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“Quantidade” saiu de cena, literalmente. No palco da vida, com toda a valorização que lhe é importante e que agora lhe foi permitido, entrou a “qualidade”.

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Confesso que demorei um tempo para decidir acreditar no novo normal que tanto falavam. Por mais otimista que eu seja, no começo disso tudo lia muito sobre uma mudança de comportamento do ser humano que, aqui pra nós, não me parecia tão fácil. Quatro meses e meio depois do começo do isolamento social por aqui, ouso escrever que “grandes experiências são (e serão) o novo normal”.

Inúmeras transformações já vinham acontecendo para os donos de olhares mais atentos. Uma sequência de rompimentos pessoais como separação de casais aparentemente sólidos, rachaduras bruscas na imagem de personagens da vida real, troca de profissões etc. A corrida diária até nos permitia ver isso tudo se desenrolando, mas atravancava a reflexão sobre. A gente seguia o barco no fluxo do desenvolvimento e despejava nele a culpa (ou mea culpa). E pronto.

Aí veio a pandemia, o isolamento social e aos poucos estamos nos (re)encontrando com o mundo. Muitas empresas descobrindo que o home office funciona e que alguns colaboradores estão conseguindo até se cuidar melhor nesta fórmula; amizades de mesa de bar ficaram, literalmente, nas mesas de bares, e os reencontros permitirão o retorno das boas risadas, mas, talvez, não mais de tanta intimidade; relações mais sólidas foram descobertas, enquanto outras tiveram a clareza de realmente não comungarem dos mesmos planos e sonhos, e romperam para sempre.

“Quantidade” saiu de cena, literalmente. No palco da vida, com toda a valorização que lhe é importante e que agora lhe foi permitido, entrou a “qualidade”. Dos alimentos produzidos com carinho por aquela vizinha que a gente mal conhecia e que se descobriu confeiteira porque perdeu o emprego; das cestas de presente organizadas pelas vendedoras da nossa loja preferida, mas que já estavam sem a necessidade de nos cortejar; Inúmeros exemplos do dia a dia em um ciclo que estabelece o que ou quem é de verdade para cada um, e que de agora em diante será cada vez mais nítido, e fará cada vez mais sentido. Sigamos…

Manu Berbert é publicitária e especialista em marketing de conexões.

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O fogo que destruiu o seu “ganha-pão” foi o mesmo que acabou lhe expondo a outra vida, outras pessoas e outra forma de “apresentar” a vida aos filhos!

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Eu certamente não vou me lembrar da história exata, porque escutei há alguns anos, mas vou tentar resumir. Recém-formada, trabalhando em uma agência de marketing promocional em Salvador, viajava bastante para eventos institucionais. Sempre conversadeira, ia acumulando pessoas e causos.

Era convenção de uma grande empresa na Costa do Sauípe, e lá passei praticamente uma semana, entre montagem e desmontagem de stand do cliente, e acompanhamento do evento. Circulando, conheci um senhorzinho que me resumiu o seguinte: ele tinha uma padaria relativamente pequena e dali sustentava sua família e o status de empresário. (Vale lembrar que Empreendedor é um termo mais atual!) Um dia, ele teria sido surpreendido com a pequena padaria em chamas. O fogo teria destruído tudo! Tudo mesmo! Recomeçar seria uma opção, se ele pudesse, mas nem dinheiro para isso tinha!

Arranjar um emprego seria o mais prudente naquele momento, mas com a idade um pouco avançada, ele teria conseguido apenas uma vaga para vender um determinado produto, de porta em porta. E assim o fez. Alguns anos depois, estava ali, sentado naquele stand, tomando sorvete (todo dia eu ia lá filar um sorvetinho), enquanto me falava dos filhos, que eram, naquele momento, grandes empresários e estavam ali como tal.

A mudança e reconstrução não me impressionaram, até porque amo biografias e já li milhares assim! O que nunca esqueci foi ele me dizer que se o fogo não tivesse destruído sua pequena padaria, talvez ele não tivesse a oportunidade de se orgulhar dos seus. O fogo que destruiu o seu “ganha-pão” foi o mesmo que acabou lhe expondo a outra vida, outras pessoas e outra forma de “apresentar” a vida aos filhos!

Obs: O stand era de uma marca de móveis nacionalmente conhecida, o sorvete era apenas um receptivo e meu companheirinho estava em Sauípe praticamente a passeio! Feliz de mim que pude conhecê-lo!

Manuela Berbert é publicitária e especialista em Marketing de Conexões.

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A criatividade mora no óbvio, naquilo que está ali acontecendo e você só precisa comunicar, pulverizar a informação, divulgar, com eficácia!

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Quase todos os dias a janelinha do whatsApp de uma pizzaria delivery da minha cidade acende a tela do meu celular, provavelmente de uma lista de transmissão. Até aí tudo bem, afinal é bastante comum hoje em dia. Mas o que me chama a atenção deles é a simplicidade da CONEXÃO que criaram.

Vou explicar:

Eles alternam cards com pizzas, cardápios e até vídeos dos produtos com mensagens como “Boa tarde! Já estamos funcionando!”, “Boa tarde! Já estamos prontos para atendê-los!”… Na última semana, por exemplo, eu estava sentada na sala da casa da minha mãe quando recebi “Boa noite! Estamos na ativa!” BINGO! Ela ama pizza e eu brinquei: “Olha, sua pizzaria já está funcionando!” Preciso contar a vocês que na mesma hora pedimos?! Não, né?!

Onde eu quero chegar com essa história?  Comunicação é algo que pode (e deve) ser simples! Comunicar a verdade do seu serviço ou produto é sempre a melhor opção! E a criatividade mora no óbvio, naquilo que está ali acontecendo e você só precisa comunicar, pulverizar a informação, divulgar, com eficácia!

Às vezes, observo o esforço de algumas empresas ou profissionais liberais querendo construir o inatingível e se distanciando cada vez mais da clientela. Ou pagando por uma comunicação extremamente bonita, mas automática e fria. O cara compra um pacote com 15 cards belíssimos de propaganda das suas pizzas e dispara, todos os dias, no mesmo horário, para ser lembrado. Talvez ninguém tenha te contado ainda, mas é bem provável que o seu número esteja silenciado em mais da metade dos aparelhos dos seus clientes.

Manuela Berbert é publicitária e especialista em Marketing de Conexões.