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Lídice da Mata diz que retirada é injustificável

A senadora baiana Lídice da Mata (PSB) foi obrigada a retirar a sua pré-candidatura à reeleição para abrir espaço ao presidente da Assembleia Legislativa, Angelo Coronel (PSD), na chapa majoritária do governador e candidato à reeleição da Bahia, Rui Costa. Viu-se obrigada, pela conjuntura, a disputar vaga à Câmara dos Deputados em 2018.
Ela já reclamou e seu lamento está nas páginas da Folha, que traz reportagem sobre a baixa presença feminina no Senado Federal. Das 81 cadeiras, apenas 13 são ocupadas por mulheres. A publicação também fala da preferência dos partidos e chapas por homens na composição. Lídice deixa claro que não gostou da posição dos segmentos progressistas, apesar do apoio de alas petistas.
– É lamentável que nem mesmo os segmentos progressistas tenham entendido o valor que é a presença das mulheres no Parlamento. Pessoalmente, acho que a minha retirada da chapa é injustificável – disse a senadora, que anunciou seu apoio ao pré-candidato a senador Jaques Wagner (PT) e à reeleição de Rui Costa, deixando de fora o nome de Coronel.
Das 13 senadoras, oito encerram mandato em 31 de janeiro de 2019. Destas, apenas três têm candidatura à reeleição assegurada, conforme  a publicação: Ana Amélia (PP-RS), Ângela Portela (PDT-RR) e Marta Suplicy (MDB-SP).

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

Marta, que também é sexóloga, respondeu a um batalhão de repórteres: “relaxa e goza, porque depois você vai esquecer todos os transtornos”.

A senadora Marta Suplicy eleita pelo PT retornou às manchetes dos grandes jornais após a entrega da carta pedindo para sair do partido. Ela é famosa por suas frases e a que mais repercutiu foi dita em 2007, quando era ministra do Turismo, durante os problemas nos aeroportos do país.

Questionada sobre qual incentivo teria o brasileiro para viajar Marta, que também é sexóloga, respondeu a um batalhão de repórteres: “relaxa e goza, porque depois você vai esquecer todos os transtornos”.

As palavras ficaram sendo repetidas pelos veículos de comunicação. Alguns jornalistas criticavam duramente, outros ironizavam. Aproveitavam e lembravam outras frases pronunciadas durante sua carreira política.

Após o fato, a ministra embarcou num voo junto com o presidente Lula e vários ministros. No avião dirigiu-se ao chefe do executivo e pediu desculpas pela derrapada:

– Presidente, me desculpa pelos transtornos que causei ao governo com aquela resposta.

– Tem nada não, Marta, relaxe e goze – respondeu Lula para o deleite da plateia.

Marival Guedes é jornalista e escreve no Pimenta às sextas.

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marco wense1Marco Wense

O Partido Democrático Trabalhista não pode servir a dois senhores. Ou é oposição com ACM Neto ou é governo com Rui Costa. A militância repudia constrangedora e inaceitável dubiedade.

A senadora Marta Teresa Suplicy (PT-SP) e o deputado federal Félix Júnior (PDT-BA) parecem concordar com a opinião de que o PT caminha para um inevitável e profundo desgaste.

Marta, aquela do “relaxa e goza”, de olho no eleitorado cada vez mais antipetista, quer ser novamente prefeita de São Paulo. Félix também sonha com o Palácio Thomé de Souza.

Marta, depois das críticas ao petismo, ao ministro Chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e a gestão da presidente Dilma Rousseff, vem tendo um tratamento VIP da Folha e do Estadão. Só elogios.

Mas todo esse “encanto” é passageiro. Depois que Marta deixar o PT e for candidata ao Executivo, essa mesma imprensa vai dizer que ela é uma ex-petista, que não merece crédito, que é um perigo.

Já Félix quer ser prefeito de Salvador sendo vice de ACM Neto na eleição de 2016. O dirigente estadual do PDT acredita na reeleição do democrata e, como consequência, na sua candidatura ao governo da Bahia em 2018.

O comportamento de ACM Neto, como autêntico oposicionista, é natural. O de Félix, não. O tiro pode sair pela culatra, se o cheiro de oportunismo exalar.

O Partido Democrático Trabalhista não pode servir a dois senhores. Ou é oposição com ACM Neto ou é governo com Rui Costa. A militância repudia constrangedora e inaceitável dubiedade.

PS – O PDT de Itabuna escafedeu-se. Já tem um bom tempo que não se ouve falar da legenda. É um pequenino partido, omisso, insípido, incolor e inodoro. O comando estadual é complacente com o marasmo do nanico brizolismo tupiniquim. O saudoso jornalista Eduardo Anunciação, com sua inquietude e fina ironia, diria que o PDT é uma bufa.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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O ator e diretor Lelo Filho, da Cia Baiana de Patifaria, fez desabafo ao final das apresentações da peça A Bofetada, no Centro de Cultura Adonias Filho (CCAF), em Itabuna. Lelo falava das dificuldades da cultura no Brasil e da troca de ministros da Pasta no Governo Dilma. Há mais de dez dias, Ana de Hollanda foi substituída por Marta Suplicy.

Lelo espera que Marta não faça no novo ministério o mesmo que no Turismo em 2007, quando aconselhou os brasileiros que enfrentavam o caos aéreo a “relaxar e gozar”. O ator e diretor teatral foi bastante aplaudido após o desabafo.

Em tempo: a peça A Bofetada estará em cartaz novamente neste domingo, 23, às 20h30min, no CCAF, encerrando a nova série de três apresentações da peça já assistida por mais de um milhão de pessoas nos 24 anos.

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Marco Wense
Quando o assunto é fugir de quem não anda bem nas pesquisas de intenção de voto, os políticos, com algumas raríssimas exceções, filiados a partido A, B ou C, são igualzinhos. A sabedoria popular costuma dizer que são todos “farinhas do mesmo saco”.
A sobrevivência política, quase sempre assentada nos interesses pessoais, fala mais alto. O fim justifica os meios. A luta passa a ser de “murici”, com cada um cuidando do seu próprio quintal.
Em decorrência da disputa desenfreada, obsessiva, sem escrúpulos e sem limites pelo poder, surge a figura do político rejeitado, o patinho feio do movediço, perverso e traiçoeiro processo eleitoral.
No estado de São Paulo, por exemplo, a candidata ao Senado pelo PT, Marta Suplicy, faz de tudo para descolar de Aloizio Mercadante, seu companheiro de partido e candidato a governador.
Pesquisa recente do instituto Datafolha, além de apontar uma frente de 33 pontos de Alckmin (PSDB) sobre o petista, sinaliza que 30% do eleitorado do tucano (4,5 milhões de votos) estariam dispostos a votar na ex-prefeita de São Paulo.
Marta, pensando exclusivamente na sua eleição, evita fazer qualquer crítica ao candidato do PSDB. Aliás, só falta dizer que o tucano é o melhor nome para comandar o cobiçado Palácio dos Bandeirantes.
Outro “patinho feio” é José Serra, candidato à presidência da República pelo tucanato. O ex-governador Paulo Souto, que quer retornar ao governo da Bahia pelo Partido do Democratas (DEM), evita falar que seu candidato é Serra.
A ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT e do “patinho” mais bonito da lagoa sucessória, o popular e carismático Luiz Inácio Lula da Silva, tem o dobro de votos de Serra na Bahia.
Agora, no quarto colégio eleitoral do país, pela pesquisa do Datafolha, surge o mais novo patinho feio da eleição de 2010: o prefeito de Salvador João Henrique (PMDB), filho do senador João Durval, eleito pelo PDT do saudoso Leonel Brizola.
João Henrique, para o desespero de Geddel Vieira Lima, candidato ao Palácio de Ondina pelo peemedebismo, foi o pior prefeito do Brasil entre os que foram avaliados pelo Datafolha.
O patinho feio de hoje pode se transformar no mais bonito dos patinhos e vice-versa. O ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, só para citar um exemplo bem tupiniquim, já não é tão rejeitado como antes.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.