantagem eleitoral, segundo Ibope.
Dilma amplia vantagem, segundo Ibope.

A presidente Dilma Rousseff (PT) conseguiu aumentar sua vantagem eleitoral na pesquisa Ibope/Estadão. No cenário principal, Dilma vai de 41% a 43%, enquanto Aécio Neves (PSDB) mantém 14% das intenções de voto e Eduardo Campos (PSB) desliza de 10% para 7%, quando comparados os percentuais divulgados em 24 de outubro e nesta segunda (18).

Dilma salta de 39% para 42% no cenário com Aécio Neves (13%) e Marina Silva (PSB), que caiu de 21% para 16%. Neste cenário, a vantagem de Dilma para os adversários saltou de 5 para 13 pontos percentuais.

O cenário com José Serra é o melhor para as oposições, mas o tucano é o mais rejeitado pelo eleitor. Serra obtém de 17% a 19%, a depender do candidato do PSB.

Apesar destes dados positivos para a presidente, 62% dos eleitores consultados querem mudanças no governo e 12% falam em um novo governo de continuidade. A pesquisa Ibope/Estadão consultou 2.002 eleitores, no período de 7 a 11 de novembro, em 142 municípios.

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Dilma lidera intenções de voto e venceria no primeiro turno.
Dilma lidera intenções de voto e venceria no 1º turno.

Feita de 31 de outubro a 4 de novembro, a pesquisa CNT/MDA traz a presidente Dilma Rousseff reeleita em primeiro turno numa disputa contra Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A petista alcança 43,5% das intenções de voto contra 19,3% de Aécio e 9,5% de Eduardo Campos.

A folga da presidente e candidata à reeleição cai consideravelmente quando Marina Silva, do PSB, entra na disputa, substituindo Eduardo Campos. Dilma atinge 40,6%, enquanto Marina alcança 22,6% e Aécio crava 16,5%.

Embora os percentuais de Marina e Aécio somados (39,1%) sejam inferiores ao de Dilma (40,6%), a diferença está dentro da margem de erro da pesquisa (2,2 pontos percentuais, segundo o instituto).

A pesquisa ouviu 2.005 eleitores em 135 municípios de 21 estados, segundo a MDA.

ESPONTÂNEA

A presidente Dilma também lidera a pesquisa na modalidade espontânea, quando o eleitor diz em quem pretende votar sem que nomes sejam apresentados pelo instituto. A petista chega a 18,9% das intenções de voto ante 7,% do ex-presidente Lula, 6,7% de Aécio e 5,6% de Marina. Campos atinge 2,2%.

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paixaobarbosaPaixão Barbosa

Detentora de uma significativa marca – mais de 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010 – e ostentando índices também significativos nas últimas pesquisas de opinião na corrida para 2014, a ex-senadora Marina Silva surpreendeu a quase todo o mundo político ao optar pelo ingresso no PSB, depois de ver naufragar nos meandros legais do TSE a sua Rede Sustentabilidade, que ainda pretende ser um partido político sem os desgastes e as marcas negativas que as legendas atuais carregam consigo. A surpresa, contudo, foi mais pela opção de entrar num partido que já tem um pré-candidato definido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do que pelo fato de não aceitar os conselhos recebidos de se manter à margem da disputa de 2014, preservando, assim, a imagem de pureza com que ela fez questão de dourar a ideia da sua Rede.

Afinal, por maior que seja o desejo de apresentar-se para a disputa com uma proposta de partido bastante diferenciada dos demais, não seria possível imaginar que Marina Silva atendesse à banda dos seus seguidores que preferiam vê-la fora da campanha a decidir reingressar no sistema eleitoral num partido tradicional e, portanto, capaz de carregar no seu DNA as mazelas que tanto têm desgastado as legendas tradicionais. Até porque Marina, embora faça questão de manter um discurso diferenciado, lembrando sempre que sua luta não tem os mesmos estímulos dos políticos considerados tradicionais e sim são gerados pela vontade de transformar profundamente as bases sociais do Brasil, correria um risco muito grande de perder visibilidade ao ficar sem palanque por mais quatro anos, especialmente num País no qual os eleitores têm memória de peixe, ou seja, quase nenhuma.

Assim, para analistas políticas e também para as chamadas “cobras criadas” da cena política nacional, a ex-senadora seria obrigada a participar, de algum modo, das eleições do próximo ano e, com a frustração provocada pela decisão do TSE, o único caminho seria mesmo ingressar numa legenda já formada. Tanto que foram várias as legendas que se ofereceram para abrigá-la e aos “marineiros”, como são chamados seus seguidos mais fiéis. Todas de olho no patrimônio eleitoral que Marina conquistou em 2010 e que as pesquisas de opinião recentes revelam que ela está mantendo.

Inesperada mesmo foi a decisão de ingresso no PSB. Nem tanto pela imagem da sigla, uma vez que a legenda socialista tem sido vista no Brasil como uma espécie de segundo time de muita gente, ou seja, mesmo os que não votam em seus candidatos manifestam simpatia pelo partido criado em 1947 e que teve no baiano João Mangabeira um dos seus fundadores e principais ideólogos. Extinto em 27 de outubro de 1965, pelo Ato Institucional nº 2, promulgado pelo governo ditatorial, o partido foi recriado oficialmente em 1988, mas nunca ocupou um espaço tão significativo na cena política nacional que lhe pudesse atrair desafetos. O que, ao lado de não ter tido nenhum figurão dos seus quadros envolvidos nos recentes escândalos de corrupção, contribuiu para ter a imagem simpática já citada.

Ao entrar no PSB, Marina aumentou as preocupações do PT e de Dilma Rousseff, além de deixar Aécio Neves e o seu PSDB também de cenho franzido, como sempre acontece quando um fato novo acontece no cenário político e, além de se constituir uma surpresa, carrega potencial de provocar alterações num quadro até então estável e no qual vinham se baseando as análises para 2014. Mas, além da surpresa e do incômodo gerados, o gesto da ex-senadora deixou no ar uma grande interrogação a respeito do que realmente Marina deseja para seu futuro imediato, ou seja, em relação às eleições de 2014.

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